Leituras de Domingo: 30° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)

Exulte o coração dos que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).

O amor a Deus e ao próximo é o centro da vida cristã. O Senhor, nossa força e salvação, nos une para celebrar a Eucaristia, expressão do seu amor misericordioso para com todos. Dispostos a viver a missão como identidade permanente de nossa comunidade de fé, celebremos em comunhão com os jovens neste dia nacional da juventude.

Primeira Leitura: Êxodo 22,20-26

Leitura do livro do Êxodo – Assim diz o Senhor: 20Não oprimas nem maltrates o estrangeiro, pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito. 21Não façais mal algum à viúva nem ao órfão. 22Se os maltratardes, gritarão por mim e eu ouvirei o seu clamor. 23Minha cólera, então, se inflamará e eu vos matarei à espada; vossas mulheres ficarão viúvas, e órfãos os vossos filhos. 24Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, a um pobre que vive ao teu lado, não sejas um usurário, dele cobrando juros. 25Se tomares como penhor o manto do teu próximo, deverás devolvê-lo antes do pôr do sol. 26Pois é a única veste que tem para o seu corpo, e coberta que ele tem para dormir. Se clamar por mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 17(18)

Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.

1. Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, / minha rocha, meu refúgio e salvador! / Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, / minha força e poderosa salvação. – R.

2. Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, / sois meu escudo e proteção: em vós espero! / Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! / E dos meus perseguidores serei salvo! – R.

3. Viva o Senhor! Bendito seja o meu rochedo! / E louvado seja Deus, meu salvador! / Concedeis ao vosso rei grandes vitórias / e mostrais misericórdia ao vosso ungido. – R.

Segunda Leitura: 1 Tessalonicenses 1,5-10

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses – Irmãos, 5sabeis de que maneira procedemos entre vós, para o vosso bem. 6E vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo, apesar de tantas tribulações. 7Assim vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia. 8Com efeito, a partir de vós, a Palavra do Senhor não se divulgou apenas na Macedônia e na Acaia, mas a vossa fé em Deus propagou-se por toda parte. Assim, nós já nem precisamos de falar, 9pois as pessoas mesmas contam como vós nos acolhestes e como vos convertestes, abandonando os falsos deuses para servir ao Deus vivo e verdadeiro, 10esperando dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos: Jesus, que nos livra do castigo que está por vir. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 22,34-40

Aleluia, aleluia, aleluia.

Se alguém me ama, guardará a minha palavra, / e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 34os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37Jesus respondeu: “‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento!’ 38Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. 40Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Não sabemos o motivo de uma pergunta tão elementar como esta feita pelos fariseus a Jesus: “Qual o maior mandamento?”. Qualquer adolescente que estivesse frequentando a escola conhecia o primeiro mandamento, inscrito no livro do Deuteronômio (6,4-5). É o famoso “escuta, Israel”, que os judeus repetem diariamente. Portanto, a pergunta não foi nada difícil para Jesus. A novidade na sua resposta foi ter unido um segundo mandamento ao primeiro. Tudo se resume nisto: amor a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Era muito comum entre os rabinos a discussão em torno de algum assunto, com o objetivo de testar a sabedoria de um e de outro. Portanto, a proposta de Jesus parece ser clara: a forma melhor e mais concreta de amar a Deus é amar o próximo. O primeiro amor passa pelo segundo. O Mestre resgata um mandamento talvez meio esquecido: o amor ao próximo (cf. Lv 19,18). Esses mandamentos são a base e o centro de toda a Escritura.

Oração

Ó Jesus, Mestre da paciência, embora a pergunta venha com certa dose de provocação, tu esclareces e defines quais são os principais mandamentos da Lei. Na verdade, eles se resumem em amar a Deus acima de tudo e amar o próximo como a si mesmo. Dá-nos, Senhor, a força para praticá-los. Amém.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Êx 22,20-26; SI 17; lTsl,5c-10; Mt 22,34-40

30° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

O amor sintetiza todas as virtudes

A liturgia da palavra continua a nos chamar atenção para o testemunho da fé no emaranhado da história. Na primeira leitura, Deus se pronuncia em favor dos mais fracos e excluídos da sociedade da época: a viúva, o órfão e o estrangeiro. O Senhor não apenas liberta o povo, mas caminha com ele para evitar que a opressão e a injustiça, sofridas sob o domínio do faraó, possam se repetir ao caminhar para a terra prometida e quando nela se instalar. É o amor divino a manifestar toda sua força em forma de misericórdia: “Se ele me invocar, escutá-lo-ei, porque sou misericordioso”.

Continuamos a ler a experiência da comunidade dos Tessalonicenses, que vive a fé anunciada por Paulo em meio a tribulações, mas o amor é a força maior a conduzi-los. A força atrativa da comunidade está na vivência testemunhal do amor. Ainda que a fé seja colocada em primeiro plano, sabemos que, na pena do Apóstolo, o amor sintetiza todas as virtudes. Sem ela, nem a fé, nem a esperança se sustentam.

O maior de todos os mandamentos

O evangelho nos mostra novamente Jesus sendo interpelado sobre qual dos mandamentos seria o maior. Jesus não hesita em colocar o amor a Deus e ao próximo como base para a vivência humana em Deus. Com essa afirmação, Jesus enfatiza que os mandamentos divinos não podem ser entendidos como um código de leis fora de nós, ao qual temos de nos submeter cegamente. O amor é uma dimensão profundamente antropológica, pois podemos amar e sermos amados. Aí Deus se faz presente e dignifica o ser humano, aprimorando sua capacidade não só de amar e ser amado, mas, sobretudo, de acolher o Supremo Amor.

Nesse sentido, Jesus enfatiza que a vivência do amor nos torna plenamente humanos, já que nossas relações são restauradas e elevadas pela prática do amor. Agindo assim, nossa fé sai do plano puramente intimista e se abre para um olhar mais abrangente, provocando em nós a prática da acolhida, do cuidado e da misericórdia.

Neste fim de mês missionário, peçamos ao Senhor o dom do amor em nossa obra evangelizadora. Não são raras as vezes em que nos preocupamos mais com discursos do que com ações; mais com estruturas do que com atitudes. Reafirmamos nosso desejo de sermos discípulos-missionários que fermentam a história com o fermento bom do amor, que faz crescer a fraternidade e nossa caminhada rumo à Pátria definitiva.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Hino de Louvor: imediatamente antes do Hino, fazer memória das ações missionárias da comunidade. Podem-se apresentar alguns símbolos de tais ações.
– Entrada da Palavra: na celebração noturna, pode-se fazer uma dinâmica de introduzir a Bíblia com as luzes apagadas. Três pessoas, uma de cada vez, podem sair do meio do povo, ir até o Círio Pascal, aceso em seu lugar próprio, para acenderem suas velas, e andar pelo meio do povo, dizendo: “Senhor, Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Luz para meu caminho”. Após o terceiro fazer esses gestos, as luzes da igreja podem ser acesas e acontecer a entrada da Bíblia, acompanhada pelas três pessoas com suas velas acesas.
– Momento das oferendas: apresentar um novo projeto missionário de Igreja em Saída, como foi sugerido no primeiro domingo deste mês de outubro.
– Envio da comunidade: uma breve oração de envio missionário da comunidade pode ser feita pelo presidente da celebração. Em seguida, pode ser feita a entronização da Imagem de Nossa Senhora e de um rosário grande, ressaltando Maria como a primeira missionária de Jesus, Mãe e exemplo para todos nós.

Sugestões de repertório para a Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Exulte de Alegria
Aclamação: Aleluia, Eu vos escolhi
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, Somos Nós

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 30° Domingo do Tempo Comum 2020

 

Áudios para a Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

25 de outubro – Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 30° Domingo do Tempo Comum 2020

Nesta Eucaristia, somos convidados a acolher com gratidão o amor de Deus por nós e assim partilhá-lo a cada dia com o nosso próximo. O verdadeiro sentido da nossa existência está em viver esse amor belo e gratuito e, por meio dele, ajudar a construir um mundo mais feliz. Celebrando este dia da juventude, recordemos todos os jovens, especialmente os que ainda não fizeram a experiência do amor de Deus.

