Nesta Eucaristia, somos convidados a acolher com gratidão o amor de Deus por nós e assim partilhá-lo a cada dia com o nosso próximo. O verdadeiro sentido da nossa existência está em viver esse amor belo e gratuito e, por meio dele, ajudar a construir um mundo mais feliz. Celebrando este dia da juventude, recordemos todos os jovens, especialmente os que ainda não fizeram a experiência do amor de Deus.
O amor nos une verdadeiramente a Deus, nosso Pai, e aos nossos irmãos e irmãs.
A DUPLA FACE DO AMOR
Em meio à abundância de leis e tradições, os fariseus procuram testar a sabedoria de Jesus a respeito dos mandamentos contidos na Torá e lhe perguntam: Qual é o mais importante? Jesus, ótimo conhecedor da Torá, responde sabiamente: Amar a Deus sobre todas as coisas. E acrescenta o segundo: Amar ao próximo. Desses dois mandamentos – amar a Deus e amar ao próximo – dependem todos os outros. Os dois andam de mãos dadas.
Amar não é questão de teoria, mas de prática; não se manifesta com belas palavras, mas com ações concretas em favor dos outros. Portanto, não há como provar que se ama a Deus sem amar ao próximo. O único sinal que de fato exprime o amor por Deus é o amor que se tem pelos outros. Em outras palavras, o amor a Deus se traduz no amor às pessoas. Deus não nos pede provas de amor dirigidas a ele, mas pede amor ao próximo.
Amar o próximo como a si mesmo é querer o bem aos outros, desejar que todos tenham vida digna de filhos e filhas de Deus. Não posso dizer que amo a Deus se não assumo o desejo e o compromisso de que os pobres melhorem suas condições de vida, os trabalhadores tenham trabalho e salário dignos, os sem-teto encontrem um abrigo, os doentes tenham os cuidados necessários. É preciso vencer a “globalização da indiferença” a tantos males que atingem as pessoas. Quando se ama a Deus, não se pode tolerar tanta injustiça, pobreza e miséria e ficar indiferente a essas realidades.
O amor nos leva a ver e a ser uma Igreja que sai do “eu” para formar o “nós”. Uma comunidade de pessoas fechadas em si mesmas precisa se abrir para uma comunidade de irmãos e irmãs que se auxiliam, se solidarizam, partilham e se respeitam.
Às vezes as comunidades cristãs se preocupam com muitas regrinhas e esquecem o mais importante, o amor. O convite é para sairmos de “comunidades de regrinhas” e construirmos “comunidades de amor”. O bom andamento de uma comunidade é a vivência fraterna, solidária e amorosa entre seus membros. O primeiro passo a ser dado é nos relacionarmos com Deus e com as pessoas mediante atitudes de amor e respeito.
Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2020/09/30-domingo-do-tempo-ano-a.png500750Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2020-10-14 13:00:472020-10-31 12:39:3625 de outubro – Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020
Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Nesta celebração demos glória ao Senhor, que tem em suas mãos a história e nos concede seu Espírito para vencermos as forças contrárias ao seu Reino. A Deus pertence a vida do povo, e não aos poderes do mundo. Este Dia das Missões – com o lema: “Eis-me aqui, envia-me” – recorda que todos somos missionários a serviço da vida do povo.
Primeira Leitura: Isaías 45,1.4-6
Leitura do livro do profeta Isaías – 1Isto diz o Senhor sobre Ciro, seu ungido: “Tomei-o pela mão para submeter os povos ao seu domínio, dobrar o orgulho dos reis, abrir todas as portas à sua marcha e para não deixar trancar os portões. 4Por causa de meu servo Jacó e de meu eleito Israel, chamei-te pelo nome; reservei-te, e não me reconheceste. 5Eu sou o Senhor, não existe outro: fora de mim não há deus. Armei-te guerreiro, sem me reconheceres, 6para que todos saibam, do oriente ao ocidente, que fora de mim outro não existe. Eu sou o Senhor, não há outro”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 95(96)
Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória!
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! / Manifestai a sua glória entre as nações / e, entre os povos do universo, seus prodígios! – R.
2. Pois Deus é grande e muito digno de louvor, / é mais terrível e maior que os outros deuses, / porque um nada são os deuses dos pagãos. / Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus. – R.
3. Ó família das nações, dai ao Senhor, / ó nações, dai ao Senhor poder e glória, / dai-lhe a glória que é devida ao seu nome! / Oferecei um sacrifício nos seus átrios. – R.
4. Adorai-o no esplendor da santidade, / terra inteira, estremecei diante dele! / Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”, / pois os povos ele julga com justiça. – R.
