27 de dezembro – Festa da Sagrada Família 2020: Jesus, Maria e José

Sagrada Família 2020: Jesus, Maria e José

Na Eucaristia renovamos nossa esperança e a alegria própria deste tempo do Natal, tendo presentes também as famílias atingidas pelo sofrimento deixado pela pandemia ao longo deste ano. A Sagrada Família de Nazaré, que hoje festejamos, seja exemplo e inspiração para todas as famílias reunidas nesta celebração, que se esforçam para viver em harmonia, cultivando o amor, a paz, o cuidado e o respeito entre todos.

Deus nos concede a família, como um dom, para ser amada, cuidada e valorizada.

A ESPERANÇA E ALEGRIA DO POVO FIEL A DEUS

Maria e José levam seu recém-nascido a Jerusalém para apresentá-lo ao templo e consagrá-lo ao Senhor. Oferecem dois pombinhos, a oferta dos pobres. Como bons judeus, cumprem as prescrições da Lei deixada por Moisés. É uma família plenamente inserida na ordem social.

Em Jerusalém, com a chegada da família de Nazaré, transborda a alegria dos pobres e fiéis às antigas promessas divinas. Seus representantes são Simeão e Ana, que profetizam a respeito do recém-nascido, portador de esperança para o povo que sofre.

Simeão, justo e piedoso, depois de se encontrar com o menino, sente sua vida plenificada, realizada, pronta para o encontro definitivo com o Pai. Para ele, Jesus é “a luz e a glória do povo de Israel” – povo que vivia em situação de tristeza, mas para o qual agora chegou a consolação. O recém-nascido, porém, não pertence apenas a Israel: será luz para todas as nações. Será também sinal de contradição, pois as pessoas deverão se posicionar a favor ou contra os valores que ele encarna.

A profetisa Ana, inserida nas práticas religiosas do templo, o qual ela frequentava com assiduidade, põe-se a louvar a Deus e falar do menino a todos os que esperavam a libertação. Com alegria e otimismo, busca na comunidade (templo) força e luz para levar a mensagem do menino a um povo que necessitava ser resgatado de sua servidão.

Nas atitudes de ambos, manifestam-se a alegria e a esperança do povo que vê no menino a resposta aos seus anseios de consolação e libertação. Em seu grande gesto de amor, Deus envia seu Filho para levar à humanidade a esperança e a alegria capazes de contagiar as pessoas de boa vontade. Como seu próprio nome revela, Jesus é a salvação da humanidade, ansiosa por boas notícias.

A exemplo de Simeão, tomemos o menino nos braços e não o abandonemos; fiquemos com ele ao longo de todo o ano que está prestes a começar. E, a exemplo de Ana, falemos a todos sobre as coisas boas que esse menino realizou em favor dos pobres e dos que esperam por libertação.

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Solenidade do Natal do Senhor 2020 – Ano B

Para: 25/12/2020

Natal do Senhor 2020 – Ano B (Missa do dia e noite*)

Missa do Dia: Is 52,7-10; SI 97; Hb 1,1-6; Jo 1,1-18

Natal do Senhor 2020 - Ano B

* As quatro missas do Natal 2020: Missa da Vigília 2020 (dia 24 á tarde) , Missa da Noite 2020 (dia 24), Missa da Aurora 2020 (dia 25 madrugada) e Missa do Dia 2020 (dia 25).

O nascimento do Filho Amado de Deus, Jesus de Nazaré, é-nos narrado sem alardes, sem pompas e sem glórias. Esse é o modo simples como Deus manifesta seu amor total pela humanidade. Desse modo simples, imperceptível aos olhos dos poderosos, o Filho de Deus vem para salvar a humanidade por meio do encontro restaurador. Quem o acolhe experimenta a grandeza da salvação. Mas os que insistem em fechar os olhos à Luz continuam a tropeçar no próprio egoísmo e no medo de perder a majestade.

