Reflexão e sugestão para a Solenidade do Natal do Senhor 2021 – Ano C

Para: 25/12/2021

Natal do Senhor 2021 – Ano C (Missa do dia e noite*)

Missa da Noite: Is 9,1-6; SI 95; Tt 2,11-14; Lc 2,1-14
Missa do Dia: Is 52,7-10; SI 97; Hb 1,1-6; Jo 1,1-18 ou Jo 1,1-5.9-14

Natal do Senhor 2021

Um antigo presépio de Natal, com José, Maria e o menino Jesus numa manjedoura. Animais e visitantes também visíveis no cenário clássico.

* As quatro missas do Natal 2020: Missa da Vigília 2020 (dia 24 á tarde) , Missa da Noite 2020 (dia 24), Missa da Aurora 2020 (dia 25 madrugada) e Missa do Dia 2020 (dia 25).

As leituras da Missa do Dia parecem querer responder, em profundidade, à pergunta: quem é afinal o Salvador que nos foi dado? É o Filho, pelo qual Deus criou o universo e ao qual todos os anjos adoram, diz a 2a leitura. E São João, no prólogo de seu evangelho, transporta-nos ao seio da Trindade, ensinando-nos que ele é o Verbo, que, desde toda a eternidade, estava junto de Deus, era Deus, luz que ilumina toda criatura. São Paulo comenta: “Sendo de natureza divina, aniquilou-se a si mesmo tomando a forma de servo, tornando-se igual aos homens” (Fl 2,6s). O Emanuel, Deus conosco, vem a nós na história e se revela para comunicar-se, para que os homens tenham acesso ao Pai e se tornem participantes da natureza divina (DV 2).

Veio morar entre nós e aos que creem em seu nome deu o poder de se tornarem filhos de Deus, isto é, de renascer para uma vida nova. Não foi somente sua Palavra que Deus nos deu, ele deu também sua vida, pois nos fez seus filhos. Nele também nós fomos escolhidos para sermos filhos adotivos (Rm 8,15). As palavras “Tu és meu Filho, hoje te gerei” Deus dirige a seu Filho Unigénito, Jesus, o qual, porém, não está sozinho, por ser o primogénito entre muitos irmãos (Rm 8,29). Portanto é também a cada um de nós que o Pai dirige essas palavras. Por isso São João exclama admirado: que grande amor nos deu o Pai, para sermos chamados filhos de Deus e o somos realmente! (lJo 3,1)…

Esta a graça devemos pedir neste tempo de Natal: conhecer mais profundamente o mistério de Cristo, para conhecer melhor a identidade profunda do homem. São Paulo nos diz: “O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai glorioso, dê-vos um saber e uma revelação interior com profundo conhecimento dele. Possa ele iluminar os olhos de vossas mentes, para que compreendais a qual esperança sois chamados,
qual tesouro é a gloriosa herança destinada a seus santos” (Efl,17s). Viver um tal projeto de vida significa realizar nossa mais autêntica humanidade, pois “quem segue a Cristo, homem perfeito, torna-se também mais homem” (GS 41).

Quem procura sinceramente a Deus não precisa inventar nem especular nada: está ali naquele rosto de hebreu que é Jesus de Nazaré. Olhando aquele rosto divino, descobrimos também os traços divinos que existem em cada um de nós. Se buscamos o rosto verdadeiro do homem, não se acha senão nele, homem-Deus, plenamente realizado e, portanto, verdade plena do homem. Na realidade, somente no mistério do Verbo encarnado encontra verdadeira luz o mistério do homem (GS 22). Natal, como se vê, é de fato a festa do homem, quando é vivido como festa de Deus!

Sugestões litúrgicas para a Solenidade do Natal do Senhor 2021 – Ano C

Natal do Senhor 2021 - Celebração– Antes da procissão de entrada: ler a mensagem do Papa, especial para este dia.

– Ato penitencial: lembrar as crianças abandonadas, que não têm um lugar e assistência adequada para nascer e também as que nem tiveram o direito de nascer.

– Ofertório: lembrar que ainda é tempo de fazer a doação para aqueles carentes, que vão estar um pouco mais tristes por não terem o Natal que desejariam e a que têm direito.