Segunda Leitura: 1 Tessalonicenses 1,1-5
Leitura da primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses – 1Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses, reunida em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: a vós, graça e paz! 2Damos graças a Deus por todos vós, lembrando-vos sempre em nossas orações. 3Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. 4Sabemos, irmãos amados por Deus, que sois do número dos escolhidos. 5Porque o nosso Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso com toda a abundância. – Palavra do Senhor.
Evangelho: Mateus 22,15-21
Aleluia, aleluia, aleluia.
Como astros no mundo, vós resplandeçais, / mensagem de vida ao mundo anunciando; / da vida a Palavra, com fé, proclameis, / quais astros luzentes no mundo brilheis (Fl 2,15s). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 15os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. 16Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. 17Dize-nos, pois, o que pensas: é lícito ou não pagar imposto a César?” 18Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? 19Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda. 20E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” 21Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. – Palavra da salvação.
Reflexão
Os adversários de Jesus vão ao encontro dele e, após bajulá-lo com elogios, lançam a pergunta desafiadora: deve-se ou não pagar imposto a César? O imposto a César era mais um tributo cobrado pelo Império Romano. Além disso, a controvérsia não consistia apenas em um debate econômico, mas envolvia uma “questão de fé”. Pagar imposto ao imperador era reconhecer o “deus César”, em contraste com o Deus de Jesus, e legitimar a servidão. O Mestre entendeu perfeitamente a hipocrisia deles e aonde queriam chegar. A resposta de Jesus – dar a César o que é dele e a Deus o que lhe pertence – mostra que não é lícito César tomar o lugar e o nome de Deus. Tudo a Deus pertence. Também não podemos usar esse texto para justificar taxas, impostos e duas realidades (Igreja e Estado) distintas. Não podemos adorar a Deus e a “César”, nem negar os direitos de Deus sobre o povo que lhe pertence e é sua maior e melhor propriedade.
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, munidos de malícia, dois grupos se unem na tentativa de fazer-te cair na armadilha de seus raciocínios. Um bando de hipócritas. Falsos, não buscam seguir teus ensinamentos; querem eliminar-te. Ensina-nos a juntar as forças para gerar e promover o que é bom e justo. Amém.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2020/10/29-domingo-do-tempo-ano-a-cesar.png500750Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2020-10-13 10:00:262020-10-15 19:37:33Leituras de Domingo: 29° Domingo do Tempo Comum 2020
Do começo ao fim, os relatos bíblicos mostram Deus embrenhado na história humana, em seus conflitos e suas realizações. A ação divina não é desconexa da lida do dia a dia do povo. Não há uma história divina e outra história humana, mas somente uma história da salvação, na qual o divino e o humano se entrelaçam.
A primeira leitura nos mostra como as questões políticas são lidas à luz da fé. Ciro é um rei Persa e, portanto, pagão. Diante de seu poder político crescente, o povo de Deus, exilado na Babilónia, vê-o como libertador enviado por Deus. Assim, Isaías catequiza o povo para fortalecê-lo na esperança. Aos poucos, compreende-se que as escolhas de Deus não se deixam restringir somente ao povo de Israel, mas todos participam, a seu modo, da ação salvífica de Deus.
O Evangelho nos apresenta a resposta dos interlocutores de Jesus diante das parábolas que ouvimos na liturgia dos últimos domingos. Eles querem pegar Jesus em alguma palavra. Na passagem que ouvimos, eles propõem a Jesus a delicada questão do tributo que o povo tinha de pagar ao imperador de Roma. Dizer sim era o mesmo que compactuar com o sistema injusto e opressor. Dizer não significava afrontar o sistema estabelecido de modo imprudente, pois seria associado a tantos movimentos revolucionários da época.
Jesus trata da questão de modo profundo, pois não visa apenas questionar o sistema tributário, mas mostra que toda a ordem social dever ter por centralidade a fonte de todos os bens, Deus. E, quando se dá a Deus, a justiça acontece, e a fraternidade triunfa.
Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus
A segunda leitura apresenta a comunidade de Tessalônica sendo louvada por Paulo, Silvano e Timóteo. Os tessalonicenses abraçaram de tal modo o evangelho a ponto de serem transformados pela mensagem de salvação. As obras e as ações do Espírito complementam as palavras do anúncio e geram vida.
Diante desse testemunho, pensemos como vai o testemunho de fé de nossas comunidades. Vivemos no emaranhado de nossa história, também marcados pelo peso insuportável dos tributos e das tantas questões político-econômicas. Seria possível abraçar a fé como fizeram os tessalonicenses? Não só é possível, como é nosso compromisso primeiro mostrar na prática que temos Deus como centro de nossa vida e dele parte todas as nossas relações sociais.
