A liturgia do mês de outubro de 2021

Liturgia do mês de outubro de 2021

Após o mês da Bíblia, a Igreja nos convida a viver o mês missionário, o que nos faz recordar a relação entre a Palavra de Deus e a missão. Quem acolhe a Palavra de Deus é chamado a compartilhar a graça recebida com todos por meio do anúncio e do testemunho, na vida cotidiana, como verdadeiro missionário. Somos chamados a partilhar com os irmãos e irmãs o dom da Palavra que ouvimos e acolhemos. Durante este mês, no terceiro domingo, acontece o Dia Mundial das Missões, ocasião especial para expressar comunhão, partilha e solidariedade com os missionários e missionárias, especialmente com aqueles que atuam além-fronteiras, em meio a tantos desafios e situações de sofrimento.

Intenção da liturgia do mês de outubro de 2021: pela evangelização: Para que cada batizado seja envolvido na evangelização e disponível para a missão, através de um testemunho de vida que tenha o sabor do Evangelho.

Rezemos pelos missionários presentes no mundo inteiro. Agradeçamos a Deus pelos irmãos e irmãs que têm colaborado generosamente no anúncio e no testemunho do Evangelho, a começar da Igreja local. Cada membro da Igreja é chamado a participar de sua ação evangelizadora segundo a própria vocação, atuando nas comunidades e na sociedade. O papa Francisco tem ressaltado a importância da “Igreja em saída”, que vai ao encontro de todos, especialmente dos pobres e dos que mais sofrem, para compartilhar a esperança e a alegria do Evangelho. Para que a Igreja seja cada vez mais missionária, é necessária a participação de cada cristão e de cada comunidade na missão.

Para compartilhar a alegria do Evangelho e fazer discípulos, somos chamados a caminhar juntos, revalorizando a dimensão comunitária da missão, a ser assumida como Igreja, na Igreja e com a Igreja. Embora exija a participação e a responsabilidade pessoal, a missão é sempre tarefa eclesial, de cunho comunitário. “Ide”, disse Jesus, ao enviar os discípulos para evangelizar (Mt 28,19-20). O “ide” que caracteriza o mandato missionário implica caminhar juntos no discipulado e na missão, participando ativamente da vida da Igreja.

Com Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, aprendemos a ser verdadeiros missionários. No mês de outubro, rezando e meditando o santo rosário, voltamos nosso coração para a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, celebrando alegremente sua festa e renovando nosso compromisso de seguir Jesus como seus discípulos e missionários.

Dia / Comemorações da liturgia do mês de outubro de 2021

01° – Santa Teresinha do Menino Jesus / 1ª sexta-feira
02 – Santos Anjos da Guarda

03 – 27° domingo do Tempo Comum

04 – São Francisco de Assis / Dia da Natureza
05 – São Benedito / Santa Faustina Kowalska
06 – São Bruno
07 – Nossa Senhora do Rosário
08 – São João Calábria / Dia Nacional da Vida 2021
09 – Santos Dionísio e comps.; João Leonardi

10 – 28° domingo do Tempo Comum

11 – São João 23
12 – Nossa Senhora Aparecida / Dia da Criança 2021
14 – São Calisto 1°
15 – Santa Teresa de Jesus / Dia do professor
16 – Santas Edviges; Margarida Alacoque / São Geraldo Majella

17 – 29° domingo do Tempo Comum

18 – São Lucas / Dia do médico 2021
19 – Bem-aventurado Timóteo Giaccardo; Santos João de Brébeuf, Isaac Jogues e comps.; Paulo da Cruz
22 – São João Paulo 2°
23 – São João de Capistrano

24 – 30° domingo do Tempo Comum / Dia das missões

25 – Santo Antônio de Santana Galvão
28 – Santos Simão e Judas Tadeu

31 – 31° domingo do Tempo Comum
Dia Nacional da Juventude 2021

 

D. Sérgio da Rocha – Cardeal Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 24° Domingo do Tempo Comum 2021 do Ano B

Para o dia: 12/09/2021

Missa do 24° Domingo do Tempo Comum 2021 – Ano B

Is 50,5-9a; Sl 114; Tg 2,14-18; Mc 8,27-35

24° Domingo do Tempo Comum 2021

Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

Cartazes Especiais para a Missa do 24° Domingo do Tempo Comum 2021 – Ano B
Baixe a imagem acima e mais uma, em Alta Resolução 300px para imprimir, para sua paróquia:

* Você pode mandar imprimir do tamanho que quiser, usar no Datashow, projetar durante a missa, ilustrar subsídios da sua paróquia e etc. São imagens com alta qualidade e especiais.

