Reflexão e sugestão para a Quarta-feira de Cinzas 2022

Para: 02/03/2022

Quarta-feira de Cinzas 2022

Jl 2,12-18; Sl 50; 2Cor 5,20-6,2; Mt 6,1-6.16-18

Quarta-feira de Cinzas 2022

A celebração litúrgica da Quarta-feira de Cinzas 2022 abre o Tempo Litúrgico da Quaresma.

Quando a Cinza é imposta sobre a cabeça do penitente, o Ministro, traçando uma cruz sobre ela, diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). O convite é para a conversão e para que caminhemos com Jesus durante quarenta dias, fazendo com Ele a experiência do êxodo até a cruz, paixão, mas também, e principalmente, até a ressurreição.

Todo o processo de nossa vida de fé deve ser o da conversão, e certamente, na Quaresma, isso se intensifica ainda mais. Perceber a presença amorosa do Senhor, sua misericórdia é verdadeiramente a maior liberdade que experimentamos. As Cinzas nos lembram que a vida tem sentido em Deus, que as coisas são relativas e passageiras, que o definitivo está no absoluto e eterno: Deus!

Para que essa experiência exodal seja autêntica, a Igreja convidamos a adentrar o espírito quaresmal com o jejum, a caridade e a oração. Podemos fazer o jejum, abstermo-nos da carne, mas o que agrada muito mais ao Senhor é a caridade. Uma penitência acompanhada pela caridade é do gosto de Deus e traz verdadeira liberdade para a alma. Nossos relacionamentos podem ser melhores, mais autênticos, mais solidários, nossas palavras podem construir muito mais, do que dizer da vida dos outros ou traçar elogios sobre si mesmo. E se ainda houver a presunção, o orgulho, a vaidade? Certamente, haverá muito o que corrigir em nós mesmos. Se houver esforço, haverá progresso, pois o Senhor nos dá sua graça misericordiosa.

Quando buscarmos a Deus verdadeiramente, perceberemos o quanto o Senhor nos guia em sua misericórdia, reconciliando-nos com Ele, com os irmãos e com nós mesmos. A Palavra que estará a nosso alcance, será luz verdadeira a iluminar nosso caminho de cristãos. Reconciliar-se deve ser a palavra de ordem para nós nesta Quaresma de 2022.

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Reflexão e sugestão para a Festa do Batismo do Senhor 2022 – Ano C

Para: 09/01/2022

Batismo do Senhor 2022 – Ano C

Is 42,1-4.6-7; Sl 28; At 10,34-38;lc 3,15-16.21-22

Batismo do Senhor 2022

O tempo litúrgico do Natal se conclui com a festa do Batismo do Senhor 2022. Ele, o Verbo eterno do Pai, fez-se carne, habitou entre nós e é o Deus verdadeiro e Homem verdadeiro. Ele assumiu não apenas um corpo, mas toda a condição humana. Jesus inaugura no Batismo, recebido de João às margens do Rio Jordão, sua ação missionária pública e, certamente, sabia que sua missão não seria fácil, que o levaria ao Calvário. Ele tem clareza do que vai fazer e qual será a reação das pessoas diante do projeto do Reino. Jesus se apresentou para ser batizado por João.

Era o batismo de penitência e de purificação dos pecados. E seu Batismo nos faz pensar em nosso Batismo, que é sacramento e foi instituído por Jesus. À beira do Rio Jordão, o Pai se fez solidário com seu Filho, que, por sua vez, abraçou sua missão e foi fiel até o fim: “Tu és meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”. Escutar o ensinamento de Cristo é mais do que dever cristão, é salvação.

Nosso batismo é a fonte de amor para todos os filhos de Deus, fonte de amor eterno. Amor para com Deus passa necessariamente no amor para com os irmãos. Se amamos a Deus e guardamos seus mandamentos, amamos também ao próximo. Existe uma relação muito próxima entre amor a Deus e amor aos filhos de Deus, isto é, ao próximo. Recebendo o batismo de João, Jesus manifestou toda a sua docilidade ao Pai e sua generosa solidariedade com os pecadores. Leia mais

Reflexão e sugestão para a Festa da Sagrada Família 2021: Jesus, Maria e José – Ano C

Para: 26/12/2021

Sagrada Família 2021: Jesus, Maria e José – Ano C

Eclo 3,3-7.14-17a; SI 127; Cl 3,12-21; Lc 2,41-52

Sagrada Família 2021

Recordamos hoje a “Sagrada Família 2021”, Jesus, Maria e José. Deus que escolheu se encarnar em uma família, mostra-nos que, por meio dela, Ele se manifesta ao mundo. Aprendemos que a realização da salvação de Deus para a humanidade passa necessariamente pela experiência familiar. Quando honramos e respeitamos nossa família, manifestando nosso afeto e nossa dedicação, estamos, na verdade, amando e respeitando o próprio Deus (Eclo 3,3s). Os valores da gratidão, do respeito e do perdão, que devem ser aprendidos e vividos no seio familiar, são também fundamentais em nossa vida de fé.

Por isso a vida familiar, que deve ser promovida e vivida por todos os cristãos, seja por meio dos valores do Evangelho, seja por meio da formação-da consciência em relação a esse tema na sociedade, é decisiva para o futuro do mundo e da Igreja. Em todos os tempos, a família sempre enfrentou grandes desafios. A Bíblia está repleta de famílias que passaram por crises e dificuldades. Nos dias atuais, são, sobretudo, as drogas e a violência as grandes ameaças. O papa Francisco, na Exortação Apostólica Amoris Laetitia, recordou-nos que a família “deve ser reflexo do amor divino, que conforta com a palavra, o olhar, a ajuda, a carícia, o abraço”.

Certo é que não existem nem existirão famílias perfeitas. A única família perfeita que conhecemos é própria Santíssima Trindade. Mas é bonito e edificante sabermos que muitas famílias, que estão bem longe de se considerarem perfeitas, vivem no amor, realizam sua vocação e continuam suas lutas, embora caiam, muitas vezes, ao longo do caminho. Aliás, esta é também uma missão da família: apoiar-se e colaborar para o crescimento humano e espiritual uns dos outros.

No Evangelho, vemos elementos próprios da vida familiar. Notamos claramente como José e Maria lidam com situação de crise, na ocasião da perda de Jesus em Jerusalém (Lc 2,48). Manifestam serenamente sua preocupação e se abrem para o diálogo. Essa atitude deve servir de inspiração para nós, esposos, pais e filhos de hoje. “Ser família é uma experiência espiritual profunda, que faz contemplar cada ente querido com os olhos de Deus e reconhecer Cristo nele” (Papa Francisco).

Sugestões litúrgicas para a Festa da Sagrada Família 2021: Jesus, Maria e José – Ano C

Sagrada Família 2021

– Procissão de entrada: destacar o núcleo familiar, com a entrada de pai, mãe, filho.

– Ato penitencial: destacar as atitudes individuais destrutivas do ambiente familiar, a degeneração institucionalizada da moral familiar e mostrar que a misericórdia e o perdão serão a energia para o restabelecimento da dignidade da família.

– Abraço da paz: incentivar que os membros da família estejam próximos e assumam um pequeno compromisso de trabalhar para á harmonia familiar.

– Cantar, em algum momento oportuno, a oração da família: “Abençoa, Senhor, as famílias. Amém. Abençoa, Senhor, a minha também…”

Feliz 2022, para todos da Família Portal Kairós!

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Solenidade do Natal do Senhor 2021 – Ano C

Para: 25/12/2021

Natal do Senhor 2021 – Ano C (Missa do dia e noite*)

Missa da Noite: Is 9,1-6; SI 95; Tt 2,11-14; Lc 2,1-14
Missa do Dia: Is 52,7-10; SI 97; Hb 1,1-6; Jo 1,1-18 ou Jo 1,1-5.9-14

Natal do Senhor 2021

Um antigo presépio de Natal, com José, Maria e o menino Jesus numa manjedoura. Animais e visitantes também visíveis no cenário clássico.

* As quatro missas do Natal 2020: Missa da Vigília 2020 (dia 24 á tarde) , Missa da Noite 2020 (dia 24), Missa da Aurora 2020 (dia 25 madrugada) e Missa do Dia 2020 (dia 25).

As leituras da Missa do Dia parecem querer responder, em profundidade, à pergunta: quem é afinal o Salvador que nos foi dado? É o Filho, pelo qual Deus criou o universo e ao qual todos os anjos adoram, diz a 2a leitura. E São João, no prólogo de seu evangelho, transporta-nos ao seio da Trindade, ensinando-nos que ele é o Verbo, que, desde toda a eternidade, estava junto de Deus, era Deus, luz que ilumina toda criatura. São Paulo comenta: “Sendo de natureza divina, aniquilou-se a si mesmo tomando a forma de servo, tornando-se igual aos homens” (Fl 2,6s). O Emanuel, Deus conosco, vem a nós na história e se revela para comunicar-se, para que os homens tenham acesso ao Pai e se tornem participantes da natureza divina (DV 2).

Veio morar entre nós e aos que creem em seu nome deu o poder de se tornarem filhos de Deus, isto é, de renascer para uma vida nova. Não foi somente sua Palavra que Deus nos deu, ele deu também sua vida, pois nos fez seus filhos. Nele também nós fomos escolhidos para sermos filhos adotivos (Rm 8,15). As palavras “Tu és meu Filho, hoje te gerei” Deus dirige a seu Filho Unigénito, Jesus, o qual, porém, não está sozinho, por ser o primogénito entre muitos irmãos (Rm 8,29). Portanto é também a cada um de nós que o Pai dirige essas palavras. Por isso São João exclama admirado: que grande amor nos deu o Pai, para sermos chamados filhos de Deus e o somos realmente! (lJo 3,1)…

Esta a graça devemos pedir neste tempo de Natal: conhecer mais profundamente o mistério de Cristo, para conhecer melhor a identidade profunda do homem. São Paulo nos diz: “O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai glorioso, dê-vos um saber e uma revelação interior com profundo conhecimento dele. Possa ele iluminar os olhos de vossas mentes, para que compreendais a qual esperança sois chamados,
qual tesouro é a gloriosa herança destinada a seus santos” (Efl,17s). Viver um tal projeto de vida significa realizar nossa mais autêntica humanidade, pois “quem segue a Cristo, homem perfeito, torna-se também mais homem” (GS 41).

Quem procura sinceramente a Deus não precisa inventar nem especular nada: está ali naquele rosto de hebreu que é Jesus de Nazaré. Olhando aquele rosto divino, descobrimos também os traços divinos que existem em cada um de nós. Se buscamos o rosto verdadeiro do homem, não se acha senão nele, homem-Deus, plenamente realizado e, portanto, verdade plena do homem. Na realidade, somente no mistério do Verbo encarnado encontra verdadeira luz o mistério do homem (GS 22). Natal, como se vê, é de fato a festa do homem, quando é vivido como festa de Deus!

Sugestões litúrgicas para a Solenidade do Natal do Senhor 2021 – Ano C

Natal do Senhor 2021 - Celebração– Antes da procissão de entrada: ler a mensagem do Papa, especial para este dia.

– Ato penitencial: lembrar as crianças abandonadas, que não têm um lugar e assistência adequada para nascer e também as que nem tiveram o direito de nascer.

– Ofertório: lembrar que ainda é tempo de fazer a doação para aqueles carentes, que vão estar um pouco mais tristes por não terem o Natal que desejariam e a que têm direito.

– Ação de graças: elaborar, com a equipe litúrgica, uma objetiva mensagem de Natal para a assembleia e também para o celebrante e os sacerdotes responsáveis pela Comunidade.

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 4° Domingo do Advento 2021 do Ano C

Para: 19/12/2021 – Dezembro

4° Domingo do Advento 2021 – Ano C

Mq 5,1-4a; SI 79; Hb 10,5-10; Lc 1,39-45

4° Domingo do Advento 2021

Eis que já estamos às vésperas de celebrarmos a festa do nascimento de Jesus. Neste último Domingo Advento, a liturgia da Palavra prepara nosso coração para participarmos da grande alegria do Natal. O motivo dessa alegria é a recordação de que Deus cumpre sua promessa, enviando a seu povo, tantas vezes oprimido, o instrumento de sua paz. A tradição cristã viu na missão dada ao chefe, anunciado por Miqueias, a figura de Jesus. Identificou, assim, a parturiente com Maria (Mq 5,1). As comunidades de hoje também são chamadas a serem profetisas da esperança, comunicando ao mundo a paz e a vida plena.

Paulo, na passagem da Carta aos Hebreus, que hoje meditamos, relembra-nos que aquele menino, cujo nascimento celebraremos, é o Filho de Deus. Ele se tornou um de nós para oferecer ao Pai a consumação de seu plano de salvação. Jesus veio ao mundo para reestabelecer a vida e a comunhão quebrada com sua entrega. Ele, com sua própria vida, oferece-nos, de maneira consciente, a capacidade de sermos também protagonistas de nossa salvação. Agora não são mais os sacrifícios e holocaustos que nos salvam, mas nosso engajamento e nosso esforço na construção do Reino de Deus (Hb 10,6). É nesse sentido que também podemos nos reconhecer como responsáveis pelo acontecimento no Natal, em nosso tempo, e na vida de nossos irmãos.

No Evangelho vemos o encontro profético de duas mulheres grávidas. Maria, a virgem, e Isabel, a estéril. São duas inegáveis provas da grandeza e da força de Deus, que claramente se põe ao lado dos pequenos e humildes. No ventre das duas mulheres, estão a esperança de
um novo tempo e salvação do mundo. Isabel sente pular em seu ventre o filho que, como nós hoje, também se alegrou ao perceber que a vinda do Senhor estava próxima. Isabel reconhece que aquilo foi possível porque Maria acreditou e aceitou a Palavra, que lhe foi anunciada pelo anjo. A fé é entrega à Palavra que compromete por inteiro nossa vida.

A partir do momento que acreditamos e confiamos em Deus, toda a nossa vida ganha um novo sentido, tornamo-nos capazes de perceber
e realizar coisas que nunca nos demos conta antes. Para Maria foi o fato e acreditar que mudou todas as coisas. Por isso ela se tornou ícone
para os crentes de todos os tempos, verdadeira mãe na fé.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 4° Domingo do Advento 2021 – Ano C

– Antes da procissão de entrada: dar destaque para o papel de Nossa Senhora em toda nossa preparação espiritual para o Natal. Mais do que ninguém, ela se preparou para esse dia.

– Ato penitencial: prepará-lo com destaque, apontando os grandes pecados da humanidade e destacando a esperança de superação deles.

– Ofertório: lembrar as doações feitas, e como continuá-las fazendo, para a campanha do Natal solidário.

– Ação de graças: pode-se abrir espaço para depoimentos de como foi acontecendo a novena de preparação para o Natal, especificando os gestos concretos que se efetivaram.

– Antes da bênção final: convocar todos para uma efetiva participação na liturgia do dia de Natal.

Folhetos do 4° Domingo do Advento 2021 – 19/12/2021 para imprimir:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

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