Se não abraçarmos a fé com vivacidade e firmeza, dificilmente saberemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Seguindo a Cristo, que se encarnou em nossa história e nela permanece vivo e ressuscitado, somos convidados a considerar mais de perto nossos compromissos sociais e fazer valer a civilização do amor, no qual a paz seja fruto da justiça e a caridade seja o caminho que una a humanidade inteira nas veredas da salvação.
Sugestões litúrgicas para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
– Ato Penitencial: o presidente da celebração pode fazer uma breve meditação sobre a temática “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, convidando todos ao arrependimento e à conversão. Em seguida, pode aspergir a assembleia. – Entrada da Palavra: convidar as crianças para entrarem com a Palavra de Deus, enfatizando o dia da Infância Missionária. A Bíblia pode ser colocada na mochila de uma das crianças, e, ao chegar ao presbitério, retirá-la e apresentá-la ao povo. Pode-se elaborar uma coreografia tal que mostre a importância de a criança evangelizar as crianças. Também pode-se destacar a dinamicidade das crianças e fazer com que elas passem correndo pelo meio da assembleia com a Bíblia. Seria bom as crianças proclamarem as leituras. – Preces dos Fiéis: cada criança pode rezar uma prece, seguida de um refrão orante. – Oferendas: o grupo dos coroinhas pode entrar com as oferendas, enquanto as demais crianças acompanham, levando alguns símbolos missionários: a Bíblia, a cruz, o terço e um cartaz da INFÂNCIA MISSIONARIA. – Envio da comunidade: um breve histórico da Infância missionária pode ser apresentado à Assembleia. Em seguida, o presidente da celebração pode convidar todos para fazerem uma oração pelas crianças e por todos os presentes, com foco no aumento do vigor missionário de todos os batizados. Em seguida, cantara consagração a Nossa Senhora.
Sugestões de repertório para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A (O Domingo)
Abertura: Exulte de Alegria
Aclamação: Aleluia, Eu vos escolhi
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, Somos Nós
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2020/10/29-domingo-do-tempo-ano-a-de-a-cesar-o-que-e-de-cesar.png500750Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2020-10-12 20:00:142020-10-16 00:06:10Reflexão e sugestão para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A – 12 de outubro
Est 5,lb-2;7,2b-3; SI 44; Ap 12,1.5,13a.15-16a; Jo 2,1-11
Belo foi o dia em que João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, na difícil incumbência de conseguir os peixes para o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida Portugal, puxaram do fundo do rio Paraíba a imagem quebrada, sem a cabeça, da Imaculada Conceição. Depois, em outro lance de redes, surgiu a cabeça da imagem. Piedosamente, os três pescadores reverenciaram tão nobre imagem, mas sem imaginar que eram apenas instrumentos de Deus. 0$ peixes vieram, e em abundância, como que para reverenciar a Virgem Maria.
Ficaram felizes e levaram a imagem para casa, onde se reuniam para rezar. Como João Batista, que desapareceu à chegada do Cordeiro de Deus, também os três pescadores passaram quase que despercebidos em tão grande história. É mais um sinal de que a imagem aparecida nas redes não é fruto do acaso, mas do desejo divino. Belo foi esse dia vivido por João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, pois nele iniciou tão nobre história há mais de trezentos anos.
Desde a primeira Capelinha no morro dos Coqueiros, e depois a Basílica ali construída, a fé foi contagiando os grandes e os pequenos, a ponto de transbordar do coração e fecundar o chão com tanta esperança. O povo acorreu ao encontro da Senhora Aparecida, porque desejava ver de perto, sentir e até tocar a imagem aparecida nas águas do rio Paraíba.
Hoje, o Santuário novo acolhe e abriga milhões e milhões de romeiros, pois a mesma fé se espalhou pela pátria inteira e para além dela.
Tudo o que é de Deus vai progredindo até mesmo sem percebermos, como as águas do Templo que foram crescendo, enchendo os vales e
formando rios, fecundando a terra e fazendo germinar toda semente.
Maria nos dá uma grande lição. A imagem é pequenina, de trinta e seis centímetros apenas, e vem nos dizer que “diante de Deus devemos todos ser muito humildes, sempre”. É com o coração agradecido e em prece que celebramos a padroeira do Brasil. Ela merece nossa gratidão, pois é nossa Mãe, a quem invocamos: Senhora Aparecida.
Ó Mãe querida, protegei nossas crianças e famílias, nossos jovens e os menos favorecidos. Protegei nosso Brasil e fazei-nos um povo unido e feliz! Amém!
Sugestões litúrgicas
– Nossa Senhora, sob o título de Aparecida, é a padroeira do Brasil, a Mãe queria do povo brasileiro. Em Aparecida, encontra-se o coração católico do povo brasileiro, Maria, representada em sua singela imagem de Aparecida, é símbolo de fé, de identidade de nosso povo. Assim esta celebração deve ser pensada de modo a expressar bem todos esses aspectos.
