Novena da Padroeira 2018 será um clamor pela restauração da vida

Novena da padroeira 2018
Novena da Padroeira 2018

O Santuário de Aparecida já vive a preparação para a Festa da Padroeira do Brasil nesse ano de 2018.

Os devotos já podem se organizar para as festividades de outubro, adquirindo o livrinho da Novena e Festa da Padroeira, disponível na Editora Santuário e na Loja Oficial.

Em virtude das comemorações dos 40 anos do restauro da imagem, a Festa da Mãe Aparecida terá o tema ‘Em Jesus, com Maria, restauramos a vida’.

De 3 a 12 de outubro as reflexões da Novena e Festa da Padroeira serão para motivar a oração pelo povo brasileiro, pedindo a intercessão da Mãe Aparecida para o restauro das vidas em sofrimento e pela recuperação da dignidade de filhos e filhas de Deus.

“Será um momento de celebração, mas também um grande clamor pelo povo brasileiro, os textos do livrinho vão nos ajudar a buscar essa restauração”, explicou o reitor do Santuário padre João Batista.

A novena e Festa da Padroeira também vai enfatizar o Leigo, em consonância como o Ano do Laicato, convocando os devotos para atitudes transformadoras e compromisso com a vida e os ensinamentos de Cristo.

Entre os dias 3 e 12 de outubro o tema geral será desdobrado em subtemas

1º – Com Maria e Jesus, obedecemos à vontade do Pai!

2º – Com Maria e Jesus, restauramos o Jardim do Éden!

3º – Com Maria e Jesus, buscamos a libertação!

4º – Com Maria e Jesus, somos servidores do Reino!

5º – Com Maria e Jesus, dialogamos com o mundo!

6º – Com Maria e Jesus, ser Igreja viva e participativa!

7º – Com Maria e Jesus, fazer-se Comunidade-Sacramento!

8º – Com Maria e Jesus, restaurar a dignidade da vida!

9º – Com Maria e Jesus, restaurar o rosto fiel e samaritano da Igreja!

 

12 de outubro – Solenidade de Nossa Senhora Aparecida
Em Jesus, com Maria, restauramos a vida!

Bate-papo com o músico católico Betinho

Bate-papo com o músico tem participação do cantor Betinho

Nesta semana, no programa “Bate-papo com o músico da Canção Nova”,  temos a presença do cantor católico Luis Alberto, mais conhecido como Betinho. Ele é natural de Agudos, interior de São Paulo, na diocese de Bauru. Seu batismo no Espírito Santo tem tudo a ver com o porquê dele ser conhecido pelo nome “Betinho”.

Ele nos contou que a primeira vez que foi em um grupo de oração, ao se apresentar ele disse que seu nome era Beto, para simplificar. Então, disseram a ele que lá já havia um Beto, então, ele seria chamado de Betinho. Mas, foi  também naquele dia, que ele recebeu o batismo no Espírito Santo e de lá saiu um novo homem.

Assista ao programa e veja o desfecho dessa conversa!

Confira o bate-papo

 

Canção Nova / Portal Kairós

Quais são os venenos que podem sair da nossa língua?

Rezemos para Deus quebrar as maldições que chegaram a nós pela língua

Nenhuma pessoa consegue dominar a língua. É um mal incontrolável e cheio de veneno mortal, pois, com a língua, bendizemos o Senhor e Pai, porém, ela amaldiçoa nossos semelhantes criados à imagem de Deus.

A Palavra de Deus, no livro de Tiago 3,7, relata-nos: “Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, amansa-se e foi domada pela natureza humana”.

Oremos e reflitamos com a Palavra de Deus

O Livro de Provérbios 18,21 nos diz que a língua pode ser uma fonte de vida ou um veneno mortífero, pode dar vida ou matar. Já Tiago 3,2 diz: “Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo”.

Veja a importância das nossas palavras, pois se alguém não tropeça no falar, é perfeito.

O homem pode domar toda espécie de feras, aves, répteis e seres marinhos, mas nenhum dos homens é capaz de domar a língua. Ela é o mal incontido e carregado de veneno mortífero, por isso, veja como é importante fazermos uma reflexão de oração, porque o pecado da língua é tão sério, que ocupa todo o capítulo 3 e parte do capítulo 4 da epístola de São Tiago.

Muitos males têm sido causado por uma só palavra proferida, porque elas ferem, matam, magoam, semeiam dúvidas, fazem pecar e geram ódio. Uma palavra ou uma frase pode doer mais que qualquer dor física.

A dor física pode cessar com um medicamento, mas a dor provocada por uma palavra ou frase, muitas vezes, nem o tempo apaga; e quando apaga, costuma deixar cicatrizes de muita dor e sofrimento na vida e na alma das pessoas.

Destruindo as palavras negativas

Senhor, quero pedir que venha destruindo toda a ação de miséria, dor e sofrimento que estão acabando com nossa vida por palavras ou frases negativas que recebemos. Que Deus destrua toda palavra que foi proclamada contra nós e família, as quais representamos.

Conceda-nos, agora, uma demonstração da Sua misericórdia e uma efusão do Seu Sangue sobre o sangue de cada um de nós, eliminando todos os sentimentos de dor, mágoa, feridas ocultas causadas por palavras ou frases negativas que os nossos ouvidos possam ter ouvido e trazemos no coração.

Quebra, Jesus, toda raiz dessa maldição e cura todas as feridas, trazendo paz, harmonia e ordem na vida dos seus filhos.

Jesus, ao censurar os fariseus, disse-lhes: “a boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12,34). E a advertiu nos versículos 36 e 37: “Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras você será absolvido, e por suas palavras será condenado”.

Olha que palavra forte Jesus pronunciou, porque não há nada pior que a língua, e nada melhor do que a língua, pois depende do modo que a usamos. Se amaldiçoamos, também carregamos os efeitos negativos do mal; se ferimos com a língua, também carregamos os ferimentos dessas feridas; mas se abençoamos, a bênção será dobrada; se proclamamos a cura para nós, a cura vem dobrada.

Quais são os pontos que precisamos analisar?

Dos venenos da língua, precisamos renunciar diariamente e pedir que o Sangue de Cristo lave cada palavra proferida da nossa boca.
A língua trabalha com palavras que destroem, e ela é indomável e incoerente, pois as palavras podem distorcer, espalhar boatos, alterar fatos para denegrir a imagem do outro. Falamos mal do próximo e, muitas vezes, calamos quando deveríamos falar, ou falamos quando deveríamos nos calar.

Que Deus nos ajude a usar a nossa língua para glorificar e abençoar o próximo. Senhor, peçamos que lave toda a nossa língua e nossa boca com o Seu Sangue, livrando-nos de todo o mal proferido pelas palavras que proclamamos. Livra-nos também lavando os nossos ouvidos de todo mal das palavras que ouvimos.

Deus está nos curando

Ele cura todos aqueles que não tinham referência, viviam na depressão e no pânico por palavras que pronunciaram negativamente contra cada um de nós. Também seremos curados das feridas que trazemos desde o ventre materno, porque seus pais diziam que não queriam esse bebê por não estarem preparados.

Essas palavras de maldição estão sendo quebradas, e todo aquele sentimento de falta de referência, de vazio e morte que sentíamos está caindo por terra, por isso recebemos a cura.

Deus está quebrando e destruindo todos os males causados na nossa vida.

Recomendo que, o livro ‘Por suas feridas fosses curados’, possamos fazer o cerco de Jericó do Sangue do Cordeiro e invocarmos as chagas e o Sangue de Jesus, para que toda a maldição da língua, para que as palavras que proferimos ou proferiram contra nós sejam quebradas.

Deus o abençoe e lhe dê a paz!

Canção Nova / Portal Kairós

A restauração da imagem de Nossa Senhora Aparecida

No Domingo, 19 de agosto, foram lembrados os 40 anos da restauração da imagem original de Nossa Senhora Aparecida, depois de ela ter sido atacada, profanada e quebrada em mais de 200 pedaços, no dia 16 de maio de 1978. Uma artista habilidosa, Maria Helena Chartuni, fez o trabalho primoroso de restauro, devolvendo novamente à pequena e simples imagem de Nossa Senhora Aparecida o seu aspecto original.

