Papa pede orações para viagem à Irlanda

Viagem do Papa Francisco para o Encontro Mundial das Famílias acontecerá neste final de semana

O Papa Francisco pediu, ao final da Catequese desta quarta-feira, 22, a intercessão dos fiéis por sua viagem à Irlanda, que acontecerá neste final de semana, por ocasião do 9º Encontro Mundial das Famílias.

“Rezem também por mim, a fim de que a próxima viagem a Dublin, em 25 e 26 de agosto próximo, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, seja um momento de graça e de escuta da voz das famílias cristãs de todo o mundo.”.

Em sua conta no Twitter, o Pontífice reforçou a importância da família, Santuário da Vida: “Vamos cuidar da família: ali está o nosso futuro.”

O Encontro Mundial das Famílias acontece desde ontem, e vai até domingo, 26.

Programação do Papa em Dublin

O Papa chega a Dublin no sábado por volta das 10h30 (hora local). Sua chegada inclui a cerimônia de boas vindas, e visita ao presidente do país, Michael Higgins. O primeiro discurso do Papa deve acontecer no Castelo de Dublin, no encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático.

No sábado a tarde, Francisco visitará a Catedral de Santa Maria, o centro de acolhida dos padres capuchinhos, e para as famílias sem-teto. O último compromisso do Papa no sábado é a Festa das Famílias no estádio Croke Park, ocasião em que fará um novo discurso.

No domingo, 26, o Papa visitará o Santuário de Knock, onde está a imagem de Nossa Senhora do Silêncio. De lá, rezará a oração mariana do Angelus com os fiéis.

Na parte da tarde, o Pontífice presidirá a Santa Missa no Phoenix Park e terá um encontro com os bispos no Convento das Irmãs Dominicanas. A cerimônia de despedida no aeroporto está prevista para as 18h30 (hora local).

Os Dois Franciscos: o de Assis e o de Buenos Aires

 

Canção Nova / Portal Kairós

Uma Breve Pausa com a clássica: Cantar a beleza da vida

No programa “Uma Breve Pausa”, confira a música: Cantar a beleza da vida

Nesta edição do programa “Uma Breve Pausa”, Juliana Moraes e o Coral Canção Nova ensinam técnicas vocais da música: “Cantar a beleza da vida”.

Essa canção é uma proposta para o canto de comunhão.

Letra da música

Cantar a beleza da vida, presente do amor sem igual:
Missão do teu povo escolhido! Senhor, vem livrar-nos do mal!

Vem dar-nos Teu Filho, Senhor
Sustento no pão e no vinho
E a força do Espírito Santo
Unindo Teu povo a caminho!

Falar do Teu filho às nações, vivendo como ele viveu:
Missão do Teu povo escolhido!
Senhor, vem cuidar do que é Teu!

Viver o perdão sem medida, servir sem jamais condenar:
Missão do Teu povo escolhido!
Senhor, vem conosco ficar!

Erguer os que estão humilhados, doar-se aos pequenos e aos pobres:
Missão do Teu povo escolhido!
Senhor, nossas forças redobre!

Buscar a verdade e a justiça, nas trevas brilhar como a luz:
Missão do teu povo escolhido!
Senhor, nossos passos conduz!

Andar os caminhos do mundo, plantando Teu reino de paz:
Missão do Teu povo escolhido
Senhor, nossos passos refaz!

Fazer deste mundo um só povo, fraterno, a serviço da vida:
Missão do Teu povo escolhido
Senhor, vem nutrir nossa lida!

 

Canção Nova / Portal Kairós

Casa do Músico com a música Diante de Ti fugirão

“Diante de Ti fugirão” é a música da semana, no programa Casa do Músico

Bem-vindos a mais um programa Casa do Músico!

Nesta semana, Rinaldo Rosa ensina a tocar no violão a canção: Diante de Ti fugirão. Na voz do Thiago Tomé, o single está no CD oracional “A Cruz sagrada seja minha luz”, que conta também com a participação do Padre Bruno Costa e Ironi Spuldaro.

Aprenda a tocá-la assistindo ao vídeo

O ano de 2018 com São Francisco de Assis

Letra da música

Vem Senhor pra reinar
Vem Senhor pra reinar, neste lugar
Vem Senhor governar
Com Tua luz dissipar, todo mal

Vem Senhor e impera
Vem Senhor e impera

Diante de Ti fugirão
Diante de Ti cairão
Quem poderá resistir?
Ao Teu poder

Vem pra reinar
Vem governar
Vem imperar
Senhor nosso Deus

 

Canção Nova / Portal Kairós

Por que devemos escolher confiar e esperar?

Assista ao vídeo do padre Anderson Marçal sobre a importância de confiar e esperar

Confiar, verbo difícil de declinar nos nossos tempos, principalmente em um tempo de grande crise de referências, de autoridades e líderes. Confiar fica cada vez mais difícil em tempos de relacionamentos virtuais, de redes sociais e pseudopersonagens.

Confiar, ação concreta de alguém que não espera algo, mas dá sempre uma chance, pois reconhece que o ser humano não é apenas aquilo que faz, mas pode sempre fazer diferente e melhor. Confiar é acreditar na pessoa humana, por mais desfigurada que ela possa estar ou por mais que as marcas da sua história possam ser sujas e devastadoras.

A paternidade na construção de filhos fiéis, honestos e justos

Exemplos que geram confiança

Eu aprendi a confiar vendo o exemplo do meu pai, no seu jeito de ser com os outros e, principalmente, na sua presença na minha vida. Frases marcantes na minha história como “confie em mim”; “estou com você”; “vamos, está quase chegando!”; “eu estou aqui com você” e tantas outras que ouvi, durante a minha vida, fizeram-me não apenas confiar nele, mas também dar aos outros uma nova chance, mesmo quando, humanamente, não vejo outra saída. Mas essa confiança tem ainda uma relevância muito maior na nossa vida, nos nossos tempos: a nossa confiança em Deus, pois n’Ele nós podemos confiar.

Confiar sempre na misericórdia de Deus

Se confiar em Deus é dar sempre uma nova chance para Ele, confiar nos outros é também não guardar rancor ou mágoa de ninguém, dando sempre uma nova chance, principalmente quando somos traídos, abandonados, decepcionados. Sendo assim, confiar é fonte de cura de traumas, de situações não resolvidas. Confiar, muito mais que esperar algo, é acreditar que podemos dar uma chance ao outro, mesmo quando este não a mereça.

Tanto o esperar quanto o confiar são sempre uma escolha. Quem escolhe deve também assumir os riscos e as consequências da escolha, da frustração ou da satisfação. Ninguém é detentor de uma bola de cristal que desvenda o futuro, mas podemos saber em quem esperar e, assim, escolher esperar. Escolher sempre acarreta esperar um resultado.

Deixo aqui três perguntas para meditação:

01 – Em quem podemos aprender a confiar?
02 – Quais fatos da nossa vida nos levam a confiar?
03 – Somos para os outros pessoas confiáveis ou não?

 

Padre Anderson Marçal

Anderson Marçal Moreira é padre da Igreja Católica Apostólica Romana. Natural da cidade de São Paulo (SP), padre Anderson é membro da comunidade Canção Nova desde o ano 2000. No dia 16 de dezembro de 2007, foi ordenado sacerdote. Estudou Teologia Pastoral Bíblica-Litúrgica na Universidade Salesiana de Roma.

Canção Nova / Portal Kairós

Entenda o que é a complementaridade entre homens e mulheres

Complementaridade é a chave para compreender o relacionamento entre o homem e a mulher e vencer as dificuldades na vida a dois

Pensar em complementaridade entre o homem e a mulher é um tema que desafia a sociedade atual, onde a “guerra dos sexos” parece promover uma luta constante pela superação de quaisquer diferenças entre eles.

Entretanto, a complementaridade “está no vértice da criação divina”, como disse o Papa Francisco em uma Catequese dedicada ao sacramento do matrimônio. Na ocasião, ele explicou que nem só o homem nem só a mulher são imagem de Deus, mas ambos como casal, são imagem do Criador.

“Os dois juntos é que são o humano completo”, afirma o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Bosco Barbosa de Sousa. O bispo explica que naquele momento em que Deus cria o homem e o coloca diante da natureza para que ele seja o senhor da criação e escolha aquela que será sua companhia, Adão não encontra. E depois de um sono profundo, Deus lhe dá de presente, tirado de sua própria carne a mulher. E ele se identifica com ela.

São João Paulo II, nas catequeses da Teologia do Corpo, explica que neste momento, em que o homem está em sua “solidão original”, ele adquire uma consciência pessoal no processo de “distinção” de todos os seres vivos e, ao mesmo tempo, abre-se para um ser “afim a ele”, que o livro do Gênesis define como “auxiliar que lhe é semelhante”.

“A comunhão das pessoas podia formar-se somente com base em uma ‘dupla solidão’ do homem e da mulher, ou seja, como encontro entre a ‘distinção’ deles e o mundo dos seres vivos (animalia), que dava a ambos a possibilidade de serem e existirem numa reciprocidade especial”, explica João Paulo II na nona catequese sobre Teologia do Corpo.

O casal membro do Apostolado Teologia do Corpo Brasil, Viviane e Marcelo Pastre, destaca que a complementaridade entre homem e mulher, ou seja, essa comunhão de pessoas, se dá exatamente na doação de si mesmo ao outro.