– Pode-se preparar no presbitério um nicho ou um altar todo decorado, onde ficará a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
– Após a procissão de entrada, antes da saudação inicial, pode-se fazer uma entrada encenada de Nossa Senhora, feita por três homens vestidos de pescadores, tendo em suas mãos a imagem sem o manto e a coroa e uma rede de pesca.
Essa entrada pode ser acompanhada de uma canção mariana.
Quando a imagem for colocada no local a ela destinado, colocar nela o manto e a coroa.
– Em vez de se rezarem as preces da comunidade, pode-se cantar no lugar a Ladainha de Nossa Senhora. – No ofertório, pode-se oferecer flores a Nossa Senhora.
– No final da celebração, pode chamar as crianças, para se aproximarem da imagem, e com elas cantar a música Mãezinha do céu. No final, pode-se consagrar as crianças a Nossa Senhora.
Sugestões de repertório (O Domingo)
Abertura: De Alegria
Aclamação: Aleluia! Disse a Mãe
Oferendas: Como vai ser
Comunhão: Bendirei ao Senhor ou Ouviste a Palavra
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2020/10/solenidade-padroeira-do-brasil-ano-a-1.png500750Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2020-10-05 20:38:472020-10-10 13:21:22Reflexão e sugestão para a Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A
A liturgia da palavra deste domingo coloca-nos em torno do banquete do Deus da vida. Isaías profetisa que o cumprimento das promessas divinas e a consequente alegria em plenitude para o povo acontecerão em um banquete. A refeição abundante é imagem da Salvação de Deus, que sacia o ser humano no profundo de seu ser, dando-lhe vigor e força, esperança e vida nova.
Paulo faz a experiência de viver a abundância do amor de Deus mesmo nas dificuldades. O apóstolo nos ensina que a confiança que temos no Senhor não pode ser vivida ao sabor das situações oscilantes do cotidiano. Seja na abundância, seja na miséria, é sempre a fé viva em Deus que fortifica o coração fiel para dar testemunho da boa nova do evangelho.
Tal atitude de abertura e perseverança no amor de Cristo requer um processo de conversão profundo para acolher, em todo tempo e circunstância, Cristo Jesus, o Senhor de nossa vida. Compreendendo assim nossa fé, poderemos alargar nossos laços de fraternidade para nos mantermos sempre firmes na fé e fortes na esperança.
Todos são convidados para o banquete da vida
Jesus continua fazendo comparações para tornar mais compreensível o Reino de Deus. Aqui também a imagem do banquete permeia a narração. Porém, Jesus toca em um ponto crítico e delicado ao falar daqueles que renunciam o convite para a festa da vida por coisas passageiras. São aqueles que não acolhem sua proposta transformadora de vida. Não conseguem ver que o reino chegou e exige conversão para nele entrar e ser feliz. Se olharmos bem, essa não é uma realidade somente do tempo de Jesus, mas também de nossos dias. Quantos que rejeitam os valores anunciados por Jesus: perdão, compaixão, solidariedade, fraternidade, justiça, paz…
Jesus também fala dos que entram na festa, mas para ela não se preparam. Aqui a parábola se refere aos que até aceitam o convite, mas querem apenas tirar proveito para si próprio. As vestes inadequadas podem ser traduzidas por atitudes que não condizem com a proposta de Jesus. Esses não entram no dinamismo do reino da vida doada que salva e liberta. Aqui cada um de nós temos de nos examinar diante de Cristo e dos irmãos e pensar seriamente como estamos vivendo a fé enquanto convidados para a festa no reino da vida. O convite é feito a todos: bons e maus. Todos somos convidados não só a entrar no reino, mas a deixar que o reino entre em nosso coração é rios transforme desde o mais profundo de nosso ser.
Sugestões litúrgicas para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
– Entrada da Palavra: um canto bem festivo, referente à Palavra de Deus, pode ser cantado na entrada da Bíblia. Os Jovens podem preparar uma coreografia, com faixas que representam os cinco continentes, mostrando a amplitude do anúncio do evangelho. Velas nas cinco cores podem acompanhar as fitas! – Profissão de fé: convidar cinco jovens para pegarem nas mãos as cinco velas e as elevarem diante da Assembleia. O presidente da celebração pode motivar a Assembleia a renovar o ardor missionário, recebido no batismo, bem como rezar por todos os missionários que deixam suas pátrias para anunciar a Palavra em Terras distantes. Com as mãos estendidas em direção às velas, rezar a profissão de fé. – Preces dos fiéis: caso a comunidade tenha pessoas em missão em terras distantes, é momento para rezar por elas. – Envio da comunidade: o grupo do Terço dos Homens pode introduzir a imagem de nossa Senhora. Em seguida, cantar a consagração e concluir com a bênção.
