Liturgia

No dia 3 de dezembro de 2023, começa o Advento, tempo litúrgico em que a Igreja nos convida a preparar o coração para celebrar o Nascimento de Jesus!

Padre Camilo Júnior: como deve ser a música durante a Missa

Padre Camilo Júnior

Uma dúvida muito comum aos ministérios de música e também aos leigos é a forma como se devem executar as músicas durante a celebração da Santa Missa.

A Igreja é um lugar sagrado, a Casa de Deus, e por isso devemos respeitar o ambiente e a celebração seguindo alguns conselhos e regras.

Padre Camilo Júnior, Missionário Redentorista, traz sugestões de como podemos celebrar de forma correta o Mistério do Cristo através dos cânticos. Confira:

01 – Nós cantamos a missa, e não cantamos na missa

Os cantos escolhidos devem refletir o Mistério que está sendo celebrado. Não podem ser escolhidos cantos unicamente a partir do gosto do coordenador do ministério de música.

02 – O som não pode estar mais alto que as vozes da assembleia

É a voz do povo que tem que aparecer no canto e sobressair à música, e não este ou aquele instrumento.

03 – O espaço do ministério não pode ser tratado como um palco

É importante estar atento ao local onde ficam os músicos, pois a banda não está fazendo um show. O ministério que está tocando durante a missa está prestando um serviço, ajudando a comunidade a cantar e a vivenciar o Mistério de Cristo.

04 – Nem todos os momentos da missa precisam de música

Após a comunhão, por exemplo, é importante manter um silêncio oracional. O canto que se usa, chamado de “Canto de Ação de Graças”, não se faz necessário. Toda a celebração da Santa Missa é a grande ação de graças que a comunidade dá ao Pai através de Cristo. Seria muito importante, após a comunhão, reservar um momento de silêncio para a oração pessoal.

05 – O canto final tem que passar uma mensagem de envio missionário

O canto final tem que ser escolhido para mostrar o envio de uma comunidade à missão. A comunidade que se encontrou com o Cristo no Altar e comungou a vida do Cristo, agora tem que ser continuadora da missão. Por isso, tem que ser um canto de envio missionário.

Seguindo essas dicas, as celebrações serão realmente a vivência do Cristo no Altar, para que Ele possa continuar em cada um que faz o seu encontro com Ele.

Padre Camilo Júnior, missionário redentorista
A12

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A Novena e Festa da Padroeira de 2017

Livro da Novena e Festa da Padroeira 2017 é lançado no Santuário Nacional

Novena da Padroeira 2017
A alguns meses da grande comemoração jubilar dos 300 anos de Aparecida, a Editora Santuário e o Santuário Nacional lançam o livro da Novena e Festa da Padroeira 2017. O lançamento foi celebrado durante a Missa das 9h, na Casa da Mãe, nesta segunda-feira, 1º de maio.

Além do livro, também foi lançado o CD Glorifica minha alma ao Senhor, composto por Ir. Miria T. Kolling, que contém canções litúrgicas com a temática da comemoração dos 300 anos de bênçãos. O CD pode ser adquirido na Loja Oficial do Santuário Nacional.

A celebração foi presidida por Padre João Batista de Almeida, C.Ss.R., reitor do Santuário de Aparecida. Segundo o sacerdote, este primeiro dia de maio inaugura a reta final da preparação para a celebração do Jubileu.

“No mês de Maria, entramos oficialmente nos preparativos para a festa dos 300 anos. Este ano, a novena terá dois dias a mais e o livrinho já está disponível para adquirir. Já o CD tem músicas especiais dos 300 anos e esperamos que elas sejam cantadas em todas as igrejas dedicadas a Nossa Senhora Aparecida para comemorar o ano jubilar”, disse o reitor.

Ir. Verônica Firmino, cantora e religiosa, participou da celebração juntamente com outras irmãs de congregação, e diz que “para nós é uma alegria muito grande lançar o CD, porque já faz parte da nossa missão anunciar o Evangelho, por meio da comunicação e, de modo especial, com a música. E poder recolher com a Irmã Miria Kolling, que é criadora, todas essas canções numa missa jubilar é poder, de fato, ofertar a Maria também o nosso trabalho, a nossa missão e, junto com a Igreja, poder celebrar essa grande ação de graças”.

Sobre o livro

O livro traz as celebrações da novena que acontecerão entre os dias 01 e 09 de outubro. Os dias 10 e 11 acontecerão com cerimônias especiais em preparação à celebração dos 300 Anos de Bênçãos. No dia 12, haverá a Missa Solene em louvor a Padroeira do Brasil.

A publicação já está disponível no site da Editora Santuário e na Loja Oficial do Santuário Nacional. Os devotos também podem adquirir a publicação nos balcões de informação nos corredores da Basílica.

Sobre o CD

CD composto por canções que ajudarão na preparação da Missa Jubilar em comemoração aos 300 Anos de Bênçãos. Os cânticos foram feitos com o objetivo de ajudar a celebrar este momento inesquecível para os devotos de Nossa Senhora Aparecida.
Gênero: Católico.
Título: Aparecida 300 anos – Missa Oficial Jubilar.

01 – Com grande alegria (canto de abertura)
02 – Senhor! (Ato Penitencial)
03 – Glória a Deus nas Alturas (Hino de Louvor)
04 – Escutai, minha filha… (Salmo Responsorial)
05 – Aleluia! (Aclamação ao Evangelho)
06 – Senhor da vida! (Oração aos fiéis)
07 – Eis a Virgem oferente
08 – Santo
09 – Eis o mistério da fé (aclamação memorial)
10 – Aclamações da Oração Eucarística (II Oração Eucarística)
11 – Doxologia – O grande Amém!
12 – Cordeiro de Deus
13 – Magnificat! (Comunhão)
14 – Nossa Senhora Aparecida
15 – Na casa da Mãe Aparecida
16 – Mãe Aparecida, querida! Amém!

Festa católicas antes da festa da Padroeira:

28/05/2017 – Ascensão do Senhor
04/06/2017 – Pentecostes
11/06/2017 – Santíssima Trindade
15/06/2017 – Corpus Christi

Oração pelos nossos filhos

Oração pelos nossos filhos

Oração pelos nossos filhos I

Senhor Jesus, que tivestes tanto amor às crianças a ponto de dizerdes:
‘Quem receber uma criança em meu nome a mim recebe’,

atendei os nossos pedidos por essas crianças, este menino/este menina,
e guardai sempre sob vossa proteção, os que receberam a graça do batismo,

a fim de que, quando crescerem, vos reconheçam com fé livremente aceita,
na caridade e perseverem corajosamente na esperança do reino.

Vós que viveis e reinais para sempre.
Amém!

Oração pelos nossos filhos II

Meu Deus, eu vos ofereço meus filhos.
Vós me destes, eles vos pertencerão para sempre; eu os educo para vós e vos peço que os conserveis para a vossa glória.

Senhor, que o egoísmo, a ambição e a maldade não os desviem do bom caminho.
Que eles tenham força para agir contra o mal e que a motivação de todos os seus atos sejam sempre e unicamente o bem.

Há tanta maldade nesse mundo, Senhor, e Vós sabeis como somos fracos e como o mal muitas vezes nos fascina; mas vós estais conosco e eu coloco meus filhos sob a vossa proteção.

Sejais luz, força e alegria nesta terra, Senhor, para que eles vivam por vós na terra e no céu, e que todos juntos, possamos gozar de vossa companhia para sempre. Amém!

Oração pelos nossos filhos III

Olha para os meus filhos. Fortifica-os para que cresçam felizes e tenham olhos que lembrem a tranqüilidade de um lago, a firmeza de um rochedo e a luz da esperança.

Dá-lhes uma saúde integral, uma inteligência completa e um sentimento vivo.

Põe nos seus corações a reverência aos Teus ensinamentos, o respeito aos outros, o amor ao trabalho, a dedicação ao estudo, a candura e a obediência.

Para tornar-me digna deles e não lhes transmitir nervosismo, desajuste, tristeza, medo ou maldade, envolve-me em tranquilidade, equilíbrio, alegria, coragem e bondade.

E ensina-me a descobrir as virtudes que eles têm, a elogiá-los sem exageros e a corrigi-los com sabedoria.
Em primeiro lugar, pois, modela-me a alma grande e generosa, para amá-los na semelhança do Teu amor.

Obrigado! Meu Deus! Obrigado! Amém.

Liturgia e Música para a celebração da Quaresma 2017

Liturgia e Música para a Quaresma 2017

QUARTA-FEIRA DE CINZAS ANO A – 01 de março de 2017 – Liturgia e Música para a Quaresma 2017

Leituras

Joel 2,12-18. Rasgai o coração e não as vestes.
Salmo 50/51,3 – 6a.12-14 e 17. Criai em mim um coração que seja puro.
2Coríntios 5,20 – 6,2. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação.
Mateus 6,1-6.16 -18. Não toques a trombeta diante de ti.