O fato foi recordado numa Santa Missa celebrada na Catedral Metropolitana de São Paulo, antes que a imagem seguisse para a Basílica Nacional, acompanhada por festiva carreata de São Paulo até Aparecida (SP), exatamente como foi há 40 anos, após o restauro. Os Missionários Redentoristas organizaram o evento, contando com sua experiência de evangelização popular.

Antes da partida do cortejo, à frente da Catedral da Sé, foi apresentada a simbologia do restauro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, a começar pela experiência da própria artista que executou o trabalho. Ela conta em seu livro “A história de dois restauros” (2018) como o processo da recuperação da pequena imagem significou para a sua própria vida um processo de recuperação de sua fé e do sentido de sua vida.  Escreve ela: “espero que este depoimento ajude, de alguma forma, muitas pessoas perdidas, sem esperança, como fui um dia, e que a fé em algo maior que nós mesmos as ajude a encontrar paz e o equilíbrio necessários para caminhar com mais alegria e confiança neste mundo conturbado em que vivemos todos, no mesmo barco que ameaça naufragar, diante dos graves problemas atuais”.

A restauração da imagem da Padroeira do Brasil acaba sendo uma mensagem para os nossos tempos. A destruição dessa imagem simples e pequena, embora de imenso valor simbólico para nós e para nossa fé, causou enorme comoção entre católicos e não católicos. Sua restauração trouxe igualmente grande alegria ao coração dos milhões de devotos da Virgem Mãe Aparecida. Mas não devemos esquecer que existe uma imagem infinitamente mais preciosa em nós mesmos, que não deve ser descuidada, nem destruída. Cada pessoa traz em si a imagem e semelhança de Deus!

Essa imagem viva de Deus nos dá uma dignidade imensa e inimaginável. Quantas vezes esquecemos isso e desrespeitamos essa imagem em nós e no próximo! Quanta imagem de Deus profanada pelo pecado, aviltada pela discriminação e o desprezo, humilhada pela miséria e a violência! Imagens manchadas pelo pecado, pelos vícios, aviltadas pela degradação moral… Quanta imagem preciosa por aí necessitada de restauro para recuperar a sua beleza e dignidade originária!

Nossa Senhora Aparecida nos faz pensar em nossa Pátria, cuja imagem não anda boa por esses tempos. Muita violência, corrupção e injustiças sociais, perda dos valores morais, degradação social, humores agressivos e até ódio de grupos antagônicos, como nunca antes se viu no meio deste povo pacífico! Uns perdendo a paciência, outros a compostura, outros a fé e a esperança em dias melhores! Ficamos quebrados, não apenas política e economicamente, mas também moralmente! É preciso restaurar a imagem do Brasil! Todos nós podemos ser os artistas, que colocam mãos à obra para juntar os cacos dessa imagem quebrada e recuperar a autoestima perdida.

O Brasil tem urgente necessidade de recuperar a confiança em si mesmo, contando, para isso, com a participação generosa de todos os seus filhos. Vale parafrasear o conselho de um grande político: “não perguntes o que o Brasil pode fazer por ti. Pensa naquilo que tu podes fazer pelo Brasil!” O tempo da campanha eleitoral pode ser bem mais do que a busca de argumentos para superar um partido ou um candidato concorrente: este deveria ser um tempo de reflexão e de busca de convergência sobre aquilo que será útil para o Brasil e ajuda a construir a cidadania.

Que a imagem restaurada de Nossa Senhora Aparecida nos ensine a fazer a nossa parte na recuperação da imagem do nosso Brasil! Que a “Mãe de Deus e nossa, nos ajude a cuidar bem da nossa dignidade de filhos e filhas de Deus e a promover o reconhecimento e respeito pela dignidade dos irmãos”. Que a Senhora Aparecida interceda por nós e pelo povo brasileiro!