Sugestões de repertório para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A (O Domingo)
Abertura: Exulte de Alegria
Aclamação: Aleluia, Eu vos escolhi
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, Somos Nós
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2020/10/28-domingo-do-tempo-ano-a-01.png500750Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2020-10-05 15:44:022020-10-05 20:13:31Reflexão e sugestão para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
25 de outubro – Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaMissa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020
A DUPLA FACE DO AMOR
Em meio à abundância de leis e tradições, os fariseus procuram testar a sabedoria de Jesus a respeito dos mandamentos contidos na Torá e lhe perguntam: Qual é o mais importante? Jesus, ótimo conhecedor da Torá, responde sabiamente: Amar a Deus sobre todas as coisas. E acrescenta o segundo: Amar ao próximo. Desses dois mandamentos – amar a Deus e amar ao próximo – dependem todos os outros. Os dois andam de mãos dadas.
Amar não é questão de teoria, mas de prática; não se manifesta com belas palavras, mas com ações concretas em favor dos outros. Portanto, não há como provar que se ama a Deus sem amar ao próximo. O único sinal que de fato exprime o amor por Deus é o amor que se tem pelos outros. Em outras palavras, o amor a Deus se traduz no amor às pessoas. Deus não nos pede provas de amor dirigidas a ele, mas pede amor ao próximo.
Amar o próximo como a si mesmo é querer o bem aos outros, desejar que todos tenham vida digna de filhos e filhas de Deus. Não posso dizer que amo a Deus se não assumo o desejo e o compromisso de que os pobres melhorem suas condições de vida, os trabalhadores tenham trabalho e salário dignos, os sem-teto encontrem um abrigo, os doentes tenham os cuidados necessários. É preciso vencer a “globalização da indiferença” a tantos males que atingem as pessoas. Quando se ama a Deus, não se pode tolerar tanta injustiça, pobreza e miséria e ficar indiferente a essas realidades.
O amor nos leva a ver e a ser uma Igreja que sai do “eu” para formar o “nós”. Uma comunidade de pessoas fechadas em si mesmas precisa se abrir para uma comunidade de irmãos e irmãs que se auxiliam, se solidarizam, partilham e se respeitam.
Às vezes as comunidades cristãs se preocupam com muitas regrinhas e esquecem o mais importante, o amor. O convite é para sairmos de “comunidades de regrinhas” e construirmos “comunidades de amor”. O bom andamento de uma comunidade é a vivência fraterna, solidária e amorosa entre seus membros. O primeiro passo a ser dado é nos relacionarmos com Deus e com as pessoas mediante atitudes de amor e respeito.
Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós
Leituras de Domingo: 29° Domingo do Tempo Comum 2020
/em Leituras de Domingo, Liturgia CatólicaLeituras de Domingo
(Verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)
Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Nesta celebração demos glória ao Senhor, que tem em suas mãos a história e nos concede seu Espírito para vencermos as forças contrárias ao seu Reino. A Deus pertence a vida do povo, e não aos poderes do mundo. Este Dia das Missões – com o lema: “Eis-me aqui, envia-me” – recorda que todos somos missionários a serviço da vida do povo.
Primeira Leitura: Isaías 45,1.4-6
Leitura do livro do profeta Isaías – 1Isto diz o Senhor sobre Ciro, seu ungido: “Tomei-o pela mão para submeter os povos ao seu domínio, dobrar o orgulho dos reis, abrir todas as portas à sua marcha e para não deixar trancar os portões. 4Por causa de meu servo Jacó e de meu eleito Israel, chamei-te pelo nome; reservei-te, e não me reconheceste. 5Eu sou o Senhor, não existe outro: fora de mim não há deus. Armei-te guerreiro, sem me reconheceres, 6para que todos saibam, do oriente ao ocidente, que fora de mim outro não existe. Eu sou o Senhor, não há outro”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 95(96)
Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória!
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! / Manifestai a sua glória entre as nações / e, entre os povos do universo, seus prodígios! – R.
2. Pois Deus é grande e muito digno de louvor, / é mais terrível e maior que os outros deuses, / porque um nada são os deuses dos pagãos. / Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus. – R.
3. Ó família das nações, dai ao Senhor, / ó nações, dai ao Senhor poder e glória, / dai-lhe a glória que é devida ao seu nome! / Oferecei um sacrifício nos seus átrios. – R.
4. Adorai-o no esplendor da santidade, / terra inteira, estremecei diante dele! / Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”, / pois os povos ele julga com justiça. – R.
Segunda Leitura: 1 Tessalonicenses 1,1-5
Leitura da primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses – 1Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses, reunida em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: a vós, graça e paz! 2Damos graças a Deus por todos vós, lembrando-vos sempre em nossas orações. 3Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. 4Sabemos, irmãos amados por Deus, que sois do número dos escolhidos. 5Porque o nosso Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso com toda a abundância. – Palavra do Senhor.