É apenas um menino, nascido em um estábulo, filho de um casal pobre – poderia dizer um jornalista vendo a situação in loco. Mas somente o olhar da fé nos permite ver aí o Verbo de Deus feito carne, que veio com prazer ensinar-nos a viver segundo a vontade amorosa do Pai do céu. A simplicidade do presépio nos desafia, porque também nós estamos “mal-acostumados” a pensar que tudo o que é valoroso vem com pompa e com alarde.

É preciso voltarmos ao “No Princípio” de Deus, para nos darmos conta do quanto estamos envolvidos no amor divino. Essa é a chave que nos permite abrir o coração para ver a grandeza de Deus revelada na simplicidade. Desse modo, olharemos para o presépio com um sentido todo diferente. Veremos que o nascimento de Jesus em uma estrebaria, visitado por humildes pastores, não foi apenas consequência de hospedarias cheias. Deus já quis mostrar desde o princípio que Jesus veio para estar entre os pobres e a eles os chamará de bem-aventurados.

Um presente, um dom!

A festa do Natal de Jesus vem associada, em nossa cultura, com o costume de dar presentes. Antes de tecer qualquer crítica ao sistema capitalista, que explora esse tempo para aumentar suas vendas, é preciso nos perguntar com que sentido presenteamos. Quem nos presenteou primeiro e nos deu o maior presente foi Deus: “Nasceu-nos hoje um menino, e um filho nos foi dado”, canta o profeta Isaías e nós com ele (cf. Is 9,6). O presente de Deus, nós o chamamos “dom”, porque é gratuito, total, pleno. Ao oferecer-nos um dom, ofereceu-se Ele mesmo em seu Filho Amado. Podemos dizer que deu o que de mais preciso tinha e, ao presentear, fez-se um presente.

Se presenteio pessoas com espírito natalino, devo fazê-lo então com um sentido mais profundo, entrando também na dinâmica do dom divino. Aí vou perceber que o presente em si já não tem tanto valor, mas expressa o quanto eu sou um dom para o outro e o outro é um dom para mim. Dar brinquedos a crianças pobres não será mais um ato isolado, sazonal, mas será um sinal de compromisso constante com a vida delas. Presenteando assim, o presenteador se torna um dom, e o natal, uma festa que realmente nos faz nascer de novo para uma vida nova.

Sugestões litúrgicas para a Solenidade do Natal do Senhor 2020 – Ano B

– Hino de Louvor: convidar crianças para, vestidas de anjo, tocarem sinos durante o Hino de Louvor e dançarem passando por entre o povo reunido.

– Entrada da Palavra: colocar um casal e um bebe, caracterizados de Jesus, Maria e José, na procissão de entrada da Palavra, acompanhados de um jovem caracterizado de Anjo. Este deverá levar a tradicional faixa: GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS. Pedir novamente para que as crianças entrem tocando sinos e dançando. Ao chegar ao presbitério, pedir para “José” tirar de uma bola a Bíblia, Maria elevar Jesus e para quem estiver conduzindo o momento enfatizar que a Palavra de Deus se fez Carne, em Jesus, e veio habitar no meio de nós.

– Pós-Comunhão: O grupo de jovens pode realizar uma breve apresentação que atualize o natal para nossos dias. Mostrar a diferença entre dar presente e ser um presente (dom) para o outro; isso pode ser o tema central (cf. a segunda parte da reflexão proposta para este dia).

– Envio da comunidade: durante o tempo natalino, pode-se sortear, entre as famílias, a oportunidade de levar uma imagem da sagrada família para a casa e devolvê-la na próxima semana. Ressaltar a importância da Igreja Doméstica, a qual tem a Sagrada Família como modelo para que cada família também seja sagrada.