Colorindo a liturgia: 24° Domingo do Tempo Comum 2021 – Ano B:

Mais materiais e subsídios de formação

 

Pedro fez a profissão de fé. Fé é um dom de Deus, como lemos em Mateus: “Não foi carne ou sangue que te revelaram isso, mas meu Pai que está nos Céus” (Mt16,17). Crer significa também aceitar Jesus como ressuscitado e como humano.

Por essa razão, os outros acreditavam que Jesus fosse um personagem do passado que voltara. A proclamação de Pedro o coloca no caminho de Jesus. Por isso, a seguir, Jesus lhes mostra o que iria acontecer com Ele, que é o sofredor, como o Servo (Is 50, 5-9). A fé assume também essa condição de Servo Sofredor e participa com Ele de seus sofrimentos, como nos disse Paulo: “Justiça que vem de Deus na base da fé. Esta consiste em conhecer a Cristo, experimentar a força de sua Ressurreição, ficar em comunhão com seus sofrimentos, tornar-me semelhante a Ele em sua morte para ver alcançar a ressurreição de dentre os mortos” (Fl 3,9-10). Jesus foi recusado por não corresponder a uma fé criada pelos homens. Ele, que viveu a condição humana, tem condições de acolher o coração humano em sua fragilidade. É nessa condição que obtemos a salvação e a construímos.

Obediência é um dom, que é estar atento ao projeto de Deus. Abrir para compreender e defender contra a tendência de recuar, mesmo nos momentos de duro sofrimento por estar no exercício da vontade de Deus. Assim o fez Jesus. Rezamos no salmo: “Nosso Deus é compassivo”.

Quem rejeita o caminho de Jesus é um satanás, que quer dizer, aquele que divide. Pedro queria desviar Jesus de seu caminho de fidelidade ao Pai: “Arreda-te de mim, satanás, porque não pensas as coisas de Deus, mas as dos homens” (Mc 8,33). O dom da obediência une o cristão ao caminho redentor de Jesus.

São Tiago enfrentou uma interpretação errada sobre Paulo, que diz que só a fé salva, afirmando: “A fé, se não tiver obras, será morta em seu isolamento” (Tg 2,14-18). Paulo ensina que a fé deve “agir na caridade” (Gl 5,6). Jesus realizou essa verdade da fé na caridade quando foi proclamado Messias por Pedro. Mostrou que sua missão passava pela morte e ressurreição. Para seguir Jesus, cada cristão deve deixar muitas coisas para ter tudo, isto é, salvar sua vida (Mc 8,35). Cristo manifestou sua caridade em sua abnegação e entrega total.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 24° Domingo do Tempo Comum 2021 – Ano B

– Antes da procissão de entrada: como estamos no mês em que inicia a primavera, destacar o tema, de forma planejada, dando destaque à consciência ecológica.

– Ato penitencial: pedir perdão pela destruição do planeta, pela poluição da natureza e, especialmente, pelo desrespeito à obra-prima da criação: a pessoa.

– Ação de graças: motivados pelo amor à natureza, pode-se rezar um dos salmos que destacam a beleza da obra da criação de Deus.

– Antes da bênção final: simbolicamente, pede-se para destronar a Bíblia, que está junto ao altar, para entronizá-la no coração de cada um.

Sugestões de repertório para a Missa do 24° Domingo do Tempo Comum 2021 – Ano B (O Domingo)

Abertura: Senhor, escuta
Aclamação: Aleluia! Ó Senhor
Oferendas: As mesmas mãos
Comunhão: O Mal que Sai

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – Catequético – Cantos para a Missa do 24° Domingo do Tempo Comum 2021 – Ano B

 

Áudios para a Missa do 24° Domingo do Tempo Comum 2021 – Ano B CNBB:

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

CNBB abre o mês da Bíblia 2021 com missa e leitura orante

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre a 50ª edição do Mês da Bíblia com uma série de eventos para todo o país. A programação terá três momentos: Missa pela manhã, leitura orante no período da tarde e uma mesa redonda à noite.

Neste ano em que se celebra os 50 anos (1971-2021) da dedicação de setembro como o Mês da Bíblia na Igreja no Brasil, a CNBB propõe o aprofundamento da Carta de São Paulo aos Gálatas e o lema “Pois todos vós sois UM só em Cristo Jesus”.

A missa de abertura do Mês da Bíblia 2021 será transmitida para todo o Brasil direto do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG). Será presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. À tarde, às 17h, o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, conduz uma edição especial do programa Leitura Orante, na TV Evangelizar.

Às 20h, será promovida uma mesa-redonda sobre o Mês da Bíblia 2021. Os convidados são: dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB; dom José Antonio Peruzzo e padre Reginaldo Manzotti, presidente da Obra Evangelizar é Preciso. A mediação será feita pelo assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, padre Jânison de Sá, e pela professora Patricia Zaganin, mestra e doutora em Bíblia pela PUC-Paraná.

Confira a programação da Abertura do Mês da Bíblia e como acompanhar:

– 01/09/2021

Celebração Eucarística presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Horário: 9h
Local: Santuário Nossa Senhora da Piedade

Exibição:

– Redes Sociais da CNBB (Facebook e YouTube)

TV HORIZONTE

TV EVANGELIZAR

TV PAI ETERNO

TV IMACULADA

Leitura Orante com Dom Josê Antônio Peruzzo

Horário: 17h

Exibição:

TV EVANGELIZAR

TV HORIZONTE

Mesa Redonda

Horário: 20h

1 – Dom Joel Portella Amado – Aspectos pastorais do Mês da Bíblia
2 – Dom José Antônio Peruzzo – O livro do mês da Bíblia deste ano – Carta aos Gálatas
3 – Pe. Reginaldo Manzotti – A importância da Bíblia nos meios de comunicação
Mediação: Pe. Jânison e Patricia Zaganin

Exibição:

TV EVANGELIZAR

TV PAI ETERNO

TV IMACULADA

TV HORIZONTE

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Apresentação do Mês da Bíblia 2021

O Mês da Bíblia 2021

Tema e lema do Mês da Bíblia 2021

O tema do Mês da Bíblia 2021 é: “Carta de São Paulo aos GÁLATAS”.

O lema do Mês da Bíblia 2021 é: “Pois todos vós sois UM só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d). Essa pequena citação da Epístola faz parte do “Hino Batismal” (Gl 3,26-28), que é de uma riqueza indescritível. Ali, o Apóstolo mostrou que, a partir do Batismo e do revestimento de Cristo, todos são “filhos de Deus”. Nessa rica situação, foram superadas todas as trincheiras que impediam uma experiência igualitária e livre: “não há mais judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher”.

Ele arrematou que, portanto, “todos vós sois um (gr. heis) só em Cristo Jesus”. Todas as discriminações foram abolidas em Cristo. As fronteiras foram abertas. Por quê? Exatamente por causa da “unidade” (um só), porque só existe um Evangelho (Gl 1,6-9; 2,7-8; 5,14). Quem adere à fé, batizando-se conscientemente, procura viver em comunidade viva e compreende que todos são iguais diante de Deus, ou seja, conhece a igualdade. O fato de estar em um mesmo nível aponta para a “unidade”. Como se verificará em toda a Carta, diversos acontecimentos ameaçavam a unidade. Paulo, no entanto, enfrentou todas as adversidades, justamente, por causa da “unidade em Cristo”.