 

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo

CNBB / Portal Kairós

A relação profunda entre mãe e filho

Desde o momento da concepção, há uma relação profunda entre mãe e filho, sob os aspectos físico, psicológico e espiritual. A relação física, via cordão umbilical, estabelece uma efetiva interdependência, sob pena de não chegar ao fim a gestação, conforme as leis da natureza.

A ciência demonstra que, na fase da gestação, a relação afetiva da mãe com o embrião/feto é sumamente importante, em vista de um harmonioso desenvolvimento de sua personalidade. A dimensão espiritual da relação entre mãe e filho revela-se sempre consistente, qualquer que seja a linguagem do sentimento que expressa alegria, tristeza, confiança, apreensão. A relação entre mãe e filho é de caráter existencial. A mãe percebe isso, racional e afetivamente. Assim, as mães sabem, por experiência, que esse “denominador comum”, a maternidade, as torna mais próximas e mais solidárias, nas alegrias e adversidades do dia a dia. De seu lado, o coração do filho é o melhor termômetro de identificação do amor materno, sempre solidário.

Em razão de sua natureza e missão, a vocação à maternidade é um “chamado à santidade”. O Papa Francisco, em sua Exortação apostólica Gaudete et Exsultate, “sobre o chamado à santidade no mundo atual”, escreve: “Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais.” (GE, n. 14)

Na Sagrada Escritura e na história da Igreja, há mulheres que são autênticas referências de maternidade e de santidade. Nesse sentido, a Igreja Católica ensina que Maria é o protótipo de mulher, filha, esposa e mãe. Sua maternidade, que é de natureza divina, ao gerar Jesus, “concebido pelo poder do espírito Santo”, estende-se, espiritualmente, a quem faz a vontade de Deus: “Muita gente estava sentada em volta de Jesus, e lhe disseram: ‘Olha, tua mãe, teus irmãos e tuas irmãs te procuram lá fora.’ Ele lhes respondeu: ‘Quem é minha mãe e meus irmãos?’ E olhando em volta para os que estavam sentados ao seu redor, Jesus disse; ‘Eis minha mãe e meus irmãos. Pois que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe’.” (Mc 3, 32-35)

No seu calendário santoral, a Igreja propõe aos fiéis a imitação de homens, de mulheres, de casais, de filhos e filhas que, no seu tempo e lugar, cultivaram a santidade, inerente à sua vocação, como ideal de vida. Como exemplo, a Igreja celebra a memória de uma mãe e de um filho – Santa Mônica e Santo Agostinho –, respectivamente, nos dias 27 e 28 de agosto. Antes de morrer, tendo Agostinho ao seu lado, ela disse: “Filho, quanto a mim, nada mais me agrada nesta vida.

Que faço ainda e por que ainda aqui estou, não sei. Toda a esperança terena já desapareceu. Uma só coisa fazia-me desejar permanecer por algum tempo nesta vida: ver-te cristão católico, antes de morrer. Deus me atendeu com a maior generosidade, porque te vejo até como seu servo, desprezando a felicidade terrena. Que faço aqui?” De sua parte, Santo Agostinho, sempre assistido e acompanhado por Santa Mônica, após “uma juventude perturbada, quer intelectualmente, quer moralmente, converteu-se e foi batizado”.

Ele testemunha em suas Confissões: “Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu, fora. E aí te procurava e lançava-me nada belo ante a beleza que tu criaste. Estavas comigo e eu não contigo. Seguravam-me longe de ti as coisas que não existiriam, se não existissem em ti. Chamaste, clamaste e rompeste minha surdez, brilhaste, resplandeceste e afugentaste minha cegueira. Exalaste perfume e respirei. Agora anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz.”

Nesses tempos de agressão à vida intrauterina, mediante a prática do Aborto, e a mobilização pela sua descriminalização, a defesa da vida, que é um dom de Deus, sempre deve ser feita por quem tem coração e fé. A relação entre mãe e filho, com seus traços físicos, psicológicos e espirituais, se fortalece com a voz da ternura e a força do amor.

 

Dom Genival Saraiva
Bispo Emérito de Palmares (PE)

CNBB / Portal Kairós