– Ação de graças: elaborar, com a equipe litúrgica, uma objetiva mensagem de Natal para a assembleia e também para o celebrante e os sacerdotes responsáveis pela Comunidade.

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 4° Domingo do Advento 2021 do Ano C

Para: 19/12/2021 – Dezembro

4° Domingo do Advento 2021 – Ano C

Mq 5,1-4a; SI 79; Hb 10,5-10; Lc 1,39-45

4° Domingo do Advento 2021

Eis que já estamos às vésperas de celebrarmos a festa do nascimento de Jesus. Neste último Domingo Advento, a liturgia da Palavra prepara nosso coração para participarmos da grande alegria do Natal. O motivo dessa alegria é a recordação de que Deus cumpre sua promessa, enviando a seu povo, tantas vezes oprimido, o instrumento de sua paz. A tradição cristã viu na missão dada ao chefe, anunciado por Miqueias, a figura de Jesus. Identificou, assim, a parturiente com Maria (Mq 5,1). As comunidades de hoje também são chamadas a serem profetisas da esperança, comunicando ao mundo a paz e a vida plena.

Paulo, na passagem da Carta aos Hebreus, que hoje meditamos, relembra-nos que aquele menino, cujo nascimento celebraremos, é o Filho de Deus. Ele se tornou um de nós para oferecer ao Pai a consumação de seu plano de salvação. Jesus veio ao mundo para reestabelecer a vida e a comunhão quebrada com sua entrega. Ele, com sua própria vida, oferece-nos, de maneira consciente, a capacidade de sermos também protagonistas de nossa salvação. Agora não são mais os sacrifícios e holocaustos que nos salvam, mas nosso engajamento e nosso esforço na construção do Reino de Deus (Hb 10,6). É nesse sentido que também podemos nos reconhecer como responsáveis pelo acontecimento no Natal, em nosso tempo, e na vida de nossos irmãos.

No Evangelho vemos o encontro profético de duas mulheres grávidas. Maria, a virgem, e Isabel, a estéril. São duas inegáveis provas da grandeza e da força de Deus, que claramente se põe ao lado dos pequenos e humildes. No ventre das duas mulheres, estão a esperança de
um novo tempo e salvação do mundo. Isabel sente pular em seu ventre o filho que, como nós hoje, também se alegrou ao perceber que a vinda do Senhor estava próxima. Isabel reconhece que aquilo foi possível porque Maria acreditou e aceitou a Palavra, que lhe foi anunciada pelo anjo. A fé é entrega à Palavra que compromete por inteiro nossa vida.

A partir do momento que acreditamos e confiamos em Deus, toda a nossa vida ganha um novo sentido, tornamo-nos capazes de perceber
e realizar coisas que nunca nos demos conta antes. Para Maria foi o fato e acreditar que mudou todas as coisas. Por isso ela se tornou ícone
para os crentes de todos os tempos, verdadeira mãe na fé.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 4° Domingo do Advento 2021 – Ano C

– Antes da procissão de entrada: dar destaque para o papel de Nossa Senhora em toda nossa preparação espiritual para o Natal. Mais do que ninguém, ela se preparou para esse dia.

– Ato penitencial: prepará-lo com destaque, apontando os grandes pecados da humanidade e destacando a esperança de superação deles.

– Ofertório: lembrar as doações feitas, e como continuá-las fazendo, para a campanha do Natal solidário.

– Ação de graças: pode-se abrir espaço para depoimentos de como foi acontecendo a novena de preparação para o Natal, especificando os gestos concretos que se efetivaram.

– Antes da bênção final: convocar todos para uma efetiva participação na liturgia do dia de Natal.

