
Liturgia
Em 2025
Epifania do Senhor (Domingo) – 5 de janeiro
Batismo do Senhor – 12 de janeiro
Quarta-feira de Cinzas – 5 de março
Páscoa da Ressurreição – 20 abril
Ascensão do Senhor (Domingo) – 1º de junho
Pentecostes – 8 de junho
Santíssima Trindade – 15 de junho
SS. Corpo e Sangue de Cristo – 19 de junho
Sagrado Coração de Jesus – 27 de junho
São Pedro e São Paulo (Domingo) – 29 de junho
Assunção da BVM (Domingo) – 17 de agosto
Todos os Santos – 1º de novembro
Solenidade de Cristo-Rei – 23 de novembro
1º Domingo do Advento – 30 de novembro
Sagrada Família – 28 de dezembro
05 de janeiro: Solenidade da Epifania do Senhor 2020
/em Liturgia CatólicaSolenidade da Epifania do Senhor
EM BUSCA DO RECÉM-NASCIDO
Guiados pela estrela, os magos chegam a Jerusalém e buscam informações a respeito do recém-nascido. Isso alarma os poderosos da capital, que fingem ter interesse em também adorar o menino. Jesus, desde o nascimento, é causa de alegria e de perturbação ao mesmo tempo. A aceitação e a rejeição o acompanharão ao longo de toda sua vida: os pequeninos que se abrem ao amor de Deus o seguem com alegria; os poderosos e orgulhosos são incapazes de acolher o dom de Deus.
Esse texto marca a tensão entre Jerusalém – onde se encontra o palácio do rei e o templo dos sacerdotes, que rejeitam o Salvador – e Belém, lugar dos pequeninos, que acolhem e seguem o Messias. Entre esses dois polos sempre haverá conflito: cabe a cada um fazer sua escolha.
A estrela que guiou os magos é vista como sinal providencial de Deus, que guia o ser humano. Ela deixa de brilhar em Jerusalém, porque esta vive nas trevas, e volta a brilhar para os que buscam a luz da humanidade, Jesus. A verdadeira estrela agora é o recém-nascido. É por essa estrela que somos convidados a nos guiar ao longo do ano.
Os presentes oferecidos pelos magos revelam a identidade do pequenino de Belém: sua divindade (incenso), sua realeza (ouro) e sua humanidade (mirra).
Epifania é a manifestação de Jesus à humanidade. Os primeiros a receber a revelação do recém-nascido foram os magos, representantes dos pagãos, os que viviam fora do mundo judaico. Jesus se revela como luz, como estrela guia, a quem deseja se deixar iluminar e conduzir por ele. Veio para todos os povos, e todos podem acolhê-lo, desde que se abram ao dom do amor de Deus. Desde então, já não há sentido em falar de povo rejeitado por Deus nem de diferença de raças, pois existe uma só humanidade querida e amada por ele e redimida por Jesus. À medida que o acolhemos e procuramos viver seu projeto de vida, podemos nos tornar, também nós, “luz do mundo”.
Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós
Calendário do ano litúrgico 2020 Ano A – São Mateus
/em Destaques, Liturgia CatólicaCalendário do ano litúrgico 2020 Ano A – Evangelho de São Mateus
“Falar da formação litúrgica do Povo de Deus significa antes de tudo tomar consciência do papel insubstituível que a liturgia desempenha na Igreja e para a Igreja. E pode ajudar concretamente o povo de Deus a interiorizar melhor a oração da Igreja, a amá-la como experiência de encontro com o Senhor e com os irmãos e, diante disso, redescobrir nela o conteúdo e observar seus ritos.” Papa Francisco
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É tempo de se preparar para a Campanha da Fraternidade 2020, não deixe para a última hora para conhecer seus subsídios que o Portal Kairós preparou para você.
O calendário de 2020 terá 9 feriados nacionais, sem contar os feriados estaduais e municipais como o do Dia da Consciência Negra e aniversários das cidades. Destes, seis serão prolongados – isto é, vão cair em segundas ou sextas-feiras, e ‘emendar’ com o final de semana. Só um deles vai cair em um final de semana: 15 de novembro, Proclamação da República, cai em um domingo.
O segundo semestre será mais farto: serão quatro feriados prolongados, contra apenas dois entre janeiro e junho.
Diferente do que muita gente pensa, Carnaval e Corpus Christi não são feriados nacionais. As duas datas costumam ser consideradas ponto facultativo no serviço público federal, e são feriados estaduais ou municipais em muitos locais.
Assim, quem participar dessas datas, terá dois feriados a mais: 25 de fevereiro (Carnaval, terça-feira) e 11 de junho (Corpus Christi, quinta-feira). E quem puder emendar essas datas vai acabar com mais dois ‘feriadões’ prolongados: de 22 a 25 de fevereiro (Carnaval), e de 11 a 14 de junho (Corpus Christi).
Veja a lista de feriados nacionais:
1º de janeiro (quarta): Confraternização Universal
10, 11 e 12 de abril (sexta a domingo): Paixão de Cristo é dia 10
21 de abril (terça-feira): Tiradentes
1º, 2 e 3 de maio (sexta a domingo): Dia Mundial do Trabalho é dia 1º
5, 6 e 7 de setembro (sábado a segunda): Independência do Brasil é dia 7
10, 11 e 12 de outubro (sábado a segunda): Nossa Senhora Aparecida é dia 12
31 de outubro, 1º e 2 de novembro (sábado a segunda): Finados é dia 2
15 de novembro (domingo): Proclamação da República
25, 26 e 27 de dezembro (sexta a domingo): Natal é dia 25
Datas principais
Materiais e músicas para a liturgia
1° Domingo do Advento:
1° de dezembro de 2019
Festa da Sagrada Família de Jesus:
29 de dezembro de 2019
Epifania:
05 de janeiro (Domingo)
Batismo do Senhor:
12 de janeiro de 2020
Quarta-feira de Cinzas:
26 de fevereiro de 2020
Domingo de Ramos:
05 de abril de 2020
Domingo de Páscoa:
12 de abril de 2020
Ascensão do Senhor:
24 de maio (Domingo)
Pentecostes:
31 de maio de 2020
Santíssima Trindade:
07 de junho de 2020
Corpus Christi:
14 de junho (Domingo)
Sagrado Coração de Jesus:
19 de junho de 2020
Imaculado Coração de Maria:
20 de junho de 2020
1° parte de Tempo Comum: 12 de janeiro até 26 de fevereiro (7°Semana Comum)
Reinicio do Tempo Comum: 31 de maio (9° Semana Comum)
O ANO LITÚRGICO
Materiais e músicas para a liturgia
Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a Igreja celebra todos os feitos salvíficos operados por Deus em Jesus Cristo. “Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de Cristo, desde a Encarnação ao dia de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor” (NUALC nº 43 e SC nº 102).
Ano Litúrgico é, pois, um tempo repleto de sentido e de simbolismo religioso, de essência pascal, marcando, de maneira solene, o ingresso definitivo de Deus na história humana. É o momento de Deus no tempo, o “kairós” divino na realidade do mundo criado. Tempo, pois, aqui entendido como tempo favorável, “tempo de graça e de salvação”, como nos revela o pensamento bíblico (Cf. 2Cor 6,2; Is 49,8a).
As celebrações do Ano Litúrgico não olham apenas para o passado, comemorando-o. Olham também para o futuro, na perspectiva do eterno, e fazem do passado e do futuro um eterno presente, o “hoje” de Deus, pela sacramentabilidade da liturgia (Cf. Sl 2,7; 94(95); Lc 4,21; 23,43). Aqui, enfatiza-se então a dimensão escatológica do Ano Litúrgico.
O Ano Litúrgico tem como coração o Mistério Pascal de Cristo, centro vital de todo o seu organismo. Nele palpitam as pulsações do coração de Cristo, enchendo da vitalidade de Deus o corpo da Igreja e a vida dos cristãos.
Quando se inicia o Ano Litúrgico?
Diferente do ano civil, mas, como foi dito, não contrário a ele, o Ano Litúrgico não tem data fixa de início e de término. Sempre se inicia no primeiro Domingo do Advento, encerrando-se no sábado da 34ª semana do Tempo Comum, antes das vésperas do domingo, após a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Esta última solenidade do Ano Litúrgico marca e simboliza a realeza absoluta de Cristo no fim dos tempos. Daí, sua celebração no fim do Ano Litúrgico, lembrando, porém, que a principal celebração litúrgica da realeza de Cristo se dá
sobretudo no Domingo da Paixão e de Ramos.
Mesmo sem uma data fixa de início, qualquer pessoa pode saber quando vai ter início o Ano Litúrgico, pois ele se inicia sempre no domingo mais próximo de 30 de novembro. Na prática, o domingo que cai entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro. A data de 30 de novembro é colocada também como referencial, porque nela a Igreja celebra a festa de Santo André, apóstolo, irmão de São Pedro, e Santo André foi, ao que tudo indica, um dos primeiros discípulos a seguir Cristo (Cf. Jo 1,40).
Ano Litúrgico e Dinâmica da Salvação
Tendo como centro o Mistério Pascal de Cristo, todo o Ano Litúrgico é dinamismo de salvação, onde a redenção operada por Deus, através de Jesus Cristo, no Espírito Santo, deve ser viva realidade em nossas vidas, pois o Ano Litúrgico nos propicia uma experiência mais viva do amor de Deus, enquanto nos mergulha no mistério de Cristo e de seu amor sem limites.
O Domingo, Fundamento do Ano Litúrgico
O Concílio Vaticano II (SC nº 6), fiel à tradição cristã e apostólica, afirma que o domingo, “Dia do Senhor”, é o fundamento do Ano Litúrgico, pois nele a Igreja celebra o mistério central de nossa fé, na páscoa semanal que, devido à tradição apostólica, se celebra a cada oitavo dia.
O domingo é justamente o primeiro dia da semana, dia da ressurreição do Senhor, que nos lembra o primeiro dia da criação, no qual Deus criou a luz (Cf. Gn 1,3-5). Aqui, o Cristo ressuscitado aparece então como a verdadeira luz, dos homens e das nações. Todo o Novo Testamento está impregnado dessa verdade substancial, quando enfatiza a ressurreição no primeiro dia da semana (Cf. Mt 28,1; Mc 16,2; Lc 24,1; Jo 20,1; como também At 20,7 e Ap 1,10).
Como o Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor derrama para todo o Ano Litúrgico a eficácia redentora de Cristo, assim também, igualmente, o domingo derrama para toda a semana a mesma vitalidade do Cristo Ressuscitado. O domingo é, na tradição da Igreja, na prática cristã e na liturgia, o “dia que o Senhor fez para nós” (Cf. Sl 117(118),24), dia, pois, da jubilosa alegria pascal.
As Divisões do Ano Litúrgico
Os mistérios sublimes de nossa fé, como vimos, são celebrados no Ano Litúrgico, e este se divide em dois grandes ciclos: o ciclo do Natal, em que se celebra o mistério da Encarnação do Filho de Deus, e o ciclo da Páscoa, em que celebramos o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, como também sua ascensão ao céu e a vinda do Espírito Santo sobre a Igreja, na solenidade de Pentecostes.
O ciclo do Natal se inicia no primeiro domingo do Advento e se encerra na Festa do Batismo do Senhor, tendo seu centro, isto é, sua culminância, na solenidade do Natal. Já o ciclo da Páscoa tem início na Quarta-feira de Cinzas, início também da Quaresma, tendo o seu centro no Tríduo Pascal, encerrando-se no Domingo de Pentecostes. A solenidade de Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da Páscoa.
Entremeando os dois ciclos do Ano Litúrgico, encontra-se um longo período, chamado “Tempo Comum”. É o tempo verde da vida litúrgica. Após o Natal, exprime a floração das alegrias natalinas, aí aparecendo o início da vida pública de Jesus, com suas primeiras pregações. Após o ciclo da Páscoa, este tempo verde anuncia vivamente a floração das alegrias pascais. Os dois ciclos litúrgicos, com suas duas irradiações vivas do Tempo Comum, são como que as quatro estações do Ano Litúrgico.
O “Santoral” ou o “Próprio dos Santos”
Em todo o Ano Litúrgico, exceto nos chamados tempos privilegiados (segunda parte do Advento, Oitava do Natal, Quaresma, Semana Santa e Oitava da Páscoa), a Igreja celebra a memória dos santos. Se no Natal e na Páscoa, Deus apresenta à Igreja o seu projeto de amor em Cristo Jesus, para a salvação de toda a humanidade, no Santoral a Igreja apresenta a Deus os copiosos frutos da redenção, colhidos na plantação de esperança do próprio Filho de Deus. São os filhos da Igreja, que seguiram fielmente o Cristo Senhor na estrada salvífica do
Evangelho. Em outras palavras, o Santoral é a resposta solene da Igreja ao convite de Deus para a santidade.
Leia mais
25 de dezembro: Natal do Senhor 2019
/em Liturgia CatólicaÉ Natal! O Verbo se fez carne e habitou entre nós. É o próprio Deus que se manifesta por meio do seu Filho, Jesus Cristo, a fim de nos envolver com a luz por ele emanada. De todas as luzes que brilham no Natal, Jesus é a principal, aquela que ilumina toda a nossa existência. Trata-se de luz que nunca se apaga nem se ofusca, porque é eterna e, presente no mundo, quer iluminar todo ser humano, concedendo-lhe uma nova vida, plena de justiça e de paz.
Embora Jesus seja a luz divina que brilha em nossa vida com toda a sua força, ainda são muitos os que se negam a aceitá-lo e acolhê-lo, insistindo em viver nas trevas do egoísmo, da injustiça e da indiferença. São pessoas e realidades que – insensíveis aos apelos do Senhor e na contramão do evangelho – promovem a cultura do ódio, da indiferença e da morte. O pior é que, muitas vezes, tais atitudes são justificadas com a própria Palavra de Deus, ou seja, traindo a verdade revelada. De fato, o que o Senhor nos oferece é um projeto de vida e de combate a todo tipo de mal que queira prevalecer e se impor sobre a luz da verdade.
Celebrar o Natal é, portanto, acolher o Verbo encarnado, que nos concede a graça de sermos chamados de filhos e filhas de Deus. E, como bons filhos, temos o compromisso de ouvir a voz do Pai, a fim de seguirmos sempre o caminho da luz da verdade, e não o caminho das trevas, que obscurecem e destroem a vida no mundo. Quando os filhos se dispõem a ouvir o conselho dos pais, a chance de errar em suas atitudes é mínima. Da mesma forma somos nós, cristãos, quando, atentos aos ensinamentos do Senhor, tomamos a decisão de compreender os desígnios que ele tem para nós sem nos distanciarmos da sua presença.
Que neste Natal, possamos renovar a luz de Cristo na nossa caminhada, de modo que sejamos sinais dessa luz, transformando as realidades de sombras com nosso testemunho de fé. Comprometidos com a Palavra de Deus, digamos ao mundo que cremos no Senhor da vida, que se fez homem para redimir e salvar a humanidade pecadora.
Santo e feliz Natal a todos!
Pe. José Erivaldo Dantas, ssp / Portal Kairós
29 de dezembro: Sagrada Família: Jesus, Maria e José 2019
/em Liturgia CatólicaSagrada Família: Jesus, Maria e José
A CASA DO INTERIOR
Quem nasceu e viveu no interior ou, ao menos, teve a infância ali, por onde quer que vá, leva, no coração e no corpo todo, o sentimento de pertença ao lugar de origem. E quanto mais longe tiver de ir, terá o cantinho dos primeiros afetos sempre mais perto de si. Não há como não se lembrar do cheiro da terra, do aroma do mato, da brisa, do excessivo colorido dos bichos, do sabor da comida e da beleza das coisas. Isso diz respeito aos afetos que marcam para sempre nossa existência. Um colega me disse, certa vez, que se lembra até das pedras.
Antes de o sol nascer, ouve-se o canto do galo, a euforia dos capotes e perus, o berro do gado, o canto dos pássaros. Sente-se o cheiro do curral. Ouvem-se os passos suaves de papai passando pelo corredor, indo abrir a porta da frente da casa. No alpendre, o esperto Jupi o cumprimenta com sua alegria vira-lata.
A filharada ainda ressona, enquanto da cozinha exala o cheiro do café de mamãe. Feito amor, o aroma do café se espalha por todos os cômodos. No rádio, a poesia matuta se faz ouvir no programa que vai ao ar ao raiar do dia como uma espécie de despertador do coração sertanejo. A voz do locutor é familiar.
Lá fora a natureza é uma festa. Antes árida e tostada, agora explode em vida. Após as primeiras chuvas, o sertão vira jardim. Borboletas de todas as cores e tamanhos fazem verdadeiro balé e se enamoram das flores, que desabrocham com fartura. Todas as criaturas fazem festa com o milagre da natureza. Até os sapos, outrora sumidos, como que se desencantam e fazem coral nos lagos e poças. O sol desponta com força no horizonte, e o rosto dos trabalhadores se banha logo cedo de suor redentor.
Nesse cenário telúrico, a família está no centro. Ela deveria ser como casa do interior: simples e aconchegante; o lugar dos afetos, o espaço alegre e feliz onde a vida tem poesia e encanto. E tem problemas também. Afinal, não há família perfeita. Todas têm dificuldades. Mas é lá o melhor lugar do mundo. É por essa condição de imperfeição que a família requer cuidados. Assim como a natureza, a família fica mais linda quando aprende a lidar com as diferenças e, em vez de cultivar intrigas, mesmo que haja brigas, sabe o valor do abraço.
Inspiradas na Família de Nazaré, longa vida às nossas famílias!
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp / Portal Kairós
22 de dezembro: 4º Domingo do Advento 2019
/em Liturgia Católica4º Domingo do Advento
O ANÚNCIO DO ANJO A JOSÉ
José era esposo de Maria, porém, conforme o costume da época, ele ainda não morava junto com ela. Não tiveram relações conjugais. É natural que José achasse estranho ver Maria grávida, gestando um bebê que não era fruto de sua relação com ela. Como se explicaria isso? Certamente José, “homem justo”, rezou muito e pediu a Deus luzes, antes de tomar qualquer decisão.
Há um pensamento do bem-aventurado Tiago Alberione que apoia nossa intuição: “O Senhor vai acendendo as lâmpadas, diante de nós, à medida que caminhamos e precisamos delas”. Foi o que aconteceu com José: Deus se manifestou a ele, em sonho, e esclareceu: “José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado provém do Espírito Santo”. Então, a gravidez de Maria não é resultado de ações humanas; é uma obra de Deus. A maternidade de Maria não é obra de José, mas do Espírito Santo.
Uma vez que José compreende o mistério que se realiza em Maria, poderá assumir a missão que Deus lhe confia: “Ela dará à luz um filho, e você o chamará com o nome de Jesus”. O nome Jesus, que significa “Deus salva” ou “Salvador”, reflete sua missão: “Ele salvará seu povo dos seus pecados”. Pôr o nome em um recém-nascido era função própria do pai. Com isso, José é reconhecido como o pai legal do filho de Maria e dará sua contribuição para que o menino faça parte da descendência de Davi.
Passamos, então, das antigas promessas e profecias à realidade. Deus, feito homem, vem morar entre nós, assumindo em tudo, menos no pecado, a condição humana: “Eis que a virgem vai engravidar e dar à luz um filho, e o chamarão com o nome de Emanuel, que significa Deus conosco”.
Reconhecemos que foi uma prova difícil para a fé do homem reto, José. Ele, porém, com responsabilidade madura, entregou-se como colaborador de Deus na história da salvação. Em outras palavras: na pessoa de José, o plano de Deus se encontra com a vontade e a colaboração humana. Figura altamente estimada pelo povo, José é modelo não apenas de profunda fé e de íntima comunhão com Deus; distingue-se também pelo sincero amor e respeito para com sua esposa, Maria.
Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Portal Kairós