O que os catequistas deveriam saber antes de começar na catequese?

01 – Você está sendo convidado para uma missão e não para uma simples tarefa que qualquer um executa. Encare a catequese como algo sério, comprometedor, útil. Suas palavras e suas ações como catequista terão efeito multiplicador se forem realizadas com ânimo e compromisso;

02 – Sorria ao encontrar seus catequizandos. Um catequista precisa sorrir mesmo quando tudo parece desabar. Execute sua tarefa com alegria e não encare os encontros de catequese como um fardo e ser carregado;

03 –  Se no primeiro contratempo que aparecer você desistir, é melhor nem começar. A catequese, assim como qualquer outra atividade, apresenta situações difíceis. Mas que graça teria a missão de um catequista se tudo fosse muito fácil? Seja insistente e que sua teimosia lhe permita continuar nesta missão e não abandonar o barco na primeira situação adversa;

04 – Torne os pais de seus catequizandos aliados e não inimigos. Existem muitos pais que não querem nada com nada na catequese. Mas procure centrar o seu foco naqueles que estão empolgados, interessados e são participantes ativos. Não fiquem apenas reclamando as ausências. Vibre com as presenças daqueles que são compromissados com a catequese e interessados pela vida religiosa de seus filhos;

05 – Lembre-se sempre que você é um catequista da Igreja Católica. Por isso você precisa defender as doutrinas e os ensinamentos católicos. Alguns catequistas que se aventuram da tarefa da catequese, as vezes, por falta de preparo, acabam fazendo, nos encontros, um papel contrário aquilo que a Igreja prega sobre diversos assuntos. Isso é incoerência das maiores;

06 – Não esqueça da sua vida pessoal. Por ser catequista, a visibilidade é maior. Então cuide muito dos seus atos fora da Igreja. Não precisa ser um crente, mas é preciso falar uma coisa e agir da mesma forma. A incoerência nas ações de qualquer cristão, passa a ser um tiro no pé;

07 – Saiba que você faz parte de um grupo de catequistas e não é um ser isolado no mundo. Por isso, se esforce para participar das reuniões propostas pela equipe da sua catequese. Procure se atualizar dos assuntos discutidos e analisados nestas reuniões. Esta visão comunitária é essencial na catequese. Catequista que aceita a mudar catequese e acha que o seu trabalho é apenas com os encontros, está fora de uma realidade de vivência em grupo;

08 – Frequente a missa. Falamos tanto nisso nos encontros, reuniões e retiros de catequese e cobramos que os jovens e os pais não frequentam as celebrações no final de semana. O pior é que muitos catequistas também não vão à missa. Como exigir alguma coisa se não damos o exemplo?

09 – Seja receptivo com todos, acolhedor, interessado. Mas isso não significa ser flexível demais. Tenha regras de conduta, acompanhe a frequência de cada um de seus jovens, deixe claro que você possui comando. Fale alto, tenha postura corporal nos encontros, chegue no horário marcado, avise com antecedência quando precisar se ausentar, mantenha contato com os pais pelo menos uma vez por mês. Você é o catequista e, através de você, o reino de Deus está sendo divulgado. Por isso, você precisa não apenas “aparentar”, mas ser catequista por inteiro;

10 -Seja humilde para aprender. Troque ideias com os seus colegas catequistas. Peça ajuda se for necessário. Ouça as sugestões e nunca pense que você é o melhor catequista do mundo. Não privilegie ninguém e trate todos com igualdade. Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. É Ele quem opera quem nos conduz e, através de nós, evangeliza. Seja simples, humilde e ao mesmo tempo forte e guerreiro para desempenhar a sua missão.