 

Folhetos do 4° Domingo do Advento 2021 – 19/12/2021 para imprimir:

 

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 3° Domingo do Advento 2021 do Ano C

Para: 12/12/2021 – Dezembro

3° Domingo do Advento 2021 – Ano C

Sf 3,14-18a; Ct. Is 12; Fl 4,4-7; Lc 3,10-18

3° Domingo do Advento 2021

Depois da vigilância e da disponibilidade, o Advento nos ensina uma terceira lição: convida-nos a estarmos sempre alegres (2a leitura). É com essas três disposições que nos preparamos para acolher o Salvador, que vai nascer. Mas a alegria não é muito frequente entre os cristãos. Uma menina uma vez perguntou: Por que as pessoas quando rezam ficam sérias e parecem tristes? Quando estamos diante de

Deus, abrindo a ele nosso coração, precisamos estar sempre contentes, felizes, sorridentes. Deus nos quer alegres, na alegria de seu amor. Sem dúvida, há pessoas entre nós que vivem uma vida marcada pela dor. Como podem ser alegres? Uma moça escreveu esta mensagem aos colegas: “Sejamos sempre alegres, o Senhor não se esquecerá nunca de algum de nós, especialmente quando estivermos em dificuldade”.

A alegria cristã não é algo superficial ou mundano; é uma certeza, porque tem seu fundamento em Jesus Salvador. Vivemos na alegria e na
confiança, porque Jesus nos salvou e temos nele toda a graça, bênção e força. Nossa alegria é Cristo. E todos podemos encontrar esperança e confiança nele, pois ele foi mandado para anunciar a Boa-Nova aos humildes, para curar as feridas da alma, para pregar a redenção aos cativos (1a leitura),palavras que Jesus aplicou a si na sinagoga de Nazaré (Lc 4,18).

Veio para trazer a todos a misericórdia, a ternura, o amor de Deus. Veio para termos a vida em plenitude, a alegria verdadeira e plena. Esse é o Jesus que nos preparamos para acolher no Natal, que se aproxima. O Deus da alegria vem fazer aliança conosco! O Deus da festa vem visitar-nos. O que causa dentro de nós a tristeza? Os acontecimentos? Nossas decepções? O vazio? Todas essas coisas estão fora de nós, não podem tocar-nos interiormente. Paulo nos manda não apagar o Espírito (2a leitura). Esta pode ser a causa de nossa tristeza: deixar de lado o Espírito, cair na inautenticidade, perder de vista o horizonte de fé, que serve de base para nossa vida cotidiana.

João Batista nos dá outro motivo, quando ele diz que não é o Cristo (evangelho). Às vezes, a causa de nossa tristeza é nos tomar por aquilo que não somos. Tomamos o lugar de Deus, fazendo de nós mesmos a referência última. Isso pode nos fazer viver no prazer, no excesso, mas não na alegria.

A verdadeira alegria, a interior, encontramos quando reconhecemos o que somos: criaturas de um Deus, que nos ama… Ser reconhecidos pela alegria que há em nós seria a melhor das pregações, o mais eficaz dos anúncios do Evangelho. Felizmente, isso acontece entre nós. Um sacerdote europeu que visitou algumas paróquias no Brasil voltou com essa impressão: “Agora eu sei o que é viver a fé cristã com alegria”.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 3° Domingo do Advento 2021 – Ano C

– A tônica desse 3° Domingo do Advento 2021 recai sobre o tema da alegria, conforme a palavra de São Paulo: “Alegrai-vos”. Pode ser um bom momento para envolver as crianças nesse dia proclamando a alegria de um renascer.

– Liturgia da Palavra: um grupo de crianças, preparado pela equipe de catequese, poderá fazer uma coreografia com o refrão cantado: “Alegrai-vos sempre no Senhor, alegrai-vos no Senhor! (bis). Alegrai-vos! Alegrai-vos! Alegrai-vos no Senhor !” (bis).

– Abraço da paz: convidar a assembleia a antecipar os votos de Natal, dizendo: “Faça o Natal ficar bom para você!” E lembrar a participação de alguma campanha que a Comunidade esteja fazendo para um Natal solidário.

 

Folhetos do 3° Domingo do Advento 2021 – 12/12/2021 para imprimir:

 

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do Imaculada Conceição de Nossa Senhora 2021 do Ano C

Para: 08/12/2021 – Dezembro

Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora 2021 – Ano C

Gn 3,9-15.20; SI 97; Ef 1,3-6.11-12; Lc 1,26-38

A liturgia nos propõe hoje alguns textos bíblicos que estão entre as mais célebres fontes da mariologia. A comparação entre o proto-evangelho do Génesis (1a leitura) e o relato da Anunciação (evangelho) deu origem à oposição entre Eva e Maria. A Mãe do Salvador é a nova Eva, porque, se a primeira causou a ruína do gênero humano, a Santíssima Virgem está no início da redenção,como mãe da vida, por isso a ela, de modo especial, cabe o título de “Mãe de todos os viventes”.