Evangelho: Mateus 22,15-21
Aleluia, aleluia, aleluia.
Como astros no mundo, vós resplandeçais, / mensagem de vida ao mundo anunciando; / da vida a Palavra, com fé, proclameis, / quais astros luzentes no mundo brilheis (Fl 2,15s). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 15os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. 16Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. 17Dize-nos, pois, o que pensas: é lícito ou não pagar imposto a César?” 18Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? 19Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda. 20E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” 21Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. – Palavra da salvação.
Reflexão
Os adversários de Jesus vão ao encontro dele e, após bajulá-lo com elogios, lançam a pergunta desafiadora: deve-se ou não pagar imposto a César? O imposto a César era mais um tributo cobrado pelo Império Romano. Além disso, a controvérsia não consistia apenas em um debate econômico, mas envolvia uma “questão de fé”. Pagar imposto ao imperador era reconhecer o “deus César”, em contraste com o Deus de Jesus, e legitimar a servidão. O Mestre entendeu perfeitamente a hipocrisia deles e aonde queriam chegar. A resposta de Jesus – dar a César o que é dele e a Deus o que lhe pertence – mostra que não é lícito César tomar o lugar e o nome de Deus. Tudo a Deus pertence. Também não podemos usar esse texto para justificar taxas, impostos e duas realidades (Igreja e Estado) distintas. Não podemos adorar a Deus e a “César”, nem negar os direitos de Deus sobre o povo que lhe pertence e é sua maior e melhor propriedade.
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, munidos de malícia, dois grupos se unem na tentativa de fazer-te cair na armadilha de seus raciocínios. Um bando de hipócritas. Falsos, não buscam seguir teus ensinamentos; querem eliminar-te. Ensina-nos a juntar as forças para gerar e promover o que é bom e justo. Amém.
Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós
Reflexão e sugestão para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaMissa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
Is 45,1.4-6; SI 95; lTsl,l-5b; Mt 22,15-21
Deus se revela para o ser humano na história
Do começo ao fim, os relatos bíblicos mostram Deus embrenhado na história humana, em seus conflitos e suas realizações. A ação divina não é desconexa da lida do dia a dia do povo. Não há uma história divina e outra história humana, mas somente uma história da salvação, na qual o divino e o humano se entrelaçam.
A primeira leitura nos mostra como as questões políticas são lidas à luz da fé. Ciro é um rei Persa e, portanto, pagão. Diante de seu poder político crescente, o povo de Deus, exilado na Babilónia, vê-o como libertador enviado por Deus. Assim, Isaías catequiza o povo para fortalecê-lo na esperança. Aos poucos, compreende-se que as escolhas de Deus não se deixam restringir somente ao povo de Israel, mas todos participam, a seu modo, da ação salvífica de Deus.
O Evangelho nos apresenta a resposta dos interlocutores de Jesus diante das parábolas que ouvimos na liturgia dos últimos domingos. Eles querem pegar Jesus em alguma palavra. Na passagem que ouvimos, eles propõem a Jesus a delicada questão do tributo que o povo tinha de pagar ao imperador de Roma. Dizer sim era o mesmo que compactuar com o sistema injusto e opressor. Dizer não significava afrontar o sistema estabelecido de modo imprudente, pois seria associado a tantos movimentos revolucionários da época.
Jesus trata da questão de modo profundo, pois não visa apenas questionar o sistema tributário, mas mostra que toda a ordem social dever ter por centralidade a fonte de todos os bens, Deus. E, quando se dá a Deus, a justiça acontece, e a fraternidade triunfa.
Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus
Diante desse testemunho, pensemos como vai o testemunho de fé de nossas comunidades. Vivemos no emaranhado de nossa história, também marcados pelo peso insuportável dos tributos e das tantas questões político-econômicas. Seria possível abraçar a fé como fizeram os tessalonicenses? Não só é possível, como é nosso compromisso primeiro mostrar na prática que temos Deus como centro de nossa vida e dele parte todas as nossas relações sociais.
Se não abraçarmos a fé com vivacidade e firmeza, dificilmente saberemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Seguindo a Cristo, que se encarnou em nossa história e nela permanece vivo e ressuscitado, somos convidados a considerar mais de perto nossos compromissos sociais e fazer valer a civilização do amor, no qual a paz seja fruto da justiça e a caridade seja o caminho que una a humanidade inteira nas veredas da salvação.
Sugestões litúrgicas para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
– Ato Penitencial: o presidente da celebração pode fazer uma breve meditação sobre a temática “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, convidando todos ao arrependimento e à conversão. Em seguida, pode aspergir a assembleia.
