Dioceses da Bahia e Sergipe participam de Seminário sobre a CF 2018

Com o objetivo de apoiar as Dioceses da Bahia e Sergipe no aprofundamento da temática da Campanha da Fraternidade 2018, o Regional Nordeste 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB NE3) realizou entre os dias 17 e 19 de novembro o Seminário sobre a Campanha, cujo tema será “Fraternidade e superação da violência”, e o lema “Em Cristo somos todos irmãos” (Mt 23,8).

O Tema foi discutido com a colaboração do assessor do secretariado executivo da CNBB nacional para a CF, Antônio Evangelista. Ele explicou que os bispos escolheram falar sobre violência porque é uma realidade que atinge todos os espaços, independente de idade, sexo, religião e cor.

“Além disso, o apelo do evangelho que nos ensina que a violência não é o caminho do Reino de Deus. E como a CF é o diálogo entre a sociedade e o Evangelho, e como a Igreja quer que as pessoas cheguem ao Reino de Deus, é importante chamar a atenção sobre o assunto”, explicou.

Ele disse ainda que quando se fala em violência a CF está pensando na violência psicológica, física e verbal que estão interligadas; e isso precisa ser compreendido se se quer superar esse desafio: “Precisamos agir. A perspectiva de ação passa pela pessoa, pela família, pela Igreja e por todas as instâncias da sociedade”.

O coordenador de campanhas da Arquidiocese de Aracaju, Lourenço Rodrigues, explicou que serão realizadas diversas atividades a nível arquidiocesano e também na sub-região pastoral 2 (composta pelas três dioceses do estado de Sergipe), tais como abertura oficial, seminário, discussão na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa do Estado, entre outras.

“A violência em Aracaju, assim como em outras cidades do Regional, tem crescido muito. Por isso, é importante que essa temática seja discutida e adaptada para a realidade local”.

O Seminário contou também com a assessoria do Juiz da Vara do Júri de Execuções Penais de Vitória da Conquista, Dr. Reno Viana. Ela apresentou dados oficiais do Governo Estadual sobe o número de homens e mulheres encarcerados na Bahia nas 26 unidades prisionais. Há, oficialmente, 12 mil vagas e uma população carcerária de 15 mil presidiários: “Ou seja, ao menos 3 mil pessoas estão ocupando vagas que não existem”. E provocou: “como nós, enquanto católicos, lidamos com esta realidade desafiadora?”.

Também Celso Fernandes Sant’Anna Júnior, que é da coordenação da Área Criminal do Ministério Público da Bahia, apresentou dados sobre a realidade do Regional que ajudaram a ilustrar o tema da violência.

Esteve também presente Dom João Petrini, presidente da CNBB NE3 que fez a fala de abertura do Seminário e encorajou os presentes a assumirem, com firmeza, o debate desta importante temática na Igreja e na sociedade.

cnbbne3.org.br

Cartaz da Campanha da Fraternidade 2018 para baixar

Cartaz Oficial da CF 2018

Cartaz Oficial da CF-2018

Baixe o cartaz da Campanha da fraternidade 2018:

Baixe o cartaz da Campanha da fraternidade 2018 em Preto e Branco:

Na Área Especial:

Cartaz da Campanha da Fraternidade 2018 em PSD (PhotoShop):

Foto recortada em PDS (PhotoShop):

Cartaz alternativo em Alta Qualidade:

Imagens especiais da CF-2018 para imprimir:

Cartazes tipos de violência para imprimir:

Cartaz Campanha da Fraternidade 2018

O cartaz apresenta um grupo de pessoas de idades e etnias diferentes representando a multiplicidade da sociedade brasileira.

As pessoas formam um círculo e unem as mãos, indicando que a superação da violência só será possível a partir da união de todos a partir de pacto firmado em agir para combater a cultura da violência e resgatar uma cultura de tolerância e de paz. A violência atinge toda a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas, o caminho para superar a violência é a fraternidade entre as pessoas que se unem para implementar a cultura da paz.

A proposta é a superarão da violência, as palavras do Papa Francisco no encontro com os presidentes Abbas e Peres, no ano 2014, nos ajudam a nos colocarmos nesse empenho: “Ouvimos uma chamada e devemos respondera chamada a romper a espiral do ódio e da violência, a rompê-la com uma única palavra: irmão. Mas, para dizer esta palavra, devemos todos levantar os olhos ao Céu e reconhecer-nos filhos de um único Pai”.

O tema “Fraternidade e superação da violência” pretende considerar que a violência nunca constitui uma resposta justa. A Igreja proclama, com a convicção de sua fé em Cristo e com a consciência de sua missão, que a violência é um mal, que a violência e inaceitável como solução para os problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira que se opõe à verdade de nossa fé, à verdade de nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos.

O lema “Vós sois todos irmãos” busca resgatar o sentido da fraternidade dos povos, pois somos todos irmãos e irmãs, filhos e filhas de um mesmo Pai. Por isso, iluminados pelo Evangelho do Reino, somos chamados à não violência.

Músicas da Campanha da Fraternidade 2018

Músicas da Campanha da Fraternidade 2018Músicas da campanha da fraternidade 2018

A cada ano a Igreja se une ao mistério de Jesus no deserto durante quarenta dias – quaresma – vivendo um tempo de penitência e austeridade, de conversão pessoal e social, especialmente pelo jejum, a esmola e a oração, conforme o Evangelho de Mateus (Mt 6,1-6.16-18), proclamado na Quarta-feira de Cinzas, em preparação às festas pascais. São cinco domingos mais o Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, que inicia a Semana Santa, também chamada Semana Maior. É esse um tempo forte e privilegiado, em que fazemos nosso caminho para a Páscoa, renovando nossa fé e nossos compromissos batismais, cultivando a oração, o amor a Deus e a solidariedade com os irmãos. Tal austeridade deve se manifestar no espaço celebrativo, nos gestos e símbolos, como também no canto e na música, para depois salientar a alegria da ressurreição, que transborda na Páscoa do Senhor.

Conheça as músicas:

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01 – Hino da Campanha da Fraternidade 2018
02 – Como o Senhor vos perdoou (Celebrações penitenciais)
03 – Deus, Pai de misericórdia (Bênção quaresmal)
04 – Volta, meu povo, ao teu Senhor (Quarta-feira de Cinzas)
05 – Quando meu servo chamar (1º e 2º Domingos)
06 – Lembra, Senhor, o teu amor (3º e 5º Domingos)
07 – Alegra-te, Jerusalém (4º Domingo)
08 – Senhor, que na água e no Espírito (3ª fórmula)
09 – Glória a vós, Senhor Jesus! (Cinzas e dias da semana)
10 – Louvor a vós, ó Cristo (Domingos da Quaresma)
11 – Livra-nos, ó Senhor
12 – Escuta, Senhor, a voz do povo teu
13 – Agora o tempo se cumpriu (Quarta feira de Cinzas)
14 – O homem não vive somente de pão (1º Domingo)
15 – Então, da nuvem luminosa (2º Domingo)
16 – Ao se aproximar a Páscoa (3º Domingo)
17 – Deus é rico em misericórdia (4º Domingo)
18 – Se o grão de trigo não morrer (5º Domingo)
19 – Os filhos dos hebreus (Procissão I)

Músicas da Campanha da Fraternidade 2018 CNBB

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A Campanha da Fraternidade de 2018 por Pe. Brendan Coleman

A Campanha da Fraternidade de 2018 tem como tema: “Fraternidade e superação da violência” e como lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt. 23,8). Segundo o texto-base: “o tema pretende considerar que a violência nunca constitui uma resposta justa. A Igreja Católica proclama, com a convicção de sua fé em Cristo e com a consciência de sua missão, que a violência é um mal, que a violência é inaceitável como solução para os problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira que se opõe à verdade de nossa fé, à verdade de nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos”.

O Objetivo Geral da campanha da Fraternidade 2018 é: “Constituir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”. Há também nesta Campanha sete Objetivos Específicos: a) Anunciar a Boa-Nova da fraternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão e a reconciliação no espírito quaresmal; b) Analisar as múltiplas formas de violência, especialmente as provocadas pelo tráfico de drogas considerando suas causas e consequências na sociedade brasileira; c) Identificar o alcance da violência, nas realidades urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de superação, a partir do diálogo, da misericórdia e da justiça, em sintonia com o Ensino Social da Igreja; d) Valorizar a família e a escola como espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão; e) Identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas para superação da desigualdade social e da violência; f) Estimular as comunidades cristãs, pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais ao compromisso com ações que levem à superação da violência; g) Apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência.

A Campanha usa o método conhecido de “Ver, Julgar e Agir” para analisar a situação da violência no país. A parte titulada “Ver” é dividida em três subdivisões: (i) As múltiplas formas da violência; (ii) A violência como sistema no Brasil; e (iii) As vítimas da violência no Brasil contemporâneo. O texto-base da CF cita os tipos de violência sofridos pelas vítimas no Brasil contemporâneo: A lista é longa: Violência racial, doméstica, religiosa, no trânsito, contra jovens e mulheres, violência sexual e tráfico humano, violência e narcotráfico, violência policial, violência contra os trabalhadores rurais e contra os povos tradicionais etc.

O setor da CF titulado “Julgar” apresenta a fundamentação religiosa para evitar a violência. A violência é um tema abundante na Sagrada Escritura especialmente no Antigo Testamento. O texto-base da CF oferece um riquíssimo estudo sobre isso. Porém, é no Novo Testamento que Jesus anuncia o evangelho da reconciliação e da paz. “Os escritos do Novo Testamento nasceram à luz da Páscoa de Jesus e todos a refletem de alguma forma. O centro do Novo Testamento é Jesus que é por excelência uma pessoa não violenta. Por isso, não se encontra nenhum tipo de incentivo à violência em suas páginas”. Fiel à mensagem de paz e reconciliação de Jesus a Igreja oferece sua colaboração para a superação da violência, como partilha de sua experiência e de sua fé. Vários documentos Pontifícios além do Concílio Vaticano ll são citados aqui no texto-base.

Finalmente, no setor titulado “Agir” encontramos ações para a superação da violência. “A superação da violência nasce da relação com o outro. O primeiro lugar onde o ser humano aprende a se relacionar é na família”, portanto sua importância na luta contra a violência. A CF deste ano de 2018 propõe a construção e a promoção de uma cultura da paz. Apresenta pistas e áreas concretas que precisam ser reexaminadas para atingir esta meta: a) O Estatuto da Criança e do Adolescente; b) A violência doméstica e a Lei Maria da Penha; c) Os Direitos Humanos; d) A superação da violência gerada pela exploração sexual pelo tráfico humano; e) Violência e juventude; f) O racismo e a superação da violência; g) A superação da violência no campo; h) A superação da violência fruto do narcotráfico; i) O Estatuto do Desarmamento; j) A violência religiosa; k) A violência política; l) A violência no trânsito; e m) A Defensoria pública. O Texto-base tem 124 páginas e vale a pena adquiri-lo.

Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

CF 2018: Diocese de Erexim reflete sobre criminalidade

Clero da diocese de Erexim reflete sobre criminalidade

Com a presença de dom José Gislon, bispo diocesano, e dom Girônimo Zanandréa, bispo emérito, os padres e diáconos da diocese de Erexim realizaram sua quarta e última reunião do ano, no Seminário de Fátima, em Erexim (RS).

A violência na região

Em vista do tema da Campanha da Fraternidade do próximo ano, “Fraternidade e superação da violência”, o tempo de estudo da reunião foi dedicado a uma visão geral da criminalidade na região, com a assessoria da Delegada da 11ª Região Policial, Diana Zanatta. Com recursos gráficos, clareza e objetividade, ela apresentou a estrutura da Delegacia e dos órgãos policiais de sua abrangência e dados estatísticos gerais da violência e da criminalidade na região e em particular contra a mulher, apontando causas e consequências. Alguns fatores do problema são a deficiência de pessoas, recursos e condições do sistema policial, a desestruturação da família, a cultura de domínio e posse do homem sobre a mulher, crimes de “colarinho branco” não devidamente investigados e penalizados, a falta de meios de aplicação das leis, o narcotráfico e outros. Em relação à violência doméstica, há o constrangimento e o medo da mulher denunciar a violência que sofre. As vítimas do estelionato e do conto do bilhete vivem a mesma situação. Delegada Diana ressaltou o papel da Igreja na sociedade para a superação da violência e para o estabelecimento de relações justas, harmônicas e pacíficas. Ela destacou a família como base de tudo.

Ano Nacional do Laicato

Pe. Maicon Malacarne, coordenador diocesano de pastoral, recordou aspectos do Ano do Laicato no Brasil a partir da solenidade de Cristo Rei deste ano, dia 26 deste mês, até a do próximo ano, em 25 de novembro. O tema é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”. O lema, “Sal da Terra e Luz do Mundo”. A abertura na Diocese será na missa das 09h do próximo dia 26 na Catedral, presidida pelo bispo, com a entrega de uma capelinha da Sagrada Família para representantes das 30 Paróquias que a compõem. Cada Paróquia organizará a peregrinação desta capelinha em suas comunidades, escolas, entidades, movimentos eclesiais e grupos sociais.