Eva deixou-se enganar pela falsa promessa do Tentador e desobedeceu a Deus, pecando por orgulho, por querer ser igual ao Criador. Maria acreditou na palavra de Deus e foi obediente, declarando-se humilde serva, disponível para cumprir o plano da salvação.
Maria confiou naquele Deus, para o qual tudo é possível.

A Igreja vê na Imaculada Conceição de Maria, dogma de fé declarado pelo papa Pio IX, em 1854, a realização da promessa de Deus de que um dia a serpente seria vencida por uma mulher (Gn 3,15).

Para ser digna Mãe de Deus, Maria precisava ser toda santa e livre de toda imperfeição ou culpa. E isso ela foi, desde o primeiro instante de sua vida, em virtude dos méritos de seu Filho, Redentor do mundo. A Imaculada Conceição de Maria torna-se um sinal da derrota do mal. A festa de hoje celebra, portanto, o primeiro anúncio da salvação, sua primeira realização em Maria, a primeira remida.

Por graça especial de Deus, ela permaneceu pura de todo o pecado pessoal durante toda a sua existência. A graça de Deus inundou seu coração: ela é cheia de todas as graças e virtudes. Em seu coração, não havia lugar para o pecado. Mais que toda outra pessoa criada, o Pai a abençoou com toda a bênção de seu Espírito, no céu, em Cristo (2a leitura). A Mãe de Deus e nossa Mãe torna-se assim imagem e primícia da Igreja e brilha como um sinal de segura esperança e de consolação para o Povo de Deus, como ensinou o Concílio Vaticano II.

Foi a propósito de todos os cristãos que Paulo escreveu que “o Pai nos escolheu em Cristo para sermos santos e imaculados” (Ef 1,4). Porém, a experiência de cada dia nos mostra como é elevado e difícil esse ideal para nossas pobres forças humanas. Nossa natureza
está ferida pelo pecado original, do qual Maria foi preservada por especial privilégio. Por isso, temos de lutar contra o inimigo de todo bem para permanecermos fiéis ao batismo que nos tornou santos.

Nessa luta, Maria é nossa defensora e advogada… Santo Afonso rezava assim: “Virgem Imaculada, vós haveis de me salvar. Fazei que eu me lembre sempre de vós,e vós não vos esqueçais de mim”.

“Ficai no meio de nós, ó Maria, como Mãe da esperança. Ensinai-nos a crer, a esperar e a amar como vós! Estrela do mar, brilhai sobre nós e guiai-nos em nosso caminho” (Bento XVI).

Sugestões litúrgicas para a Missa do Imaculada Conceição de Nossa Senhora 2021 – Ano C

– Procissão de entrada: cantar: “Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus”.

– Após a acolhida e o sinal da cruz: preparar uma solene procissão de entrada com a imagem Imaculada Conceição.

– Liturgia da Palavra: fazer uma bonita encenação do diálogo entre Maria e o Anjo Gabriel.

 

Folhetos do Imaculada Conceição de Nossa Senhora 2021 do Ano C – 08/12/2021 para imprimir:

 

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Leituras de Domingo: Missa do 2° Domingo do Advento 05/12/2021

Leituras de Domingo

2° Domingo do Advento 05/12/2021

(Roxo, creio, prefácio do Advento I – 2ª semana do saltério)

Povo de Sião, o Senhor vem para salvar as nações! E, na alegria do vosso coração, soará majestosa a sua voz (Is 30,19.30).

A liturgia faz o convite a nos prepararmos para a chegada do Salvador, corrigindo os caminhos acidentados e tortuosos que impedem nosso encontro com ele.  Para isso queremos nos dispor a vestir o manto da justiça e crescer sempre mais no amor. Celebremos nesta Eucaristia a misericórdia e a bondade do Pai, manifestadas em Jesus.

