Dicas para os encontros do Hora da Família 2020

Neste mês de agosto nada melhor do que preparar bem a celebração da Semana Nacional da Família 2020, que ocorre na segunda semana do mês que é dedicado às vocações pela Igreja.

Confira as propostas de cada um dos encontros do Hora da Família 2020 e dicas para preparar este momento:

1º Encontro – Celebração do Dia dos Pais

Um momento para celebrar a vocação dos pais a partir das maravilhas que Deus realizou em São José.

– Dica: Imprimir ou separar fotos reveladas dos pais com seus filhos em momentos significativos e colocá-las em local de destaque, junto com a imagem de São José.

– Para as crianças: Folhas e lápis de cor para as crianças desenharem São José. Se possível, providenciar desenhos bíblicos para ajudar as crianças.

2º Encontro – Amados e chamados por Deus

Na alegria de amar e ser amados, vamos celebrar no segundo encontro todas as vocações, em sintonia com o tema do Mês Vocacional celebrado em toda a Igreja no Brasil.

– Dica: Preparar um local para a bíblia, uma vela e dois símbolos: um coração desenhado (simbolizando o amor) e o crucifixo com trigo (simbolizando a messe).

– Para as crianças: preparar roupas e adereços que possam facilitar a representação das diversas vocações (padre, freira, pai e mãe).

3º Encontro – Família e Matrimônio

Neste encontro, a proposta é celebrar a família como lugar ideal para refletir o amor de Deus que se inicia pelo matrimônio, sendo este um dom de Deus para a santificação dos esposos.

– Dica: Colocar o santo de devoção da família em destaque e também a foto de casamento.

– Para as crianças: Folhas e lápis de cor para desenharem o paraíso. Se possível, providenciar desenhos bíblicos para ajudar as crianças.

4º Encontro – Família e Educação

Em sintonia com a proposta do Papa Francisco de um Pacto Educativo Global, este será um encontro que incentivará a reflexão sobre o papel da família na educação e preparação dos filhos, com amor, para os desafios da vida pessoal, social e profissional.

– Dica: Preparar um local para a bíblia, uma vela, livro de espiritualidade, um terço ou crucifixo como símbolos da fé.

– Para as crianças: providenciar desenhos bíblicos e lápis coloridos para que elas participem de modo lúdico.

5º Encontro – Hora Santa da Família

O Hora da Família propõe um momento especial de celebração na Semana Nacional da Família, no dia de Santa Dulce dos Pobres, que pode ser uma adoração ao Santíssimo Sacramento ou uma solenidade com a Palavra de Deus, contemplando a presença divina nas Sagradas Escrituras.

– Dica: Preparar, no templo, ou nas casas, um ambiente celebrativo com uma mesa, toalha, flores e velas.

6º Encontro – Família e compromisso com a vida

Iluminados pela Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, somos convidados a refletir sobre a importância e a necessidade da família preparar-se estruturadamente para assumir o compromisso de gerar, educar e cuidar da vida, desde a concepção até a morte natural.

– Dica: Colocar em uma mesa símbolos que representem a família, como uma imagem da Sagrada Família, uma vela para simbolizar a esperança na vida, flores ou ramos verdes para representar o cuidado com a vida do meio ambiente. Também imagens de fetos ou mesmo fotos, fotos de crianças e de idosos para representar a vida desde a concepção até seu fim natural.

– Para as crianças: Conseguir revistas, jornais ou impressões com o rosto de Santa Dulce e de pessoas necessitadas para as crianças fazerem pinturas.

7º Encontro – Eu e minha casa serviremos ao Senhor

No último encontro da Semana Nacional da Família, o objetivo é promover a unidade e a fidelidade a Deus e à Igreja como valor fundamental na vida das famílias.

– Dica: preparar bem o local para o encontro, com destaque para a Palavra de Deus, e para a acolhida.

– Para as crianças: copiar para cada uma das crianças a “Tabela das Qualidades” em uma folha e disponibilizar lápis para que preencham durante a reunião e apresentar ao final.

Confira os materiais dos encontros do Hora da Família com crianças

A Semana Nacional da Família 2020 tem como tema “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24, 15) e terá início com o Dia dos Pais, no próximo dia 9 de agosto.

Apresentação do Hora da Família 2020, eu e minha casa serviremos ao Senhor

 

Pastoral Familiar / Portal Kairós

Dia dos pais 2020: O que a bíblia diz sobre eles?

Todo mundo ama o seu pai. Até os relacionamentos mais rompidos têm uma esperança profunda e inabalável de reconciliação.
Quando vemos os melhores relacionamentos paternais, não podemos deixar de nos emocionar.

Domingo, 9 de agosto
Dia dos pais 2020

Dia dos pais 2020

Há tantas “coisas” da vida que provêm de ter um pai:

Sabedoria
Alegria
Conforto
Proteção
Amor…

Quando os filmes querem nos fazer chorar, eles nos ajudam a experimentar um momento íntimo entre pai e filho ou filha. Quando os filmes querem nos motivar, eles nos mostram um pai que entra em ação para proteger sua família (pense em todos os filmes dos anos 80 com Arnold Schwarzenegger). O Dia dos Pais é uma bela oportunidade para celebrar o profundo desejo de Deus de respeitar, impressionar e seguir homens honrados em nossas vidas.

Estes são os homens que nos moldaram, investiram em nós, foram pacientes conosco e nos deram o amor e a estabilidade de que precisamos para nos tornarmos adultos maduros e competentes.

O que a Bíblia diz sobre os pais?

Você pode estar fazendo perguntas significativas e profundas, como:

O que a Bíblia diz sobre os pais?
O que a Bíblia diz sobre a responsabilidade de um pai?
Como posso ser um bom pai na Bíblia?
Qual é o papel do pai?

Pensar no que significa ser pai com base na Bíblia e ponderar como isso afeta você ou seus pais ao seu redor pode levar a idéias e mudanças surpreendentes na vida. Que melhor época para pensar profundamente do que no dia dos pais.

Ao se preparar para este dia, reflita e use o que a Bíblia diz sobre pais para enriquecer sua apreciação de seu pai e dos homens mais velhos em sua vida que o ajudaram a se tornar a pessoa que você é.

Aqui estão 8 coisas que podemos aprender com os pais na Bíblia – e 8 maneiras de louvar a Deus por seu presente de pai.

Dia dos pais 2020: na bíblia

01 – Pais lideram famílias

Eles têm um instinto de lançar uma visão e executar essa visão para sua família. Na Bíblia, Deus muitas vezes encarrega os homens de serem responsáveis ​​por liderar suas famílias em devoção a si mesmo. Eles têm um espírito diligente e uma força inabalável que Deus os uniu.

A tarefa de liderar uma família (dia dos pais ou não dos pais) exige bravura, determinação e devoção a Deus. Eles estão equipados de maneira exclusiva para manifestar todas essas qualidades.

Gênesis 18,19‍

“Porque eu o escolhi, para que ele instrua seus filhos e sua família depois dele a seguirem o caminho do Senhor, fazendo o que é certo e justo, para que o Senhor traga a Abraão o que lhe prometeu.”

Deuteronômio 6,1-9‍

“Estes são os mandamentos, decretos e leis que o Senhor seu Deus me instruiu a ensiná-lo a observar na terra que você está atravessando o Jordão, a fim de que você, seus filhos e os filhos deles depois deles possam temer ao Senhor seu Deus como enquanto você vive cumprindo todos os seus decretos e mandamentos que eu lhe der, e para que você possa desfrutar de uma vida longa. Ouça Israel, e tenha cuidado para obedecer, para que tudo corra bem com você e para que você cresça muito em uma terra que flui com leite e mel, assim como o Senhor, Deus de seus antepassados, lhe prometeu. Ouve, Israel, O Senhor nosso Deus, o Senhor é um. Ame o Senhor, seu Deus, com todo o seu coração, com toda a sua alma e com todas as suas forças. Esses mandamentos que hoje vos dou devem estar em seus corações. Impressione-os em seus filhos. Fale sobre eles quando estiver sentado em casa e quando caminhar pela estrada, quando se deitar e se levantar. Amarre-os como símbolos em suas mãos e prenda-os em suas testas. Escreva-os nos batentes das suas casas e nos seus portões.

Josué 1,9‍

Não te ordenei? Seja forte e corajoso. Não tenha medo; não desanime, pois o Senhor seu Deus estará com você onde quer que você vá.”

Josué 24,15‍

“Mas se servir a Deus lhe parece indesejável, escolha hoje a quem você servirá, se os deuses que seus ancestrais serviram além do Eufrates ou os deuses dos amorreus, em cuja terra você está vivendo. Mas quanto a mim e minha casa, serviremos ao Senhor.”

Provérbios 14,26‍

“Quem teme ao Senhor tem uma fortaleza segura e, para os filhos, será um refúgio.”

02 – Pais protegem

Eles não apenas lideram – eles guardam. Eles são acusados ​​de proteger os inocentes. No dia dos pais e todos os outros dias eles ouvem!
Eles devem suspeitar do namorado de sua filha. Eles são levados a construir um lar para suas famílias.

Deuteronômio 1,29-31‍

“Então eu lhe disse,“ Não se assuste; não tenha medo deles. O Senhor teu Deus, que está diante de ti, pelejará por ti, como fez por ti no Egito, diante dos teus olhos e no deserto. Lá você viu como o Senhor seu Deus o carregou, como um pai carrega seu filho, todo o caminho até que você chegou a este lugar. ”

Provérbios 14,26

“No temor do Senhor, temos forte confiança,

e seus filhos terão um refúgio. ”

Efésios 6,11-18‍

“Coloque toda a armadura de Deus, para que você possa se posicionar contra os planos do diabo. Pois nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra os governantes, contra as autoridades, contra os poderes deste mundo sombrio e contra as forças espirituais do mal nos reinos celestiais. Portanto, vista toda a armadura de Deus, para que, quando chegar o dia do mal, você possa permanecer firme e, depois de ter feito tudo, permanecer firme. Fique firme, então, com o cinto da verdade preso à cintura, com o peitoral da justiça no lugar e com os pés equipados com a prontidão que vem do evangelho da paz. Além de tudo isso, pegue o escudo da fé, com o qual você pode extinguir todas as flechas flamejantes do maligno. Pegue o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. E ore no Espírito em todas as ocasiões, com todos os tipos de orações e pedidos. Com isso em mente, esteja alerta e sempre ore por todo o povo do Senhor. ”

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03 – Pais são exemplos

Eles são exemplos para seus filhos. Não é coincidência que exista uma alta correlação entre a falta de pai e o sucesso dos filhos. Eles são feitos para pegar seus filhos pela mão e treiná-los para se tornarem adultos fortes. A idade adulta geralmente é mais contagiosa do que ensinada – isso nunca é mais verdadeiro do que quando os filhos assistem aos pais. Ele deixa um bom exemplo e é um patrimônio insubstituível para os filhos.

1 Reis 15,11

“E Asa fez o que era certo aos olhos do Senhor, como Davi, seu pai.”

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9 de agosto – Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020

A fé e a confiança em Jesus nos animam a superar nossos medos e dificuldades. O Senhor vem sempre ao nosso encontro de mãos estendidas, para nos conceder sua proteção e nos ajudar a atravessar as tempestades e incertezas da vida com coragem e esperança. Neste dia dos pais, nossa oração, homenagem e reconhecimento a eles pelo amor e dedicação aos filhos e à família.

O dom da fé nos ajuda a sentir a presença de Deus, que cuida de nós e está presente em todos os momentos de nossa vida.

A BARCA AGITADA PELAS ONDAS

Depois da partilha dos pães e dos peixes, Jesus convida os discípulos a entrar no barco e seguir à sua frente, atravessando para o outro lado do mar – o mundo pagão –, enquanto ele pessoalmente despede a multidão e se dirige ao monte para orar. De repente surgem ondas e ventos, pondo em risco a embarcação.

A travessia do mar pode simbolizar a travessia que a comunidade precisa fazer a fim de passar da mentalidade nacionalista para a universalista. Ou seja, não é somente Israel o povo eleito; em Cristo, todos os povos devem ser objeto de preocupação da missão cristã. Trata-se de ser uma comunidade em saída, que busca os “perdidos da vida” e não fica trancada em si própria; que anuncia a todos os povos a Boa-nova do Reino de Deus, mediante a vivência de novas relações em seu âmbito. Toda comunidade é convidada a fazer a travessia para a conversão ao evangelho.

A barca simboliza a comunidade que se sente ameaçada pelas forças adversas (o mar e o vento) e necessita de uma fé sólida para não ser tragada pelas ondas perigosas. Há grande contraste entre a serenidade de Jesus – no alto da montanha, em comunhão com o Pai – e o apavoramento dos discípulos em meio às ondas ameaçadoras, no mar revolto.

