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Nossa Senhora Aparecida entre nós

Nossa Senhora Aparecida está definitivamente entre nós. A imagem da Santa Padroeira, que peregrinou desde o início do ano passado, pelas Paróquias da Arquidiocese da Paraíba, ganhou um santuário nas dependências do Hospital Padre Zé, no bairro de Tambiá, em João Pessoa. Os filhos devotos podem ir em qualquer horário fazer orações e prestar homenagens a Ela.

No Padre Zé, a Padroeira do Brasil abençoa os paraibanos que precisam de amparo e assistência médica e que encontram no Hospital a única saída para um atendimento digno e de qualidade, com humanização. A caridade está presente nessa unidade, que é filantrópica, recebendo recursos do SUS, mas que depende principalmente de doações para permanecer de portas abertas. Há também parcerias com instituições como o Unipê.

São 110 leitos, sendo 60 de clínica médica, e 50 leitos numa unidade para aquelas pessoas, maioria idosos, que precisam de uma atenção maior por um período mais demorado de recuperação. É grande a diversidade de serviços oferecidos gratuitamente no Hospital, que hoje dá prosseguimento ao trabalho do seu criador, o Mons. José da Silva Coutinho – o Padre Zé. Tem laboratório de análises clínicas, unidades de fisioterapia, de radiodiagnóstico e de ultrassonografia, e ainda serviços de assistência social e psicológica, sem contar as consultas médicas em várias especialidades. No ano passado foram quase 20 mil pacientes atendidos. E a população mais carente vai poder contar, em breve, com mais opções, como atendimento em pediatria.

A imagem peregrina de Aparecida, que agora repousa em território arquidiocesano, veio nos preparar para a festa do Jubileu dos 300 anos da aparição da imagem original no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, que acontece no próximo mês de outubro. Este tempo é, para nós, de grande alegria e evangelização. Está sendo uma bênção para o nosso povo poder contemplar a Imagem da Rainha e Padroeira do Brasil de perto, podendo rezar e pedir a sua bênção e a sua intercessão! Aprendamos com Ela a fazer tudo o que Jesus nos diz!

Aproveito este espaço para fazer uma reflexão sobre as Bodas de Caná, quando Maria auxiliou o início da missão de Jesus com o milagre da transformação da água em vinho. Comparo aquela situação com o cotidiano das famílias hoje em dia. Todas as famílias passam por algum tipo de problema, mas é importante não perder a coragem e a fé. Não excluam Jesus de vossas casas. Convidem a Mãe Aparecida para a festa da vida de vocês, e então teremos sempre o vinho da alegria, o vinho do amor.

 

Dom Manoel Delson
Arcebispo da Paraíba
CNBB / Portal Kairós

Mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

“Acolher, proteger, promover e integrar”: mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reproduziu a matéria divulgada pela Rádio Vaticano nesta segunda-feira, 21 de agosto, sobre a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado a ser celebrado em 14 de janeiro de 2018, que tem como tema “Acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e os refugiados”.

O Pontífice define “um sinal dos tempos” a triste situação de tantos migrantes que fogem da guerra e da pobreza e recorda que a Igreja tem a grande responsabilidade de compartilhar com todos a preocupação com os migrantes.

A Mensagem se articula em 4 pontos: verbos baseados nos princípios da Doutrina da Igreja.

O primeiro é “acolher”.

O Papa enfatiza que é urgente oferecer aos migrantes e aos refugiados mais oportunidades de entrada segura e legal nos países de destino. Francisco pede para simplificar a concessão de vistos humanitários e incentivar a reunificação familiar.

Realça ainda a necessidade de abrir corredores humanitários para os refugiados mais vulneráveis. E critica a expulsão coletiva de migrantes e refugiados, especialmente quando realizada em direção de países que não garantem o respeito pelos direitos fundamentais. O Pontífice reitera que o princípio da centralidade da pessoa humana requer “que se anteponha a segurança pessoal à segurança nacional“. E isto, afirma a Mensagem, acarreta a necessidade de um maior esforço para preferir soluções alternativas à detenção dos migrantes.

Em seguida, Francisco volta sua atenção para o verbo “proteger”.

Essa proteção, diz ele, começa em casa e deve continuar na terra da imigração. Daí a necessidade de valorizar as habilidades e competências dos migrantes que devem ter, consequentemente, liberdade de movimento no país anfitrião e oportunidade de trabalhar. O Papa enfatiza a proteção de crianças migrantes, que têm o direito de estudar e viver com suas famílias, tuteladas de qualquer forma de detenção. E, referindo-se à situação de apátrida de alguns imigrantes, o Papa sugere que a questão pode ser superada com “uma lei de cidadania” conforme ao direito internacional.

Em relação ao verbo “promover”, a Mensagem afirma que significa que todos os migrantes devem ser colocados em condição de se realizar como pessoas.