“TEU PAI, QUE VÊ O QUE ESTÁ OCULTO, TE DARÁ A RECOMPENSA”

PONTO DE PARTIDA – LITURGIA E MÚSICA

Com a celebração de hoje iniciamos nossa caminhada quaresmal, preparando a grande festa da Páscoa do Senhor. Iniciamos fazendo gestos bem concretos como o jejum e a penitência pela imposição das cinzas, sinais que nos indicam que devemos neste tempo nos abrir para Deus e para os irmãos. A celebração e a imposição das cinzas lembram as palavras de Jesus: “Convertei-vos e crede no evangelho”.

Receber as cinzas, nesta quarta-feira, significa confirmar nossa fé na Páscoa de Cristo, na reconciliação, na esperança de um dia estar na comunhão do Ressuscitado.

Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que acolhe nossa penitência e nossa reconciliação pela conversão que consiste em crer no Evangelho, ser discípulos e discípulas missionários de Cristo e entrar no seu caminho pascal.

Começamos hoje a campanha da Fraternidade 2017. Ela tem como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tendo como lema “Cultivar e guardar a Criação”. É importante saber que o lema fundamentado na Sagrada Escritura é um mandamento, uma ordem do Criador: “Cultivar e guardar a criação” (Genesis 2,15).

REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA

Primeira leitura – Joel 2,12-18. A Palavra de Deus, na primeira leitura, nos vem pelo profeta Joel. Em seu tempo, a região de Judá estava sofrendo grande calamidade causada pela inesperada praga de gafanhotos que acabara com as plantações. Os inimigos aproveitaram o sofrimento do povo para ironizar Deus.

Por meio dessa tragédia ecológica, o profeta ajuda o povo a perceber o convite de Deus para se converter e voltar-se para Ele. A situação exige uma ação religiosa de expiação, uma jornada de jejum e penitência de toda a nação. A realidade ecológica colocada sob o olhar de fé torna-se ambiente litúrgico e a praga de gafanhotos, “dia do Senhor”: momento da história em que Deus intervém por meio da natureza. Nesse “dia” ele faz um julgamento público, corrigindo e salvando.

Para encontrar graça neste dia insuportável, é preciso converter-se e voltar ao Senhor. Não basta um ato externo e ritual, mas exige-se uma mudança de coração. O profeta Joel aqui o que Jesus resumirá mais tarde na frase: “Fazei penitência (em grego metanoein), porque o (Reino de Deus) está chegando”. Se a pessoa humana voltar atrás, também Deus voltará atrás em seu rigor e mostrará que Ele é bom e compassivo.

A conversão do povo, a mudança de vida são condições para que a misericórdia do Senhor entre em ação. O profeta Joel diz que há sempre tempo para se converter, como está escrito em Deuteronômio 30,9-10: “[…] o Senhor teu Deus tornará a se alegrar contigo […] se escutares a voz do Senhor teu Deus, guardando seus mandamentos e mandatos […] se te converteres ao Senhor teu Deus com todo o coração e com toda a alma”.

Salmo responsorial 50/51, 3-6a.12-14.17. O Salmo começa com o apelo à misericórdia, que inclui a confissão formal do pecado; este versículo é síntese ou germe do resto do Salmo. Começa a primeira parte, no reino do pecado, sem mencionar Deus. O pecado é um ato pessoal contra Deus, não mera violência de ordem abstrata.

O Salmo 51(50) é a súplica de uma pessoa que reconhece sua profunda miséria e seus pecados; que tem plena consciência da gravidade da própria culpa, pois quebrou a Aliança com o Senhor. São muitos os pedidos, mas todos se concentram em torno do primeiro: “Tem piedade de mim, ó Deus, por teu amor!”.

O rosto de Deus no Salmo 50/51 é o Deus da Aliança. A expressão “pequei contra ti, somente contra ti” (versículo 6a) não quer dizer que essa pessoa não tenha ofendido o próximo. Seu pecado é de injustiça (versículo 4a). A expressão quer dizer que a injustiça contra o semelhante é um pecado contra Deus e uma violação da Aliança. O salmista, pois, tem consciência aguda da transgressão que cometeu. Porém, maior que seu pecado é a confiança no Deus que perdoa. Maior que a sua injustiça é a graça do parceiro fiel. Aquilo que o ser humano não pode fazer (apagar a dívida que tem com Deus), Deus o concede gratuitamente ao perdoar. Podemos contemplar neste Salmo o rosto de Deus como misericórdia.

O tema da súplica está presente na vida de Jesus. O tema do perdão ilimitado de Deus aparece forte, por exemplo, no capítulo 18 de Mateus, nas parábolas da misericórdia (Lucas 15) e nos episódios em que Jesus perdoa a recria plenamente as pessoas (por exemplo, João 8,1-11; Lucas 7,36-50), etc.

O salmista em oração coloca-se diante da misericórdia de Deus, confiando que Ele tudo pode e quer sanar, regenerar, recriar todas as coisas com a santidade e a novidade do seu Espírito.

No Primeiro Testamento este Salmo lembrava ao povo a misericórdia de Deus com Davi, apesar de seu grande pecado. Cantando hoje este salmo, peçamos que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos ajude a viver em profunda comunhão com Ele e com os irmãos.

PIEDADE, Ó SENHOR, TENDE PIEDADE,
POIS PECAMOS CONTRA VÓS!

Segunda leitura – 2Coríntios 5,20 – 6,2. A comunidade de Corinto, além de conflitos internos, estava tendo dificuldades de relacionamento com Paulo. Ele então escreve a ela, lembrando que a comunidade é chamada a ser sinal de reconciliação de todas as pessoas com Deus. Cristo fez-se excluído por nós. Deus o colocou como Redentor dos pecadores. Paulo diz que somos embaixadores da misericórdia e do perdão de Deus neste tempo favorável. O tempo da reconciliação é agora; é agora o dia da salvação. Nós somos responsáveis por isso.

A mudança situa-se somente da parte dos reconciliados, reconduzidos á comunhão e à amizade com Deus por meio de Jesus Cristo. Mediante a pregação Deus estende a mão a todos. E Paulo suplica: “Deixem que Deus os transforme de inimigos em seus amigos” (versículo 20). Suplica também: “Não deixem que se perca a graça de Deus que vocês já receberam” (versículo 27). Aqui aparece a outra face da moeda. Deus não age sozinho. A pessoa humana não se salva apesar de si mesma. A pessoa humana encontra-se diante da possibilidade de se abrir e de se fechar, de dar ou não dar resposta à proposta de Deus. São possibilidades de sua liberdade de sua responsabilidade, decisivas para sua sorte eterna.

Evangelho – Mateus 6,1-6.16-18. O Evangelho de hoje faz parte do grande Sermão da Montanha, narrado por Mateus (5-7). Ele reúne sentenças de Jesus em um discurso inaugural, uma grande didakhé. É o apelo que Jesus dirige a quem quer segui-lo; é o manifesto do Messias Jesus, Salvador. Nele encontramos novas normas para seu seguimento, com a recomendação de fazermos “brilhar a luz diante da humanidade, para que vendo as obras, glorifiquem o Pai” (Mateus 5,16).

Na Palavra de hoje, a recomendação é agir, porém não com a finalidade de ser aplaudido pelos outros. A norma de ser luz fala da consequência da atitude de quem segue Jesus. Hoje ouvimos a proposta de retorno a Deus, que propõe três ações básicas: a oração, o jejum e a esmola. Nas palavras de Jesus, o mais importante não é o gesto externo, e sim a atitude interior com a qual realizamos nossas ações.

Este Evangelho toca num ponto fraco de nossa maneira de ser e viver: a tendência de “praticar a justiça para sermos vistos…”. Assim, a oração é diálogo permanente com Deus, a escuta profunda da sua Palavra e não mera exterioridade, com repetição contínua de nossas próprias palavras. A oração nos ajuda a enxergar a realidade com os “olhos” de Deus e nos abre a um compromisso fraterno e solidário com a vida e a dignidade de todas as pessoas, vendo em todas elas a imagem de Jesus, nosso irmão. Aqui a oração é pessoal, e não a oração comunitária necessariamente pública, perante a assembleia. Os salmos falam da oração na cama (cf. Salmo 4,5; 7,2-5), de súplicas de doentes (cf. Salmo 6,38). Jesus fala da oração que ele mesmo praticou ao se retirar, à noite ou de madrugada, para se encontrar com o Pai face a face, em particular, porque Deus não está confinado no templo mas presente em toda parte. Não se deve converter a oração em espetáculo. É estranho e mentiroso parecer que se louva a Deus para glória própria.

O jejum, na época de Jesus, podia ser voluntário ou prescrito. Podia ser público por causa de alguma calamidade, conforme o profeta Joel, ou privado, acompanhando uma súplica pessoal. Há o jejum ritual do dia da expiação que recebe a crítica e indignação de Isaías. Para o profeta (cf. Isaías 58,1-7), o jejum consiste em libertar os prisioneiros, acabar com a opressão, partilhar nossos bens com os mais pobres e acolhê-los como irmãos. Isso exige de nós o jejum da autossuficiência, do desejo de dominar e de acumular, que nos distancia do projeto de Deus, Jejum é a prática da Justiça.

A esmola é muito recomendada no Primeiro Testamento. O livro de Provérbios 19,7 diz que “quem se compadece do pobre empresta ao Senhor”. Jesus não fala dela, mas fala de “um copo de água” dado em seu nome e de que seremos julgados pelo preceito capital do amor ao próximo. Os pequenos são irmãos de Jesus e tudo que fizermos ao faminto, ao nu, ao sedento, ao peregrino… Estaremos fazendo a ele. É mais que esmola. É amor fraterno, irmandade.

DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA

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O efeito evangelizador do Ano Mariano

O Ano Mariano de 2017 será uma oportunidade muito peculiar e rica para a Igreja Católica voltar seu olhar para o papel de Maria na obra redentora, na vida de Jesus e sua singularidade em meio ao nosso povo. O Brasil celebrará os 300 anos de encontro da pequenina imagem de Nossa Senhora da Conceição no Rio Paraíba do Sul e que acarretou numa grande devoção a Virgem de Aparecida. Em Portugal celebra-se os 100 anos da aparição de Nossa Senhora do Rosário em Fátima, considerado um grande acontecimento do século XX e marcado por um forte apelo à oração e à conversão.

Verdadeiramente é um tempo para celebrar, comemorar e louvar a Deus, mas sobretudo, aprender com ela a seguir Jesus Cristo (cf. Jo 2, 5) e assim assumir o papel de cristão.

Dentre os diversos aspectos evangelizadores presentes em Maria, passo a ressaltar alguns. Ela foi escolhida para uma grandiosa missão: ser a mãe do Filho de Deus, Jesus. Soube responder ao forte apelo que Deus fez e ainda faz: vem, segue-me e vai. Ela soube percorrer um caminho de fé com total confiança e entrega ao Senhor. Por Ele ela disse sim, por Ele ela permaneceu firme até o fim, para Ele ela soube direcionar toda sua vida para Deus. Por isso ela é modelo único para toda vocação, pois seu chamado foi alicerçado num amor indizível a doação aos planos de Deus.

Cartaz Oficial do Ano Mariano

Soube Maria exercer um papel congregador, juntamente com os apóstolos e outras mulheres, era assídua à oração (cf. At 2, 14). Assim, foi possível que o impulso missionário explodisse em Pentecostes. Ela surge como Mãe da Igreja que nasce impulsionada pelo Espírito, sem o qual nada por ser feito.

Maria é a “estrela da evangelização” (Evangelii Nuntiandi, 82), pois ela atrai muitos para seu Filho Jesus como ela mesmo um dia fora atraída de forma apaixonante para um projeto de vida e pelo desejo sincero de buscar a Deus.
Nos tempos modernos que vivemos, a figura singular de Maria nos ensina uma liberdade total diante de Deus. Para quem tem fé obedecer a Deus é mais importante do que aos homens, pois há um desejo interno de vida eterna.

Dessa forma, Maria se vê diante de Deus totalmente livre e amante de uma vontade que abre para uma vivência da liberdade de acolher, de aceitar, de ir ao encontro, de acompanhar e de amar. Por isso, Maria é mulher que escuta, decide e atua no desejo de realizar em si a vontade do seu Senhor. Em Maria vemos uma plena sintonia entre o seu olhar cheio de confiança, seu ouvir atento aos desígnios de Deus, o falar cheio do discernimento e o agir pleno de força e coragem. Ela une de forma humana e singela a fé e a vida, a promessa e o cumprimento.

Destarte, esse ano de 2017 tendo como motivação Maria tem a nos ensinar muito, pois a partir dela podemos compreender que as virtudes que nos ensina a fé nos apresenta Maria como exemplo perfeito de que vale a pena dizermos também nosso SIM ao projeto de Deus e a partir daí nascer sempre mais fiel e apaixonado discípulo missionário de Jesus Cristo.

Geraldo Trindade
Bacharel em filosofia e em teologia, padre na Arquidiocese de Mariana (MG)
Atua na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima (Viçosa- MG)
pensarparalelo.blogspot.com

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