Curso de formação para a pastoral da consolação e da esperança

Visa preparar pessoas para acompanhar as famílias na experiência da morte, proporcionando-lhes momentos de escuta e de oração, bem como ajudando em eventual necessidade de encaminhamentos práticos de velório e sepultamento. O curso teria vinte encontros semanais, nas terças-feiras, das 19h às 22h, a partir, possivelmente do dia 10 de abril do próximo ano. A formação se daria em torno de cinco eixos: dimensão antropológica, tratando especialmente sobre a realidade da morte; dimensão bíblico-teológica, refletindo sobre a visão cristã da morte, do que vem depois dela, a ressurreição, a vinda final de Cristo; dimensão psicológica, aprofundando a questão do sofrimento e o luto; a dimensão litúrgica, estudando a celebração do mistério pascal no velório e nas exéquias; a dimensão da espiritualidade pastoral, vendo práticas eclesiais na doença, morte e luto.

Relatório sobre o projeto de revitalização do Santuário

Dom José introduziu a exposição sobre assuntos administrativos dizendo que se daria destaque maior ao relatório sobre projeto de revitalização do Santuário. Em sua maior parte, ele foi concluído. Foi um grande empreendimento, só possível pelo esforço de todos, de modo especial pelo empenho dos leigos e leigas. Foi realizado em vista da dimensão espiritual, do cultivo da fé, da piedade popular. João Fachini, pela comissão econômica, apresentou os custos das etapas concluídas do projeto e a previsão de gastos com a etapa que falta, a capela da reconciliação. As despesas com as etapas concluídas, calçamento e luminárias dos dois lados da esplanada, Santuário, monumento, velário, asfalto e paisagismo foram de R$ 2.870.889,00. A previsão para a capela da reconciliação é de R$ 470.000. Assim, o total do projeto será de R$ 3.341.000,00. As receitas, até agora, totalizam R$ 2.242.884,00 provenientes de contribuições de pessoas e famílias, de paróquias e empresas, do Seminário e da Cúria Diocesana, sem nenhum recurso público. No momento, há um déficit de R$ 628.000,00, referentes a contas a serem pagas a fornecedores até o janeiro do próximo ano. A comissão estima conseguir esta importância com nova campanha junto a empresas, com doações das Paróquias, do seminário e da Cúria Diocesana. Depois de saldadas estas contas, ver-se-á os encaminhamentos para a última etapa do projeto, a capela da reconciliação.

Outros assuntos da reunião

Pastoral do Batismo, projeto vocacional “cada comunidade uma vocação”, avaliação da Romaria, agenda pastoral do próximo ano, pastoral da comunicação, com a contratação de um jornalista, Vinicius Martins Freitas, e outros.

Comunicações de Dom José

Foi encaminhada a organização de um novo site da Diocese, com mais alternativas de divulgação da organização e da vida eclesial. No próximo ano, fará visita a todas as paróquias, juntamente com o coordenador de pastoral e membros do setor administrativo para encontro com as lideranças durante um período de aproximadamente três horas. Até o final do ano, será executado um projeto de estacionamento em frente ao Centro Diocesano, tornando-o privativo para os que nele trabalham, para os padres, para participantes de reuniões e para quem precise tratar de assuntos relacionados a ele. Recordou o compromisso de todas as paróquias, no próximo ano de implementarem a Iniciação à Vida Cristã de espírito catecumenal. Apresentou também um esboço de projeto de remodelação de um espaço do Seminário de Fátima para acolher padres idosos ou enfermos, que seria o “Lar Sacerdotal”.

Diana Zanatta: Tem Graduação em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM (1998). Possui Especialização em Direito Processual Civil pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC (1999); Mestrado em Direito pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Campus de Santo Ângelo/RS (2015); É Delegada de Polícia da Polícia Civil do RS desde 2004. Atualmente é Delegada de Polícia Regional da 11ª Região Policial (Titular da Delegacia de Polícia Regional de Erechim/RS). É professora do Curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Campus de Erechim/RS, da disciplina de Direito Penal, desde 2010. Experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Penal.

Diocese de Erexim