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Politizar: atitudes de um verdadeiro cristão

Em meio à crise política e ética que o Brasil vive nos últimos anos, pode-se afirmar que o brasileiro não gosta de política. E não tem motivos para gostar, uma vez que a conta não fecha: pagam-se os impostos e, ao invés de receber serviços públicos de qualidade, vê um Estado quebrado, defasado, ineficiente, comandado por gente cuja competência só se percebe nos esquemas de corrupção.

É claro que também percebemos, em uma parte considerável da sociedade, uma grande imaturidade cidadã. Seja na hora de votar, ou na busca por um “direito”, consideram apenas o interesse individual, e se esquecem do coletivo. Dessa forma, “furar fila” não é pecado, ou “conseguir” um trabalho com o apoio de um político significa “ajuda”. Atitudes assim afastam o brasileiro da Política, a boa e ideal Política, para que possamos viver em uma verdadeira nação democrática.

Aprendemos que a “democracia” no Brasil é exercitada apenas por meio do voto. Mas ela precisa ser muito mais que isso, como afirma a Doutrina Social da Igreja: “toda democracia deve ser participativa. Isto implica que os vários sujeitos da comunidade civil, em todos os seus níveis, sejam informados, ouvidos e envolvidos no exercício das funções que ela desempenha” (DSI, 190).

Porém, muito mais que saber das coisas, entender como elas funcionam, e reivindicar seus direitos, é preciso pensar no conjunto da sociedade. Aí sim, passaremos a compreender o que é “público” e o que é “privado”, e a raiz do desejo de tirar vantagem, que está na corrupção, pode ser superado. Assim, deixa-se de lado a política “partidária”, e se passa a fazer a verdadeira política.

Sempre será decepcionante conhecer casos de corrupção, e pior ainda ver que a punição nem sempre vem na proporção do estrago que o desvio de recursos provoca na sociedade. Mas não podemos perder a esperança, nem a coragem de querer ser diferente, e fazer a diferença. Vamos politizar a sociedade, criando consciência de cidadania, em assim construir um país melhor a cada dia.

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Confira texto sobre o 2º dia de coletivas

O segundo dia de Coletivas de Imprensa da 55ª Assembleia dos Bispos do Brasil trouxe como temáticas o tema central da assembleia, os 10 anos da Conferência da Aparecida e o projeto “Pensando Brasil” que aborda neste ano o tema da educação.

Na conversa com os jornalistas a coletiva teve a presença do Bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), Dom Joel Portela Amado, o Arcebispo coadjutor de Montes Claros (MG), Dom João Justino de Medeiros e o Bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), Dom Leomar Brustolin.

Tema Central preocupa-se com transmissão da Fé

Dom Leomar destacou a preocupação do episcopado com o tema da iniciação da vida cristã. Ele abordou algumas preocupações, por exemplo, como a questão da transmissão da fé às novas gerações e a grande preocupação da Igreja em formar não só adeptos, mas discípulos. “É preciso avaliar e dizer quais caminhos retomar”, disse.

Para tal a missão dos bispos é traduzir toda a linguagem que for técnica de forma acessível e concreta para a pastoral, por isso o texto tem sido encarado por uma comissão, que constatou que muitas paróquias do Brasil já conhecem a iniciação da vida cristã, mas também o fato de que muitas ainda não chegaram neste ponto, e por isso, o texto visa uma retomada dessa caminhada. “Percebeu-se que o texto deveria ser conciso e que fosse dirigido a um público que seria os catequistas em primeiro lugar, com linguagem acessível, direta e com mudança de prática. Uma renovação paroquial, não é uma reforma de catequese, mas uma conversão pastoral de toda comunidade para acolher, inserir, e comprometer os novos cristãos”.

Conferência de Aparecida pode ser traduzida como conversão pastoral

Ao falar dos 10 anos da Conferência de Aparecida, Dom Joel revela que não é simplesmente momento de fazer memória, mas refletir o quanto ele é importante. Para ele é importante saber que o Documento de Aparecida é uma mudança não no sentido de como a Igreja se anuncia, mas como exerce sua missão.

Ele também refletiu sobre a questão da transmissão da fé, que assim como tem sido refletida nesta assembleia, também já se apresentava no Documento de Aparecida, o que mostra uma igreja preocupada em cumprir a missão. “Aparecida também assume publicamente que não é mais tão tranquila a transmissão da fé naqueles que foram durante séculos os mecanismos tradicionais de transmissão e propõe recomeçar a partir de Jesus Cristo”, aponta.

Um aspecto relevante é o fato de não pressupor que Jesus seja conhecido pelas pessoas, mas apresentar a pessoa de Jesus e ajudar a tirar consequências disso. Aparecida mostra que esses 10 anos precisam de mais tempo, porque tudo se transforma com rapidez absurda, no mundo econômico, social, político e cultural. O que servia pra fazer a ponte entre fé e vida foi se mostrando frágil”, disse.