O medo dos discípulos revela a falta de fé, necessária para quem pretende ser autêntico seguidor do Mestre. A falta de fé pode levá-los a se sentirem perdidos no meio das turbulências. Eles necessitam sentir em seu meio a presença do Ressuscitado, o qual os tranquiliza com as palavras: “Coragem, não tenham medo, sou eu”. O medo paralisa, e o fantasma (Jesus) que assusta pode ser a própria solução – às vezes tão evidente e tão difícil de aceitar. As adversidades podem ser vencidas mais facilmente quando a comunidade tem a convicção de que Jesus é o companheiro de caminhada.

Toda comunidade, de ontem e de hoje, pode ser comparada a um barquinho navegando no mar da sociedade, a qual pode rejeitar os valores do Reino: paz, solidariedade, partilha e bem-querer. Sentindo a presença do Ressuscitado, a comunidade pode mais facilmente enfrentar os desafios do dia a dia.

 

Pe. Nilo Luza, ssp  / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

lRs 19,9a.ll-13a; SI 84; Rm 9,1-5; Mt 14,22-33

19° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Ao acalmar-se o vento, reconhecemos o Senhor

Continuamos vivendo o mês vocacional. O convite especial deste domingo é percebermos a presença de Deus nos momentos turbulentos da vida. Elias, ao fugir da perseguição atroz que sofria, corre ao encontro de Deus e se refugia em uma gruta, no monte Horeb. A grandeza de Deus vem manifestada no murmúrio de uma brisa leve, não no vento nem no fogo que tudo devora. Nas agitações, é preciso pedir o dom da serenidade, sem o qual não somos capazes de enxergar a presença divina.

No evangelho, os discípulos são apresentados na turbulência do mar, no agito dos ventos. Enquanto isso, Jesus reza ao Pai no silêncio da madrugada. Indo ao encontro deles, gera espanto, a ponto de o confundirem com um fantasma. Pedro faz a experiência de que realmente é Jesus não no momento em que pede para caminhar também ele sobre as águas, mas no momento em que é submergido pelas águas: “Senhor, salva-me!” Quando o vento se acalma e a brisa suave substitui o vento bravio, todos são capazes de reconhecer e confessar que Jesus é realmente o Filho de Deus.

Confiar em Deus a todo momento

Na multiplicação dos pães, Jesus já havia demonstrado aos discípulos que não basta confiar nas próprias forças e capacidades. É necessário lançar-se nas mãos do Pai providente e oferecer a ele o que temos. Hoje, as duas experiências de Deus, a de Elias e a dos discípulos, continuam a nos mostrar que facilmente nos atribulamos, mas é do Senhor que nos vêm a segurança e a tranquilidade de que precisamos para vencer as tempestades da vida. Sempre haverá uma brisa que nos fará recompor as forças e seguir em frente. Sempre haverá a mão de Jesus para nos reerguer.

Paulo provou turbulências em sua vida missionária ao não ser compreendido por seus, pois eram incapazes de acolher o Cristo Senhor. Ainda que Cristo descendesse deles, segundo a humanidade, não eram capazes de enxergar que o momento novo da salvação tinha chegado. Mas a fé que move seu coração permite que ele continue firme no anúncio da palavra a todos os povos.

A perseverança, que é graça divina em nossa vida, faz-nos olhar nossa missão sempre com o coração esperançoso. A confiança em Deus é a força principal que nos faz, a cada momento, superar as tribulações e caminhar em frente.
Rezando pelas vocações à vida familiar, nossa prece é por todos os pais que têm a grande missão de testemunhar aos filhos o amor paternal de Deus. Que eles encontrem na oração a força para superarem tantos obstáculos que a sociedade pós-moderna coloca diante da instituição familiar.

Sugestões litúrgicas para a missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Antes do início da celebração: cantar um mantra sobre a luz, enquanto entrarem, lentamente, duas pessoas com velas acesas, para acenderem as velas do altar. Interromper o mantra algumas vezes para se fazer pequenas exortações de coragem e paz em meio aos conflitos da vida. Sugestão de mantra: “O Senhor vai acendendo luzes quando vamos precisando delas”.
– Entrada da Palavra: pedir para uma família introduzir a palavra de Deus. Ao chegar ao presbitério, o pai pode elevar bem alto a Bíblia, manifestado a alegria de sua vocação. Se possível, o pai poderia proclamar a primeira leitura, com sua família ao lado.
Preces dos fiéis: concluir a oração dos fiéis com uma prece vocacional, que pode também ser cantada.
– Consagração dos pais a Nossa Senhora: antes da bênção final, consagrar os pais a Nossa Senhora e oferecer a eles uma lembrança da comunidade. Pode-se cantar “Oração pela Família” para concluir este momento.

Sugestões de repertório para a missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A  (O Domingo)

Abertura: Acolhe os oprimidos
Aclamação: Aleluia, o homem não vive
Oferendas: A mesa Santa
Comunhão: É bom Estarmos

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 19° Domingo do Tempo Comum 2020

 

Áudios para a Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 19° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

19° Domingo do Tempo Comum 2020

(Verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)

Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).

Reunimo-nos para celebrar a páscoa dominical e fazer experiência da brandura e bondade de Deus. Presente na Palavra e na Eucaristia, Jesus deseja fortalecer nossa fé e ser nossa segurança nas tempestades que surgem em nossa caminhada cristã. Celebremos em comunhão com os vocacionados à vida em família, especialmente com os pais.

Primeira Leitura: 1 Reis 19,9.11-13

Leitura do primeiro livro dos Reis – Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, 9o profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 11“Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. 12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E, depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa. 13Ouvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 84(85)

Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade / e a vossa salvação nos concedei!

1. Quero ouvir o que o Senhor irá falar: / é a paz que ele vai anunciar. / Está perto a salvação dos que o temem, / e a glória habitará em nossa terra. – R.

2. A verdade e o amor se encontrarão, / a justiça e a paz se abraçarão; / da terra brotará a fidelidade, / e a justiça olhará dos altos céus. – R.

3. O Senhor nos dará tudo o que é bom, / e a nossa terra nos dará suas colheitas; / a justiça andará na sua frente / e a salvação há de seguir os passos seus. – R.

Segunda Leitura: Romanos 9,1-5

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 1não estou mentindo, mas, em Cristo, digo a verdade, apoiado no testemunho do Espírito Santo e da minha consciência. 2Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua, 3a ponto de desejar ser eu mesmo segregado por Cristo em favor de meus irmãos, os de minha raça. 4Eles são israelitas. A eles pertencem a filiação adotiva, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas 5e também os patriarcas. Deles é que descende, quanto à sua humanidade, Cristo, o qual está acima de todos, Deus bendito para sempre! Amém! – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 14,22-33

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu confio em nosso Senhor, / com fé, esperança e amor; / eu espero em sua palavra, / hosana, ó Senhor, vem, me salva! (Sl 129,5) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Depois da multiplicação dos pães, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. 33Os que estavam no barco prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” – Palavra da salvação.

Reflexão

Jesus não somente se preocupa que o povo seja alimentado e tenha suas necessidades básicas supridas; ele dá a esse povo atenção toda especial, quer se despedir pessoalmente de todos. Depois de despedir a multidão e pedir aos discípulos que se dirijam à outra margem, Jesus sobe a montanha para rezar. De madrugada vai ao encontro dos seus, caminhando sobre o mar (símbolo do caos, dos poderes da morte). Pedro pula do barco (símbolo da comunidade), começa a andar sobre as águas e, quando percebe que está afundando, grita por socorro. O Mestre o censura pela falta de fé. A comunidade cristã (e cada fiel) está sempre andando sobre o mar perigoso, mas deve fazê-lo voltada para a frente, com o olhar da fé, para não se deixar abalar e não ser tragada pelas ondas. Com os pés fora da comunidade, a pessoa vai esmorecendo na fé e facilmente será levada pelas ondas das conveniências. Nas horas difíceis, porém, não podemos esquecer que o Mestre está presente e é necessário invocá-lo com um “salva-nos”.

Oração

Ó Jesus, Filho de Deus, partilhas o pão com as multidões, buscas um lugar silencioso para rezar a sós, caminhas sobre o mar ao encontro dos teus discípulos e os desafias a ter uma fé mais sólida. Faze-nos participar um pouco mais do teu dinamismo e do teu zelo pelo Reino. Amém.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós