Liturgia

No dia 3 de dezembro de 2023, começa o Advento, tempo litúrgico em que a Igreja nos convida a preparar o coração para celebrar o Nascimento de Jesus!

Reflexão e sugestão para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Is 5,1-7; SI 79; Fl 4,6-9; Mt 21,33-43

27° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Os frutos que Deus espera

Abrimos o mês missionário e também o mês do rosário. Festejamos Maria, aquela que nos deu o Bendito Fruto, Jesus. Agradeçamos ao Senhor porque também nós, com Maria de Nazaré, somos chamados à missão!

A liturgia da Palavra nos apresenta duas vinhas, ambas se referindo à infidelidade do povo em colaborar com o plano salvífico de Deus. Na primeira leitura, fica evidente a confiança que Deus deposita em seu povo. Por isso, age com zelo e cuida com carinho. Porém, a infidelidade do povo se mostra ao não corresponder com seus frutos bons, mas com uvas selvagens. Com essa imagem, o profeta denuncia as atitudes injustas e violentas de Israel. Esqueceram-se da aliança com Deus e deixaram-se levar pela ganância, produzindo injustiças e iniquidades.

A vinha da parábola do Evangelho traz a mesma temática. Jesus leva seus interlocutores a perceberem que Deus confiou sua vinha a eles, ou seja, elegeu-os e os colocou como luz das nações. Mas também mostra que eles se desviaram a tal ponto da meta proposta que chegaram a ser aqueles que buscavam apagar a luz de Deus, que brilhava nos profetas e, até mesmo, no próprio Filho de Deus encarnado. E Jesus, então, afirma que a predileção de Deus pelo povo se embasa na fidelidade à aliança. Todo povo que disser sim e viver intensamente a proposta do Reino de Deus é seu povo predileto, pois produz os frutos de paz, justiça e amor, ou seja, os frutos que Deus espera.

Os frutos da fraternidade

Quando se fala em missão, vem à tona tantos desafios, especialmente aqueles presentes na evangelização das grandes cidades. A violência gera insegurança, a situação económica gera desemprego e pobreza, os condomínios se fecham hermeticamente… Como viver a vocação missionária nesses ambientes? Paulo, a seu tempo, enfrenta também a realidade dos centros urbanos. Sua orientação é clara. Primeiramente, é preciso ter serenidade e não se inquietar. Mas como? Aí vem a segunda orientação: confiar a Deus e a Ele apresentar as necessidades, bem como as ações de graças! Assim o coração se abre à paz, que vem de Deus, a qual nos permite olhar o mundo com mais serenidade e visar aos frutos bons que ali podem surgir.

Enquanto comunidade cristã, somos todos chamados a nos ocupar com a verdade, o respeito, a justiça, a pureza, a amabilidade, a honra. Eis os frutos que a fraternidade construída em Cristo pode dar ao mundo de hoje. No impulso da “Igreja em saída”, insistentemente proposta por papa Francisco, empenhemo-nos na missão, manifestando assim a fidelidade à vocação batismal que recebemos.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Entrada da Palavra: membros do grupo de novena nas casas, ministros extraordinários da comunhão podem entrar com um par de Sandálias e um rosário grande à frente da Bíblia, dando o sentido de que contamos sempre com a intercessão de Maria na missão evangelizadora. Podem-se depositar as sandálias e o rosário em um espaço preparado para todo o Mês, espécie de um altar da graça.
-Liturgia da Palavra: um canto missionário ou um mantra pode preceder as leituras.
Profissão de fé: elaborar um compromisso missionário a ser rezado por toda a comunidade. Pode-se dar destaque ao Círio Pascal, cuja luz nos recorda a chama que recebemos no batismo para sermos anunciadores da Palavra. Conclui-se o momento com a profissão de fé em dois coros.
– Preces dos fiéis: um integrante de cada pastoral pode rezar as preces. Para conclui-las, pode-se cantar a oração de São Francisco, relembrando a comunidade de seu testemunho fecundo, cujos frutos se veem em nossos dias.
-Envio da comunidade e entrada da imagem de Nossa Senhora: um grupo de crianças podem participar deste momento com seus catequistas, ressaltando que a missionariedade se cultiva desde a infância. Rezar ou cantar a consagração a Maria. Em seguida, colocar a imagem no altar preparado, juntamente com as sandálias e o terço.

– IMPORTANTE: Que neste mês, a comunidade dialogue para avaliar as atividades missionárias já realizadas, bem como apresente um novo projeto de Igreja em saída. Esse projeto, após refletido entre as lideranças, pode ser apresentado no último domingo do mês.

Sugestões de repertório para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Senhor, escuta
Aclamação: Aleluia! O Senhor
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, somos nós

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 27° Domingo do Tempo Comum 2020

Áudios para a Missa do 27° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Ez 18,25-28; SI 24; Fl 2,1-11; Mt 21,28-32

26° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Conversão e acolhimento da Boa-Nova

Correção fraterna, perdão, gratuidade… os temas que meditamos, neste mês, culminam hoje, no dia da Bíblia, no grande tema da conversão. A Lei e os Profetas se orientam para o mesmo fim: levar a pessoa humana a converter-se do próprio pecado, mudar de vida e renovar-se a cada dia. Jesus insiste que a conversão só se realiza quando está sintonizada à vontade do Pai. Esse processo não acontece quando a resposta ao pedido do Pai se dá somente da boca para fora. Mesmo que as palavras expressem um desinteresse no momento, é a atitude arrependida que leva à conversão e provoca atitudes comprometidas.

Na parábola do evangelho de hoje, o filho que fez a vontade do pai foi aquele que de fato foi trabalhar na vinha, ainda que tenha dito que não iria. Mas aquele que respondeu falsamente que iria, mesmo que tenha respondido com aparente respeito ao pai, não foi capaz de responder com a vida, com as atitudes concretas. Definitivamente, conversão da boca para fora não existe! É enganar-se. Paulo afirma, na segunda leitura, que a conversão é um processo que nos leva a ter os mesmos sentimentos de Cristo Jesus. Para isso, deixar de almejar vanglórias e abandonar o espírito de competição na vida fraterna é condição básica para correr à meta que nos é proposta. Conversão é imergir-se na fraternidade, para que as aspirações sejam comuns e todos sigam juntos para a mesma meta, que é a vida feliz e realizada em Cristo.

Tua Palavra é Lâmpada para os pés, luz para o caminhar!

Celebramos hoje o dia nacional da Bíblia. Não é um livro do passado, mas palavra viva de Deus, que se encarna em nossa realidade e nos impulsiona à prática do bem, do amor, da justiça e da paz, Agradeçamos o trabalho árduo de São Jerônimo, o qual colaborou para que os textos bíblicos se tornassem mais acessíveis e presentes no cotidiano das pessoas.

Agradeçamos a todos os biblistas que continuam suas árduas pesquisas para nos ajudar a compreender ainda mais o sentido que esses livros trazem para o contexto em que hoje vivemos; somos convidados a responder a seus questionamentos com espírito cristão.

É fato que nós, católicos, precisamos crescer no hábito de leitura da Bíblia pessoal e comunitariamente. A tradução dos textos para a vida, sob a luz do Espírito Santo, e a orientação da igreja são fundamentais. Não busquemos jamais “respostas prontas e acabadas” nas páginas bíblicas. É preciso que a leitura, sob a força do Espírito, seja a luz que nos possibilite olhar a realidade segundo a vontade do Pai. Somente assim seremos capazes de continuar a construção do Reino de Deus no hoje de nossa história.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Entrada da Palavra: ministros da Palavra podem dinamizar a entrada da Bíblia, destacando a importância do anúncio profético do evangelho. A frase a ser introduzida juntamente com a Bíblia nesta celebração é: “Palavra viva, que nos leva à Conversão”.
– Juntamente com a Bíblia, introduzir a imagem de São Jerônimo.
– Liturgia da Palavra: antes da proclamação das leituras, cantar um mantra (sugestão: “Tua palavra é lâmpada para meus pés”).
– Oferendas: ofertar todas as frases que foram introduzidas em cada um dos domingos, com o objetivo de apresentar a Deus os frutos da escuta da palavra que se faz caridade, e realizar coleta de alimentos para os necessitados.
– Envio da comunidade: o presidente da celebração pode fazer uma oração de envio sobre o povo, enfatizando a vocação batismal de sermos todos discípulos missionários de Jesus Cristo, anunciadores de sua Palavra.

Sugestões de repertório para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Senhor, escuta
Aclamação: Aleluia! O Senhor
Oferendas: As mesmas mãos
Comunhão: Vá e mostre

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Áudios para a Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)

Senhor, tudo o que fizestes conosco com razão o fizestes, pois pecamos contra vós e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia (Dn 3,31.29s.43.42).

É na comunhão do Espírito Santo que nos reunimos para celebrar a páscoa semanal de Jesus, abrindo-nos à ternura e à compaixão de nosso Deus, que acolhe pobres e pecadores. Não nosso falar, mas nosso agir é que demonstra se cumprimos ou não a vontade divina. Celebremos com alegria o dia da Bíblia, a Palavra que nos orienta e conduz.

Primeira Leitura: Ezequiel 18,25-28

Leitura da profecia de Ezequiel – Assim diz o Senhor: 25“Vós andais dizendo: ‘A conduta do Senhor não é correta’. Ouvi, vós da casa de Israel: é a minha conduta que não é correta ou, antes, é a vossa conduta que não é correta? 26Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. 27Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida. 28Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 24(25)

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão!

1. Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos / e fazei-me conhecer a vossa estrada! / Vossa verdade me oriente e me conduza, † porque sois o Deus da minha salvação; / em vós espero, ó Senhor, todos os dias! – R.

2. Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura / e a vossa compaixão, que são eternas! / Não recordeis os meus pecados quando jovem / nem vos lembreis de minhas faltas e delitos! / De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia / e sois bondade sem limites, ó Senhor! – R.

3. O Senhor é piedade e retidão / e reconduz ao bom caminho os pecadores. / Ele dirige os humildes na justiça / e aos pobres ele ensina o seu caminho. – R.

Segunda Leitura: Filipenses 2,1-11 ou 1-5

[A forma breve está entre colchetes.]

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – [Irmãos, 1se existe consolação na vida em Cristo, se existe alento no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, 2tornai então completa a minha alegria: aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. 3Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante 4e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro. 5Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus.] 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 21,28-32

Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam a minha voz, / minha voz estão elas a escutar; / eu conheço, então, minhas ovelhas, / que me seguem, comigo a caminhar! (Jo 10,27) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Jesus dá um “puxão de orelha” nas autoridades religiosas do seu tempo e as desmascara com uma pergunta. A parábola mostra que o importante não são as palavras, mas as ações, o fazer. Podemos enganar os outros com belas palavras, mas nossa prática revela nossas intenções e opções. Jesus diz que os pecadores e prostitutas precedem as autoridades religiosas no Reino de Deus. Enquanto os pecadores e prostitutas são excluídos do Templo por não cumprir a lei, levam a sério o caminho da justiça; as autoridades fazem de sua “suposta justiça” a fonte do seu poder, do seu domínio sobre os outros. Portanto, a parábola denuncia a hipocrisia da elite, que se apresenta como cumpridora da vontade de Deus, quando de fato não a cumpre. É clara a mensagem: o importante diante de Deus é o fazer. Os grupos desprezados são os verdadeiros herdeiros do Reino dos Céus. Jesus repreende os “bons” porque acham que já estão vivendo de forma honesta e justa e que não há o que melhorar.

Oração

Ó Jesus, comunicador franco e transparente, não escondes a tua indignação contra os que querem se passar por justos, quando na verdade estão longe das exigências do Reino de Deus. Ajuda-nos a assumir, de modo responsável, a prática da justiça e da misericórdia. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

27 de setembro – Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 26° Domingo do Tempo Comum 2020

Convidados à obediência ao Senhor, abramos o coração para que sua vontade seja feita em nossa vida e seu Reino se torne cada vez mais presente entre nós, por meio das nossas ações e do amor que testemunhamos. Neste dia da Bíblia, queremos ser iluminados por essa Palavra que nos conduz e aprender do Pai a praticá-la no dia a dia.

Amar a Deus significa obedecer à sua vontade, praticando atitudes que manifestam o seu Reino.

A VERDADEIRA RELIGIÃO

Dirigida às autoridades, sacerdotes e anciãos do povo, a parábola do Evangelho de hoje revela quem aceita Jesus e quem o rejeita. Os dois filhos agem de forma diferente daquilo que responderam ao pai: um respondeu “não”, mas depois foi; o outro respondeu “sim”, mas depois não foi. Pergunta desafiadora do Mestre: qual fez a vontade do pai? Resposta das autoridades: aquele que agiu conforme o pai havia pedido.

Religião não é feita só de palavras, mas sobretudo de ação, de vivência, de prática. O papa Francisco adverte sobre “cristãos papagaios”, que só falam em religião, mas não a vivem. Não basta dizer “Senhor, Senhor”, mas é preciso cumprir a vontade do Pai para entrar no Reino. Uma religião que se limite ao cumprimento de rituais e não trilhe o caminho da justiça não leva ao seguimento de Jesus. Diante dessa parábola, poderíamos perguntar: para que serve a religião?

Tradicionalmente, afirma-se que religião quer dizer “religar-se com a divindade”. Essa definição, porém, pode dar a ideia de que ela não deveria se preocupar com o que ocorre no mundo. O Vaticano 2º procurou abrir a Igreja para o mundo e não deixá-la fechada em si mesma. O papa insiste muito nisso. Algumas “frestas nas janelas da instituição se abriram para os ventos do Espírito”, trazendo a Boa-nova do Evangelho. No entanto, não faltam os que tentam fechar essas frestas, considerando-as nocivas.

Na era das imagens, em muitos ambientes há o sério risco de a religiosidade católica se reduzir ao estético: batinas, roupas clericais medievais, correntes, véus… Nada disso parece ajudar a viver o Evangelho da justiça e da transformação. Empenhar-se pelo direito dos pobres, em sintonia com as bem-aventuranças, em alguns círculos soa quase uma ironia.

Jesus diz que “os cobradores de impostos e as prostitutas”, abrindo-se à misericórdia de Deus, precederão, no Reino, aos que vivem de forma farisaica. A parábola de hoje quer nos levar a refletir sobre nossa maneira de viver a religião e a visão que temos do Reino de Deus. Os dois filhos podem representar cada um de nós, que alternamos momentos de compromisso com o projeto de Jesus com momentos de fraqueza, indiferença e até crítica à proposta do Mestre.

Pe. Nilo Luza, ssp  / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 25° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)

Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.

Nesta celebração busquemos o Senhor, que é bom e misericordioso para com todos e sempre está perto dos que o invocam. Dispondo-nos a acolher o convite para trabalharmos em favor do seu Reino, reunimo-nos para ouvir sua Palavra, receber seus dons e experimentar o amor que tem por nós, a fim de glorificarmos seu Filho com nossa vida.

Primeira Leitura: Isaías 55,6-9

Leitura do livro do profeta Isaías – 6Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão. 8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos quanto está o céu acima da terra. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 144(145)

O Senhor está perto da pessoa que o invoca!

1. Todos os dias haverei de bendizer-vos, / hei de louvar o vosso nome para sempre. / Grande é o Senhor e muito digno de louvores, / e ninguém pode medir sua grandeza. – R.

2. Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. / O Senhor é muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura. – R.

3. É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R.

Segunda Leitura: Filipenses 1,20-24.27

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – Irmãos, 20Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. 21Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. 22Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher. 23Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo – o que para mim seria de longe o melhor -, 24mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. 27Só uma coisa importa: vivei à altura do Evangelho de Cristo. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 20,1-16

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde abrir o nosso coração, Senhor; / ó Senhor, abri o nosso coração, / e então do vosso Filho a palavra / poderemos acolher com muito amor! (At 16,14) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 1“O Reino dos céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça desocupados 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’ 9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro e pensavam que iam receber mais. Porém cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’. 13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.- Palavra da salvação.

Reflexão

A parábola compara o Reino dos Céus a um proprietário que vai em busca de trabalhadores para sua vinha. Revela triste realidade do tempo em que o evangelho foi redigido: o desemprego (“ninguém nos contratou”) e muita gente sem terra. O narrador insiste bastante sobre a “justiça”. O que é justiça? É aquilo que é conforme a vontade de Deus; é cada um ter o suficiente para suprir as necessidades básicas do ser humano (“uma moeda de prata por dia”). O patrão, porque é bom, vê a necessidade do outro. E se no Reino dos Céus existirem “primeiros e últimos”, os primeiros serão aqueles que a sociedade considera como últimos (“os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”). As comunidades precisam começar sempre pelos últimos, assim como fez o capataz na hora do pagamento. Alargando um pouco a parábola, podemos perceber que os primeiros a receber a revelação foram os judeus, mas nem sempre estavam dispostos a abrir a porta também aos que chegaram depois (os pagãos).

Oração

Ó Jesus, manifestação viva do amor gratuito do Pai, a salvação que nos ofereces não depende dos nossos méritos, nem do tempo que dedicamos ao teu serviço. Não é reservada a poucos privilegiados, mas está aberta a todos os que, a qualquer hora, te buscam de coração sincero. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

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