Francisco incentiva a integração sócio-profissional dos migrantes. E elogia os esforços de muitos países em termos de cooperação internacional, relevando que “na distribuição das ajudas, sejam consideradas as necessidades dos países em desenvolvimento que recebem grandes fluxos de refugiados e migrantes“.

O último verbo, escreve Francisco, é “integrar”.

O Papa observa inicialmente que a integração não é uma assimilação, que induz o migrante a suprimir ou esquecer a sua identidade cultural. É um processo prolongado que, exortou, “pode ​​ser acelerado através da concessão da cidadania independentemente de requisitos econômicos ou linguísticos“. Mais uma vez, o Papa pede que se favoreça a cultura do encontro e assegura que a Igreja está disponível a se comprometer “em primeira pessoa” neste campo. Para alcançar os resultados esperados, ele adverte, no entanto, que a contribuição da comunidade política e da sociedade civil é indispensável.

Na conclusão, Francisco faz apelo aos líderes políticos para que aprovem os acordos globais (Global compacts) aprovados recentemente na Onu dedicados aos refugiados e aos migrantes. E destaca que os próximos meses são uma oportunidade privilegiada para apoiar com ações concretas os quatro pontos delineados na Mensagem: “acolher, proteger, promover e integrar“.

(cm/ag)
CNBB

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Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos

A Transmissão da fé

Quando Jesus Ressuscitado enviou os apóstolos em missão, lhes disse: “Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos” (Mt 28, 19). Está claro, desde o início, que recebem o mandato de transmitir tudo o que haviam vivido e escutado na companhia do Mestre. É por causa desta missão [“vão”] que os apóstolos se organizam. Anunciam o que viram e ouviram: “Porque a Vida se manifestou, nós a vimos, dela damos testemunho, e lhes anunciamos a vida eterna” (1Jo 1,2). Nossa fé, que hoje vivemos, está fundada nos apóstolos, na fidelidade aos ensinamentos de Jesus Cristo e na sua ininterrupta continuidade na história. Passou, em grande parte, o tempo em que as pessoas pelo fato de nascerem num ambiente cristão iam adotando comportamentos e valores a partir do meio religioso: família, escola, comunidades. Este cristianismo herdado e transmitido como herança cultural encontra dificuldades de transmitir a fé, de encantaras novas gerações no seguimento de Jesus Cristo. O anúncio de Jesus Cristo e do seu evangelho, que se dava por suposto, hoje precisa encontrar caminhos novos para que chegue aos corações sedentos de Deus, na nossa geração. “O encontro com o Messias (Jo 1,35-51), no mundo contemporâneo, é possível. Mas precisa ser proposto de maneira a cativar mais as pessoas, para que se possa fazer a experiência impactante da verdadeira adesão a Jesus” (CNBB, Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários, Doc. 107, n.54).

Sentimos a necessidade de um caminho para formar discípulos, que chamamos de Iniciação à Vida Cristã. Trata-se do “processo de ser conduzido para dentro do mistério amoroso do Pai e de ser inserido na comunidade eclesial, para professar, celebrar, viver e testemunhar a fé em Jesus Cristo, no Espírito Santo.” (Idem, n. 61). Temos certeza e testemunhamos que todos os que se encontram com Jesus Cristo, tal qual a Samaritana, os apóstolos, Maria Madalena, os discípulos de Emaús e tantos homens e mulheres do nosso tempo, fazem a experiência do amor gratuito de Deus misericordioso, que ilumina o caminho da vida e convida à conversão e à missão. A partir deste anúncio fundamental, do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo, inicia-se um caminho, um processo, que culmina na celebração dos sacramentos da iniciação cristã, com sua inserção na comunidade cristã e o testemunho cristão no mundo. Para os batizados já são adultos, os missionários devemir ao seu encontro e testemunhar a alegria de ter uma comunidade de irmãos e irmãs que juntos vivem e celebram a fé. Muitos, talvez, não se sentem vinculados a Jesus Cristo, como seus discípulos, e à Igreja, por causa de uma catequese que tiveram, unicamente doutrinal.

“Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos” (Mt 28, 19)

Toda a Igreja sente-se envolvida neste novo e desafiador caminho de evangelização. A Iniciação à Vida Cristã é “um eixo unificador, uma bússola que direciona os esforços de toda a Igreja no Brasil, em sua tarefa de renovação pastoral para maior fidelidade à missão que o Senhor nos confiou” (Idem, n. 248).

Nesta missão, os(as) catequistas têm um lugar especial. A catequese se compreende a serviço desta missão de formar discípulos missionários de Jesus Cristo.Os(as) catequistas anunciam, pelo testemunho e pela Palavra de Deus, a alegria de ser cristão. Parabéns a todos(as) catequistas pela passagem de vosso dia!