O Bispo auxiliar do Rio de Janeiro também lembrou que o Cardeal Bergoglio foi o presidente da comissão de redação do documento. “Ali tem o suor, o empenho e o esforço daquele homem”, relembrou.
Dom Joel finalizou dizendo que é preciso encontrar uma série de riquezas no Documento de Aparecida e que significa que ainda existirá muito tempo de mergulho em detalhes do documento. “Aparecida precisa ainda de muito tempo para ser assimilada”.

Propostas para uma educação enfraquecida

Dom João Justino encerrou o dia de coletiva apresentando o quarto ano do projeto Pensando Brasil, que nasceu para ser um espaço de contribuição na sociedade a partir da experiência da Igreja em temas que tocam a sociedade.

Atualmente tem sido trabalhado e pensado uma educação que cuide da pessoa em todas as dimensões humanas.
Ele mostrou aspectos relevantes que mostram um aumento no acesso a escola, mas que também traz o desafio da permanência. Segundo o bispo há um enfraquecimento da educação. “A escola tem de ser responsabilidade de todos”, citou.

O bispo também criticou as contínuas reformas na educação que não visam um processo de continuidade.

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Santuário de santa Giana

Duas cidades: Mesero, no norte da Itália, e Franca, no interior de São Paulo. A primeiro, uma pequena cidade, ‘vicina a Milano’ (vizinha de Milão) e a outra conhecida como a capital brasileira do calçado. Duas realidades geográficas e sociais completamente diferentes, mas que se deram as mãos pelos vínculos da fé. Lá, em Mesero, viveu Gianna Beretta Molla… aqui, em Franca, essa jovem mãe italiana se fez amada por ter participado de uma história de fé que transformou a vida de uma família e que a dignificou, eternamente, aos altares da santidade do catolicismo.

Santuário de Santa Giana, em Mesero, no norte da Itália.

Em Mesero, um santuário diocesano acolhe hoje as relíquias de santa Gianna. A pequena igreja tem uma história secular, e originalmente era dedicada a Purificação de Santa Maria Virgem. Somente com o reconhecimento da santidade de Gianna, cidadã de Mesero, é que o templo foi restaurado, adaptado e recebeu, junto com as relíquias da jovem mãe italiana, o título de santuário diocesano da Família, dedicado a Santa Gianna Beretta Molla.

A dedicação oficial da igreja como santuário aconteceu no dia 01 de novembro de 2007. E em 2009 foi inaugurado um anexo, um espaço chamado de “Centro de Espiritualidade para a família”. O anexo possui quatro salas para encontros e reuniões, a maior delas dedicada ao Beato Papa Paulo VI, o primeiro dos papas a destacar a vida cristã de santa Gianna, mesmo antes dela ser oficialmente canonizada.

Aliás, ela foi canonizada em 2004 pelo agora também santo São João Paulo II. A jovem mãe italiana tem uma belíssima história de amor pela família e pelos filhos, que termina com o sacrifício de sua vida para que outra vida, a de sua filha caçula, pudesse acontecer. Gianna nasceu em 1922. Foi educada dentro da fé cristã desde tenra idade, e desejosa de viver o amor a Jesus Cristo de modo radical, Giana encontrará no matrimônio, com Pietro Molla, a vocação sublime de ser mulher, esposa e mãe.

Três foram os frutos de seu ventre, Pierluigi, Mariolina e Laura, antes de se descobrir grávida do quarto bebê, Joana. Esta última gravidez, dentro de um quadro de risco, apresentou a Gianna o dilema que a faria santa: preferiu oferecer-se ao risco da morte, contanto que sua filha nascesse em segurança. De fato, após o nascimento de Joana, sua mãe tem sérias complicações de saúde e falece sabendo que seu último desejo materno, feito ao médico, fora atendido: “Se deves decidir entre eu e a criança, sem nenhuma hesitação – exijo – escolhe a criança. Salvai-a”. Desde então, o local da sepultura de Gianna converteu-se em local de visitas e peregrinação: a doação materna, reconhecida pelo povo de Deus, dava-lhe a coroa de santidade.

A jovem mãe italiana assume o papel de intercessora das famílias!

Em Franca, no ano de 1999, a intercessão da Beata Gianna é reconhecida no fato irá consagrá-la definitivamente com uma santa mulher de Deus. Elisabete e Carlos César, também pais de três filhos, encontram-se em semelhante situação que anos atrás tinha colocado Gianna diante de seu dilema existencial: uma quarta gravidez de risco. Incentivados pelo bispo diocesano, Dom Diógenes, o casal recorre com preces à intercessão de Gianna, e mesmo sem liquido amniótico para sustentar o feto, Elisabete chega ao fim da gravidez e recebe nos braços a pequena Gianna Maria, assim chamada para homenagear aquela que esteve, dos céus, intercedendo pelo casal. O testemunho do casal de Franca, descrito nos autos da canonização com detalhes, será base para o reconhecimento do milagre para a santificação de Gianna. A jovem mãe italiana definitivamente assume o papel de intercessora das famílias!