Sugestões de repertório para a Solenidade do Natal do Senhor 2020 – Ano B (O Domingo)

(Missa da Noite)
Abertura: Rei e Nações
Aclamação: Aleluia! Eu vos trago
Oferendas: Cristãos, vinde
Comunhão: Da cepa Brotou

(Missa do Dia)
Abertura: Nasceu-nos hoje
Aclamação: Aleluia! Eu vos trago
Oferendas: Cristãos, vinde
Comunhão: A luz resplandeceu

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – Natal do Senhor 2020 (Noite)

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – Natal do Senhor 2020 (Dia)

Áudios para a Solenidade do Natal do Senhor 2020 – Ano B CNBB:

(Missa da Noite)

(Missa do Dia)

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Leituras da Semana: Solenidade do Natal do Senhor 25/12/2020

Leituras da Semana

(Branco, glória, creio, prefácio do Natal – ofício da solenidade)

(dia 25)

Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado “mensageiro do conselho de Deus” (Is 9,6).

As promessas de Deus se cumprem: sua salvação chegou até nós na pessoa de um menino. Celebremos o Esplendor da glória do Pai, a Luz que ilumina os caminhos da humanidade, a Palavra que se fez carne e habitou entre nós.

Primeira Leitura: Isaías 52,7-10

Leitura do livro do profeta Isaías – 7Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião: “Reina teu Deus!” 8Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a Sião. 9Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém; o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. 10O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 97(98)

Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus.

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / porque ele fez prodígios! / Sua mão e o seu braço forte e santo / alcançaram-lhe a vitória. – R.

2. O Senhor fez conhecer a salvação, / e às nações, sua justiça; / recordou o seu amor sempre fiel / pela casa de Israel. – R.

3. Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus. / Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, / alegrai-vos e exultai! – R.

4. Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa / e da cítara suave! / Aclamai, com os clarins e as trombetas, / ao Senhor, o nosso rei! – R.

Segunda Leitura: Hebreus 1,1-6

Leitura da carta aos Hebreus – 1Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus outrora aos nossos pais pelos profetas; 2nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também ele criou o universo. 3Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade divina, nas alturas. 4Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou supera o nome deles. 5De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”? Ou ainda: “Eu serei para ele um Pai, e ele será para mim um filho”? 6Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os anjos devem adorá-lo!” – Palavra do Senhor.

Evangelho: João 1,1-18 ou 1-5.9-14

[A forma breve está entre colchetes.]

Aleluia, aleluia, aleluia.

Despontou o santo dia para nós: / ó nações, vinde adorar o Senhor Deus, / porque hoje grande luz brilhou na terra! – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – [1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.] 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que [era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela -, mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade.] 15Dele João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. – Palavra da salvação.

Reflexão

A liturgia do dia de Natal nos põe em contato com o prólogo do Evangelho de João. Nesse relato, temos a presença da Palavra junto de Deus, pela qual tudo foi feito. Ela cria e recria e se transforma em carne, na sua fragilidade humana, armando a tenda no meio da humanidade. Ao se fazer carne, a Palavra torna-se visível e pode ser ouvida e tocada. Deus não só está conosco, mas se fez um de nós, assumindo a fragilidade humana. O divino e o humano não se excluem, antes se complementam. Jesus tornou visível e conhecido o rosto do Pai, rosto que transpira amor, misericórdia, perdão e alegria. Conhecendo as palavras e as obras de Jesus, teremos o retrato de Deus. Com o nascimento de seu Filho, Deus nos deu sua Palavra e também sua vida, isto é, tornou-nos seus filhos e filhas (“A Palavra deu o poder de se tornarem filhos de Deus”). Celebremos com alegria essa festa do Deus que se torna gente com a gente. Ninguém deve se sentir excluído dessa festa e da alegria que ela proporciona.

Oração

Ó Jesus, Filho unigênito do Pai, Palavra eterna, “luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todos os seres humanos”. Aceita nossa gratidão, pois abres para nós as portas do Céu e nos dás um Pai onipotente e misericordioso. És bendito para sempre. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Leituras de Domingo: Festa da Sagrada Família 2020: Jesus, Maria e José 27/12/2020

Leituras de Domingo

(Branco, glória, creio, prefácio do Natal – ofício da festa)

Vieram apressados os pastores e encontraram Maria com José, e o menino deitado no presépio (Lc 2,16).