Primeira Leitura: Baruc 5,1-9

Leitura do livro do profeta Baruc – 1Despe, ó Jerusalém, a veste de luto e de aflição e reveste, para sempre, os adornos da glória vinda de Deus. 2Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus e põe na cabeça o diadema da glória do Eterno. 3Deus mostrará teu esplendor, ó Jerusalém, a todos os que estão debaixo do céu. 4Receberás de Deus este nome para sempre: “Paz da justiça e Glória da piedade”. 5Levanta-te, Jerusalém, põe-te no alto e olha para o oriente! Vê teus filhos reunidos pela voz do Santo, desde o poente até o levante, jubilosos por Deus ter-se lembrado deles. 6Saíram de ti, caminhando a pé, levados pelos inimigos. Deus os devolve a ti, conduzidos com honras, como príncipes reais. 7Deus ordenou que se abaixassem todos os altos montes e as colinas eternas e se enchessem os vales para aplainar a terra, a fim de que Israel caminhe com segurança, sob a glória de Deus. 8As florestas e todas as árvores odoríferas darão sombra a Israel, por ordem de Deus. 9Sim, Deus guiará Israel com alegria, à luz de sua glória, manifestando a misericórdia e a justiça que dele procedem. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 125(126)

Maravilhas fez conosco o Senhor, / exultemos de alegria!

1. Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, / parecíamos sonhar; / encheu-se de sorriso nossa boca, / nossos lábios, de canções. – R.

2. Entre os gentios se dizia: “Maravilhas / fez com eles o Senhor!” / Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, / exultemos de alegria! – R.

3. Mudai a nossa sorte, ó Senhor, / como torrentes no deserto. / Os que lançam as sementes entre lágrimas / ceifarão com alegria. – R.

4. Chorando de tristeza, sairão, / espalhando suas sementes; / cantando de alegria, voltarão, / carregando os seus feixes! – R.

Segunda Leitura: Filipenses 1,4-6.8-11

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – Irmãos, 4sempre, em todas as minhas orações, rezo por vós com alegria, 5por causa da vossa comunhão conosco na divulgação do Evangelho, desde o primeiro dia até agora. 6Tenho a certeza de que aquele que começou em vós uma boa obra há de levá-la à perfeição até o dia de Cristo Jesus. 8Deus é testemunha de que tenho saudade de todos vós, com a ternura de Cristo Jesus. 9E isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, 10para discernirdes o que é o melhor. E assim ficareis puros e sem defeito para o dia de Cristo, 11cheios do fruto da justiça que nos vem por Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Lucas 3,1-6

Aleluia, aleluia, aleluia.

Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. / Toda a carne há de ver a salvação do nosso Deus (Lc 3,4.6). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 1No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes administrava a Galileia, seu irmão Filipe, as regiões da Itureia e Traconítide, e Lisânias a Abilene; 2quando Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, foi então que a Palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto. 3E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, 4como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. 5Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas, e os caminhos acidentados serão aplainados. 6E todas as pessoas verão a salvação de Deus’”. – Palavra da salvação.

Reflexão
O evangelista Lucas gosta de dar apoio histórico a seus relatos. Com isso, nos mostra dois aspectos interessantes. Primeiro: seus escritos merecem credibilidade. Segundo: Deus se insere na história humana, feita de pessoas e fatos concretos, para realizar a história da salvação. Nesse cenário, em que são nomeados governantes de locais importantes, surge a figura de um homem escolhido por Deus, a fim de preparar os caminhos do Senhor. É João, filho de Isabel e Zacarias. Vem com missão bem definida: mexer com a consciência de cada um mediante o apelo à conversão. A salvação acontece nos corações que se dispõem a mudar de vida e se abrem à graça de Deus. Qual é meu papel na atual história da salvação da humanidade? Deus pode contar comigo para quê?

Oração

Ó divino Salvador, no deserto desponta João, com a precisa missão de preparar a tua vinda ao mundo. E o faz pregando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados e gritando: “Preparem o caminho do Senhor”. Ajuda- nos, Senhor, a pôr em prática os apelos do Batista. Amém.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós