Viena, Áustria. 23/10/2019. “Adoração da Trindade” – Retábulo de Landauer – (1511) de Albrecht Dürer (1471-1528). Kunsthistorisches Museum (Museu de História da Arte) em Viena.
Assim como Moisés subiu ao monte Horeb ou Sinai, para receber as Tábuas da Lei, Jesus também subiu ao monte e, diante dos discípulos e do povo que o ouvia, anunciou as Bem-aventuranças. Já no Antigo Testamento, são chamados de bem-aventurados os que são verdadeiramente “felizes”, “bem-sucedidos”.
Jesus fala dessa felicidade, que é pertencer ao Reino dos Céus, prometido no Antigo Testamento – Is 52,7 – e que agora se realiza na pessoa de Jesus. Ele é o Portador do Reino de Deus em sua Pessoa. Ele é o Reino. Por isso não há separação, divisão entre o Evangelho e a Pessoa de Jesus. Todos os que percorreram o caminho das Bem-aventuranças alcançaram a santidade, pois trouxeram para dentro de sua vida o ensinamento de Jesus, o Evangelho.
Somos peregrinos, isso é fato incontestável. Porém é diferente caminhar no espírito das Bem-aventuranças e não à mercê de nossos desejos ou nossas ambições. O exemplo arraigado, fecundo, incontestável é o do próprio Jesus. Ele nasceu pobre, viveu entre os pobres, anunciou aos pobres a redenção, foi julgado pelos poderosos e dominadores, morreu em uma cruz e ainda foi sepultado em um túmulo que não era seu, era de José de Arimateia. Ele, o Senhor do céu e da terra, assim viveu, assim morreu. Como nós ainda estamos longe das bem-aventuranças! Quanto ainda nos falta para vivermos realmente como pobres! Podemos até ter alguns bens que nos sustentam, mas deveríamos viver como se eles não existissem. O coração que se despoja de si mesmo, que se esvazia para se encher da verdade de Cristo é um coração pobre. Todo aquele que sabe que depende de Deus em tudo tem um coração de pobre.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2022/10/todos-os-santos-2022.png6671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2022-10-31 21:18:582022-11-01 00:32:47Reflexão e sugestão para a Missa de Todos os Santos 2022 do Ano C
Neste dia nos unimos em Comunidade para bendizer a vida de todos os que já partiram desta vida. Eles viveram entre nós, fizeram sua história, venceram seu tempo e agora estão na eternidade.
Cada vida, que brota no mundo, é do querer de Deus, é fruto do amor divino. Não importa se se vive muitos anos ou poucas horas, pois esse amor do Senhor é intenso, é eterno. Por isso não celebramos a morte, mas a vida e a certeza da ressurreição em Cristo; o que exaltamos é a certeza da vida em Cristo, nosso Senhor.
Manifestar nosso amor aos que já partiram é do querer de Deus, por isso a Igreja celebra este dia com fervor. Nele está o imenso sentido da vida, pois somos chamados para a comunhão com aqueles que viveram entre nós, buscaram crescer na comunhão de irmãos e já se foram. Por isso o rezar pelos mortos vem desde o Antigo Testamento, quando o povo já compreendia essa relação amorosa entre o aqui e agora e a eternidade.
A morte deve ser entendida como um novo nascimento, e o é de fato. Tudo o que foi objeto de nossas aspirações sinceras, profundas, agora se encontram diante de Cristo, e nele haverá a opção definitiva da vida. Aqui vivemos fragmentados, nossas opções são frágeis, mas no Senhor se tornam inteiras, completas, coesas, desde que a busquemos muito sinceramente. Cristo nos espera de braços abertos, por isso vale a pena viver de acordo com o Evangelho; isto é fazer nossa opção por Cristo. Nele há a complementariedade da vida, ou seja, aquilo que buscamos com sinceridade nele se completa perfeitamente. Quem se decide por Cristo encontra nele toda a paz e infinita alegria. Quem nega o Cristo e sua verdade sofre as consequências de sua opção, isto é, Ele apenas respeita nossa decisão, mas, se quisermos seguir outro caminho, a culpa não será dele. Sejamos conscientes de nossa opção de vida.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2022/10/finados-2022.png6671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2022-10-31 00:30:432022-11-02 12:43:10Reflexão e sugestão para a Missa de Todos os Fiéis Falecidos 2022 do Ano C
Deus tem um amor tão grande, sem-fim, por todas as criaturas. Jesus nos demonstrou isso muitas vezes, como no episódio de Zaqueu, que subiu em uma árvore só para vê-lo. Ele queria ver Jesus, mas foi Jesus quem se aproximou dele, pois é assim que Deus age com a humanidade: Ele se aproxima de nós. Jesus vai à casa de Zaqueu, um pecador público, porque era publicano, e lá evangeliza.
O Livro da Sabedoria (Primeira Leitura) nos traz uma alegria muito grande, pois nos mostra o quanto Deus nos ama e que Ele é o criador de todas as criaturas. Deus nos fez diferentes, mas nos acolhe e nos ama gratuitamente, sem divisão ou separação. A Sabedoria é o amor verdadeiro e único de Deus.
O Evangelho nos mostra com clareza a misericórdia do Senhor, que acolhe os mais excluídos e sofredores, e nos ensina que devemos amar bem do jeito que Deus nos ama. Zaqueu era chefe dos publicanos, dos cobradores de impostos. O publicano era um explorado que trabalhava para o império explorador, opressor e corrupto. No fundo era também uma vítima do sistema escravizador romano. Quem pode medir o coração? Ao saber que Jesus passava por Jericó, desejou vê-lo de verdade. Subiu em uma árvore, pois, segundo o Evangelho, era muito baixo. Será? Ou o Evangelho está nos querendo dizer que aqueles que cercavam Jesus se achavam tão perfeitos que impediam os outros de verem-no? É certo que o Evangelho nos catequiza para a compreensão de quem é Jesus e de como devemos nos colocar diante dele.
Zaqueu queria ver Jesus, pois certamente não estava contente com a vida que levava. Havia algo maior dentro dele, que os de fora não enxergavam, que somente Jesus enxergava. Devemos notar bem que, sendo chefe dos publicanos e rico, não se importou com isso e subiu em uma árvore. As autoridades que gostam de distinção jamais fariam isso. Zaqueu fez, a ponto de Jesus mandá-lo descer, para se hospedar em sua casa. E isso se realizou.
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2022/10/zaqueu-subindo-na-arvore.png6671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2022-10-25 20:35:242022-10-25 21:08:30Reflexão e sugestão para a Missa do 31º Domingo do Tempo Comum 2022 do Ano C
Um ícone representando a parábola do coletor de impostos e do fariseu no mosteiro de Salva – Romênia 24 de setembro de 2022.
Jesus continua a nos ensinar sobre a oração, sobre como devemos falar com Deus na oração. Ele nos educa em nosso relacionamento com Deus e com os irmãos. Os cristãos rezam, mas será que rezam como deveriam? Certo é que todos temos ainda o que aprender da oração, como nos ensinará o Evangelho deste dia.
Domingo passado, Jesus falava sobre a insistência da oração. Hoje irá nos falar sobre a humildade, que é condição, não possibilidade.
A vida vai nos mostrando que a oração é o grito, o clamor do pobre. Privado de seus direitos mais fundamentais, ele só poderá recorrer a Deus, que jamais o esquece e se põe a seu lado. 0 Reino é dos pobres, pois se abrem muito mais depressa e acolhem sinceramente o que vem de Deus. Outros têm muitas ocupações, muitos afazeres, e não há tempo nem espaço para se ocupar com o que é de Deus. “O senhor vai à missa?” “Seu padre, eu trabalho demais, não tenho tempo”, mas ele queria uma bênção. Triste isso, pois Deus se tornou um objeto; queremos Deus, mas não temos tempo para ele. É a autossuficiência presente.
No Templo em Jerusalém, ocorreu algo muito semelhante. Havia um fariseu e um publicano. Aquele rezava dizendo-se melhor que o outro, porque tudo fazia, conforme a Lei lhe ditava. Parecia até dizer que Deus tinha de lhe fazer algo muito especial, por ser tão perfeito. O pobre publicano, que era funcionário a serviço do império romano, tido como impuro, corrupto e pecador, não ousava sequer levantar seus olhos aos céus; batendo no peito, dizia: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!”
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2022/10/30-domingo-comum-2022.png6671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2022-10-16 18:04:322022-10-22 20:05:29Reflexão e sugestão para a Missa do 30º Domingo do Tempo Comum 2022 do Ano C
A oração verdadeira deve brotar bem de dentro do coração. Antes de se transformar em palavra, a oração deve ser cultivada no coração. É no espírito de comunhão entre o Deus da vida e nós, seus filhos, que estabelecemos o diálogo de amor e de bondade.
Antes de tudo, a vontade de Deus deve estar em primeiro lugar. Nós pedimos, falamos com o Senhor sobre nossas necessidades, mas é
preciso que a vontade dele esteja em primeiro lugar. A Palavra do Senhor quer nos educar no sentido verdadeiro da oração.
Os Salmos são uma forma sapiencial de rezar. O Salmo 120 da Liturgia de hoje nos fala da peregrinação a Jerusalém, dos perigos enfrentados e da suplica à proteção divina ao longo do caminho.
A Palavra vem nos dizer que a meditação e a ação andam juntas. É a referência aos amalecitas (Primeira Leitura) que constituíam um perigo; era tempo de luta e de oração, de ação e contemplação. Sempre haverá em nossa vida situações exigentes, e nelas demonstraremos nossa fé, mantendo-nos firmes e confiantes em Cristo. A oração nos conduz à firmeza da vida em Cristo, como a vida de Cristo se manteve firme no Pai, pois não foram poucas as vezes Ele que reservou seu momento orante, de diálogo, de intimidade com Deus.
Nessa Liturgia, Jesus nos fala de orar sem desanimar, orar com insistência. No Evangelho, Ele recorre à parábola do juiz, impiedoso, sem amor a Deus, sem coração, e da viúva, mulher necessitada, que luta por*seus direitos; são coisas tiradas da vida do povo, para nos ensinar duas coisas a respeito da oração: que ela deve ser insistente, Lc 18,1-8, e também humilde, Lc 18,9-14. Jesus nos mostra a realidade da vida dos mais “fracos”, daqueles que foram cerceados em seu direito. A viúva insiste, não para importunar, conforme parece querer entender o juiz iníquo, mas sim porque tem consciência de seus direitos- O juiz, não por justiça, mas para não ser importunado, dá-lhe o direito adquirido. Isso é uma triste resolução de um tribunal!
https://portalkairos.org/wp-content/uploads/2022/10/parabola-do-juiz-e-da-viuva-2022.png6671000Portal kairóshttps://portalkairos.org/wp-content/uploads/2019/09/portalkairos-site.pngPortal kairós2022-10-13 08:00:372022-10-18 12:48:04Reflexão e sugestão para a Missa do 29º Domingo do Tempo Comum 2022 do Ano C
Reflexão e sugestão para a Missa de Todos os Santos 2022 do Ano C
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaPara o Domingo: 06/11/2022
Missa de Todos os Santos 2022 – Ano C
Ap 7,2-4.9-14; Sl 23; 1.1o 3,1-3; Mt 5,1-12a
Viena, Áustria. 23/10/2019. “Adoração da Trindade” – Retábulo de Landauer – (1511) de Albrecht Dürer (1471-1528). Kunsthistorisches Museum (Museu de História da Arte) em Viena.
A liturgia de cada dia de novembro de 2022
Assim como Moisés subiu ao monte Horeb ou Sinai, para receber as Tábuas da Lei, Jesus também subiu ao monte e, diante dos discípulos e do povo que o ouvia, anunciou as Bem-aventuranças. Já no Antigo Testamento, são chamados de bem-aventurados os que são verdadeiramente “felizes”, “bem-sucedidos”.
Jesus fala dessa felicidade, que é pertencer ao Reino dos Céus, prometido no Antigo Testamento – Is 52,7 – e que agora se realiza na pessoa de Jesus. Ele é o Portador do Reino de Deus em sua Pessoa. Ele é o Reino. Por isso não há separação, divisão entre o Evangelho e a Pessoa de Jesus. Todos os que percorreram o caminho das Bem-aventuranças alcançaram a santidade, pois trouxeram para dentro de sua vida o ensinamento de Jesus, o Evangelho.
Somos peregrinos, isso é fato incontestável. Porém é diferente caminhar no espírito das Bem-aventuranças e não à mercê de nossos desejos ou nossas ambições. O exemplo arraigado, fecundo, incontestável é o do próprio Jesus. Ele nasceu pobre, viveu entre os pobres, anunciou aos pobres a redenção, foi julgado pelos poderosos e dominadores, morreu em uma cruz e ainda foi sepultado em um túmulo que não era seu, era de José de Arimateia. Ele, o Senhor do céu e da terra, assim viveu, assim morreu. Como nós ainda estamos longe das bem-aventuranças! Quanto ainda nos falta para vivermos realmente como pobres! Podemos até ter alguns bens que nos sustentam, mas deveríamos viver como se eles não existissem. O coração que se despoja de si mesmo, que se esvazia para se encher da verdade de Cristo é um coração pobre. Todo aquele que sabe que depende de Deus em tudo tem um coração de pobre.
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Reflexão e sugestão para a Missa de Todos os Fiéis Falecidos 2022 do Ano C
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaPara a Quarta: 02/11/2022 (Feriado de Finados)
Missa de Todos os Fiéis Falecidos 2022 – Ano C
Jó 19,1.23-27a; Sl 26; Rm 5,5-11; Jo 6,37-40
A liturgia de cada dia de novembro de 2022
Neste dia nos unimos em Comunidade para bendizer a vida de todos os que já partiram desta vida. Eles viveram entre nós, fizeram sua história, venceram seu tempo e agora estão na eternidade.
Cada vida, que brota no mundo, é do querer de Deus, é fruto do amor divino. Não importa se se vive muitos anos ou poucas horas, pois esse amor do Senhor é intenso, é eterno. Por isso não celebramos a morte, mas a vida e a certeza da ressurreição em Cristo; o que exaltamos é a certeza da vida em Cristo, nosso Senhor.
Manifestar nosso amor aos que já partiram é do querer de Deus, por isso a Igreja celebra este dia com fervor. Nele está o imenso sentido da vida, pois somos chamados para a comunhão com aqueles que viveram entre nós, buscaram crescer na comunhão de irmãos e já se foram. Por isso o rezar pelos mortos vem desde o Antigo Testamento, quando o povo já compreendia essa relação amorosa entre o aqui e agora e a eternidade.
A morte deve ser entendida como um novo nascimento, e o é de fato. Tudo o que foi objeto de nossas aspirações sinceras, profundas, agora se encontram diante de Cristo, e nele haverá a opção definitiva da vida. Aqui vivemos fragmentados, nossas opções são frágeis, mas no Senhor se tornam inteiras, completas, coesas, desde que a busquemos muito sinceramente. Cristo nos espera de braços abertos, por isso vale a pena viver de acordo com o Evangelho; isto é fazer nossa opção por Cristo. Nele há a complementariedade da vida, ou seja, aquilo que buscamos com sinceridade nele se completa perfeitamente. Quem se decide por Cristo encontra nele toda a paz e infinita alegria. Quem nega o Cristo e sua verdade sofre as consequências de sua opção, isto é, Ele apenas respeita nossa decisão, mas, se quisermos seguir outro caminho, a culpa não será dele. Sejamos conscientes de nossa opção de vida.
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Colorindo a liturgia: Finados 2022:
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Reflexão e sugestão para a Missa do 31º Domingo do Tempo Comum 2022 do Ano C
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaPara o Domingo: 30/10/2022
Missa do 31º Domingo do Tempo Comum 2022 – Ano C
Sb 11,22-12,2; Sl 144; 2Ts 1,11-2,2; Lc 19,1-10
Deus tem um amor tão grande, sem-fim, por todas as criaturas. Jesus nos demonstrou isso muitas vezes, como no episódio de Zaqueu, que subiu em uma árvore só para vê-lo. Ele queria ver Jesus, mas foi Jesus quem se aproximou dele, pois é assim que Deus age com a humanidade: Ele se aproxima de nós. Jesus vai à casa de Zaqueu, um pecador público, porque era publicano, e lá evangeliza.
O Livro da Sabedoria (Primeira Leitura) nos traz uma alegria muito grande, pois nos mostra o quanto Deus nos ama e que Ele é o criador de todas as criaturas. Deus nos fez diferentes, mas nos acolhe e nos ama gratuitamente, sem divisão ou separação. A Sabedoria é o amor verdadeiro e único de Deus.
O Evangelho nos mostra com clareza a misericórdia do Senhor, que acolhe os mais excluídos e sofredores, e nos ensina que devemos amar bem do jeito que Deus nos ama. Zaqueu era chefe dos publicanos, dos cobradores de impostos. O publicano era um explorado que trabalhava para o império explorador, opressor e corrupto. No fundo era também uma vítima do sistema escravizador romano. Quem pode medir o coração? Ao saber que Jesus passava por Jericó, desejou vê-lo de verdade. Subiu em uma árvore, pois, segundo o Evangelho, era muito baixo. Será? Ou o Evangelho está nos querendo dizer que aqueles que cercavam Jesus se achavam tão perfeitos que impediam os outros de verem-no? É certo que o Evangelho nos catequiza para a compreensão de quem é Jesus e de como devemos nos colocar diante dele.
Zaqueu queria ver Jesus, pois certamente não estava contente com a vida que levava. Havia algo maior dentro dele, que os de fora não enxergavam, que somente Jesus enxergava. Devemos notar bem que, sendo chefe dos publicanos e rico, não se importou com isso e subiu em uma árvore. As autoridades que gostam de distinção jamais fariam isso. Zaqueu fez, a ponto de Jesus mandá-lo descer, para se hospedar em sua casa. E isso se realizou.
