
Liturgia
Em 2025
Epifania do Senhor (Domingo) – 5 de janeiro
Batismo do Senhor – 12 de janeiro
Quarta-feira de Cinzas – 5 de março
Páscoa da Ressurreição – 20 abril
Ascensão do Senhor (Domingo) – 1º de junho
Pentecostes – 8 de junho
Santíssima Trindade – 15 de junho
SS. Corpo e Sangue de Cristo – 19 de junho
Sagrado Coração de Jesus – 27 de junho
São Pedro e São Paulo (Domingo) – 29 de junho
Assunção da BVM (Domingo) – 17 de agosto
Todos os Santos – 1º de novembro
Solenidade de Cristo-Rei – 23 de novembro
1º Domingo do Advento – 30 de novembro
Sagrada Família – 28 de dezembro
Dicas e sugestões para o Advento 2020
/em Liturgia CatólicaEstamos iniciando o Advento 2020, tempo em que nos preparamos para a festa do Natal. Segundo o Papa Francisco, o Advento “tem três dimensões: passado, futuro e presente. Serve para purificar a esperança e se preparar para o encontro definitivo com o Senhor, que já veio, mas voltará. Ele vem todos os dias e em todos os momentos no nosso coração”.
Você sabe realmente o que é Advento?
15 dicas e sugestões para o Advento 2020
01 – No Advento não se reza o canto de glória* (exceto quando previsto). (cf. IGMR 305).
02 – Evitar o excesso de enfeites e flores no ambiente litúrgico.
03 – Providenciar a Coroa do Advento (as cores das velas – Verde, Vermelha, Rósea e Branca – englobam o ano litúrgico, e as quatro simbolizam as grandes etapas da salvação).
04 – Antes ou após a acolhida do presidente, acendera primeira vela, enquanto se canta: “A luz virá, a luz virá e resplandecerá o novo dia”.
05 – Durante este tempo, realiza-se a Campanha para a Evangelização 2020.
06 – Começam as leituras do Ano B
07 – O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Apresenta uma piedosa e alegre expectativa (cf.NUAL/CRG 39).
08 – Início: primeiro domingo do Avento (4 semanas antes do Natal). Término: 24 de dezembro, à tarde.
09 – Esse tempo é dividido em duas partes: do início até o dia 16 de dezembro, a Igreja se volta para a segunda vinda do Salvador, que vai acontecer no fim dos tempos. A partir do dia 17 até o final, a Igreja se volta para a primeira vinda do Salvador, que se encarnou no ventre de Maria e nasceu na pobre gruta de Belém (cf. NUAL/CRG 42).
10 – Duração do tempo: quatro semanas (1ª, 2ª, 3ª, 4ª semana do Advento).
11 – Espiritualidade: esperança
12 – Ensinamento: anúncio da vinda do Messias.
13 – O terceiro domingo é chamado domingo “Gaudete”, ou seja, domingo da alegria. Essa alegria é devida ao Natal que se aproxima. Nesse dia, pode-se usar cor-de-rosa. É uma cor mais suave (cf. IGMR 346/f, 305).
14 – Personagens bíblicos mais lembrados nesse tempo: Isaías, João Batista e Maria.
15 – O símbolo mais comum desse tempo é a coroa do Advento, com quatro velas a serem acesas, uma a cada domingo.
Leia mais
O Advento de 2020 e a preparação do Natal
/em Liturgia CatólicaInício do Ano Litúrgico B 2020
A preparação do Natal 2020
A liturgia do primeiro Domingo
Na volta do exílio, o povo encontra dificuldade para recomeçar a vida. Em vista disso, a oração do profeta reconhece a fraqueza e a infidelidade do povo e, ao mesmo tempo, invoca a Deus para que dele tenha misericórdia, por causa da situação em que está vivendo. A invocação de Deus como “pai e redentor” revela o renascer da esperança de quem se encontra em desolação e nos recorda que Jesus pertence à linhagem profética. Isaías como que descreve o fato de que Deus rasgou (rompeu) os céus e desceu até nós na pessoa de Jesus.
Paulo dá graças por aquilo que Deus operou na comunidade e manifesta a alegria de vê-la proceder segundo a graça recebida. Ele convida a comunidade, rica em dons e serviços, a caminhar confiante em direção à comunhão plena com Jesus Cristo.
O Evangelho de Marcos é desenvolvido com base em duas perguntas dos discípulos acerca da hora e dos sinais do fim. O texto de hoje procura responder ao “quando”. A comunidade não deve se preocupar tanto com o momento em que se darão os eventos anunciados.
O importante é que ela se mantenha em ativa vigilância – porque o tempo é incerto – e não abandone seus compromissos. Segundo o evangelista, a preocupação não deve ser com o futuro, mas com as opções que os cristãos devem fazer no tempo presente.
Papel de Parede para computador: Igreja e vida
Sobre a Coroa do Advento
– Coroa do Advento: a coroa do advento, em que são afixadas quatro velas, é feita com ramos verdes, geralmente envolvida por uma fita vermelha. Ela simboliza e comunica que, naquela Igreja, casa, escritório ou qualquer espaço em que ela esteja, vivem pessoas que se preparam com alegria para celebrar a vinda de Deus ao mundo: o Natal.
– O círculo da coroa: simboliza a nova aliança de Deus com a humanidade. Essa nova aliança é celebrada no sacramento da Santa Ceia. O círculo da coroa pode ser relacionado também com a coroa de espinhos, colocada na cabeça de Jesus, naquela semana em que foi crucificado- a nova aliança foi feita pelo Jesus negado e rejeitado, com humildade e doação.
– Os ramos verdes: os ramos, mesmo cortados, permanecem verdes por semanas: comunicam a esperança, que leva à perseverança, a uma entrega total da vida a Deus.
– A fita vermelha: a cor vermelha na tradição litúrgica está ligada à cor do fogo e do sangue. Simboliza a cor da vida, do amor e, ao mesmo tempo, do derramamento do sangue, sacrifício. A nova aliança de Deus com a humanidade foi feita com amor, doação, sacrifício e trouxe a vida plena e eterna.
Quando começa o Advento de 2020?
Uma vela para cada domingo que antecede o dia 25 de dezembro. Alguns registros históricos contam que a coroa de advento surgiu em uma instituição que abrigava crianças pobres. Inicialmente ela continha entre 22 e 28 velas, uma para cada dia do tempo de advento. Devido aos custos, diminuiu-se o número de velas.
As velas da coroa são acesas (a cada domingo mais uma), para iluminar a vigília do advento, a preparação preparação do Natal (vinda da luz ao mundo). Simboliza que Jesus Cristo é a luz do mundo. Comunica a alegria da vida que procede de Deus, aquela que vai além dos limites que a vida no mundo impõe.
As 4 velas: as cores são apenas uma convenção, pois todas podem ser de uma única cor. O importante é o sentido, o significado da LUZ.
E ainda: em vez de ramos de cipreste, por que não se colocar uma pequena planta na coroa e, aos domingos, ao acender as velas, colocar também um pouco de água, chamando atenção à Palavra, que deve regar nossa vida cristã ,rumo à santidade? Criatividade com lógica, com espiritualidade, com um profundo sentido pastoral é bom e faz bem.
Na Europa e em outros países do hemisfério norte, usam o cipreste ou folhas do pinheiro, por serem as únicas folhas verdes, pois lá é inverno.
Portal kairós / amormeus.org
Reflexão e sugestão para a Missa do 33° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa Missa15/11/2020
Missa do 33° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
Pr 31,10-13.19-20.30-31; SI 127; 1Ts 5,1-6; Mt 25,14-30
Cartazes Especiais para a Missa do 33° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
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O que Deus quer de nós?
Essa pergunta sempre inquieta nosso coração, Depois que fazemos nossos pedidos, sempre rezamos com Jesus, dizendo: Pai, seja feita a vossa vontade. Os ensinamentos de Jesus e seu modo de ser e agir nos deixam claro que a vontade de Deus tem por base a vida digna de cada pessoa.
A primeira leitura fala da mulher virtuosa, atenta às coisas da casa, pronta para servir o pobre e o faminto, tendo sempre Deus como centro de sua vida e não as vaidades. Eis um exemplo de uma vida segundo a vontade de Deus. Tais virtudes não são apenas da mulher, mas também do homem.
Ambos, ao encontrar o sentido profundo da vida em Deus, alcançam uma vida virtuosa que não só age segundo o amor de Deus, mas também o anuncia pelas atitudes e ações.
A segunda leitura pode ser também meditada segundo a vontade de Deus sobre nós. Nós professamos que Cristo virá para julgar os vivos e os mortos. Mas como agir diante dessa verdade de fé? Procurando saber o dia exato para estarmos prontos para esse grande acontecimento? Como resposta aos Tessalonicenses e a nós, hoje, Paulo convida-nos a termos dois grandes objetivos. Primeiro: que não percamos de vista que nossa vida alcançará sua plenitude em Deus. Segundo: que essa preparação não é como para um vestibular, mas se trata de uma experiência de Deus, que nos prepara a cada dia para viver aqui e agora o amor de Deus, a misericórdia, a alegria do evangelho. Nós nos preparamos para crescermos na dignidade de filhos e filhas de Deus. Isso é o que Deus quer de nós
O que nós queremos de Deus?
A pergunta é provocadora e nos leva a pensar como nos relacionamos com Deus. Pedimos tantas coisas ao Senhor que até corremos o risco de pensar que é dever dele satisfazer todas as nossas necessidades. Mas Deus não é providente? Sim, é providente. Mas o que não podemos esquecer é que Ele nos convida a sermos também responsáveis pela construção de seu Reino entre nós.
A parábola que Jesus conta no evangelho de hoje mostra que cada um recebe dons de Deus. No caso, talentos, uma moeda da época. Não se diz que o homem que foi viajar tenha exigido de seus servos trabalhar com aqueles talentos. Mas na própria dinâmica do dom divino já está claro que tudo o que Deus nos oferece é para ser trabalhado, dinamizado para que frutifique.
Por que quero a saúde? Por que peço a Deus sair das dívidas? Por que peço a Deus o amor e a união na família? Se tudo isso não for para servir mais aos irmãos, para partilhar mais o que tenho, para anunciar mais o evangelho do amor, que sentido tem? Por isso que o servo que não trabalhou seu talento, mesmo entregando-o novamente ao senhor, não foi capaz de entrar na dinâmica do amor divino. Estando por terminar este ano litúrgico, peçamos ao Espírito Santo a graça de viver e anunciar o evangelho de Jesus no cotidiano de nossa história, sempre de coração aberto para seu amor e sua misericórdia. E assim, façamos frutificar sempre mais os dons que recebemos.
– Ambientação: instantes antes do início da celebração, promover um clima orante. Todos podem permanecer sentados enquanto as velas do altar são acesas durante um mantra.
– Ato penitencial: meditar sobre a bondade do Senhor em nos conceder seus dons, a dureza de coração e a lentidão das atitudes para entrarmos em sua lógica de amor-doação.
– Preces dos fiéis: aproveitar este momento para agradecer os dons colocados a serviço da comunidade, que multiplicam o amor e as obras de misericórdia.
Sugestões de repertório para a Missa do 33° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A (O Domingo)
Abertura: Não me abandones
Aclamação: Aleluia! É preciso
Oferendas: Bendito seja Deus
Comunhão: É preciso ficar
Cifras e partituras das sugestões CNBB
Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 33° Domingo do Tempo Comum 2020
Áudios para a Missa do 33° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:
Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós
Leituras de Domingo: Missa do 33° Domingo do Tempo Comum 15/11/2020
/em Leituras de Domingo, Liturgia CatólicaLeituras de Domingo
(Verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)
Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).
Reunidos como filhos e filhas da luz, somos convidados a ser comunidade que saiba administrar os dons e talentos que Deus nos concede. A alegria que nos anima é a de ouvir o Senhor nos dizer: Servo bom e fiel, eu lhe confiarei muito mais. Celebremos o Dia Mundial dos Pobres com as mãos e o coração voltados aos necessitados.
Primeira Leitura: Provérbios 31,10-13.19-20.30-31
Leitura do livro dos Provérbios – 10Uma mulher forte, quem a encontrará? Ela vale muito mais do que as joias. 11Seu marido confia nela plenamente e não terá falta de recursos. 12Ela lhe dá só alegria e nenhum desgosto, todos os dias de sua vida. 13Procura lã e linho, e com habilidade trabalham as suas mãos. 19Estende a mão para a roca, e seus dedos seguram o fuso. 20Abre suas mãos ao necessitado e estende suas mãos ao pobre. 30O encanto é enganador e a beleza é passageira; a mulher que teme ao Senhor, essa, sim, merece louvor. 31Proclamem o êxito de suas mãos, e na praça louvem-na as suas obras! – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 127(128)
Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
1. Feliz és tu se temes o Senhor / e trilhas seus caminhos! / Do trabalho de tuas mãos hás de viver, / serás feliz, tudo irá bem! – R.
2. A tua esposa é uma videira bem fecunda / no coração da tua casa; / os teus filhos são rebentos de oliveira / ao redor de tua mesa. – R.
3. Será assim abençoado todo homem / que teme o Senhor. / O Senhor te abençoe de Sião / cada dia de tua vida. – R.
Segunda Leitura: 1 Tessalonicenses 5,1-6
Leitura da primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses – 1Quanto ao tempo e à hora, meus irmãos, não há por que vos escrever. 2Vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como ladrão, de noite. 3Quando as pessoas disserem: “Paz e segurança!”, então de repente sobrevirá a destruição, como as dores de parto sobre a mulher grávida. E não poderão escapar. 4Mas vós, meus irmãos, não estais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão. 5Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. 6Portanto, não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios. – Palavra do Senhor.
Evangelho: Mateus 25,14-30 ou 14-15.19-21
[A forma breve está entre colchetes.]
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ficai em mim, e eu em vós hei de ficar, diz o Senhor; / quem em mim permanece, esse dá muito fruto (Jo 15,4s). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – [Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 14“Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou.] 16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu patrão. [19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’] 22Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e ceifo onde não semeei? 27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. 28Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes!’” – Palavra da salvação.
Reflexão
Também nessa parábola temos a demora da volta do proprietário depois de longa viagem. Antes de viajar, ele distribuiu uns talentos aos seus servos, a cada um conforme a própria capacidade, para que os fizessem produzir. A comunidade de Mateus, que faz a experiência da demora da “volta de Jesus”, relembra uma parábola do Mestre, inspirada num sistema que privilegia quem tem e tira o pouco de quem já quase nada tem. A parábola mostra que cada um tem dons e capacidades diversas. A comunidade precisa levar em conta essa diversidade de seus membros. O que importa é que o pouco ou o muito de cada um seja posto a serviço e faça crescer os bens do Reino. O pouco ou o muito não pode ser enterrado. Faz-se, pois, forte apelo à criatividade, mesmo diante dos riscos que ela possa acarretar. Precisamos ser audazes e criativos, e não apenas “observantes piedosos”. Seja a hora que for, o importante é que Cristo, quando vier, nos encontre empenhados naquilo que nos confiou.
Oração
Senhor Jesus, somos dotados de valores, que devemos pôr a serviço do bem comum. No final de nossa vida terrena, teremos de apresentar-te os resultados de nossa administração. Queremos participar da tua alegria junto aos demais que fizeram frutificar os próprios dons. Amém.
Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós
15 de novembro – Missa do 33° Domingo do Tempo Comum 2020
/em Liturgia Católica, Preparação para a Santa MissaMissa do 33° Domingo do Tempo Comum 2020
OS TALENTOS DE DEUS EM NÓS
A leitura tradicional da parábola dos talentos contada por Jesus como expressão do Reino de Deus nos convida a pensar em como estamos usando e fazendo frutificar os dons que Deus nos confia.
Deus confia seus dons segundo as capacidades de cada um, sem deixar ninguém de fora. Preenche todos os seres humanos com bondade, misericórdia e amor e confia que cada um use esses dons largamente, para fazê-los frutificar na própria vida. A chave, portanto, está no modo como cada um se relaciona com Deus, o senhor dos empregados da parábola. Quem imagina que Deus seja severo, com medo acaba enterrando os dons e fica sem nada. Tem medo de arriscar e imagina que agradará a Deus simplesmente devolvendo-lhe o que recebeu. O Reino, no entanto, é a fé num Deus que é bom e nos agracia com seus dons. É a coragem de arriscar, para viver relações que extrapolem a lógica do “toma lá, dá cá”. O que significa dizer que, de nossa parte, o Reino é o que oferecemos a Deus como frutos de seus dons.
O alerta vai para a leitura fundamentalista dessa parábola, tão comum hoje, segundo a qual os talentos são bens materiais e dinheiro. É leitura que trai o Evangelho, pois considera que Deus premia os que buscam multiplicar sempre mais as próprias riquezas, tirando dos que têm pouco até o pouco que têm. Vale lembrar que, nos Evangelhos, o único a oferecer riqueza como horizonte de vida foi o diabo a Jesus, no episódio das tentações.
Outra leitura, alinhada com a vida e a missão de Jesus, pode, sim, ser feita, considerando os talentos como bens materiais e dinheiro. Nela, o homem da parábola não seria Deus, mas um patrão realmente severo e cruel que obriga os empregados a multiplicar suas riquezas. Neste caso, os cristãos são convidados a agir como aquele empregado que, conhecendo a ganância do patrão por dinheiro, se recusa a participar de seus planos egoístas. O Reino, então, seria o testemunho de quem resiste, não se contentando com um sistema onde uns poucos enriquecem sempre mais, à custa do empobrecimento da grande maioria.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp / Portal Kairós