Reflexão e sugestão para o 3º Domingo da Páscoa 2022 – Ano C

Para o dia: 01/05/2022

3º Domingo da Páscoa 2022 – Ano C

At 5,27b-32.40b-41; Sl 29; Ap 5,11-14; Jo 21,1-19

3º Domingo da Páscoa 2022

Berlim – o afresco da pesca de milagre na Igreja de St Pauls pela oficina Gathemann & Kellner, do início do 20. Cent. em “Jugendstil”

O lugar dos cristãos viverem a fé é no meio do mundo, em todas as instâncias da sociedade e em seu próprio coração. Lembra-nos a Encíclica Pacem in Terris, de São João XXIII: “…requer-se, sim, que as pessoas desempenhem suas atividades de cunho temporal, obedecendo às leis imanentes a essas atividades e seguindo métodos correspondentes a sua natureza. Mas requer-se, ao mesmo tempo, que desempenhem essas atividades no âmbito da ordem moral, como exercício de um direito e cumprimento de um dever, como resposta positiva a um mandamento de Deus, colaboração a sua ação salvífica, e contribuição pessoal à realização de seus desígnios providenciais na história. Em uma palavra, requer-se que as pessoas vivam, no próprio íntimo, seu agir de cunho temporal como uma síntese dos elementos científico-técnico-profissionais e dos valores espirituais”.

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Cristo ressuscitado: a paz esteja convosco!

“A paz esteja convosco” é primeira fala de Jesus Cristo ressuscitado dirigida aos discípulos. Mostra a eles as marcas da crucifixão e novamente diz: “A paz esteja convosco” e repete oito dias depois, no segundo encontro: “A paz esteja convosco” (João 20,19-31). Os discípulos acompanharam toda violência sofrida por Jesus, desde os falsos testemunhos, os deboches, a tortura e a morte. Tinham motivos suficientes para cultivarem o desejo de vingança e alimentarem raiva e ódio contra os torturadores. Também temiam pela sua vida por serem seguidores do mestre Jesus, por isso estavam cheios de medo. Viviam um contexto de violência e, portanto, sem paz.

Cristo ressuscitado: a paz esteja convosco!

Jesus que foi a vítima da violência, depois de ressuscitar, mantém os mesmos ensinamentos e, nesta hora, sobretudo sobre a não violência. Quando os anjos anunciam o seu nascimento em Belém falam de “paz na terra”; nas bem-aventuranças Jesus chamou de “filhos de Deus os que promovem a paz”, antes de sofrer a morte na despedida disse “deixo-vos a minha paz” e agora ressuscitado confirma “a paz esteja convosco”.

As guerras que estão em andamento, particularmente da Rússia contra a Ucrânia da qual  temos mais informações e imagens, provocam a reflexão, o estudo e a oração sobre o tema da paz. As imagens das guerras são suficientemente fortes para nos tirarem da indiferença. Todas as formas de violência geram falta de paz e por isso todas merecem a devida atenção.

A Campanha da Fraternidade de 2018 Fraternidade e superação da violência, com seu lema Vós sois todos irmãos. (Mateus 23,8) ensinava: “À luz da palavra definitiva de Deus que nos é dada por Jesus é que toda a delicada temática da violência (…) recebem uma resposta definitiva. Os escritos do Novo Testamento nasceram à luz da Páscoa de Jesus e todos a refletem de alguma forma. O centro do Novo Testamento é Jesus que é por excelência uma pessoa não violenta”.

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Reflexão e sugestão para o 2º Domingo da Páscoa 2022 – Ano C

Para o dia: 24/04/2022

2º Domingo da Páscoa 2022 – Ano C

At 5,12-16; Sl 117; Ap 1,9-11a.12-13.17-19; Jo 20,19-31

2º Domingo da Páscoa 2022

Ressurreição fresco na igreja de Chora Istambul, Turquia.

A vivência da Páscoa de Cristo vai nos conduzindo para dentro de seu mistério redentor. O Evangelho do 2º Domingo da Páscoa 2022 vem nos mostrar que o poder, que Cristo obteve com a ressurreição, é transmitido aos apóstolos. Também nos mostra que a vivência da fé não é tão somente tocar e ver, mas sim acolher o anúncio da verdade proclamada, da verdadeira liberdade. Por isso Jesus diz a Tomé: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Tudo isso deve nos levar a alcançar a fé em Cristo.

A Comunidade, como nos aponta o Evangelho, é um lugar privilegiado, importante para o encontro com Jesus. O Ressuscitado é o centro da Comunidade cristã, pois é em torno dele que recebemos a vida em abundância e a paz que Ele mesmo nos promete. Juntos, somos mais fortes e capazes de enfrentar as dificuldades que nos aparecem. Também é na Comunidade, reunida para celebrar a fé, ouvir a Palavra, testemunhar sua caridade, que encontramos Jesus sempre, pois quem se reúne em seu nome pode encontrá-lo porque Ele se faz presente. Jesus ainda nos convida, neste domingo, a estarmos vinculados a ele, como o Ressuscitado, como o Senhor da paz. A paz que nos oferece é o que desejamos e nele podemos encontrar. É possível realizar o projeto do Reino sempre, em nosso tempo. Porém, antes de exigi-lo dos outros, comecemos conosco, e assim ele vai se realizando entre nós, contagiando-nos mais e mais. Sim, precisamos fazer com que o Reino contagie as pessoas.

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A Festa e Novena de Pentecostes 2022

Sugestão da data da Novena de Pentecostes 2022: 24/05/2022 a 03/06/2022
Pentecostes 2022: 05/06/2022  (domingo)

Frutos do Espírito Santo: doze perfeições que o Espírito de Deus modela em nós!

Novena de Pentecostes 2022

Gudow, Alemanha, 13 de novembro de 2020: Telhado do púlpito com uma pomba esculpida em madeira como símbolo do Espírito Santo, Igreja de Santa Maria na vila de Gudow, Schleswig-Holstein.

Baseada na Carta de São Paulo aos Gálatas, a Tradição da Igreja enumera doze frutos do Espírito Santo: caridade, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência e castidade. Conforme a tradução da Bíblia feita por São Jerônimo, chamada de Vulgata (Gl 5,22-23).

Nosso querido padre José Luís Queimado teve a feliz ideia de nos presentear com a “Novena do Divino Espírito Santo”. A partir do tema: “Dai-nos vossos frutos, ó Divino Espírito Santo!”, o autor descreve estas mesmas doze “perfeições que o Espírito Santo modela em nós como primícias da glória eterna”.

A Novena de Pentecostes 2022 tem uma perspectiva predominantemente oracional e bíblica. Está redigida com simplicidade, mas também com destacada elegância literária, baseando-se nos dons e frutos do Espírito Santo, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (1830 a 1845).

Ao contrário das obras da carne, que representam o ser humano fechado em si mesmo, nos próprios instintos mundanos e na oposição ao Reino de Deus, os frutos do Espírito nos elevam e nos abrem a Deus e aos irmãos. Enquanto as obras da carne nos fazem pensar naquilo que é transitório e passageiro, os frutos do Espírito dão vida. Os cristãos são chamados a viver estas doze perfeições que o Espírito de Deus modela em nós!

Páscoa, Pentecostes e a vida segundo o Espírito

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Reflexão e sugestão para o 1º Domingo da Páscoa 2022 – Ano C

Para o dia: 17/04/2022

1º Domingo da Páscoa 2022 – Ano C

At 10,34a.37-43; Sl 117; Cl 3,1-4; Jo 20,1-9

1º Domingo da Páscoa 2022

Viena – O Detalhe da pintura barroca de Jesus Ressuscitado no céu.

Chegamos ao ápice de nossa fé, ao fundamento inabalável de nossa redenção: a Ressurreição de Cristo (1º Domingo da Páscoa 2022). Temos a garantia de que a vida é plenitude, que é dom e serviço de amor aos irmãos. A ressurreição de Cristo confirma que aquele que passa fazendo o bem alcança verdadeiramente a vida.

Jesus “passou fazendo o bem”, confirma-nos a Primeira Leitura tirada dos Atos dos Apóstolos. Ele nos amou inteiramente, até o fim, foi fiel ao Pai em sua missão, por isso o Pai o ressuscitou dentre os mortos; isso significa aprovação de tudo que Jesus fez. Os discípulos que estiveram com Ele e beberam dessa fonte eterna de amor vão assumir e anunciar que Ele é o Caminho para a vida, para a salvação de todos os homens e todas as mulheres.

O Evangelho nos deixa claro: Jesus está ressuscitado. Não o procuremos entre os mortos, mas entre os vivos, os vivificados no amor. A “cena”, narrada no Evangelho, mostra-nos a grande experiência de fé, entre aqueles que estão iniciando sua caminhada para o Reino. Há a figura do apóstolo mais novo, que corre e chega primeiro ao túmulo, mas não entra, pois ainda está na expectativa, e a do discípulo que chega por último, mas, por estar mais experimentado, entra no túmulo e não encontra Jesus. Esse discípulo não se espanta nem se escandaliza, pois sabe que da cruz veio a vida plena, verdadeira, autêntica, totalmente doada. Já podemos sentir que esse é o caminho de nossa fé e da Comunidade-Igreja. O centro de nossa fé e, portanto, de nossa vivência cristã autêntica é Jesus ressuscitado!

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