– Entrada da Palavra: convidar as crianças para entrarem com a Palavra de Deus, enfatizando o dia da Infância Missionária. A Bíblia pode ser colocada na mochila de uma das crianças, e, ao chegar ao presbitério, retirá-la e apresentá-la ao povo. Pode-se elaborar uma coreografia tal que mostre a importância de a criança evangelizar as crianças. Também pode-se destacar a dinamicidade das crianças e fazer com que elas passem correndo pelo meio da assembleia com a Bíblia. Seria bom as crianças proclamarem as leituras.
– Preces dos Fiéis: cada criança pode rezar uma prece, seguida de um refrão orante.
– Oferendas: o grupo dos coroinhas pode entrar com as oferendas, enquanto as demais crianças acompanham, levando alguns símbolos missionários: a Bíblia, a cruz, o terço e um cartaz da INFÂNCIA MISSIONARIA.
– Envio da comunidade: um breve histórico da Infância missionária pode ser apresentado à Assembleia. Em seguida, o presidente da celebração pode convidar todos para fazerem uma oração pelas crianças e por todos os presentes, com foco no aumento do vigor missionário de todos os batizados. Em seguida, cantara consagração a Nossa Senhora.
Sugestões de repertório para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A (O Domingo)
Abertura: Exulte de Alegria
Aclamação: Aleluia, Eu vos escolhi
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, Somos Nós
Cifras e partituras das sugestões CNBB
Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 29° Domingo do Tempo Comum 2020
Áudios para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:
Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós
Reflexão e sugestão para a Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaSolenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A – 12 de outubro
Est 5,lb-2;7,2b-3; SI 44; Ap 12,1.5,13a.15-16a; Jo 2,1-11
Belo foi o dia em que João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, na difícil incumbência de conseguir os peixes para o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida Portugal, puxaram do fundo do rio Paraíba a imagem quebrada, sem a cabeça, da Imaculada Conceição. Depois, em outro lance de redes, surgiu a cabeça da imagem. Piedosamente, os três pescadores reverenciaram tão nobre imagem, mas sem imaginar que eram apenas instrumentos de Deus. 0$ peixes vieram, e em abundância, como que para reverenciar a Virgem Maria.
Ficaram felizes e levaram a imagem para casa, onde se reuniam para rezar. Como João Batista, que desapareceu à chegada do Cordeiro de Deus, também os três pescadores passaram quase que despercebidos em tão grande história. É mais um sinal de que a imagem aparecida nas redes não é fruto do acaso, mas do desejo divino. Belo foi esse dia vivido por João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, pois nele iniciou tão nobre história há mais de trezentos anos.
Desde a primeira Capelinha no morro dos Coqueiros, e depois a Basílica ali construída, a fé foi contagiando os grandes e os pequenos, a ponto de transbordar do coração e fecundar o chão com tanta esperança. O povo acorreu ao encontro da Senhora Aparecida, porque desejava ver de perto, sentir e até tocar a imagem aparecida nas águas do rio Paraíba.
Hoje, o Santuário novo acolhe e abriga milhões e milhões de romeiros, pois a mesma fé se espalhou pela pátria inteira e para além dela.
Tudo o que é de Deus vai progredindo até mesmo sem percebermos, como as águas do Templo que foram crescendo, enchendo os vales e
formando rios, fecundando a terra e fazendo germinar toda semente.
Maria nos dá uma grande lição. A imagem é pequenina, de trinta e seis centímetros apenas, e vem nos dizer que “diante de Deus devemos todos ser muito humildes, sempre”. É com o coração agradecido e em prece que celebramos a padroeira do Brasil. Ela merece nossa gratidão, pois é nossa Mãe, a quem invocamos: Senhora Aparecida.
Ó Mãe querida, protegei nossas crianças e famílias, nossos jovens e os menos favorecidos. Protegei nosso Brasil e fazei-nos um povo unido e feliz! Amém!
Sugestões litúrgicas
– Nossa Senhora, sob o título de Aparecida, é a padroeira do Brasil, a Mãe queria do povo brasileiro. Em Aparecida, encontra-se o coração católico do povo brasileiro, Maria, representada em sua singela imagem de Aparecida, é símbolo de fé, de identidade de nosso povo. Assim esta celebração deve ser pensada de modo a expressar bem todos esses aspectos.
– Pode-se preparar no presbitério um nicho ou um altar todo decorado, onde ficará a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
– Após a procissão de entrada, antes da saudação inicial, pode-se fazer uma entrada encenada de Nossa Senhora, feita por três homens vestidos de pescadores, tendo em suas mãos a imagem sem o manto e a coroa e uma rede de pesca.
Essa entrada pode ser acompanhada de uma canção mariana.
Quando a imagem for colocada no local a ela destinado, colocar nela o manto e a coroa.
– Em vez de se rezarem as preces da comunidade, pode-se cantar no lugar a Ladainha de Nossa Senhora.
– No ofertório, pode-se oferecer flores a Nossa Senhora.
– No final da celebração, pode chamar as crianças, para se aproximarem da imagem, e com elas cantar a música Mãezinha do céu. No final, pode-se consagrar as crianças a Nossa Senhora.
Sugestões de repertório (O Domingo)
Abertura: De Alegria
Aclamação: Aleluia! Disse a Mãe
Oferendas: Como vai ser
Comunhão: Bendirei ao Senhor ou Ouviste a Palavra
Cifras e partituras das sugestões CNBB
Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A
Áudios para a Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A CNBB:
Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós
Reflexão e sugestão para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaMissa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
Is 25,6-10a; SI 22; Fl 4,12-14.19-20;Mt 22,1-14
No banquete do Deus da vida somos todos irmãos
A liturgia da palavra deste domingo coloca-nos em torno do banquete do Deus da vida. Isaías profetisa que o cumprimento das promessas divinas e a consequente alegria em plenitude para o povo acontecerão em um banquete. A refeição abundante é imagem da Salvação de Deus, que sacia o ser humano no profundo de seu ser, dando-lhe vigor e força, esperança e vida nova.
Paulo faz a experiência de viver a abundância do amor de Deus mesmo nas dificuldades. O apóstolo nos ensina que a confiança que temos no Senhor não pode ser vivida ao sabor das situações oscilantes do cotidiano. Seja na abundância, seja na miséria, é sempre a fé viva em Deus que fortifica o coração fiel para dar testemunho da boa nova do evangelho.
Tal atitude de abertura e perseverança no amor de Cristo requer um processo de conversão profundo para acolher, em todo tempo e circunstância, Cristo Jesus, o Senhor de nossa vida. Compreendendo assim nossa fé, poderemos alargar nossos laços de fraternidade para nos mantermos sempre firmes na fé e fortes na esperança.
Todos são convidados para o banquete da vida
Jesus continua fazendo comparações para tornar mais compreensível o Reino de Deus. Aqui também a imagem do banquete permeia a narração. Porém, Jesus toca em um ponto crítico e delicado ao falar daqueles que renunciam o convite para a festa da vida por coisas passageiras. São aqueles que não acolhem sua proposta transformadora de vida. Não conseguem ver que o reino chegou e exige conversão para nele entrar e ser feliz. Se olharmos bem, essa não é uma realidade somente do tempo de Jesus, mas também de nossos dias. Quantos que rejeitam os valores anunciados por Jesus: perdão, compaixão, solidariedade, fraternidade, justiça, paz…
Jesus também fala dos que entram na festa, mas para ela não se preparam. Aqui a parábola se refere aos que até aceitam o convite, mas querem apenas tirar proveito para si próprio. As vestes inadequadas podem ser traduzidas por atitudes que não condizem com a proposta de Jesus. Esses não entram no dinamismo do reino da vida doada que salva e liberta. Aqui cada um de nós temos de nos examinar diante de Cristo e dos irmãos e pensar seriamente como estamos vivendo a fé enquanto convidados para a festa no reino da vida. O convite é feito a todos: bons e maus. Todos somos convidados não só a entrar no reino, mas a deixar que o reino entre em nosso coração é rios transforme desde o mais profundo de nosso ser.
Sugestões litúrgicas para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
– Entrada da Palavra: um canto bem festivo, referente à Palavra de Deus, pode ser cantado na entrada da Bíblia. Os Jovens podem preparar uma coreografia, com faixas que representam os cinco continentes, mostrando a amplitude do anúncio do evangelho. Velas nas cinco cores podem acompanhar as fitas!
– Profissão de fé: convidar cinco jovens para pegarem nas mãos as cinco velas e as elevarem diante da Assembleia. O presidente da celebração pode motivar a Assembleia a renovar o ardor missionário, recebido no batismo, bem como rezar por todos os missionários que deixam suas pátrias para anunciar a Palavra em Terras distantes. Com as mãos estendidas em direção às velas, rezar a profissão de fé.
– Preces dos fiéis: caso a comunidade tenha pessoas em missão em terras distantes, é momento para rezar por elas.
– Envio da comunidade: o grupo do Terço dos Homens pode introduzir a imagem de nossa Senhora. Em seguida, cantar a consagração e concluir com a bênção.
Sugestões de repertório para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A (O Domingo)
Abertura: Exulte de Alegria
Aclamação: Aleluia, Eu vos escolhi
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, Somos Nós
Cifras e partituras das sugestões CNBB
Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 28° Domingo do Tempo Comum 2020
Áudios para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:
Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós