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Lançamento da Campanha da Fraternidade 2017

Lançamento da Campanha da Fraternidade 2017
Tema: Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida
Lema: “Cultivar e guardar a criação”

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Apresentação:

Estimados(as) Diretores(as), Coordenadores(as) e Professores(as) das diferentes áreas e etapas do processo educativo.

A ANEC em São Paulo, em sintonia com toda a Igreja, organizou um encontro para o Lançamento da CF 2017, com o tema “Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida” e lema: “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15) e conta com a presença de vocês e da sua Comunidade Educativa para aprofundarmos o tema abordando outros aspectos do Cuidado da Casa Comum, e assim nos colocarmos sempre mais a serviço de nossos educandos. Que o Espírito de Vida nos impulsione nessa missão. Saudações e até lá.

Prof. Antonio Boeing
Secretário Estadual da ANEC

Pe. Roberto Duarte Rosalino, cmf
Diretor 1º Tesoureiro da ANEC
Coordenador do Conselho Estadual

Programação, data e inscrição:

Dia 19 de novembro de 2016 (sábado)
7h30 – Acolhida
8h – Oração
8h15 – Abertura

8h30 – Biomas Brasileiros e defesa da Vida – VER
Assessora: Profª Drª Márcia Maria Cabreira – Bacharel, licenciada, mestre e doutora em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo. Professora doutora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo onde é Assessora da Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias. Pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Alteridade. Coordenadora da Área de Geografia do Programa Institucional de Iniciação a Docência-PIBID. Professora de Geografia da Escola Graduada de São Paulo e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: regional, migrações, teoria e método, ensino de geografia, geografia cultural, metodologia de ensino em geografia e questão ambiental.

9h30 – Palavra que Cuida e dá a Vida – ILUMINAR
Assessor: Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior – Possui graduação em Filosofia e em Teologia; mestrado em Teologia e Ciências da Religião pela Universidade Católica de Louvain-La-Neuve na Bélgica; doutorado em Ciências Sociais pela PUC-SP; é assistente doutor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pertence ao Departamento de Ciência da Religião; escreve em revistas e periódicos sobre Teologia e Religião; leciona nas turmas de graduação da PUC-SP; assessor de várias instituições educacionais e religiosas; assessor da ANEC.

10h30 – Lanche

11h – Ações que fazem a diferença – AGIR
Assessora: Ângela Samira Viana Martins – Tecnóloga em gestão ambiental  formada em 2012 e engenheira ambiental formada em 2015, ambas pela Universidade Cidade de São Paulo; trabalha dentro do programa de coleta seletiva da associação Reciclázaro desde set/2015, dentro deste programa participa do projeto Gestão Solidária e Crescimento Consciente onde dá suporte à gestão de 10 cooperativas de triagem de recicláveis na cidade de São Paulo atendendo cerca de 400 pessoas por mês.

Assessor: Prof. José Ricardo Baptista – Possui graduação em Ciências Sociais pela Fundação Santo André; especialista em Ensino Religioso Escolar pelas Faculdades Integradas Claretianas; coordenador de Pastoral do Instituto das Filhas de São José do Caburlotto; professor em Curso de Teologia para leigos;  mensalmente escreve para a revista católica O Mensageiro de Santo Antonio; assessor da ANEC.

Assessores: Márcia Maria Cabreira e Fernando Altemeyer Junior

12h30 – Encerramento

Obs: No local haverá possibilidade de adquirir materiais relacionados ao tema da CF 2017
Faça sua inscrição até 11/11/2016 (Vagas limitadas)

 

19 de novembro de 2016
7h30 – 12h30
Colégio Madre Cabrini – R. Me. Cabrini
36 – Vila Mariana, São Paulo – SP – Brasil
ANEC em São Paulo – (11) 3825-7126
anec.sp@anec.org.br

Campanha da Fraternidade 2017: Obrigado, irmã água

Pe. Nicolau João Bakker, SVD

Introdução:

A Campanha da Fraternidade de 2017, mais uma vez, nos convida a entender melhor, e tratar com mais carinho, a natureza que nos envolve. Apresentando como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da Vida”, ela pede nossa atenção para os diferentes biomas brasileiros e nos alerta: os biomas têm a ver com a “Vida” que, como cristãos e cristãs, somos chamados/as a defender. A questão é séria. Morrendo os biomas, morreremos com eles.

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Mas, perguntemos antes, quais são os biomas brasileiros? Tradicionalmente são seis: a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, o Pantanal, a Mata Atlântica e os Pampas do Sul. Ultimamente acrescenta-se a eles a Zona Costeira e Marinha. O que estes biomas têm a nos dizer? É provável que a Revista Vida Pastoral, nos primeiros meses de 2017, publique um artigo nosso que mostrará em detalhes “a Vida como ela é”, e como os biomas expressam em escala maior o que a Vida é em escala menor. Por onde olharmos para a “Vida”, desde a mais pequenina célula de qualquer ser vivente até o grande bioma, sempre encontraremos uma “teia partilhada”, feita inteiramente de “relações colaborativas”. Uma teia onde, como diz o papa Francisco, “tudo está interligado”. Também as sociedades humanas são expressões desta “Vida”. Ou, melhor, deveriam ser a expressão dela. Apenas o ser humano, com sua consciência, pode passar por cima da “fraternidade biológica” e, rompendo as relações colaborativas, faltar com a “fraternidade cristã”.icone_cf2017

Neste artigo não trataremos da “Vida” de forma genérica. Vamos olhar para o elemento da natureza que mais a sustenta: a água. Se a Campanha da Fraternidade nos pede para atuar “em defesa da Vida”, é antes de tudo da água que devemos cuidar. A Vida, como veremos, tem sua origem na água e dela depende. Iniciaremos nossa “meditação” olhando para a água como a fonte da “Vida”. Em seguida veremos o que pode ser feito para cuidar dela de forma mais colaborativa.

I – A água: fonte da “Vida”

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Campanha da Fraternidade 2017 já disponíveis: cartaz, texto-base e hino

Em 2017, a Campanha trará o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação”

Campanha da Fraternidade 2017 Biomas CNBB

A Campanha da Fraternidade (CF 2017) terá como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15).
Para essa iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta o texto-base da CF 2017 que terá como proposta principal dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho.

Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.

O texto-base está dividido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais. Também traz reflexões do tema sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha 2017.

A partir do texto-base todas as comunidades, paróquias e dioceses do Brasil organizam formações e ações para o período de realização da CF 2017 que tem seu ponto alto o tempo da quaresma. Além disso, a CNBB realiza concursos para a escolha do cartaz e hino da CF.

Cartaz da CF-2017 que será usado em todas as comunidades da CNBB

Cartaz da CF-2017 que será usado em todas as comunidades

Para colocar em evidência a beleza natural do país, identificando os seis biomas brasileiros, o Cartaz da CF 2017 mostra o mapa do Brasil, em imagens características de cada região. Compõem também o cenário, como personagens principais, os povos originários; os pescadores e o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, acontecido há 299 anos. Além da riqueza dos biomas, o cartaz quer expressar o alerta para os perigos da devastação em curso, além de despertar a atenção de toda a população para a criação de Deus.

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Para 2017 o cartaz já está disponível junto com o texto-base no site das edições CNBB e o hino já foi escolhido tendo como ganhadores do concurso o padre José Antônio de Oliveira, de Barão dos Cocais (MG) e Wanderson Luiz Freitas da Silva de Goiânia (GO) que compuseram a letra e a música oficiais do hino.

O CD da Campanha da Fraternidade 2017 deve ficar pronto ainda em 2016, e também irá contar com mais três músicas que foram enviadas ao concurso, que são de autoria do Padre Cireneu Kuhn, verbita de Santo Amaro (São Paulo), Casimiro Vidal Nogueira, de Curitiba (PR) e da parceria entre J. Thomaz Filho e Wallison Rodrigues.

No Portal Kairós você tem a cobertura completa de diversas comunidades e materiais de divulgação exclusivos.

 

Portal kairós com informações da CNBB

Apresentamos o Cartaz da Campanha da Fraternidade 2017

Apresentamos com exclusividade o Cartaz da Campanha da Fraternidade 2017

Explicação do Cartaz da CF 2017

Para colocar em evidência a beleza natural do país, identificando os seis biomas brasileiros, o Cartaz da CF 2017 mostra o mapa do Brasil, em imagens características de cada região. Compõem também o cenário, como personagens principais, os povos originários; os pescadores e o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, acontecido há 299 anos. Além da riqueza dos biomas, o cartaz quer expressar o alerta para os perigos da devastação em curso, além de despertar a atenção de toda a população para a criação de Deus.

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CF 2017: Uma nova concepção de vida fraterna

Nicolau João Bakker, SVD

Introdução:

Surpreendeu-me o tema da CF de 2017: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida“. O que a fraternidade tem a ver com os biomas brasileiros? Tradicionalmente nossos biomas são seis: a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga, a Mata Atlântica, o Pantanal, e os Pampas do Sul. Ultimamente se acrescenta a eles a Zona Costeira e Marinha. Não é um pouco artificial ligar estes biomas ao conceito de fraternidade?

icone_cf2017_bioma A fim de encontrar uma resposta mergulhei na minha infância. Lembrei-me do lugar onde nasci: quase dois metros abaixo do nível do mar, num dos famosos “pôlderes” holandeses, uma grande e rica extensão de terra cercada pelos não menos famosos “diques” da Holanda. Tudo fruto de uma luta mais do que secular contra a temível bravura do mar. Chamavam-nos de “frísios do Oeste”, isto em oposição aos frísios “de verdade” que moravam do outro lado de um grande braço do mar, a 25 km. de distância. Lá se falava uma outra língua que nem sequer entendia. Aliás, mesmo do nosso lado, em cada aldeia, de 3 em 3 km, o linguajar do povo – e também o modo de brincar, caçoar, torcer e opinar – era um pouco diferente. Em seu conjunto, nós, frísios do Oeste, constituíamos claramente uma “tribo” bem diferente das demais tribos holandesas. Depois de adulto me dei conta que até na religião éramos diferentes. Tínhamos, sem dúvida, um modo bem próprio de encarar as nossas obrigações religiosas.

Quando minha família, na década de 1950, emigrou para o Brasil, estabelecendo-se numa pequena cooperativa agrícola na área metropolitana de Campinas (Holambra), eu, com 21 anos de idade, enfrentei um mundo totalmente novo. Juntamente com meu pai e meus três irmãos, era preciso aprender a tirar o sustento para uma família de 11, não mais a partir de um único alqueire do bioma pôlder, mas agora a partir de um bioma inteiramente diferente. Os muitos cupinzeiros esparramados pelo velho pasto à nossa frente não deixavam dúvida. Estávamos diante de um “latifúndio” de 14 alqueires de cerrado paulista. Trabalhando na roça com paulistas, mineiros e cearenses, goianos, baianos e paranaenses, fui logo percebendo que cada um/a trazia do seu bioma de origem – evidentemente com variedades regionais – um mundo próprio, não apenas no sotaque, nos costumes e nas tradições, mas também em todo um jeito particular de encarar a vida.

CF 2017: Uma nova concepção de vida fraterna

Animais dos biomas brasileiros, ilustração por Digerson Araújo

De fato, mais do que nosso estado ou região de origem, é o bioma que define o viver, conviver e sobreviver do ser humano. A modernidade, com sua fortíssima tendência de criar o “homo globalis” – fruto de uma mídia homogeneizadora e um novo estilo de vida, urbano, escolarizado, e industrializado – tende a aniquilar o efeito bioma, mas não há como. Cada bioma é o resultado de forças cósmicas que mudam apenas a longuíssimo prazo e que ultrapassam em muito a capacidade humana de, de alguma forma, dominá-los. Muito antes de o ser humano destruir o bioma, o bioma irá destruir o ser humano. Em muitos sentidos o bioma “gera” o ser humano, dando-lhe sua característica própria, não apenas nas feições do corpo, mas também nas da alma. A não ser que algum imperialismo religioso a tenha modificado, em cada canto do planeta encontraremos uma população originária dirigindo ao mundo do além uma oração particular e muito própria.

O objetivo deste artigo é demonstrar que, das ciências da vida, surge uma nova concepção de “vida fraterna”. Se queremos realmente “defender a Vida”, como pede a Campanha da Fraternidade, vamos ter que “educar o nosso olhar” – como dizia Teilhard de Chardin (†1955) – e perceber que, de fato, somos irmãos e irmãs não apenas dos nossos semelhantes, os seres humanos, mas também, como já intuía São Francisco de Assis (†1226), de todos os demais seres vivos do planeta. Faremos isto, em primeiro lugar, observando “a Vida como ela é”. Em seguida veremos que também o bioma, como a própria “Vida”, é sempre uma “teia partilhada”. E, finalmente, tiraremos algumas conclusões pastorais “em defesa da Vida”.

I –  “A Vida como ela é”

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