 

Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta
CNBB

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Seminário aprofunda o tema da violência para a CF 2018

De 22 a 23 de agosto, acontece no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília, o Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade (CF) 2018, cujo tema é “Fraternidade e Violência”. A atividade tem como objetivo avaliar como foi realizada a CF 2017 nos 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e aprofundar o tema da próxima campanha para difundi-lo por meio de seminários regionais.

Segundo o secretário executivo da CF da CNBB, padre Luís Fernando, a mística que vai impulsionar a CF-2018 é a da Igreja em comunhão e participação. “A Igreja vai multiplicando sua mensagem profética por meio do compromisso dos fiéis leigos e leigas que atuam nos Regionais”, acredita.

O secretário executivo afirma que o seminário será um momento de revisitar a história da Campanha da Fraternidade e projetar os passos da próxima. “O seminário é núcleo primeiro que colabora com a multiplicação da CF no Brasil”, disse.

Representantes dos 18 regionais no Seminário Nacional

Violência mapeada

A atividade contará com a presença dos autores do texto-base da CF 2018, que ainda está em preparação. O professor da Puc-Minas, Robson Sávio Reis Souza, é um deles e fará um mapeamento da violência no Brasil.

A programação ainda contará com o aprofundamento dos caminhos sugeridos pela bíblia para a superação da violência a ser feito pelo padre Luís Fernando, secretário executivo da CF da CNBB. O professor Antônio Evangelista, de São Paulo, apresentará pistas para ações concretas da CF.

Durante o seminário, também serão apresentadas as versões, ainda em processo de acabamento, do hino e do cartaz da CF 2018. Participam da atividade 40 pessoas representando os 18 regionais da CNBB, cujo papel é multiplicar a mensagem da CF nos seus respectivos regionais.

Gravação do Hino da CF-2018

Andréia Zanardi (primeiro plano da foto) “Boa tarde, pessoal! No CD da Campanha da Fraternidade 2018, que terá como tema Fraternidade e superação da violência, vcs ouvirão nossas vozes, com arranjos do Maestro Luiz Karam.”

Refrão do Hino Oficial da Campanha da Fraternidade 2018:

“Fraternidade é superar a violência
É derramar em vez de sangue mais perdão
É fermentar na humanidade o amor fraterno
Pois Jesus disse que somos todos irmãos
Pois Jesus disse que somos todos irmãos”

Letra: Frei Zilmar Augusto, OFM
Música: Pe. Wallison Rodrigues

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A Vocação e amor na Família

Estimados Diocesanos!

É com alegria e espírito de gratidão que celebramos neste domingo, no Mês Vocacional, o dia dos pais e iniciamos a semana da família. Podemos dizer que o dom da vocação à vida matrimonial, contempla a dimensão do ser pai, do ser mãe e a construção de uma família em nome do amor. Na exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia, A Alegria do Amor, Papa Francisco, reflete sobre o amor no matrimônio e na família. Não sobre a palavra “amor”, que é seguidamente mencionada de forma desfigurada, faltando o sentido da presença de Deus, da partilha e do cuidado da vida da pessoa amada.

O amor não exige que o outro seja perfeito para aceitá-lo, mas “possui sempre o sentido de profunda compaixão, que leva a aceitar o outro como parte da minha vida e deste mundo, mesmo quando age de modo diferente daquilo que eu desejaria. Na vida familiar, não pode reinar a lógica do domínio de uns sobre os outros, nem a competição para ver quem é mais poderoso, porque esta lógica acaba com o amor e destrói a serenidade na vida familiar.

Depois do amor que nos une a Deus, o amor conjugal é a “amizade maior”, nos lembra Santo Tomás de Aquino. É uma união que tem todas as características duma boa amizade: busca o bem do outro, reciprocidade, intimidade, ternura e estabilidade. Mas também é capaz de superar os desafios, não tem medo de lutar, renascer, reinventar-se e recomeçar sempre de novo para estar ao lado da pessoa amada. Poucas alegrias humanas são tão profundas e festivas como quando duas pessoas que se amam conquistaram, conjuntamente, algo que lhes custou um grande esforço compartilhado. Percorrer um caminho juntos, mesmo se difícil, pode ser uma oportunidade para se apreciar melhor o que se tem e quem está ao nosso lado. Com os olhos do amor e do coração, podemos ver valores e qualidades, que nunca tínhamos percebido na pessoa que está ao nosso lado caminhando conosco, nos momentos alegres e difíceis da nossa vida.

Neste dia dos pais, manifesto minha gratidão ao meu pai, mas também a Deus, por todos os pais, que com amor e doação consomem a vida para cuidar com dignidade da família que construíram. Que o Senhor vos abençoe e voz proteja.

 

Dom José Gislon
Bispo de Erexim
CNBB

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