A Carta aos Gálatas mostrou incessantemente que, em Cristo, acabam todas as diferenças e distinções de classe, raça (etnia), nacionalidade, sexo, religião que separam e rompem as pessoas e a sociedade. A superação das divisões só é possível na “unidade em Jesus Cristo”. Tudo gira em torno de “Jesus Cristo”, o ponto focal de toda a Carta.

Lançando o Mês da Bíblia de 2021

Passeando com o Apóstolo Paulo na compreensão de Gálatas

Como, neste ano, foi escolhido o texto da “Carta de Paulo Apóstolo aos Gálatas”, é preciso, agora, começar a dar os primeiros passos na compreensão desse Documento. Agora, com vagar, será feito um percurso analisando trecho por trecho.

De início, apresentam-se informações sobre a Carta aos Gálatas:

Gênero Literário

O gênero literário e o “tipo de texto” são ferramentas linguísticas que ajudam a compreender o texto que se lê, dando ao leitor mais chaves de interpretação. A Bíblia faz uso de diversos “gêneros literários”, que precisam ser conhecidos a fim de que o leitor tenha um bom aproveitamento no entendimento da Escritura.

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Mês da Bíblia 2021: Qual a finalidade da carta aos Gálatas?

Carta aos Gálatas

Nós podemos dizer que Gálatas pertence ao gênero epistolar, com uma finalidade apostólica, ou seja, traz um discurso de Paulo dirigido aos gálatas, num determinado momento de conflito no interior da comunidade. Seu objetivo era superar a crise provocada pelos cristãos vindos do judaísmo, os chamados judaizantes (Gl 1,7.9; 4,17; 5,7.8-10.12; 6,12.13), ao exigirem que aqueles que aderissem a Jesus Cristo, sem pertencerem à cultura e religião judaica, passassem pela circuncisão e praticassem os mandamentos determinantes para a identidade judaica (Gl 3,2; 4,10.21; 5,3-4). Eles, ainda, diziam que Paulo não anunciava aos gentios o verdadeiro Evangelho, conforme os outros apóstolos ensinavam. Apesar de não serem expressamente identificados na Carta aos Gálatas, possivelmente os judaizantes eram cristãos vindos de Jerusalém.

Ao entrecruzar dados autobiográficos e teológicos, Paulo reafirmou que os gentios não precisavam circuncidar-se nem obedecer aos mandamentos exigidos pelos judaizantes, ou seja, ninguém precisava ser um prosélito do judaísmo para tornar-se depois um seguidor ou uma seguidora de Cristo com o Batismo, bem como comprovou que a redenção provém da fé em Cristo Jesus e não da prática da lei. Desse modo, defendeu a validade de seu Evangelho, e abordou um dos temas principais de sua “teologia”, a justificação pela fé em Cristo crucificado e ressuscitado. Por estar na fase final da ação missionária de Paulo, Gálatas reflete toda a experiência e a maturidade teológica desse incansável apóstolo e missionário de Jesus Cristo e nos oferece algumas informações sobre as comunidades primitivas (Gl 2,1-14).

Estrutura da Carta aos Gálatas

Há várias propostas de subdivisão das argumentações presentes no texto. De forma geral, Paulo segue o esquema clássico de uma carta: temos o cabeçalho (os remetentes, os destinatários, a saudação) com a indicação do problema a ser tratado (Gl 1,1-10), o corpo da carta, no qual é desenvolvido o conteúdo (1,11–6,10), e a saudação final (6,11-18).

O corpo da carta articula-se em três partes: a) dados da vida de Paulo e defesa da justificação pela fé em Cristo, e não pela observância das obras da lei (1,13–2,21); b) seis argumentos que comprovam a justificação pela fé, tirados da experiência da comunidade
e da Escritura, particularmente das narrativas sobre Abraão (3,1-4,31); e c) a parte exortativa, advertindo os gálatas a manterem a liberdade em Cristo e a caminharem segundo o Espírito (5,1-6,10). Conclui-se com alguns comentários pessoais e com uma breve bênção (Gl 6,11-18), conforme o esquema que segue:

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