Neste último domingo do ano civil, celebramos com alegria a festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José. Felizes por procurarmos trilhar os caminhos do Senhor, acolhamos os valores deixados pela família de Nazaré. Também tenhamos presentes as dificuldades enfrentadas pelas nossas famílias, em consequência da pandemia.

Primeira Leitura: Eclesiástico 3,3-7.14-17

Leitura do livro do Eclesiástico – 3Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. 4Quem honra o seu pai alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração quotidiana. 5Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. 6Quem honra o seu pai terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. 7Quem respeita o seu pai terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. 14Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. 15Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita a teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os teus pecados 17e, na justiça, será para tua edificação. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 127(128)

Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

1. Feliz és tu se temes o Senhor / e trilhas seus caminhos! / Do trabalho de tuas mãos hás de viver, / serás feliz, tudo irá bem! – R.

2. A tua esposa é uma videira bem fecunda / no coração da tua casa; / os teus filhos são rebentos de oliveira / ao redor de tua mesa. – R.

3. Será assim abençoado todo homem / que teme o Senhor. / O Senhor te abençoe de Sião / cada dia de tua vida. – R.

Segunda Leitura: Colossenses 3,12-21

Leitura da carta de São Paulo aos Colossenses – Irmãos, 12vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. 14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. 15Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos. 16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças. 17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele, dai graças a Deus, o Pai. 18Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor. 19Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. 20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. 21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Lucas 2,22-40 ou 22.39-40

[A forma breve está entre colchetes.]

Aleluia, aleluia, aleluia.

Que a paz de Cristo reine em vossos corações / e ricamente habite em vós sua Palavra! (Cl 3,15s) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – [22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor.] 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos -, como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29″Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. [39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.] – Palavra da salvação.

Reflexão

Ao apresentar o recém-nascido no Templo de Jerusalém, oferecendo um par de pombinhos (oferta dos pobres), a Família de Nazaré – Jesus, Maria e José – cumpre as determinações da lei mosaica. Com isso, mostra que está bem inserida na ordem social. Simeão, homem justo e piedoso, toma o menino nos braços e louva a Deus, pois vê naquela criança a salvação do seu povo. Além disso, profetiza sobre as consequências que adviriam à mãe. Nesse texto, a presença da Família de Nazaré proporciona um clima de alegria e acolhimento entre os pobres que se encontram no Templo. Ao mesmo tempo, já se percebe o futuro conflito dessa criança com autoridades e poderosos. O texto revela a importância da família na vida dos filhos. A família é o lugar privilegiado da evangelização, onde a criança respira otimismo e alegria, fé e compromisso social, presença de Deus ou, ao contrário, indiferença. Com o gesto de apresentar seu filho a Deus, Maria e José revelam que os filhos pertencem a Deus e à sociedade.

Oração

Ó Jesus, Ungido do Pai, teus pais te conduziram ao Templo para seres “consagrado ao Senhor”. Tua presença foi causa de indizível alegria para o velho Simeão, porque ele contemplou em ti o Salvador, luz para todos os povos. A ti louvor e glória eternamente. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 4° Domingo do Advento 2020 – Ano B

Para: 20/12/2020

4° Domingo do Advento 2020 – Ano B

2Sm 7,l-5.8b-12.14a.l6; SI 88; Rm 16,25-27; Lc 1,26-38

4° Domingo do Advento 2020 - Ano B

Deus nos revela seus planos de amor

Chegamos aos últimos dias da caminhada do Advento 2020. Esse tempo de espera ativa e fecunda, em preparação ao Natal do Senhor, proporcionou-nos forte experiência de vigilância, convecção, júbilo e comprometimento na missão.

A primeira leitura nos ensina a olhar nossa vida à luz dos planos de Deus, e não o contrário. Davi, ao dialogar com Natã, tem um plano certo. Mas Deus, porém, tem outro. Deus rejeita a casa que Davi quer construir para Ele, insistindo que seu plano é caminhar em meio ao povo, trilhando os caminhos de libertação. No entanto, promete a Davi a descendência, da qual nascerá aquele que construirá, então, a casa para sua habitação. À luz da experiência das comunidades cristãs, Jesus é o consumador por excelência da promessa que Deus fez a Davi. Muito mais que o templo de Salomão, a casa verdadeira de Deus é Jesus mesmo. Ele é o Santuário da vida. Ele armou sua tenda entre nós para ser o verdadeiro templo acessível a todos que desejam a salvação.

São Paulo, na conclusão de sua Carta aos Romanos, convida a todos para louvarem a Deus, pois Ele revelou totalmente seu plano de amor em Jesus Cristo. Não há mais nada escondido, pois Jesus nos revelou tudo em plenitude. É um mistério de amor e de grandeza imensurável, mas que, por misericórdia divina, são os corações humildes e simples que possuem a capacidade de acolhê-lo e
colocá-lo em prática em cada momento da história.

Senhor, eis-me aqui!

Chega o Natal e, com ele, nosso louvor a Deus tão grande maravilha realizada em um modo tão simples. O evangelho do 4° Domingo do Advento 2020 – Ano B nos ajuda a contemplar o momento sublime em que Maria recebe o anúncio da Encarnação de Jesus. Ela, ao ser comunicada sobre a missão que a aguardava, não compreende bem como tudo irá acontecer. Mas, quando percebe que a obra não seria dela, mas de Deus, surge do mais profundo de si sua disposição para colaborar ativamente com seu “Sim”. Bastou o coração aberto, para acolher o anúncio, para que se iniciasse o momento mais sublime da história da humanidade: o Verbo de Deus se fez carne e veio habitar no meio de nós.

Preparemo-nos para essa grande festa litúrgica com o coração cheio de júbilo e esperança. Perguntemo-nos se de fato estamos disponíveis para acolher a presença de Deus em nosso meio; se estamos nos colocando diante do Deus da vida com nosso sim generoso e cheio de disponibilidade para participar de seu plano de amor.

É Deus que deseja nos presentear com o nascimento de seu Filho Jesus, agora não mais na manjedoura, mas no coração de nossas famílias, de nossas comunidades, de nosso mundo. Que unidos em um só coração e em uma só alma, possamos clamar com o mais profundo de nosso ser: Senhor, eis-me aqui! Que a vida de Deus seja vida em nossas vidas!

Sugestões litúrgicas para a Missa do 4° Domingo do Advento 2020 – Ano B

4° Domingo do Advento 2020 - Ano B

– Ato penitencial: fazer um breve exame de consciência sobre a fé em Deus e a capacidade para assumir sua vontade em nossa vida. Convidar a assembleia à conversão, que abre o coração humano para a participação alegre nos planos de Deus.

– Acendimento da quarta Vela do Advento: pedir para uma idosa entrar com a vela acesa e para um idoso entrar com um cartaz escrito: BEM-AVENTURADA AQUELA QUE ACREDITOU. (Colocar o cartaz junto com os anteriores para formar o ternário do advento.)

– Oferendas: pedir para grávidas, crianças, jovens e idosos (pode ser uma família em suas vá rias gerações) entrarem de mãos dadas, elevadas ao céu, mostrando a importância de se acolher e viver a fé no Filho de Deus, que vem para nos fazer uma só família. Apresentar o pão e o vinho para serem consagrados.

Sugestões de repertório para a Missa do 4° Domingo do Advento 2020 – Ano B (O Domingo)

Abertura: Vigiai, eu vos digo
Aclamação: Aleluia! Vem mostrar-nos
Oferendas: A nossa oferta
Comunhão: O Senhor fez

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 4° Domingo do Advento 2020

Áudios para a Missa do 4° Domingo do Advento 2020 – Ano B CNBB:

Cartazes para a Missa do 4° Domingo do Advento 2020 – Ano B:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

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