Liturgia

No dia 3 de dezembro de 2023, começa o Advento, tempo litúrgico em que a Igreja nos convida a preparar o coração para celebrar o Nascimento de Jesus!

8 de dezembro: Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora 2019

Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora – 2º Domingo do Advento 

Vivendo o tempo do Advento em preparação para o Natal, recordamos que o Salvador veio ao mundo pelo sim de Nossa Senhora, um sim amoroso e obediente a Deus. O exemplo de fé e amor de Maria imaculada nos inspire a acolher Jesus nesta celebração e segui-lo a cada dia como seus discípulos e discípulas.

Maria nos ensina que a verdadeira felicidade está em amar e servir com generosidade a Deus e aos irmãos e irmãs.

O FILHO NO COLO

Certa vez visitei uma jovem que, poucos dias antes, havia dado à luz o primeiro filho. Ela chorava ao amamentar o bebê. Como eram os primeiros dias de amamentação, seus seios estavam feridos e até sangravam. Enquanto o neném mamava, a dor só piorava. Situação difícil. Mesmo assim, a mãe precisava saciar a fome do pequeno, que ficava aos prantos se não fosse atendido. Não vi o pai presente. Sabemos que muitos deles fogem da responsabilidade.

Hoje, no Brasil, mais de 80% das crianças têm como primeira responsável a mulher. É igualmente grande o número daquelas que não têm o nome do pai no registro de nascimento. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são quase 6 milhões de crianças nessa situação. Isso mostra a realidade de muitas mães que carregam sozinhas as inúmeras dificuldades na luta pela sobrevivência.

Tal realidade tem implicações pastorais. Por exemplo, com referência ao batismo. Outro dia, ao batizar um pequeno, estavam presentes a mãe, com o filhinho no colo, a madrinha, o padrinho, os avós, as tias. Mas o pai não estava presente.

O papa Francisco tem insistido sobre a sensibilidade pastoral. Em uma de suas homilias, logo quando se tornou pontífice, comentou o exemplo de uma mãe que procura a igreja para batizar o filho: “Pensem em uma mãe solteira que vai à igreja, à paróquia e ao secretário: ‘Quero batizar meu filho’. E depois esse cristão, essa cristã, lhe diz: ‘Não, você não pode porque você não é casada!’ Mas, veja, essa jovem teve a coragem de levar adiante a sua gravidez e não devolver o seu filho ao remetente, e o que ela encontra? Uma porta fechada! Esse não é um bom zelo! Afasta do Senhor! Não abre as portas! E assim, quando estamos nesse caminho, nessa atitude, nós não fazemos bem às pessoas, ao povo, ao povo de Deus. Jesus instituiu sete sacramentos, e nós, com essa atitude, instituímos o oitavo: o sacramento da alfândega pastoral!” Em outro momento, o papa afirmou: “Não existe mãe solteira. Mãe não é estado civil”.

Na festa da Imaculada Conceição, venerando a Mãe do céu, comprometemo-nos a apoiar e respeitar as mães da terra nas suas lutas, angústias e esperanças, evitando todo e qualquer preconceito.

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp / Portal Kairós

1º de dezembro: 1º Domingo do tempo do Advento

1º Domingo do Advento

Com esta liturgia, iniciamos novo ano litúrgico. O tempo do Advento nos ajuda a nos prepararmos para a celebração do nascimento de Jesus. Somos convocados hoje à atitude de vigilância, para acolhermos com muita esperança e amor o Filho de Deus, nosso salvador, que virá no Natal.

A solidariedade, o amor e a generosidade – especialmente com as pessoas necessitadas – são atitudes que nos preparam para bem celebrarmos o Natal.

MOTIVOS PARA ESTAR SEMPRE ALERTAS

O tempo do Advento nos leva a considerar três modalidades da vinda de Deus ao nosso mundo e ao nosso coração. Antes de tudo, o Advento recorda o nascimento de nosso Salvador, Jesus Cristo. Quando o cruel rei Herodes governava a Judeia, Jesus nasceu em Belém. Nasceu de Maria e foi acomodado numa manjedoura. É fato histórico, ocorrido há mais de 2 mil anos. No dia 25 de dezembro de cada ano, celebramos este importantíssimo acontecimento da história da salvação: Deus se faz homem e vem morar entre nós. É o mistério da Encarnação.

Outro sentido do Advento é preparar-nos para a vinda gloriosa de Cristo, no final dos tempos. O Catecismo da Igreja Católica afirma que, “ao vir no fim dos tempos para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso revelará a disposição secreta dos corações e retribuirá a cada um segundo suas obras e segundo tiver acolhido ou rejeitado sua graça” (n. 682).

O tempo entre as duas vindas do Senhor oferece ocasião para as constantes visitas que Deus nos faz a cada dia. Essas visitas podem realizar-se de diversas maneiras. As celebrações dos sacramentos são momentos privilegiados da presença de Deus em nossa vida, já que são sinais eficazes da graça divina. De resto, toda ação litúrgica é Deus agindo e nos salvando. Deus nos visita também na oração e na meditação, quando entramos em comunhão com ele. Igualmente, faz-se presente quando a assembleia dos fiéis está reunida em seu nome. Ainda, de forma bastante concreta, Deus se manifesta nos pobres. Servir aos pobres é servir a Deus: “Todas as vezes que vocês fizeram isso a um desses meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizeram” (Mt 25,40). Sabemos e sentimos que não existem limites para as manifestações de Deus. Ele vem nos visitar quando quer. Gratuitamente.

Às vezes, de modo surpreendente. Virá também na hora de nossa morte, para nos conduzir à glória eterna. Por isso, temos motivos de sobra para estar sempre alertas: não aconteça que Deus venha até nós repleto de graças e nos encontre distraídos, ausentes, preocupados unicamente com os bens terrenos. Sem condições de acolher o Hóspede divino.

No primeiro domingo do advento, qual vela acende?

As cores são importantes na Liturgia. Cada cor litúrgica tem seu significado. Entrando na igreja no primeiro domingo do Advento, você vai notar a presença da cor roxa.

Mais sobre o Advento

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Portal Kairós

Indulgência plenária na solenidade de Cristo Rei

A Santa Mãe Igreja concede indulgência plenária ao fiel que, na solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, recitar publicamente com presidente da celebração da Santa Missa o ato de consagração do gênero humano ao mesmo Jesus Cristo Rei.
(cf. Enchir. Indulgentiarum, nº 2)
Note-se ainda que a recitação pessoal confere indulgência parcial*.

Qual a diferença entre a indulgência plenária e a parcial?

Indulgência plenária, o próprio nome diz, ela redime totalmente a pena que a pessoa teria que cumprir no purgatório. Enquanto a parcial, redime só em partes. A plenária é totalmente eficaz e definitiva para as pessoas mortas. Por exemplo, se eu tenho um parente que faleceu e cumpro uma obra indulgenciada, essa pessoa então, estaria liberta de todo o tempo do seu purgatório.

Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai sobre nós que humildemente estamos prostrados na vossa presença, os vossos olhares. Nós somos e queremos ser vossos; e a fim de podermos viver mais intimamente unidos a Vós, cada um de nós se consagra, espontaneamente, neste dia, ao vosso sacratíssimo Coração.

Muitos há que nunca Vos conheceram; muitos, desprezando os vossos mandamentos, Vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração.

Senhor, sede rei não somente dos fiéis, que nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos, que Vos abandonaram; fazei que estes tornem, quanto antes, à casa paterna, para não perecerem de miséria e de fome.

Sede rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que, em breve, haja um só rebanho e um só pastor.

Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que, de um polo a outro do mundo, ressoe uma só voz: louvado seja o Coração divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a Ele, por todos os séculos.

Amém.

Padre Ezequiel / Portal Kairós

Você sabe realmente o que é Advento?

O que é o Ano Litúrgico?

O Ano Litúrgico é a celebração da vida de Jesus Cristo ao longo de um ano. A cada ano, os cristãos revivem as etapas mais importantes da vida de nosso Senhor: seu nascimento, a morte, ressurreição, ascensão e o envio do Espírito Santo… No ano civil, somos orientados pelas estações (primavera, verão…) e pelas festas cívicas (Carnaval, Tiradentes, Independência…); no Ano Litúrgico, nossa caminhada de fé é marcada pelos momentos fortes da vida do Senhor.

O povo da primeira Aliança, o povo judeu, também tinha (e tem) seu Ano Litúrgico. No começo, o ritmo da vida deles era marcado pelas festas ligadas à terra (animais e lavoura): mudança de uma pastagem a outra (páscoa), primeiros frutos, colheita da cevada, ceifa do trigo etc. Com o passar do tempo, incorporaram a essas festas fatos da vida nacional, criando outras celebrações: a Páscoa se tornou comemoração da libertação do Egito; Pentecostes celebrava o dia da entrega da Lei; Tendas ainda hoje recorda o tempo de Moisés, no deserto, quando o povo viveu em cabanas etc.

A expressão “Ano Litúrgico” começou a ser usada no século XIX, quando surgiu o Movimento Litúrgico. Esse Movimento para a renovação da Liturgia foi coroado no século passado, no Concílio Ecumênico Vaticano II. Seu primeiro grande fruto foi a constituição Sacrosanctum Concilium, sobre a Liturgia. Antes de se chamar “Ano Litúrgico”, recebera outros nomes, por exemplo, “Ano da Igreja” e “Ano cristão”.

Como se divide o Ano Litúrgico?

Sendo a celebração da vida de nosso Senhor ao longo de um ano, o Ano Litúrgico tem etapas, e com elas nós avançamos e somos introduzidos no coração do projeto de Deus.

Há dois modos de perceber a organização do Ano Litúrgico

01 – O primeiro se caracteriza por ciclos. Ciclo é um “período em que ocorrem fatos históricos importantes a partir de um acontecimento, seguindo uma determinada evolução”. O primeiro fato histórico importante da vida de nosso Salvador é seu nascimento, o Natal. Portanto, Ciclo do Natal. O fato mais importante está cercado de outros acontecimentos que o precedem e o seguem. Dessa forma, o Ciclo do Natal está composto da seguinte forma: Advento, Natal (com oitava), Sagrada Família, festa da Mãe de Deus, Epifania e Batismo do Senhor.
O segundo fato histórico importante é a Páscoa. Temos, portanto, o Ciclo da Páscoa, assim formado: Quaresma, Semana Santa, Tríduo Pascal, Páscoa (com oitava), domingos da Páscoa (Ascensão), Pentecostes.
Temos, ainda, o período mais longo do ano, com 34 (33) domingos, chamado de Tempo Comum.

02 – Outro modo de perceber a organização do Ano Litúrgico é por tempos. Tempo do Advento (4 domingos antes do Natal), Tempo do Natal (até o Batismo do Senhor), Tempo da Quaresma (5 domingos mais Semana Santa), Tempo Pascal (da Páscoa até Pentecostes) e Tempo Comum (34 domingos, assim distribuídos: da festa do Batismo do Senhor até o início da Quaresma; de Pentecostes até o 34º Domingo Comum).

Quando começa e quando termina o Ano Litúrgico?

O Ano Litúrgico não segue o calendário civil. Começa antes e, portanto, termina antes. Sendo celebração da vida de nosso Senhor ao longo de um ano, é lógico começar pela preparação ao seu nascimento. Por isso, o primeiro domingo do Advento marca o início do Ano Litúrgico. E, consequentemente, a última semana do Tempo Comum é também a última semana do Ano Litúrgico. No 34° domingo do Tempo Comum celebra-se, todos os anos, a solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. É a coroa do Ano Litúrgico, que parte da encarnação e termina na glorificação.

CICLO DO NATAL

O que é o Ciclo do Natal?

É o período que parte do primeiro domingo do Advento e termina com a festa do Batismo do Senhor. Chama-se Ciclo do Natal porque essa solenidade é seu ponto alto. É o Natal que dá sentido ao que veio antes, como preparação (Advento) e ao que vem depois, como celebração e complemento.

ADVENTO

O que é o Advento? O que significa Advento? Por que não começa sempre no mesmo dia?