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Reflexão e sugestão para a Missa do 30º Domingo do Tempo Comum 2022 do Ano C
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaPara o Domingo: 23/10/2022
Missa do 30º Domingo do Tempo Comum 2022 – Ano C
Eclo 35,15b-17.20-22a; Sl 33; 2Tm 4,6-8.16-18; Lc 18,9-14
Um ícone representando a parábola do coletor de impostos e do fariseu no mosteiro de Salva – Romênia 24 de setembro de 2022.
Jesus continua a nos ensinar sobre a oração, sobre como devemos falar com Deus na oração. Ele nos educa em nosso relacionamento com Deus e com os irmãos. Os cristãos rezam, mas será que rezam como deveriam? Certo é que todos temos ainda o que aprender da oração, como nos ensinará o Evangelho deste dia.
Domingo passado, Jesus falava sobre a insistência da oração. Hoje irá nos falar sobre a humildade, que é condição, não possibilidade.
A vida vai nos mostrando que a oração é o grito, o clamor do pobre. Privado de seus direitos mais fundamentais, ele só poderá recorrer a Deus, que jamais o esquece e se põe a seu lado. 0 Reino é dos pobres, pois se abrem muito mais depressa e acolhem sinceramente o que vem de Deus. Outros têm muitas ocupações, muitos afazeres, e não há tempo nem espaço para se ocupar com o que é de Deus. “O senhor vai à missa?” “Seu padre, eu trabalho demais, não tenho tempo”, mas ele queria uma bênção. Triste isso, pois Deus se tornou um objeto; queremos Deus, mas não temos tempo para ele. É a autossuficiência presente.
No Templo em Jerusalém, ocorreu algo muito semelhante. Havia um fariseu e um publicano. Aquele rezava dizendo-se melhor que o outro, porque tudo fazia, conforme a Lei lhe ditava. Parecia até dizer que Deus tinha de lhe fazer algo muito especial, por ser tão perfeito. O pobre publicano, que era funcionário a serviço do império romano, tido como impuro, corrupto e pecador, não ousava sequer levantar seus olhos aos céus; batendo no peito, dizia: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!”
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/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaPara o Domingo: 16/10/2022
Missa do 29º Domingo do Tempo Comum 2022 – Ano C
Êx 17,8-13; SI 120; 2Tm 3,14-4,2; Lc 18,1-8
A oração verdadeira deve brotar bem de dentro do coração. Antes de se transformar em palavra, a oração deve ser cultivada no coração. É no espírito de comunhão entre o Deus da vida e nós, seus filhos, que estabelecemos o diálogo de amor e de bondade.
Antes de tudo, a vontade de Deus deve estar em primeiro lugar. Nós pedimos, falamos com o Senhor sobre nossas necessidades, mas é
preciso que a vontade dele esteja em primeiro lugar. A Palavra do Senhor quer nos educar no sentido verdadeiro da oração.
Os Salmos são uma forma sapiencial de rezar. O Salmo 120 da Liturgia de hoje nos fala da peregrinação a Jerusalém, dos perigos enfrentados e da suplica à proteção divina ao longo do caminho.
A Palavra vem nos dizer que a meditação e a ação andam juntas. É a referência aos amalecitas (Primeira Leitura) que constituíam um perigo; era tempo de luta e de oração, de ação e contemplação. Sempre haverá em nossa vida situações exigentes, e nelas demonstraremos nossa fé, mantendo-nos firmes e confiantes em Cristo. A oração nos conduz à firmeza da vida em Cristo, como a vida de Cristo se manteve firme no Pai, pois não foram poucas as vezes Ele que reservou seu momento orante, de diálogo, de intimidade com Deus.
Nessa Liturgia, Jesus nos fala de orar sem desanimar, orar com insistência. No Evangelho, Ele recorre à parábola do juiz, impiedoso, sem amor a Deus, sem coração, e da viúva, mulher necessitada, que luta por*seus direitos; são coisas tiradas da vida do povo, para nos ensinar duas coisas a respeito da oração: que ela deve ser insistente, Lc 18,1-8, e também humilde, Lc 18,9-14. Jesus nos mostra a realidade da vida dos mais “fracos”, daqueles que foram cerceados em seu direito. A viúva insiste, não para importunar, conforme parece querer entender o juiz iníquo, mas sim porque tem consciência de seus direitos- O juiz, não por justiça, mas para não ser importunado, dá-lhe o direito adquirido. Isso é uma triste resolução de um tribunal!
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