CNBB publica texto base da Campanha da Fraternidade 2015

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O texto base utilizado para auxiliar nas atividades da CF 2015 já está disponível nas Edições CNBB.

Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

O documento reflete a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”.

Na apresentação do texto, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, explica que a Campanha da Fraternidade 2015 convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade.

“Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhos e filhas de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas, a organização da sociedade estejam a serviço de todos”, comenta dom Leonardo.

Proposta do subsídio

O texto base está organizado em quatro partes. No primeiro capítulo são apresentadas reflexões sobre “Histórico das relações Igreja e Sociedade no Brasil”, “A sociedade brasileira atual e seus desafios”, “O serviço da Igreja à sociedade brasileira” e “Igreja – Sociedade: convergência e divergências”.

Na segunda parte é aprofundada a relação Igreja e Sociedade à luz da palavra de Deus, à luz do magistério da Igreja e à luz da doutrina social.

Já o terceiro capítulo debate uma visão social a partir do serviço, diálogo e cooperação entre Igreja e sociedade, além de refletir sobre “Dignidade humana, bem comum e justiça social” e “O serviço da Igreja à sociedade”. Nesta parte, o texto aponta sugestões pastorais para a vivência da Campanha da Fraternidade nas dioceses, paróquias e comunidades.

O último capítulo do texto base apresenta os resultados da CF 2014, os projetos atendidos por região, prestação de contas do Fundo Nacional de Solidariedade de 2013 (FNS) e as contribuições enviadas pelas dioceses, além de histórico das últimas Campanhas e temas discutidos nos anos anteriores.

Novo DVD e CD de Adriana Arydes

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Formação para o Ano Nacional do Laicato

Confira novidades dos cantores católicos

A cantora Adriana Arydes é hoje uma das maiores expressões artísticas no meio Católico no Brasil, não só pelo seu carisma pessoal e sua voz, mas, sobretudo pelos valores cristãos e testemunho de fé e vida que dá. O respeito e a admiração dos seus fãs se refletem nos inúmeros shows que ela realiza, nas participações nos maiores eventos musicais Católicos no Brasil e em programas nas TVs Católicas.

Adriana gravou seu primeiro DVD, em 2007 e o segundo demorou para chegar, mas com certeza valeu a pena esperar. Muito mais madura pelas experiências vividas, Adriana Arydes partilha e celebra uma nova fase na sua vida pessoal e artística. São 20 anos de ministério musical, agora não somente como missionária, mas como esposa e mãe.

Foram mais de dois anos de espera para definir a data de gravação, entre a gravidez da Adriana e depois a realização da JMJ Rio 2013. Como o primeiro DVD havia sido gravado em São Paulo, Adriana pediu que o evento fosse realizado no Estado do Rio de Janeiro, para chegar mais perto do público daquela região. As expectativas e a cobrança dos fãs eram constantes, pois a cantora não lançava um CD inédito de carreira desde o ano de 2011. O mais recente, feito em 2012, foi o CD voltado para a experiência de “Ser Mãe”.

Depois de muitas pesquisas e buscas de casas de shows, o Auditório da AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras) ,que fica em Resende-RJ, o maior da América Latina, foi escolhido como o lugar para a realização do show e gravação do DVD/CD, que aconteceu no dia 31 de maio de 2014.

No repertório, foram resgatadas as canções dos álbuns lançados posterior ao 1º DVD e já aclamadas pelo público: “É tão bom”, “Nova manhã”, “O segredo”, “Eu sou um jardim”, “Coisas que vivi”, “Minha graça te basta”, “Só é feliz quem ama”, “Teu milagre”, “Maria mãe da Vida”, “Contigo é bem melhor”. Adriana resgatou a canção “Doce Jesus”, gravada num dos seus primeiros trabalhos musicais, que, assim como as outras, ganharam uma roupagem nova. O projeto traz três canções inéditas, pensadas e produzidas pela Ir. Verônica Firmino, fsp e Adelso Freire, exclusivamente para este DVD: “Guardiões”, baseada na Homilia do Papa Francisco no dia de São José (03/2013), que aborda a temática da “Família”, experiência tão querida pela Adriana Arydes. Na sua fala, ela defende os valores da família e convida a todos, pais, mães e filhos, a sermos guardiões das nossas famílias, guardiões uns dos outros para construirmos um mundo melhor, assim como nos convida o Papa Francisco, e partilha, com o público, a experiência da maternidade, apresentando seu filho Davi, que, no momento mágico, participa do DVD/CD juntamente com o Pai, Fabiano Arydes. “Revestido pela Fé” é uma canção contagiante e com um ritmo que convida a nos por em “marcha”, numa atitude de quem segue o caminho com fé e coragem; é um convite a todos nós, cristãos, a seguirmos em frente na nossa caminhada, superando os desafios, pois Jesus sempre está conosco.

