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Reflexão e sugestão para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Ez 18,25-28; SI 24; Fl 2,1-11; Mt 21,28-32

26° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Conversão e acolhimento da Boa-Nova

Correção fraterna, perdão, gratuidade… os temas que meditamos, neste mês, culminam hoje, no dia da Bíblia, no grande tema da conversão. A Lei e os Profetas se orientam para o mesmo fim: levar a pessoa humana a converter-se do próprio pecado, mudar de vida e renovar-se a cada dia. Jesus insiste que a conversão só se realiza quando está sintonizada à vontade do Pai. Esse processo não acontece quando a resposta ao pedido do Pai se dá somente da boca para fora. Mesmo que as palavras expressem um desinteresse no momento, é a atitude arrependida que leva à conversão e provoca atitudes comprometidas.

Na parábola do evangelho de hoje, o filho que fez a vontade do pai foi aquele que de fato foi trabalhar na vinha, ainda que tenha dito que não iria. Mas aquele que respondeu falsamente que iria, mesmo que tenha respondido com aparente respeito ao pai, não foi capaz de responder com a vida, com as atitudes concretas. Definitivamente, conversão da boca para fora não existe! É enganar-se. Paulo afirma, na segunda leitura, que a conversão é um processo que nos leva a ter os mesmos sentimentos de Cristo Jesus. Para isso, deixar de almejar vanglórias e abandonar o espírito de competição na vida fraterna é condição básica para correr à meta que nos é proposta. Conversão é imergir-se na fraternidade, para que as aspirações sejam comuns e todos sigam juntos para a mesma meta, que é a vida feliz e realizada em Cristo.

Tua Palavra é Lâmpada para os pés, luz para o caminhar!

Celebramos hoje o dia nacional da Bíblia. Não é um livro do passado, mas palavra viva de Deus, que se encarna em nossa realidade e nos impulsiona à prática do bem, do amor, da justiça e da paz, Agradeçamos o trabalho árduo de São Jerônimo, o qual colaborou para que os textos bíblicos se tornassem mais acessíveis e presentes no cotidiano das pessoas.

Agradeçamos a todos os biblistas que continuam suas árduas pesquisas para nos ajudar a compreender ainda mais o sentido que esses livros trazem para o contexto em que hoje vivemos; somos convidados a responder a seus questionamentos com espírito cristão.

É fato que nós, católicos, precisamos crescer no hábito de leitura da Bíblia pessoal e comunitariamente. A tradução dos textos para a vida, sob a luz do Espírito Santo, e a orientação da igreja são fundamentais. Não busquemos jamais “respostas prontas e acabadas” nas páginas bíblicas. É preciso que a leitura, sob a força do Espírito, seja a luz que nos possibilite olhar a realidade segundo a vontade do Pai. Somente assim seremos capazes de continuar a construção do Reino de Deus no hoje de nossa história.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Entrada da Palavra: ministros da Palavra podem dinamizar a entrada da Bíblia, destacando a importância do anúncio profético do evangelho. A frase a ser introduzida juntamente com a Bíblia nesta celebração é: “Palavra viva, que nos leva à Conversão”.
– Juntamente com a Bíblia, introduzir a imagem de São Jerônimo.
– Liturgia da Palavra: antes da proclamação das leituras, cantar um mantra (sugestão: “Tua palavra é lâmpada para meus pés”).
– Oferendas: ofertar todas as frases que foram introduzidas em cada um dos domingos, com o objetivo de apresentar a Deus os frutos da escuta da palavra que se faz caridade, e realizar coleta de alimentos para os necessitados.
– Envio da comunidade: o presidente da celebração pode fazer uma oração de envio sobre o povo, enfatizando a vocação batismal de sermos todos discípulos missionários de Jesus Cristo, anunciadores de sua Palavra.

Sugestões de repertório para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Senhor, escuta
Aclamação: Aleluia! O Senhor
Oferendas: As mesmas mãos
Comunhão: Vá e mostre

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 26° Domingo do Tempo Comum 2020

 

Áudios para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)

Senhor, tudo o que fizestes conosco com razão o fizestes, pois pecamos contra vós e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia (Dn 3,31.29s.43.42).

É na comunhão do Espírito Santo que nos reunimos para celebrar a páscoa semanal de Jesus, abrindo-nos à ternura e à compaixão de nosso Deus, que acolhe pobres e pecadores. Não nosso falar, mas nosso agir é que demonstra se cumprimos ou não a vontade divina. Celebremos com alegria o dia da Bíblia, a Palavra que nos orienta e conduz.

Primeira Leitura: Ezequiel 18,25-28

Leitura da profecia de Ezequiel – Assim diz o Senhor: 25“Vós andais dizendo: ‘A conduta do Senhor não é correta’. Ouvi, vós da casa de Israel: é a minha conduta que não é correta ou, antes, é a vossa conduta que não é correta? 26Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. 27Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida. 28Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 24(25)

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão!

1. Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos / e fazei-me conhecer a vossa estrada! / Vossa verdade me oriente e me conduza, † porque sois o Deus da minha salvação; / em vós espero, ó Senhor, todos os dias! – R.

2. Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura / e a vossa compaixão, que são eternas! / Não recordeis os meus pecados quando jovem / nem vos lembreis de minhas faltas e delitos! / De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia / e sois bondade sem limites, ó Senhor! – R.

3. O Senhor é piedade e retidão / e reconduz ao bom caminho os pecadores. / Ele dirige os humildes na justiça / e aos pobres ele ensina o seu caminho. – R.

Segunda Leitura: Filipenses 2,1-11 ou 1-5

[A forma breve está entre colchetes.]

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – [Irmãos, 1se existe consolação na vida em Cristo, se existe alento no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, 2tornai então completa a minha alegria: aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. 3Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante 4e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro. 5Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus.] 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 21,28-32

Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam a minha voz, / minha voz estão elas a escutar; / eu conheço, então, minhas ovelhas, / que me seguem, comigo a caminhar! (Jo 10,27) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Jesus dá um “puxão de orelha” nas autoridades religiosas do seu tempo e as desmascara com uma pergunta. A parábola mostra que o importante não são as palavras, mas as ações, o fazer. Podemos enganar os outros com belas palavras, mas nossa prática revela nossas intenções e opções. Jesus diz que os pecadores e prostitutas precedem as autoridades religiosas no Reino de Deus. Enquanto os pecadores e prostitutas são excluídos do Templo por não cumprir a lei, levam a sério o caminho da justiça; as autoridades fazem de sua “suposta justiça” a fonte do seu poder, do seu domínio sobre os outros. Portanto, a parábola denuncia a hipocrisia da elite, que se apresenta como cumpridora da vontade de Deus, quando de fato não a cumpre. É clara a mensagem: o importante diante de Deus é o fazer. Os grupos desprezados são os verdadeiros herdeiros do Reino dos Céus. Jesus repreende os “bons” porque acham que já estão vivendo de forma honesta e justa e que não há o que melhorar.

Oração

Ó Jesus, comunicador franco e transparente, não escondes a tua indignação contra os que querem se passar por justos, quando na verdade estão longe das exigências do Reino de Deus. Ajuda-nos a assumir, de modo responsável, a prática da justiça e da misericórdia. Amém.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

27 de setembro – Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Convidados à obediência ao Senhor, abramos o coração para que sua vontade seja feita em nossa vida e seu Reino se torne cada vez mais presente entre nós, por meio das nossas ações e do amor que testemunhamos. Neste dia da Bíblia, queremos ser iluminados por essa Palavra que nos conduz e aprender do Pai a praticá-la no dia a dia.

Amar a Deus significa obedecer à sua vontade, praticando atitudes que manifestam o seu Reino.

A VERDADEIRA RELIGIÃO

Dirigida às autoridades, sacerdotes e anciãos do povo, a parábola do Evangelho de hoje revela quem aceita Jesus e quem o rejeita. Os dois filhos agem de forma diferente daquilo que responderam ao pai: um respondeu “não”, mas depois foi; o outro respondeu “sim”, mas depois não foi. Pergunta desafiadora do Mestre: qual fez a vontade do pai? Resposta das autoridades: aquele que agiu conforme o pai havia pedido.

Religião não é feita só de palavras, mas sobretudo de ação, de vivência, de prática. O papa Francisco adverte sobre “cristãos papagaios”, que só falam em religião, mas não a vivem. Não basta dizer “Senhor, Senhor”, mas é preciso cumprir a vontade do Pai para entrar no Reino. Uma religião que se limite ao cumprimento de rituais e não trilhe o caminho da justiça não leva ao seguimento de Jesus. Diante dessa parábola, poderíamos perguntar: para que serve a religião?

Tradicionalmente, afirma-se que religião quer dizer “religar-se com a divindade”. Essa definição, porém, pode dar a ideia de que ela não deveria se preocupar com o que ocorre no mundo. O Vaticano 2º procurou abrir a Igreja para o mundo e não deixá-la fechada em si mesma. O papa insiste muito nisso. Algumas “frestas nas janelas da instituição se abriram para os ventos do Espírito”, trazendo a Boa-nova do Evangelho. No entanto, não faltam os que tentam fechar essas frestas, considerando-as nocivas.

Na era das imagens, em muitos ambientes há o sério risco de a religiosidade católica se reduzir ao estético: batinas, roupas clericais medievais, correntes, véus… Nada disso parece ajudar a viver o Evangelho da justiça e da transformação. Empenhar-se pelo direito dos pobres, em sintonia com as bem-aventuranças, em alguns círculos soa quase uma ironia.

Jesus diz que “os cobradores de impostos e as prostitutas”, abrindo-se à misericórdia de Deus, precederão, no Reino, aos que vivem de forma farisaica. A parábola de hoje quer nos levar a refletir sobre nossa maneira de viver a religião e a visão que temos do Reino de Deus. Os dois filhos podem representar cada um de nós, que alternamos momentos de compromisso com o projeto de Jesus com momentos de fraqueza, indiferença e até crítica à proposta do Mestre.

 

Pe. Nilo Luza, ssp  / Portal Kairós

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Áudio para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Com todo o cuidado, a nossa igreja católica anunciou protocolos para a volta das missas!

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