“O que gera a comunhão de pessoas é o amor que se doa ao outro. Deus é amor, e o amor, segundo João Paulo II, é essa doação. Esse movimento que sai do homem e vai em direção à mulher e vice-versa. É fundamental entender que o ‘ser para o outro’ é o que dá sentido ao nosso ser à nossa vida”, destaca Marcelo.

Completos e iguais em dignidade

Falar de complementaridade sugestiona que um completa o que falta no outro, mas quando o assunto diz respeito a homem e mulher é diferente, pois Deus criou ambos completos e em perfeita igualdade como pessoas humanas “à imagem de Deus”.

“O homem e a mulher são feitos ‘um para o outro’: não que Deus os tivesse feito apenas ‘pela metade’ e ‘incompletos’; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser ‘ajuda’ para o outro, por serem ao mesmo tempo iguais enquanto pessoas (‘osso de meus ossos…’ (cf. Gn 2,23)) e complementares enquanto masculino e feminino”, explica o Catecismo da Igreja Católica (CIC 372).

A Teologia do Corpo explica que, por serem completos, o homem e a mulher são capazes de, individualmente, atingir um sentido existencial em suas vidas. No entanto, justamente por serem criados completos, eles percebem em si a capacidade de doar a si mesmos por amor, e nisso se complementam.

Desafios

Comprovadamente, homem e mulher são distintos, seja física ou psicologicamente. E ao compreender o  profundo significado da complementaridade, a união criada entre o homem e a mulher deveria ser vivida de uma forma sadia. Entretanto, a marca do pecado original é geradora de conflitos, destaca Viviane.

O Catecismo afirma que “todo o homem faz a experiência do mal, à sua volta e em si mesmo. Esta experiência faz-se também sentir nas relações entre o homem e a mulher. Desde sempre, a união de ambos foi ameaçada pela discórdia, o espírito de domínio, a infidelidade, o ciúme e conflitos capazes de ir até ao ódio e à ruptura” (CIC 1606).

Viviane destaca que há uma “guerra” entre o homem e a mulher. “As pessoas não querem se complementar, preferem viver isoladas, de uma forma egoísta, pensando só em si, buscando prazer mais para si”.

Dom João explica que as diferenças entre os sexos tem uma base antropológica, biológica e um construto social. Ele faz um alerta que situações que podem causar sofrimentos e injustiças devem ser combatidas.

“É preciso ter clareza para estudar cada um dos papéis e ver em que pontos há uma dificuldade, uma subalternidade em relação à mulher, que causa desequilíbrios e sofrimentos, as diversas formas de discriminação que existem na sociedade, tudo isso tem que ser absolumente combatido e a igreja sempre foi contra qualquer tipo de injustiça”, enfatiza.

De toda forma, ele ressalta que a solução para sanar essas dificuldades não é igualar as diferenças. “Não é igualando e anulando a base antropológica e biológica que vamos chegar a uma igualdade e felicidade completa no relacionamento. Pelo contrário, aí acaba totalmente a possibilidade dessa diferença tão importante para o relacionamento”.

Segundo Dom João, com a mudança cultural que o mundo experimenta, o ser humano tem se fechado muito em atitudes egoístas e narcisistas, que impedem ou afetam os relacionamentos e o antídoto desta dificuldade é viver em comunidade.

“Seja a comunidade da Igreja ou familiar. A visão de que o todo é mais importante que o um, que os outros são mais importantes para mim do que eu sozinho. A comunidade ainda é a fonte de maior equilíbrio da nossa vida, dos relacionamentos e da família”, afirma o bispo.

Vivendo a complementaridade entre homem e mulher

Sem as diferenças entre o homem e a mulher não seria possível a complementaridade, porém, mais do que isso, a Teologia do Corpo se concentra no essencial: entender que o amor é a doação recíproca entre homem e mulher.

“Nós casais precisamos nos esforçar em ser para o outro, ressignificar o relacionamento. Se doar não significa ser inferior, é o contrário, é buscar a plenificação, fazer aquilo que fomos criados para ser, nossa finalidade é amar, e amar é se doar ao outro”, destaca Marcelo.

Ele lembra que este foi o único mandamento deixado por Jesus: “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 15,12), e ao esquecerem disso, muitos acabam perdendo o sentido da própria vida.

“As famílias cristãs precisam dar o testemunho do amor, da doação, do cuidado. Fazendo isso, mesmo sem falar nada, serão ‘profetas’, porque as pessoas verão a forma como eles convivem, o carinho entre eles, a conduta com os filhos”, exemplifica Marcelo.

Viviane destaca que aí está a chave para a família prosperar. “A gente não precisa de tanto, não precisa de uma casa luxuosa, de um carro do ano, mas precisa amar as pessoas porque aí conseguimos superar juntos as dificuldades que a gente enfrenta”.

 

Canção Nova / Portal Kairós