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Ética, Estado, Religião e Razão

É necessário proclamar a confiança na razão prática humana, como capaz de discernir o bem do mal através do conhecimento das naturezas, das essências das coisas, e dirigir a vontade para o bem.

Contemporaneamente, toda a discussão sobre ética e leis passa necessariamente, nas mentes dos debatedores, por duas noções que se têm por indiscutíveis, pressupostas mesmo por quem se quer ter por “civilizado” e “culto”, e, portanto, admitido legitimamente a dialogar publicamente: trata-se da noção de “valores” e da ideia de “positividade legal”. É difícil até mesmo pensar em debater ética, leis ou comportamentos sem pensar nestas duas noções, e qualquer pessoa ou grupo que não as aceite como pressupostos indiscutíveis do debate ético atual corre o risco de ser visto como um homem das cavernas ou um protofascista, para dizer o mínimo.
A primeira noção, a noção de “valores”, vem da ideia de que não se pode deduzir nenhum dever-ser, nenhuma axiologia, a partir do “ser”. Vale dizer, a contemporaneidade nega que se possa validamente inferir normas de fatos. Isto, dizem nossos contemporâneos, constituiria uma falácia, a chamada “falácia naturalista” (como descrita, dentre outros, por David Hume e G. E, Moore).

É moeda corrente no pensamento ético e jurídico contemporâneo que qualquer apelo a uma suposta “lei natural”, deduzida do próprio ser, da natureza das coisas, constitui uma forma de pensar ultrapassada e inaceitável, e esconde crenças irracionais e a tentativa de impô-las aos outros sub-repticiamente. Exemplifico. Do fato de que homens e mulheres possuem carga genética essencialmente diferente, e funções corporais diferentes no processo reprodutivo natural humano, não se poderia tirar, segundo essa forma de pensar, nenhuma dedução normativa no sentido de que a união sexual entre homem e mulher devesse receber uma normatização diversa daquela entre duas pessoas do mesmo sexo. Do fato reprodutivo puro e simples não se poderiam, para eles, deduzir valores normativos sem cometer uma “falácia naturalista”, incidindo em erro. Portanto, qualquer dedução deste tipo esconderia preconceitos inconfessáveis, do tipo religioso ou tradicionalista, contra quem não aceita deduções deste tipo.

Com isto, a noção de “valor” fica remetida ao campo do subjetivo, do gosto, da emoção, da capacidade de mobilização contida numa ideia qualquer. Os valores, para essa contemporaneidade, decorreriam sempre da adesão pura e simples da vontade do indivíduo a determinadas crenças, emoções ou opções, sem nenhuma espécie de possibilidade de questionamento racional. Uma vez que adere a um sistema de valores, um indivíduo considera-se acima da possibilidade de ser questionado, quanto à razoabilidade desses mesmos valores, por qualquer outro indivíduo. A solicitação de fundamentação da crença do outro já é, em certa medida, tomada por uma insuportável expressão de intolerância, de hate speech, de fobia, de incapacidade de lidar com a diversidade. Se não há relação entre fatos e valores, como quer o pensamento contemporâneo, também não há relação entre valores e razões: a prevalência de determinados valores fundamenta-se na sua capacidade de provocar adesões, não na sua razoabilidade intrínseca. Porque, pensam os contemporâneos em sua maioria, apelar para a própria noção de que valores podem ter razoabilidade intrínseca esconde um discurso de dominação: valores são propagados por persuasão, não por convencimento, e a tentativa de fundamentação racional de valores nada mais é, para eles, do que uma forma desleal e manipuladora de tentar obter adesões dos espíritos menos críticos. E assim a razão humana é denunciada como uma perniciosa manipulação da “elite” frente a uma massa “desinformada” quanto à falácia naturalista.

A outra questão que se põe é a da exigência contemporânea da “positividade legal” de qualquer ordem ética para que seja reconhecida como válida publicamente. Vale dizer, os “valores” são tomados como mero “horizonte” que deve ser perseguido pelo Estado, quando legisla. Assim, na impossibilidade sequer de colocar a persuasão racional do outro como uma instância válida de reconhecimento de validade de determinada norma ética, os grupos eventualmente em conflito na sociedade buscam “empoderar-se” (para usar de um neologismo corrente nas discussões sobre o tema) no Estado a fim de tornar positiva, fazer adquirir força legal para a sua própria esfera de valores através de alguma instância normativa estatal. Daí os grupos de pressão, a luta pelo domínio ideológico do discurso universitário e cultural, o estabelecimento de “bancadas” disto ou daquilo no legislativo e o apelo ao “estado laico” cada vez que alguém faz apelo à razoabilidade de alguma norma ética não positiva. Não haveria, para estes, nenhuma ética fora do ordenamento estatal positivo, o que, é claro, além de tornar impossível a convivência social plural, transforma o Estado num grande “educador moralista” que ele não é, nem pode ser. E o direito, que existe para tratar de relações humanas a partir de sua exterioridade, vira um espaço de silenciamento moral do adversário pelo grupo de plantão no poder, através da categoria de “fóbico” aplicado ao pensamento divergente.

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Leve o show da cantora Aline Brasil para sua cidade!

Obrigações Éticas

O Artigo 221 da Constituição Brasileira afirma que “A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: Inciso 1- preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; Inciso lV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”. Portanto, como podemos ver os meios de comunicação social, e mais especificamente a televisão, não estão como    muitas pessoas pensam, imunes de qualquer controle. São concessões do poder público, sujeitas aos interesses nacionais, que podem ser cassadas.

Acredito que os incisos l e lV do referido Artigo não estão sendo levados adequadamente em consideração. Sinto que, com algumas exceções, os canais da televisão brasileira agridem os valores éticos e sociais das pessoas e da família. Obviamente não estou culpando a televisão por todos os atuais males da sociedade. Porém, acredito que houve uma quebra do compromisso ético contraído pelas emissoras de televisão com a Nação, ao assumirem a concessão desse serviço público.

A televisão, em particular, tem pesada responsabilidade e severas contas a prestar ao País, por sua ativa participação no processo de dissolução dos valores morais da acelerada deterioração das normas que regem um sadio convívio social. Muitas novelas fazem a apologia de comportamentos anômalos, quando insinuam sutilmente que a condição para triunfar na vida é ser esperto, mau caráter, venal, violento e infiel. Depois, com impostada indignação, as televisões querem reagir quando nosso País é exposto à execração desbragada, da corrupção generalizada.

Não há dúvida, o povo está perdendo suas âncoras morais, suas referências éticas, descaracterizando-se moral, espiritual e culturalmente. Soma-se a isto a falta de capacidade crítica do povo, o vale tudo das televisões, as apelações grosseiras na disputa por índices de audiência, e o anormal passa a ser aceito como natural, e o que é normal passa a ser tido como anômalo. Observe que a televisão obtém mais ibope quando faz apresentações escandalosas, exóticas, irreverentes e fantasiosas. Obviamente então, a TV prefere diretores, apresentadores e artistas que tenham estes perfis. O resultado, às vezes, é vulgaridade, indecência, irresponsabilidade etc. Há programas de violência extrema na televisão induzindo nossos jovens a imitar aquele comportamento. A banalidade do sexo na televisão é deplorável, mais uma vez levando nossos jovens a fazer experiências sexuais muito antes de seu tempo, resultando em prostituição e a gravidez indesejada.  Quantos jovens foram introduzidos à droga e quantas famílias desestruturadas devido às influências da TV. Há canais de televisão que zelam pela ética, pelo respeito, pela educação séria dos telespectadores, mas são minoria.

Os legisladores, os encarregados da administração do Estado e da Justiça são chamados a dar uma resposta ao problema da pornografia no sentido mais amplo do termo e da violência sádica difundida pelos meios de comunicação.  Ninguém quer a volta da censura, mas alguma coisa precisa ser feita para tornar a TV brasileira menos vulgar e mais útil à população. Os incisos do Artigo número 221 da Constituição precisam ser respeitados e obedecidos.

 

Obrigações Éticas
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald,  Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1