Texto do livro “Paixão de Anunciar”
Alberto Meneguzzi / Portal Kairós

16 de dezembro: 3º Domingo do Advento

ALEGRIA VERDADEIRA

O Senhor nos reúne para celebrarmos o terceiro domingo do Advento, chamado de “domingo da alegria”. A liturgia nos convida a cantar alegres e agradecidos a Deus, porque Jesus vem ao mundo para nos trazer a salvação e renovar nossa esperança num mundo de fraternidade e paz. Nossa coroa do Advento ficará mais bonita e iluminada, pois acenderemos a terceira vela.

LIÇÃO DE VIDA
Nossa alegria em celebrar o Natal se torna maior quando realizamos gestos de solidariedade, amor e fraternidade em favor de nossos irmãos e irmãs.

O terceiro domingo do Advento, conhecido como “domingo da alegria”, convida-nos a nos alegrarmos no Senhor, pois sua vinda se aproxima.

A alegria cristã tem um fundamento: a certeza de que Jesus é a Luz que ilumina os caminhos e as realidades, é o Messias e Profeta que batiza no Espírito Santo para recriar a humanidade segundo o projeto de Deus.

João Batista testemunhou, como ninguém, a vinda dessa Luz. Sua missão inspira cada cristão a viver como testemunha da Luz. Pois é Jesus o início, o fim e o centro, e nossa missão só tem sentido se fundamentada em Jesus e direcionada a ele.

O verdadeiro encontro com Jesus leva a reconhecê-lo como Aquele que vem da parte de Deus na dignidade de Messias. É encontro que leva necessariamente ao encontro dos outros, sobretudo dos pequenos, a quem Jesus veio revelar a Boa-Nova.

O Advento é tempo especial para preparar o caminho do Senhor. Preparamos a sua vinda preparando o nosso coração com a conversão da mente, assumindo hoje os mesmos sentimentos de nosso Senhor. Assim podemos ser, a exemplo de João Batista, voz profética que, transformando o coração, ilumina e transforma as realidades. Pois nosso batismo é no Espírito, que transforma e santifica. E não pode haver maior alegria, para os cristãos, do que encontrar Jesus, encontrando os menores do Reino.

O mundo está cansado de palavras e carente de testemunhos. Evangelizar é testemunhar a alegria de seguir Jesus, é expressar a certeza de que Deus vem caminhar conosco e nos ajuda a espalhar a luz do seu projeto de vida, vencendo as trevas da injustiça e da morte.

Não se trata da alegria consumista e individualista tão em moda, como diz o papa Francisco (exortação Gaudete et Exsultate, n. 128). Com efeito, “o consumismo só atravanca o coração; pode proporcionar prazeres ocasionais e passageiros, mas não alegria”. A alegria cristã é aquela “que se vive em comunhão, que se partilha e comunica” como amor fraterno.

 

Pe. Paulo Bazaglia, ssp

Precisamos aprender a viver a catequese da convivência

Todo aquele que cresce sem a catequese da convivência jamais estará apto para a vida em comunidade.
Acontece conosco que, de tanto usar determinadas palavras, não damos importância ao que elas realmente querem dizer.

“Bom dia!”
“Como vai?”
“Bem, graças a Deus!”

Nem sempre quem pergunta quer resposta, nem sempre quem responde está respondendo. Falamos, porque todo mundo fala isso quando se encontra. Mas será que pensamos o que essas frases, de fato, significam?

O que é catequese do “COM”?

Há uma mística profunda na preposição ‘com’, sem a qual o cristianismo seria uma religião só de fachada. É o ‘com’ que dá sentido ao cristianismo. Ex.: comum, comunidade, comungar, comunicar, companheiros, compaixão, condescendente, compreensão, Deus conosco, convivência entre outras.

Quem for ao dicionário olhar a raiz dessas palavras que começam com a preposição ‘com’ descobrirá o outro entrando em nossa vida ou nós entrando na vida dele, pois o significado supõe sempre a presença dos outros, aponta para a existência e a importância deles para nós. Só é sábio quem sabe conviver.

Os pais procuram pessoas para serem padrinhos e madrinhas de seus filhos, compadres e comadres dos pais, ou seja, pessoas que compartilham da educação da criança, ajudando a educá-las. Deus é Emanuel – EL – Deus; Manu – conosco. A essência da fé cristã está em crer que Deus pôs em comum, comunicou, veio ter conosco, porque tinha compaixão de nós.

Viver bem com as pessoas

A Trindade é uma comunhão de pessoas divinas. Nós confessamos, isto é, professamos juntos, comungamos do mesmo Pão, que é Jesus, e formamos comunidades de fé. Nossas Igrejas precisam ensinar a sabedoria da convivência, até porque nenhuma religião ensinará a viver sem a catequese do conviver. Afinal, foi de um ato comum e de um amor especial que ela nasceu.

Seus filhos não crescerão felizes se crescerem egoístas. Todo aquele que cresce sem a catequese do ‘com’ jamais estará apto para a vida comum ou para a democracia. Vai sempre “dar um jeitinho” de impor o seu jeito.

No início, havia o Verbo. O Verbo estava em e COM Deus.

 

Por Padre Zezinho, scj
Canção Nova / Portal Kairós

Conhecendo Deus – Dinâmica para a catequese

Objetivo

Promover momento de descontração e reflexão sobre a importância de conhecer Deus e Seu filho Jesus, sabendo que Ele nos ama e quer que amemos nossos irmãos

Material

* 01 cópia do texto(vejam no procedimento)
* 04 presentes (sugestão: 4 caixas vazias. Comprar uma caixa de bombom e colocar um pouco em cada caixa e embrulhar para presente) em cada caixa deve conter um bilhete escrito assim: ” Parabéns! Você foi o contemplado a conhecer Deus. Você sabe o que mais agrada a Deus? Ama-lo e amar os seus irmãos, por isso divida o presente que você ganhou com os irmão que ficaram sem.”

Procedimento

– Organizem os alunos em círculo.
– Entreguem quatro presentes a quatro pessoas, elas devem estar uma longe do outra.
– Falem: Será realizada a leitura de um texto. Toda vez que a palavra “direita” for falada, os quatro presentes devem ser movidos para a direita, isto é, a pessoa que está com o presente passa para a pessoa da direita. Se for a palavra “esquerda”, os presentes passam para a pessoa à esquerda.

Esta leitura, com movimentos dos presentes e ansiedade de saber quem serão os donos, trará dinamismo a leitura do texto sugerido.
– Enfatizem que no final da história quem estiver segurando o presente, será o dono dele.
– Comecem a leitura do texto:

Conhecendo Deus

Uma menina vivia muito triste e ninguém sabia o motivo. Certo dia, alguém perguntou-lhe o que havia acontecido e então a garotinha respondeu:
– Sou triste porque não conheço Deus.
Então lhe falou que a indicaria o caminho a Deus.

– Siga por esse caminho e vire a primeira rua a esquerda. Ali abrirá um campo verdinho a sua frente, siga pela esquerda em poucos passos avistará um rio a sua direita. Atravesse a ponte de madeira a direita e siga pela direita novamente. Se olhar pela direita haverá lindos pomares e a esquerda um curral cheio de boizinhos. Vire a direita entre as árvores. Caminhe sempre pela direita quando acabarem os pomares vire a direita novamente a sua frente haverá uma pequena cidade. Vire a esquerda após passar pela delegacia, depois vire direita e direita novamente, você verá um armazém a sua direita e uma loja de presentes a sua esquerda. Vire a direita após passar a loja de presentes a sua direita revelará uma linda igreja. Entre a igreja pela porta da direita e quando chegar próximo ao altar verá a sua direita uma portinha bem estreita a maçaneta esta do lado direito da porta. Ao atravessar a porta haverá um longo corredor, iluminado com algumas velas do lado direito. Siga em frente até avistar um clarão do lado direito. Entre nessa sala. Ali avistará um ancião.

A menininha fez todo esse trajeto, chegando lá quando entrou na salinha a sua direita um ancião de voz trêmula, que disse:
– Deus está aí dentro de você, do lado esquerdo do seu peito, dentro do coração.

Então a garota levou a sua mão direita ao seu peito esquerdo e deu um suave sorriso. Assim a garota nunca mais ficou triste e nas noites de véspera de natal geralmente faz uma oração a Deus, ao pé de sua cama que está simbolicamente representado por uma Bíblia numa mesa de cabeceira do lado direito de sua cama. Agradece a Deus, nesta oração, por ter tido a oportunidade de deixar Jesus nascer no seu coração.

– Em seguida, as pessoas que ficaram com os presentes deverão abri-los e e ler em silencio o bilhete dentro da caixa

 

Autoria do texto desconhecida
Ideia original desconhecida

 Catequese Católica / Portal Kairós

9 de dezembro: 2º Domingo do Advento

TEMPO DE CRESCER NO AMOR

Esta liturgia nos ajude a viver este tempo de esperança, preparando-nos para acolher Jesus, a salvação de Deus para a humanidade. Por meio da voz de João Batista, o Senhor nos guiará por caminhos de misericórdia, justiça e paz. Simbolizando a progressiva proximidade do Natal, acenderemos hoje a segunda vela da coroa do Advento.

LIÇÃO DE VIDA
Jesus nos acompanha e nos encoraja em nosso esforço de viver a conversão.

Desde pequeninos, ouvimos dizer que devemos crescer na vida. Geralmente o crescer, nesse sentido, tem que ver com sucesso, fama e outros atributos que nos situariam numa espécie de categoria privilegiada. Ocorre que a vida nos pede muito mais que isso. Seria muito triste uma existência baseada tão somente na frieza do status e na superficialidade dos cargos. A vida pede mesmo é afeto.

É claro que o intuito aqui não é desfazer da importância de uma boa carreira profissional e de um trabalho digno. Evidentemente a questão não é essa. Mas seria um desperdício grande gastarmos as energias de nossa curta travessia neste mundo numa espécie de luta para galgarmos o lugar de destaque e, depois, fazemos de tudo para mantê-lo.

A segunda leitura da liturgia de hoje é um bom exemplo para crescermos naquilo que vale a pena. O apóstolo Paulo, quando escreveu à comunidade dos filipenses, encontrava-se preso. A prisão se deu porque Paulo era um homem comprometido com a causa do evangelho, isto é, com a boa notícia. Os poderosos daquele tempo o encarceraram como forma de lhe calar a voz. Paulo estava se tornando uma ameaça aos homens do poder. Foi preso porque o mundo dos que detêm o poder da força odeia quem leva em seu coração o poder do amor. Amor que escolhe o lado dos que são desprezados e humilhados, feridos na carne e na alma.

Paulo, porém, sabia em quem acreditava. Ele tinha os olhos fixos naquele que dá sentido à vida: Jesus, o Filho de Deus que se fez menino. O apóstolo tinha no coração a mesma compaixão que Jesus sentia pelos sofredores do mundo. Embora tivesse capacidade de ocupar os melhores cargos profissionais, porque tinha formação para isso (uma vez que estudara nas mais renomadas escolas de seu tempo), Paulo preferiu fazer uso de sua sabedoria para ajudar os desprezados a encontrar um lugar no mundo.

Este tempo do Advento é momento oportuno para nos deixarmos inundar por bons sentimentos. Assim como Paulo apóstolo se derrama em ação de graças para a comunidade dos filipenses, também nós hoje somos chamados a sentir a alegria da boa notícia, que é Jesus. Ele quer nascer em nossa vida. Embora fosse Deus, fez-se pequeno, fez-se menino. Isso é revolucionário. Isso muda tudo. As grandezas do mundo são passageiras. O amor de verdade é eterno e enche nossos olhos de luz. Quem ama jamais se deixa cegar diante dos desafios do tempo presente. Jesus é o tempo perfeito que transforma nossa vida.

 

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp