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Portal kairós2020-05-20 11:00:432020-05-25 15:11:21Novena de Pentecostes (cantos)Liturgia
Em 2025
Epifania do Senhor (Domingo) – 5 de janeiro
Batismo do Senhor – 12 de janeiro
Quarta-feira de Cinzas – 5 de março
Páscoa da Ressurreição – 20 abril
Ascensão do Senhor (Domingo) – 1º de junho
Pentecostes – 8 de junho
Santíssima Trindade – 15 de junho
SS. Corpo e Sangue de Cristo – 19 de junho
Sagrado Coração de Jesus – 27 de junho
São Pedro e São Paulo (Domingo) – 29 de junho
Assunção da BVM (Domingo) – 17 de agosto
Todos os Santos – 1º de novembro
Solenidade de Cristo-Rei – 23 de novembro
1º Domingo do Advento – 30 de novembro
Sagrada Família – 28 de dezembro






22 de março: missa do 4° Domingo da Quaresma 2020
/em Liturgia Católica4° Domingo da Quaresma 2020 – Ano A
Baixe materiais especiais para seu grupo e formação pessoal
Reflexão e sugestão para a missa do 4° Domingo da Quaresma 2020
Liturgia completa pra a Semana Santa 2020
JESUS, LUZ DA HUMANIDADE
Na passagem do cego de nascença está o sexto sinal narrado pelo Evangelho de João. Para o autor, o relato não é um milagre, mas um sinal que aponta para além do fato em si. Esse episódio ocorre por ocasião da festa dos Tabernáculos, evento em que a iluminação desempenhava importante papel e que, portanto, contrastava com a situação de alguém cego, mergulhado na escuridão. O texto ressalta o contraste entre trevas (fariseus) e luz (Jesus).
O evangelho de hoje mostra o conflito existente entre os cristãos e a sinagoga no tempo da comunidade joanina. Confessar a messianidade de Jesus significava ser expulso da sinagoga. Foi o que aconteceu com o que era cego. O medo dos pais de se envolver no caso também demonstra isso. A fé autêntica em Jesus é sinal de risco e perseguição.
Na época, havia a mentalidade de que a doença seria castigo de Deus. Eis a razão da pergunta dos discípulos. Jesus esclarece que a cegueira do homem não é consequência de algum pecado dele ou dos pais, mas é meio para revelar as obras divinas. Atualmente ainda vemos, com frequência, pessoas que concebem Deus como alguém castigador e vingador, ao passo que Jesus nos mostra que ele é Pai e amigo.
O relato, assim como tantos outros no Evangelho de João, é rico em simbolismo. O cego pode representar a comunidade joanina em seu processo de descoberta de Deus na pessoa de Jesus, enviado (“Siloé”) para realizar as obras do Pai. As várias etapas do reconhecimento de Jesus por parte do homem que recuperou a vista podem simbolizar a caminhada da comunidade que, aos poucos, vai descobrindo e assumindo o projeto de vida do Mestre.
O cego recupera a visão, enquanto os fariseus se tornam sempre mais cegos, fechados em suas ideias fixas, incapazes de enxergar e reconhecer a diversidade e o diferente. A busca e a recuperação da fé constituem um processo em que pessoas e comunidades vão se inserindo à medida que se abrem aos “sinais dos tempos”. A ausência dos olhos da fé é grande entrave que não permite ver as pessoas, as coisas e o mundo com o olhar dado por Jesus.
Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós
Reflexão e sugestão para a missa do 3° Domingo da Quaresma 2020
/em Liturgia Católica3° Domingo da Quaresma 2020
Êx 17,3-7; SI 94; Rm 5,l-2.5-8; Jo 4,5-42
Milagrosa conversão de uma mulher samaritana
A liturgia de hoje nos convida a fazer uma avaliação do caminho quaresmal realizado até aqui. Estamos enfrentando os desafios da caminhada com esperança ou estamos olhando para trás, com saudades dos vícios e da escravidão do pecado?
A primeira leitura ajuda-nos nessa reflexão importante sobre a caminhada de fé. Em Massa e Meriba, afetados pela sede, o povo coloca em questão a presença de Deus. A falta de fé leva os caminhantes ao desânimo e à revolta contra Moisés. A falta de fé não permite que os filhos de Israel tomem consciência de que a presença de Deus não exime da responsabilidade e liberdade de cada um para empreender um caminho de vida nova. Bastou vir a sede, para se esquecerem dos prodígios que Deus tinha realizado ao abrir o Mar Vermelho e fazer com que todos o passassem a pé enxuto.
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Liturgia completa pra a Semana Santa 2020
O salmista louva a Deus por seus prodígios e exorta o povo a nunca mais fechar o coração às ações divinas. O coração endurecido só consegue ver as próprias necessidades e é incapaz de ver mais longe, para onde o amor de Deus os conduz. Muito mais grave que a secura do deserto é a secura do coração, que leva o povo a questionar o ponto essencial da fé: a presença de Deus a todo momento.
Um poço de água viva a saciar nossa sede
Hoje, somos nós o povo de Deus em caminho. Somos também tentados a saciar a sede sem enfrentar o caminho da verdadeira liberdade. Com a Samaritana do evangelho, Jesus nos convida a fazer uma parada de reflexão profunda para descobrirmos nossas sedes existenciais. Diante da crise de sentido presente em nossa sociedade, é preciso fazer a experiência do amor total de Deus, manifestado em Cristo. Ele morreu por nós quando éramos pecadores, afirma São Paulo. Hoje, ele continua a nos saciar para lembrar-nos que já somos novas criaturas em seu amor.
Somente após a escuta atenta, a Samaritana foi capaz de tornar-se fonte de água viva também para seus concidadãos. Ela deixa o balde (seus antigos projetos e objetivos) e se lança toda inteira no anúncio daquele que deu total sentido a sua vida. Que este tempo forte de oração nos ajude a revitalizar nosso encontro pessoal com Cristo. Quando formos capazes de ouvir sua voz em meio às provações, encontraremos força para superar os obstáculos, que nos impedem de anunciá-lo com todo o nosso ser.
SUGESTÕES LITÚRGICAS
Calendário do ano litúrgico 2020 Ano A – São Mateus
– A liturgia de hoje propicia enfatizar a importância do jejum na caminhada do cristão, mostrando a necessidade de se buscar o sentido mais profundo da vida em Deus.
– Entrada da Palavra: dinamizar a entrada da Palavra com a cena de Jesus e a Samaritana. Podem-se entrar jarros, dos quais saiam frases bíblicas, que motivem a caminhada penitenciai da comunidade.
– Preces dos fiéis: no momento das preces, podem-se destacar algumas necessidades que desafiam a caminhada perseverante da comunidade.
– Oferendas: motivar a doação de alimentos como resultado do jejum orante, que abre o coração às necessidades dos irmãos.
Sugestões de repertório (O Domingo)
Abertura: Senhor, eis aqui
Aclamação: Louvor e glória
Oferendas: O Vosso coração
Comunhão: Se conhecesses
Cifras e partituras das sugestões CNBB
Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 3° Domingo da Quaresma 2020
Áudios para o 3° Domingo da Quaresma 2020 (Salmo 94 e refrão orante) CNBB:
Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós
15 de março: missa do 3° Domingo da Quaresma 2020
/em Liturgia Católica3° Domingo da Quaresma 2020 – Ano A
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Reflexão e sugestão para a missa do 3° Domingo da Quaresma 2020
Liturgia completa pra a Semana Santa 2020
ENCONTRO TRANSFORMADOR
Foi transformador o encontro de Jesus com a samaritana junto ao poço de Jacó. O encontro pessoal com Jesus, o diálogo profundo com ele sobre a sede de Deus e de vida, simbolizados pela água, permitiram à samaritana rever a própria vida e testemunhar a novidade de uma Água que sacia a sede para sempre.
Num mundo em que a palavra de ordem é a autossuficiência, Jesus se mostra necessitado. Pede água a uma mulher da Samaria, terra considerada impura pelos judeus. Provoca nela a abertura à sua palavra, chamando ao encontro pessoal, ao diálogo, que é a única forma de as pessoas se conhecerem verdadeiramente. E assim faz a samaritana reconhecer-se necessitada também, não de uma água de poço, mas de algo que sacie a sede de Deus, a sede de vida eterna.
No encontro com Jesus, a samaritana é levada a rever a própria vida revendo as relações, pois a Deus não se alcança num intimismo egoísta. Dá pena ver cristãos dizer que encontraram Jesus apenas quando começaram a frequentar outras denominações cristãs. O que faltou para que tais pessoas tivessem um encontro pessoal e transformador com o Mestre? Como é que, para além de doutrinas e regras, não puderam encontrar a pessoa concreta do Filho de Deus nos irmãos de comunidade?
Um compromisso sério com Jesus é exigente e implica a construção de relações fraternas na comunidade. Exige revisão de vida, para tomarmos consciência dos nossos anseios mais profundos. Afinal, além da sede de água, que tipo de sede buscamos saciar na vida?
Jesus é a Água Viva que mata a nossa sede de Deus. E a água que ele nos dá se torna em nós fonte de água que jorra pela eternidade. Na comunidade dos que celebram fisicamente em templos de pedra e que adoram espiritualmente na fidelidade ao Espírito Santo, somos chamados a dar ao mundo o testemunho de nossa fé, a exemplo da samaritana, para que o próprio Espírito continue se derramando pela vida do mundo, por meio de nosso encontro com Jesus. Um encontro que constrói comunidade.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp / Portal Kairós
Reflexão e sugestão para a missa do 2° Domingo da Quaresma 2020
/em Liturgia Católica2° Domingo da Quaresma 2020
Gn 12,1-4a; Sl 32; 2Tm 1,8b-10; Mt 17,1-9
Parma, Itália – 16 de abril de 2018: O afresco da Transfiguração no Monte Tabor no Duomo por Lattanzio Gambara (1567-1573).
Deus acompanha nosso caminhar
A caminhada quaresmal é árdua, pois exige de nós muita sinceridade para conosco e muita confiança em Deus. A desinstalação que o Senhor pede a Abrão é radical. Não é fácil deixar tudo para seguir uma proposta incerta, humanamente falando. Abrão coloca-se a caminho em virtude da escuta obediente da voz de Deus. Só assim ele será pai de uma grande nação, um sinal de Deus. Também os discípulos são convidados por Jesus para se abrirem à escuta de seus ensinamentos e, assim, colocarem-se a caminho com Ele até a cruz. Ao transfigurar-se, Jesus se revela como Palavra viva do Pai, dirigida a toda a humanidade. Por isso o pedido: “Escutai-o”. É preciso escutar aquele que sintetiza em si todo a Lei de Moisés e toda a força profética de Elias para, no amor, selar a nova e eterna aliança entre o divino e o humano. Diante da tentação de construir ali três tendas, Jesus mostra a Pedro que é preciso ainda caminhar para cumprir o plano amoroso do Pai: dar a vida pela humanidade e ressurgir glorioso sobre o pecado e a morte. Ainda que seja bom estar no alto do monte, ainda melhor, afirma Jesus, é fazer a vontade do Pai.
Desçamos o monte!
Se Deus nos acompanha, não podemos pensar em propósitos quaresmais medíocres, que, em vez de nos levar à conversão, levamos a um comodismo ainda maior. Precisamos viver bem esse tempo de mudança profunda de vida, tempo de silenciar nosso interior agitado para poder escutar a Palavra de Deus. A escuta do evangelho leva-nos à abertura ao outro que está diante de nós, tantas vezes invisível por causa de nosso fechamento. Não está na hora de descermos do monte, de onde vemos tudo de cima, e tocarmos a realidade de nós mesmos e dos que caminham conosco?
Paulo convida Timóteo e a todos nós a um exercício de compaixão, ou seja, a sofrer com ele pelo evangelho, pela boa notícia que tantas vezes é ignorada ou silenciada. Está aí um sentimento nobre para ser cultivado nesta quaresma: a compaixão. Nossa conversão não pode restringir-se a momentos litúrgicos, confissão sacramental e a procissões penitenciais. Todas essas práticas de nossa religião só ganham sentido e valor quando manifestamos o real desejo de caminhar com Jesus, de mudar de vida verdadeiramente. Rito não é mágica! É experiência de Deus, que se estende na vida para fazer acontecer o Reino de Deus anunciado por Jesus. Com Cristo podemos fazer com que nossa fé se enraíze no chão de nossa história e na de nossa comunidade e, assim, fazer com que nossa conversão dê frutos de justiça, como o senhor nos pede.
SUGESTÕES LITÚRGICA
– Oração da coleta: pode-se enfatizar a importância da Oração neste tempo quaresmal, oferecendo as intenções em modo dinâmico e participativo.
– Liturgia da Palavra: introduzir a proclamação das leituras com um mantra, enfatizando a importância da escuta orante da Palavra de Deus.
– Oferendas: continuar motivando a doação de alimentos durante o momento das oferendas, em favor das famílias carentes da comunidade.
– Envio da comunidade: antes da bênção final, preparar um momento de compromisso da comunidade com a oração pelos doentes e necessitados.
Sugestões de repertório
Abertura: Senhor, eis aqui
Aclamação: Louvor e glória
Oferendas: O Vosso coração
Comunhão: Então, da nuvem
Cifras e partituras das sugestões CNBB
Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 2° Domingo da Quaresma 2020
Áudios para o 2° Domingo da Quaresma 2020 (Salmo e refrão orante):
Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós
8 de março: missa do 2º Domingo da Quaresma 2020
/em Liturgia Católica2º Domingo da Quaresma 2020 – Ano A
TRANSFIGURADOS PELO AMOR
A glória divina, resplandecente de luz, manifesta-se em Jesus acompanhada pelas nuvens e pela voz que deixa claro: ele é o Filho amado pelo Pai.
Os detalhes da cena fazem pensar em Moisés, que voltava do monte Sinai com o rosto resplandecente por ter estado na presença de Deus. A luz intensa que brilha no rosto e nas vestes de Jesus, ao invés, não vem de fora. Vem dele mesmo, pois aquele Mestre que vivia no meio de gente pobre, nas periferias, é ele próprio o Senhor da história. Não se manifesta glorioso, na capital Jerusalém, a uma multidão de pessoas, mas numa montanha qualquer, a três discípulos.
A transfiguração foi uma antecipação – momentânea – da glória do Senhor ressuscitado. Uma experiência sem igual, tanto que Pedro sugere armar tendas para continuar ali. O Senhor glorioso, porém, deverá antes entregar a própria vida, passando pelo sofrimento e pela morte. Pois o Senhor da glória é o servo sofredor que entrega a vida por amor.
Para os três discípulos e para nós, permanecem duas ordens. A primeira, vinda do Pai, consiste em ouvir o Filho amado. Ouvir é a atitude fundamental dos discípulos. Ouvir Jesus é entender o que disse e fez, para que seu ensinamento esteja vivo em nossa vida e assim, de algum modo, possamos continuar hoje a mesma missão que o Pai lhe confiou. A outra ordem vem do próprio Jesus, que, após tocar os discípulos, lhes diz que se levantem e não tenham medo de enfrentar os desafios da realidade.
Nesta caminhada de preparação para a Páscoa, o Senhor continua a se revelar a nós. Ele se manifesta de tantos modos, reanima nossa fé, alimenta nossa esperança, faz-nos vencer a tristeza e fortalece nossa missão de seguidores. É preciso, porém, voltar sempre à realidade, às tantas realidades de sofrimento e dor que precisam ser transfiguradas. Afinal, como disse santo Irineu, o que é a glória divina, senão o ser humano vivendo plenamente?”.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp / Portal Kairós