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Reflexão e sugestão para a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo 2022 do Ano C

Para o Domingo: 20/11/2022

Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo 2022 – Ano C

2Sm 5,1-3; Sl 121; Cl1,12-20; Lc 23,35-43

Rei do Universo 2022

VIENA, ÁUSTRIA – 5 DE JULHO DE 2021: O detalhe do ícone de Cristo Rei – Pantokrator na igreja Barbara Kirche por Moses Subotic (1780).

Retiro de Advento e Natal 2022:

O Rei, que veio para servir, amar e libertar, foi colocado em uma cruz, pois os desejosos de vanglória não suportaram a força da verdade. Quem não consegue abraçar a verdade acha que é melhor condená-la.

Foi o que fizeram com Jesus. Ele pendeu no alto de uma cruz. Ironicamente ainda colocaram sobre sua cabeça: “Este é o rei dos judeus”. O poder que gosta do poder e renega o amor, a verdade, o serviço e a solidariedade zomba do Filho de Deus. O povo foi obrigado a exigir que Ele fosse morto. Foi manipulada a consciência do povo, e o deixaram mudo, calado, estupefato. O que faziam os que se achavam grandes, fortes e poderosos? O que faziam os chefes e os soldados? Provocavam: “Se és o rei dos judeus, salva a ti mesmo”.

Aqueles dois malfeitores ou criminosos também se dividiram diante de Jesus. Um dizia que Jesus devia se salvar e salvá-los também. O outro o repreendia, dizendo que estavam ali porque mereciam, mas Jesus não, pois nada havia cometido de mal. Que abertura de coração para a verdade de Cristo. Reconheceu a pessoa de Cristo como Senhor. E completou:”Jesus, lembra-te de mim quando entrares em teu reinado”, com uma atitude de humilde, de confiança e de reconhecimento da misericórdia divina. Pôde ouvir a palavra confortadora e misericordiosa de Cristo: “Hoje ainda estarás comigo no paraíso”. Ali, no suplício da cruz, Jesus revelou-se como o Senhor de misericórdia, verdadeiro rei, ou seja, como o portador da salvação.

Esse mesmo Jesus, sacrificado na cruz, continua a nos pedir fidelidade, coragem e misericórdia. Ele quer ser nosso Senhor, se correspondermos com seu ensinamento.

0 fato de celebrar Jesus, Rei do universo, dá-nos a universalidade da salvação e também nos provoca a vivermos com verdadeira decência cristã. Não basta dizermo-nos cristãos, mas vivermos com o desejo dos poderosos de ontem e de hoje. A justiça, a paz e a alegria de viver continuam esperando uma resposta mais convincente de nós, cristãos. Reconhecemos os valores do Reino, mas ainda não os plantamos definitivamente em nossa vida e na sociedade; pois, se plantarmos em nós, a sociedade também se impregnará dessa mesma verdade.

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Reflexão e sugestão para a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo 2021 do Ano B

21/11/2021 – Novembro

Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo 2021 – Ano B

Dn 7,13-14; SI 92; Ap 1,5-8; Jo 18,33b-37

Rei do Universo 2021

O fio condutor das leituras deste domingo é o exercício do poder a serviço da vida. O poder eterno do Filho do Homem e de Jesus serve a vida, faz o povo viver em paz e revela o Reino de Deus. No começo do Evangelho de Marcos, Jesus pregava dizendo: “o Reino de Deus está próximo!” (Mc1,15). O povo conhecia bem o significado da expressão “Reino de Deus”. Ela resumia toda a Aliança. No Evangelho de hoje, diante de Pilatos, Jesus assumiu sua realeza. Mas que tipo de rei é Jesus?

Naquela época, havia muito sofrimento, causado por uma violência estúpida, vinda da parte dos governantes, dos reis, das lideranças do próprio povo e do império romano. O império era o mundo. Jesus disse com clareza que seu Reino “não é deste mundo”, ou seja, não podemos confundir a proposta de Jesus com qualquer proposta política em nossa sociedade.

O Reino de Deus não pode ser fruto de uma revolução violenta ou de regimes nacionalistas messiânicos, por mais que eles se apresentem assim. O Reino não vai surgir com perturbações armadas ou com cataclismos apocalípticos. Jesus ensina que o Reino já está no meio de nós. O Reino já está presente na humanidade (cf. Lc 17,21). Deus já está reinando. Onde? Na própria manifestação de Jesus. Em seus gestos, suas opções e suas palavras, Ele nos revelou o Reino de Deus. Ao longo das leituras dos domingos deste ano, conhecemos um pouco mais Jesus.

Sabemos que Ele foi um rei bem diferente das imagens dos que conhecemos, que foi, antes de tudo, um rei pobre. Não possuiu exércitos nem qualquer tipo de força militar. Em sua ação, combateu os males causados por uma sociedade injusta e desigual. Mesmo desarmado, mas com a força do Pai a seu lado, combateu a fome, as doenças, a ignorância, a solidão, os preconceitos, a violência, a injustiça, o medo, o sofrimento, o pecado e a morte. Veio trazer a bênção da vida que tínhamos perdido por causa do pecado. Nesta festa de Cristo Rei, queremos ser bons e fiéis súditos de seu Reino. Queremos renovar o compromisso de seguir na estrada de Jesus. Compete a nós, hoje, combater o bom combate em defesa da vida, guardar a fé e não perder a esperança. Nessa luta pelo Reino, descobriremos a presença de Deus no meio de nós.

Sugestões litúrgicas para a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo 2021 – Ano B

– Antes da procissão de entrada: lembrar que a festa de Jesus, Rei do Universo 2021, coroa o ano litúrgico e marca um grande final vitorioso para cada um, se houver participação efetiva das pessoas de bem.

– Procissão entrada: fazer a procissão motivada pela aclamação a Cristo Rei, semelhante à do Domingo de Ramos, com um cântico apropriado.

– Ação de graças: lembrar os eventos significativos, operados na Comunidade neste ano.

– Após a bênção final: cantar o cântico “Vitória! Tu reinarás! Ó Cruz, tu nos salvarás…!”

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo 2020 – Ano A

22/11/2020

Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo 2020 – Ano A

Ez 34,11-12.15-17; SI 22; ICor 15,20-26.28; Mt 25,31-46

Jesus Cristo, Rei do Universo 2020 - Ano A

Jesus, o Rei Pastor

Solenidade que celebramos evidencia o reinado de Cristo sobre todo o universo. Porém , trata-se de um rei que não busca honras e glórias para si, pois não há necessidade delas. Ainda mais interessante é que Jesus, em nenhum momento, cogita o reino de Deus estruturado no esquema senhor/súditos. Ao contrário, sempre mostra que o Reino é de Amor, que o Senhor é Pai misericordioso e que o julgamento final não é decretado, mas constatado a partir da vivência de cada um. De sua parte, Ele não vem para condenar, mas para salvar o mundo.

Ezequiel insiste com o povo de Deus, exilado em terras estrangeiras, que o Senhor não é um rei cheio de pompas, mas um pastor que quer congregar a todos em seu amor. E Paulo, após a experiência com o Ressuscitado no caminho de Damasco, professa que o amor de Deus, manifestado plenamente em Cristo, é amor comunhão, que acolhe o coração arrependido. Nem mesmo a morte, provocada pelo pecado, pode separar-nos do amor de Deus. O apóstolo afirma que Cristo é Rei por sua doação extrema na cruz e por sua ressurreição gloriosa. No mistério pascal, Deus é tudo em todos.

O convite à caridade

Ao falar do julgamento das nações, Cristo se mostra como verdadeiro Redentor da humanidade. Seu julgamento não é feito a partir de um trono glorioso, mas parte da experiência concreta dos mais necessitados. Jesus, Rei do Universo, deixa claro que não quer ser reconhecido pelas pompas e honrarias, mas quer transparecer no rosto de todos e cada um de nós. Pensemos na alegria de um faminto que vê em nós o Cristo que o serve. E que alegria a nossa saber que estamos alimentando Cristo no irmão. Todos somos convidados a manifestar a presença do Cristo Rei e Senhor na singeleza da caridade.

No Reino de Deus, não se compram lugares de honra, pois seu reino começa aqui, sendo a eternidade uma extensão daquilo que já vivemos. As obras de misericórdia corporais não são, de modo algum, moeda de troca para entrar no reino, mas de entrar na mesma dinâmica do amor de Deus, sem a qual não faz sentido gritarmos pelo direito ao céu, dizendo que conhecemos o Senhor.
Ao término do ano litúrgico, façamos um profundo exame de consciência sobre o modo como estamos vivendo a proposta do Reino de Deus. O critério, que o próprio Jesus nos oferece, é a caridade, a maior de todas virtudes por nos levar a Deus, a nós mesmos e aos irmãos.

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