Liturgia para a Quarta-feira de Cinzas 2024 do Ano B

Para: 14/02/2023

Liturgia para a Quarta-feira de Cinzas 2024

Liturgia para a Quarta-feira de Cinzas 2024

Textos conforme a 3ª edição típica do Missal Romano

Roxo – Dia de Jejum e Abstinência
(Prefácio da Quaresma III ou IV)

(Início da Campanha da Fraternidade 2024)

4ª Semana do Saltério

Sugestão para a Celebração

1. A bênção e imposição das cinzas podem também ser feitas fora da Missa. Nesse caso, é permitida uma Celebração da Palavra, na qual se usam o canto da entrada, a Coleta, as leituras com seus cantos, como na Missa. Seguem-se a homilia e a bênção e imposição das cinzas. O rito termina com a oração dos fiéis, a bênção e a despedida dos fiéis.

RITOS INICIAIS

Antífona da entrada – cf.sb 11,23.24.26

Ó Deus, vós tendes compaixão de todos e não rejeitais nada que criastes; fechais os olhos aos seus pecados por causa da penitência e os perdoais, porque sois o Senhor nosso Deus.

(Canto de Abertura)

SAUDAÇÃO

CP. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T. Amém.
CP. A graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, nosso Senhor, estejam convosco.
T. Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

INTRODUÇÃO AO MISTÉRIO CELEBRADO

L. (ou CP.): Irmãs e irmãos, com este dia de jejum, oração e penitência, iniciamos a santa Quaresma — um caminho de abertura ao Espírito de Deus, que nos converte, e de transformação humano-espiritual. Pela Campanha da Fraternidade 2024, este ano com o tema: “Fraternidade e Amizade social” e com o lema: “Vós todos sois irmãos e irmãs”, a Igreja nos convida a transformar a sociedade pelo nosso testemunho autêntico de seguidores de Cristo. Celebremos este dia com piedade e recolhimento.

COLETA

CP. Senhor, concedei-nos iniciar com o santo jejum este tempo de conversão para que, auxiliados pela penitência, sejamos fortalecidos no combate contra o espírito do mal. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

LITURGIA DA PALAVRA

L. Irmãs e irmãos, deixemo-nos envolver pela Palavra de Deus, que nos chama à adesão ao seu amor.

PRIMEIRA LEITURA – Jl 2,12-18

Rasgai o vosso coração e não as vossas vestes.

Leitura da Profecia de Joel.

12 “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos;
13 rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo”.
14 Quem sabe, se ele se volta para vós e vos perdoa, e deixa atrás de si a bênção, oblação e libação para o Senhor, vosso Deus?
15 Tocai trombeta em Sião, prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembleia;
16 congregai o povo, realizai cerimônias de culto, reuni anciãos, ajuntai crianças e lactentes; deixe o esposo seu aposento, e a esposa, seu leito.
17 Chorem, postos entre o vestíbulo e o altar, os ministros sagrados do Senhor, e digam: “Perdoa, Senhor, a teu povo, e não deixes que esta tua herança sofra infâmia e que as nações a dominem”. Por que se haveria de dizer entre os povos: “Onde está o Deus deles?”
18 Então o Senhor encheu-se de zelo por sua terra e perdoou ao seu povo.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL

Sl 50 (51),3-4.5-6a.12-13.14 e 17 (R.3a)

R. Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos.

1.Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! / Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
Lavai-me todo inteiro do pecado, / e apagai completamente aminha culpa! R.
2. EU reconheço toda a minha iniquidade, / o meu pecado está sempre à minha frente.
Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, / pratiquei o que é mau aos vossos olhos! R.
3. Criai em mim um coração que seja puro, / dai-me de novo um espírito decidido.
Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, / nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! R.
4. Dai-me de novo a alegria de ser salvo / e confirmai-me com espírito generoso!
Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, / e minha boca anunciará vosso louvor! R

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Reflexão e sugestão para a Quarta-feira de Cinzas 2024 do Ano B

Para: 14/02/2023

Quarta-feira de Cinzas 2024

Jl 2,12-18; Sl 50; 2Cor 5,20-6,2; Mt 6,1-6.16-18

Quarta-feira de Cinzas 2024

Deixai-vos reconciliar com Deus

O tempo litúrgico da Quaresma 2024 se inicia hoje com um apelo direto à conversão. Os exercícios quaresmais, de modo especial o Jejum, a oração e a esmola (caridade), não podem ser um modo de barganha com Deus: eu faço uma obra de caridade, e Deus me dá o perdão. Não! Toda a dinâmica quaresmal ganha autenticidade ao nos conduzir para o Deus Misericordioso, que está pronto a nos dar o perdão imerecido por nós. Nossa conversão será verdadeira se chegarmos a sentir como Deus é bom, como é eterna sua misericórdia. O sedento, ao chegar à água, delicia-se. Assim nós, ao chegarmos à fonte da misericórdia, sairemos saciados e prontos a empreender um novo caminho, pois eterna é sua misericórdia.

O rito pelo rito não salvará ninguém, alerta o profeta Joel. É preciso “rasgar” o coração para que a graça divina trabalhe em nós e nos restaure. Precisamos optar por ser restaurados pela misericórdia e por viver segundo essa mesma misericórdia. “Deixai-vos reconciliar
com Deus”, eis o convite do Apóstolo Paulo. Em Cristo, do qual todos nós somos testemunhas vivas, provamos o amor maior que conheceu até o mais profundo da miséria de todos e cada um dos pecadores para assim nos resgatar. Essa vida nova, redimida, livre de todas as amarras, é puro dom de Deus. Do que precisamos? “Deixai-vos reconciliar com Deus.” Um convite direto que, como uma flecha, atinge o profundo de nossa alma e nos impele a exercermos nossa liberdade para o bem.

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Reflexão e sugestão para a Festa da Sagrada Família 2023: Jesus, Maria e José do Ano B

Para o Domingo: 31/12/2023

Festa da Sagrada Família 2023 do Ano B

Eclo 3,3-7.14-17a; Sl 127; Cl 3,12-21; Lc 2,22-40

Sagrada Família 2023

Certamente, já aprendemos que a FAMÍLIA é fundamental em nossa vida. Ela não é invenção humana, é de instituição divina. A Família de Nazaré deve ser sempre amada, pois nela se realizou plenamente o desígnio divino de, em Cristo, fazer conosco a nova e eterna Aliança. Em Cristo, realizou-se todas as promessas divinas. Por isso é Família bendita, é santa, desejada por Deus.

A Família de Nazaré é exemplo e modelo, pois a Palavra do Senhor e toda a Liturgia dessa festa nos fazem compreender que temos de estar sempre atentos, vigilantes aos desafios e às necessidades, de Deus e dos irmãos. Foi bem assim que viveu a família de Nazaré.

É a Palavra de Deus a luz que ilumina nossa vida e nossas relações familiares. A Palavra é o alicerce principal da Família cristã, que se preocupa em viver a verdade de Cristo. Assim, o Eclesiástico vem logo nos lembrar dos deveres mútuos que temos na família – relação entre esposos, pais e filhos. Quando a Palavra se realiza entre nós, então alcançamos a bênção do céu.

A família nasceu no coração de Deus e derramou-se sobre nós, gerando vida e alegria, gerando maturidade no seio familiar. Não há nada complicado, há sim complicadores que, por quererem viver um projeto da cabeça humana, desfazem-se de valores insubstituíveis, e não se tornam felizes. A Família não é feita só de alegrias, há dificuldades, e na Família de Nazaré também ocorreu isso.

Diretório da Liturgia 2024:

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Reflexão e sugestão para a Solenidade do Natal do Senhor 2023 do Ano B

Para o Domingo: 25/12/2023

Solenidade do Natal do Senhor 2023 do Ano B

Missa do Dia: Is 52,7-10; Sl 97; Hb1,1-6; Jo 1,1-18 ou Jo 1,1-5.9-14

Natal do Senhor 2023

A alegria da fé invade nosso pobre coração humano, pois celebra-mos o mistério da encarnação do Filho de Deus entre nós. Deus Pai, que jamais se cansou de nos amar, tomou a iniciativa mais sublime que poderia existir, manifestando-nos seu amor para conosco, enviando-nos seu único Filho. Repito: seu único Filho!

A Palavra da vida vem nos mostrar de modo claro, nesta Liturgia, qual é o Salvador que nos foi dado: o Filho, pelo qual Deus criou o universo, e a Ele todos os anjos o adoram, vem nos dizer a Carta aos Hebreus. Deus nos falou do modo mais sublime, por intermédio de
seu Filho.

São João, no Evangelho, faz-nos penetrar no seio da Santíssima Trindade, mostrando-nos que o recém-nascido em Belém é o VERBO eterno do Pai, que estava junto de Deus, que era Deus, luz que ilumina a terra inteira e cada criatura. É bem o que nos diz também o apóstolo Paulo: “Sendo de natureza divina, aniquilou-se a si mesmo tomando a forma de servo, tornando-se igual aos homens” (Fl 2,6ss).

Jesus é o VERBO eterno, a PALAVRA encarnada, o EMANUEL, o Deus conosco, e entre nós assumiu a condição de servo, Servidor. Revelou-se a nós, tirou o véu, para que todos nós, humanidade inteira, tivessem acesso ao coração do Pai. Ele nos fez participantes da vida, da natureza divina (cf. DV, 2).

O Prólogo de João nos deixa claro que, todos os que nele creem, se tornaram filhos de Deus. O que é tornar-se filho de Deus? É abraçar a vida nova que Ele nos trouxe com sua encarnação. Ele é vida plena e abundante. Em Cristo, fomos adotados por Deus com intenso amor (Rm 8,15). Sim, em nossos dias precisamos RESGATAR esse amor do Senhor por nós; não que Ele tenha nos abandonado, mas nós, humanidade, muitas vezes o deixamos de lado, porque nos tornamos autossuficientes. Esse amor não é brinquedo não, somos amados, muito amados por Ele, e por que buscamos as trevas?

É o que nos diz João em sua Primeira Carta:”Vede com que amor o Pai nos amou: somos chamados filhos de Deus, e o somos de fato!”

Diretório da Liturgia 2024:

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Comentários para o Quarto Domingo do Advento 2023

Para o Domingo: 24/12/2023

Quarto Domingo do Advento 2023

Quarto Domingo do Advento 2023

CONOSCO ESTÁ O SENHOR DEUS DE ISRAEL

O projeto de vida plena anunciado no Antigo Testamento se torna uma realidade concreta com a Encarnação do Verbo, embora ainda não terminada. Deus nunca abandonou seu povo, nem as promessas que lhe fez. Ao contrário, ao longo da história, preparou a humanidade para a vinda do Salvador e, com ele, a instauração de seu projeto de amor. Isso significa que a história universal não é caótica, não está fora de controle, pois Deus governa os acontecimentos, os quais servem a seu propósito de revelar-se ao mundo. Deus se utilizou de todos os eventos da história para, através deles, vir ao encontro do ser humano. Esteve sempre conosco fazendo alianças, oferecendo-nos um modo alternativo de viver: em vez de egoísmo e violência, o amor e a paz. Deus sempre nos apontará um caminho para a vida e liberdade verdadeiras.

COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

01 – Evangelho (Lc 1,26-38): Ele será chamado Filho do Altíssimo

O Evangelho de hoje nos diz que Maria dialogou com Deus por meio de Gabriel e mostra que o Senhor não se impõe, não subjuga, mas dialoga, busca um interlocutor humano e necessita da palavra de Maria, uma mulher, para que seu Filho nasça. Nesse momento decisivo, a mulher tem de agir como sujeito, quer dizer, com autonomia. Da palavra da mulher depende a Palavra de Deus, e nessa linha, no final do Advento, descobrimos Maria como uma mulher autônoma, amorosa, livre e determinada, capaz de colocar sua vida a serviço de Deus.

Deus pede a Maria um compromisso que ela deve assumir de forma pessoal, sem a consulta ou a permissão de um homem, seja pai, irmão ou marido. É a mulher (antes foi Eva, agora é Maria) quem decide. Isso é muito significativo, porque a história de Israel foi narrada muitas vezes sob a perspectiva de que Deus agia, geralmente, por meio do sexo masculino, com o qual fazia alianças. Mas , nesse Evangelho, Deus rompe com essa visão de supremacia do varão, expressando seu mistério por intermédio da fé e da acolhida de Maria à sua proposta.
Maria compreende a seriedade do que Deus propõe, e, por isso, pergunta. Não resiste, não procura apoio em ninguém, simplesmente expressa sua dificuldade diante daquela proposta de Deus. Ela se sabe autônoma diante de Deus, e é a partir de sua própria solidão e autonomia que responde com um sim.

O anjo dialogou a sós com Maria, considerando-a portadora da esperança messiânica. Isso rompe com o messianismo de tipo masculino, que se expressa numa visão segundo a qual o masculino aparece como privilegiado por causa de seu poder de engendramento e por sua capacidade de imposição e violência. Esse messianismo masculino está vinculado à figura de um rei triunfante, com insígnias de poder e guerra. Mas o anjo não se dirige ao homem, e sim à mulher Maria, que não aparece em confronto com ninguém. O messianismo proposto aqui é bem diferente do messianismo de cunho masculino, pois, em vez da violência humana, é por pura graça de Deus e pela ação de uma mulher que emerge o Messias no mundo.

Foi porque Deus não lhe impôs nenhum tipo de tarefa, foi porque Deus pediu permissão, porque dialogou com ela, porque a chamou livremente, que ela pôde responder: “Eis a serva, faça em mim, com meu consentimento, aquilo que me foi dito”. Somente desta forma, com a colaboração ativa, se pode compreender o cumprimento das esperanças de Israel.
A concretização do projeto de Deus somente é possível quando as pessoas dizem “sim” a Deus. Foi assim desde os tempos antigos de Israel, foi assim com Maria e com os discípulos de Jesus, e é assim conosco hoje.

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