A palavra Advento vem do latim (Adventus) e significa chegada, vinda. É o tempo de preparação próxima para a solenidade do nascimento do Salvador. Alguns fatores contribuem para que o Ano Litúrgico não comece sempre no mesmo dia. Em primeiro lugar, o fato de o Natal ser sempre no dia 25 de dezembro, podendo cair em qualquer dia da semana. Em segundo lugar, o Advento tem sempre 4 domingos. As três primeiras semanas do Advento são cheias, mas a última é quase sempre incompleta. Por isso, a cada ano, o Advento tem dias a mais ou a menos em relação ao ano anterior.

Quando se começou a celebrar o Advento?

Não é possível determinar com exatidão quando e onde teve início o costume de celebrar o Advento. Sabe-se que em várias regiões, entre os séculos IV e VII, já se celebrava o Advento como preparação ao Natal. Em certas regiões, como na Espanha e na antiga França, desde o
início esse tempo era marcado pela prática do jejum e da abstinência de carne. Em Roma, pelo fim do século VII, o Advento começa a ser identificado com a preparação para a segunda vinda de Cristo. Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas.

Quando começamos a preparar-nos para o Natal?

Pode-se falar de preparação próxima e de preparação remota. A preparação próxima se concentra no Advento. É um tempo de fortes apelos para acolher a vida, promovê-la e defendê-la. A liturgia dos 4 domingos do Advento, os cantos próprios desse tempo, as novenas de Natal, os mutirões para um Natal sem fome… são algumas formas de preparação próxima para essa solenidade. O fato de pensarmos nos outros, de presentearmos as pessoas, de reunirmos familiares distantes e amigos, também pertence ao espírito natalino que povoa nosso imaginário nesse período. Evidentemente, quem só pensa em presentes e festas de fim de ano está muito longe da proposta que o Natal tem a oferecer.

Mas pode-se falar também de uma preparação remota. De fato, ao longo do ano, a Liturgia nos educa e prepara a essa grande solenidade, seguindo os passos da mãe de Jesus. Nove meses antes do Natal – 25 de março – celebramos a solenidade da Anunciação do Senhor (Lucas 1,26-38). Nessa ocasião, o anjo Gabriel disse a Maria que Isabel estava no sexto mês de gravidez.
Lucas 1,39-56 narra a visita de Maria a sua prima, e nós celebramos esse acontecimento no dia 31 de maio, festa da Visitação de Nossa Senhora. É o encontro de duas mães e o encontro do Precursor com o Salvador.

No dia 24 de junho – em clima de festas juninas – celebramos a Natividade de São João Batista, e é interessante imaginar Maria ajudando Isabel no parto de João. Enfim, podemos preparar-nos com a festa do aniversário de Maria, no dia 8 de setembro (não se sabe ao certo
quando ela nasceu). Sua natividade foi o ponto de partida para que o Messias chegasse até nós.

Qual a cor litúrgica do Advento e o que significa?

As cores são importantes na Liturgia. Cada cor litúrgica tem seu significado. Entrando na igreja no primeiro domingo do Advento, você vai notar a presença da cor roxa. Ela estará nas vestes do presidente da celebração (estola e casula), na ornamentação da Mesa da Palavra (ambão) e da Mesa da Eucaristia (altar). Dependendo da criatividade e dos recursos da comunidade, a cor roxa se manifestará em flores, panôs etc. Ela é um convite àquilo que João Batista anunciava: “Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão aplainadas; as estradas curvas ficarão retas, e os caminhos esburacados serão nivelados. E todo homem verá a salvação de Deus” (Lucas 3,4b-6).

O roxo pede mudanças profundas para a vinda do Senhor. É também a cor da Quaresma.
No terceiro domingo do Advento pode-se usar a cor rosa, e seu significado é alegria. A razão é esta: a antífona de entrada desse domingo é tirada de Filipenses 4,4-5, e é um convite à alegria: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto!”. A alegria também faz parte da preparação ao Natal.

O que é a coroa do Advento?

A coroa do Advento se tornou comum em nossa cultura e ajuda na preparação ao Natal. Ela teve origem na Alemanha, entre as famílias protestantes. Porém, a coroa não nasceu de tradições cristãs. Os protestantes a adaptaram de costumes pagãos. Lá, no Natal é inverno, as horas de sol são poucas, e as noites, longas. Sendo inverno, tem-se a impressão de que toda a natureza morre.

Por isso acendiam-se velas, enfeitadas com ramos de pinho, que se mantêm verdes também no inverno. Esperava-se, à luz das velas, a chegada da primavera, quando a natureza renasce.
Enfeitavam a coroa com fitas vermelhas. As velas eram roxas ou púrpuras, a cor da realeza. Os cristãos “batizaram” esse costume. Para eles, a quarta vela devia ser rosa, para expressar alegria.

Na noite do Natal, uma vela branca, símbolo de Cristo, era acesa e colocada no centro. Como se vê, a coroa do Advento nasceu nas casas, em família, quando ainda não havia luz elétrica. É interessante resgatar a coroa como algo a ser cultivado em família. Nas igrejas, ela tem basicamente quatro velas enfeitadas (coloridas), uma para cada domingo. Vão sendo acesas sucessivamente ao longo do Advento. Luz das velas, ramos verdes, coroa em forma de círculo sugerem aprofundamentos.

Portal Kairós

24 de novembro: Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo

Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo

Nesta liturgia louvemos a Cristo, rei do universo. Nele o Pai fez uma aliança de amor com toda a humanidade. Seu reinado de justiça, paz e misericórdia nos convida a seguir o caminho da doação
da vida, no amor a Deus e aos irmãos e irmãs. Hoje, último domingo do ano litúrgico, em que comemoramos o dia dos leigos e leigas, agradecemos ao Senhor as graças recebidas e todo bem por nós realizado.

Com seu exemplo de rei humilde e servidor, Jesus nos ensina a amar e doar a vida pelos irmãos e irmãs.

LEIGAS E LEIGOS, SEMEADORES DA JUSTIÇA

Na solenidade de Cristo Rei, celebramos a realeza de Jesus Cristo, expressa em seu amor sem limites. Ele proporcionou a paz para toda a humanidade, que o recebeu em Jerusalém montado num jumento emprestado.

A crucificação de Jesus, como antecipação da glória de sua ressurreição, torna-se a grande vitória sobre o mal, o pecado e a morte. Traz-nos a garantia da concretização das promessas de Deus e abre, em nosso coração, a esperança no término de toda forma de opressão, dominação e destruição da dignidade da pessoa humana.

Para nós, cristãos leigos e leigas, a realeza de Cristo é a força motora da nossa missão, é sinal de que a cruz venceu a morte, é o fruto da sua fidelidade ao Pai. Por ela somos impelidos, mediante a Eucaristia, a vivenciar nosso compromisso batismal junto à vida dos irmãos e irmãs abandonados e sofredores.

Todo cristão leigo ou leiga que assume, com consciência, o anúncio do Reino de Deus não se detém diante das dúvidas sobre se Cristo verdadeiramente venceu ou se seu Reino será de fato instaurado, pois dá fé à sua palavra que afirma: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. É ele que nos oferece a certeza da sua vitória e a força para realizar suas obras em nosso meio, como comunidade e, principalmente, como autênticos discípulos-missionários seus.

A Campanha da Fraternidade de 2019 – com o tema “Fraternidade e políticas públicas” – convidou-nos a ser agentes transformadores da sociedade, dotados de um olhar caridoso, amoroso e compassivo. Somos convocados para sair de nós mesmos e adentrar a dor, o sofrimento e a vida de nossos irmãos, seja por meio da participação na construção das políticas públicas, seja por meio de ações pessoais ou comunitárias.

Por isso, neste dia em que celebramos também os cristãos leigas e leigos, peçamos a Deus que nos anime a refletir sobre nossa condição de filhos e filhas seus, propiciada pela graça do batismo, e nos ajude a ser semeadores da justiça, da esperança e da solidariedade.

Patrícia Cabral
Conselho de Leigos e Leigas da Arquidiocese de Manaus / Portal Kairós

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