Esse reconhecimento oficial fez da igreja paroquial de Mesero ser reconhecida com Santuário da Vida, local de repouso de Gianna Molla. Ali, a igreja paroquial que desde o século 13 ilumina a vida do povo de Deus, converteu-se em Santuário, agora adaptado para receber os devotos que buscam o conforto espiritual para suas famílias. O som dos sinos, relíquia da igreja, deixam ainda mais inspirados os que se ajoelham diante do túmulo de Gianna para rezar.

Para saber mais:
www.santuariosantagianna.it
Santuário diocesano della Famiglia
“Santa Gianna Beretta Molla”
Piazza Europa 2 – 20010 Mesero – Milão

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São Jorge é ou não um santo católico?

São Jorge

São Jorge

Os santos foram aqueles que viveram a radicalidade do amor a Cristo, traduzido, acima de tudo, no amor aos pobres e no testemunho da fé feito com a própria vida. Entre os santos temos inúmeros mártires, que são aqueles que morreram pela fé. Aceitaram passar pela morte do corpo, mas não perderam aquilo que dava esperança de vida: a fé em Jesus Cristo.

São Jorge é retratado como soldado sobre seu cavalo, lutando contra o dragão. O dragão simboliza a idolatria que mata inocentes e causa destruição. A idolatria é vencida pelas armas da fé, símbolo da lança na mão de São Jorge.

Entre os vários mártires dos primeiros séculos da Igreja temos São Jorge. Muitas histórias se criaram em torno deste Santo. Mas o que se destaca é o testemunho de sua fidelidade a Jesus Cristo. São Jorge é tão importante na história da fé cristã que ele é venerado tanto pela Igreja Romana, como pela Igreja Ortodoxa e pela Igreja Anglicana. Por isso, São Jorge não só é santo católico, como é um grande santo da nossa Igreja, modelo a ser seguido pelo seu testemunho de fé e fidelidade a Cristo. Vamos olhar um pouco a história de vida deste nosso santo.

São Jorge nasceu em 275 na Capadócia – Turquia. Ainda criança mudou-se para a Palestina com sua mãe, após seu pai ser morto em batalha a serviço do império romano. Quando jovem entrou para o exército romano e por suas habilidades e competência tornou-se capitão do exército e, mais tarde, guarda pessoal do Imperador Diocleciano.

Como cristão, sempre lhe incomodou a forma como o império romano tratava os que acreditavam em Jesus Cristo e sempre procurava amenizar o sofrimento daqueles que eram perseguidos e torturados por causa da fé. Após a morte de sua mãe, doou toda herança que tinha para os pobres.

Diocleciano, em 302, publicou um edito que mandava prender todo soldado romano que se declarasse cristão. Após ver este decreto, São Jorge foi diante do imperador e declarou sua fé em Jesus Cristo. O imperador, por admirar muito suas habilidades como soldado, tentou destruir sua fé, oferecendo a ele terras e muito dinheiro.

Mas São Jorge não aceitou abandonar a Cristo, seu verdadeiro tesouro, para ficar com bens materiais. Não tendo conseguido persuadi-lo com bens materiais, o imperador mandou tortura-lo, pensando que sofrendo a dor no corpo deixaria a fé presente em sua alma. Porém, mesmo diante de terríveis torturas e flagelos, São Jorge continuava se apresentando diante do imperador como sendo de Cristo. Então Diocleciano mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia, na Ásia Menor.

A fama de sua fé e de sua fidelidade a Cristo foram crescendo cada vez mais no coração dos cristãos. Constantino, primeiro imperador a aceitar os cristãos, mandou erguer um grande oratório onde São Jorge foi sepultado, na cidade de Lida, na Palestina. No século V já havia 5 igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. No Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram 4 igrejas e 40 conventos dedicados ao mártir São Jorge.

Paulo VI, em 1969 reformou o calendário da celebração dos Santos, e a memória de São Jorge passou a ser facultativa. Porém nas comunidades de onde ele é Padroeiro, sua memória é celebrada como festa litúrgica. Ele é Padroeiro da Inglaterra, de Montenegro, Etiópia etc. São Jorge é também padroeiro das cidades de: Londres, Barcelona, Gênova, Moscou e Beirute. No Brasil há muitas igrejas dedicadas a São Jorge, paróquias e comunidades.

A imagem de São Jorge vem repleta de simbolismos. Ele aparece como soldado sobre seu cavalo, lutando contra o dragão. O dragão simboliza a idolatria que mata inocentes e causa destruição. A idolatria é vencida pelas armas da fé, símbolo da lança na mão de São Jorge.

Oração de São Jorge
Oh! Glorioso Guerreiro São Jorge, eu te suplico confiante que serei atendido, neste momento difícil da minha vida, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, com Vossa Espada de Luta, venha cortar todo mal que possa atingir minha vida.
Com a força do teu poder de defesa, eu me coloco na proteção do teu escudo, para combater o bom combate contra todo mal ou influência negativa que estiver em meu caminho. Amém.
São Jorge Cavaleiro, guiai-me! São Jorge Guerreiro, defendei-me! São Jorge Mártir, protegei-me!

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