O amor nos une verdadeiramente a Deus, nosso Pai, e aos nossos irmãos e irmãs.

A DUPLA FACE DO AMOR

Em meio à abundância de leis e tradições, os fariseus procuram testar a sabedoria de Jesus a respeito dos mandamentos contidos na Torá e lhe perguntam: Qual é o mais importante? Jesus, ótimo conhecedor da Torá, responde sabiamente: Amar a Deus sobre todas as coisas. E acrescenta o segundo: Amar ao próximo. Desses dois mandamentos – amar a Deus e amar ao próximo – dependem todos os outros. Os dois andam de mãos dadas.

Amar não é questão de teoria, mas de prática; não se manifesta com belas palavras, mas com ações concretas em favor dos outros. Portanto, não há como provar que se ama a Deus sem amar ao próximo. O único sinal que de fato exprime o amor por Deus é o amor que se tem pelos outros. Em outras palavras, o amor a Deus se traduz no amor às pessoas. Deus não nos pede provas de amor dirigidas a ele, mas pede amor ao próximo.

Amar o próximo como a si mesmo é querer o bem aos outros, desejar que todos tenham vida digna de filhos e filhas de Deus. Não posso dizer que amo a Deus se não assumo o desejo e o compromisso de que os pobres melhorem suas condições de vida, os trabalhadores tenham trabalho e salário dignos, os sem-teto encontrem um abrigo, os doentes tenham os cuidados necessários. É preciso vencer a “globalização da indiferença” a tantos males que atingem as pessoas. Quando se ama a Deus, não se pode tolerar tanta injustiça, pobreza e miséria e ficar indiferente a essas realidades.

O amor nos leva a ver e a ser uma Igreja que sai do “eu” para formar o “nós”. Uma comunidade de pessoas fechadas em si mesmas precisa se abrir para uma comunidade de irmãos e irmãs que se auxiliam, se solidarizam, partilham e se respeitam.

Às vezes as comunidades cristãs se preocupam com muitas regrinhas e esquecem o mais importante, o amor. O convite é para sairmos de “comunidades de regrinhas” e construirmos “comunidades de amor”. O bom andamento de uma comunidade é a vivência fraterna, solidária e amorosa entre seus membros. O primeiro passo a ser dado é nos relacionarmos com Deus e com as pessoas mediante atitudes de amor e respeito.

 

Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 29° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)

Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).

Nesta celebração demos glória ao Senhor, que tem em suas mãos a história e nos concede seu Espírito para vencermos as forças contrárias ao seu Reino. A Deus pertence a vida do povo, e não aos poderes do mundo. Este Dia das Missões – com o lema: “Eis-me aqui, envia-me” – recorda que todos somos missionários a serviço da vida do povo.

Primeira Leitura: Isaías 45,1.4-6

Leitura do livro do profeta Isaías – 1Isto diz o Senhor sobre Ciro, seu ungido: “Tomei-o pela mão para submeter os povos ao seu domínio, dobrar o orgulho dos reis, abrir todas as portas à sua marcha e para não deixar trancar os portões. 4Por causa de meu servo Jacó e de meu eleito Israel, chamei-te pelo nome; reservei-te, e não me reconheceste. 5Eu sou o Senhor, não existe outro: fora de mim não há deus. Armei-te guerreiro, sem me reconheceres, 6para que todos saibam, do oriente ao ocidente, que fora de mim outro não existe. Eu sou o Senhor, não há outro”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 95(96)

Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória!

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! / Manifestai a sua glória entre as nações / e, entre os povos do universo, seus prodígios! – R.

2. Pois Deus é grande e muito digno de louvor, / é mais terrível e maior que os outros deuses, / porque um nada são os deuses dos pagãos. / Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus. – R.

3. Ó família das nações, dai ao Senhor, / ó nações, dai ao Senhor poder e glória, / dai-lhe a glória que é devida ao seu nome! / Oferecei um sacrifício nos seus átrios. – R.

4. Adorai-o no esplendor da santidade, / terra inteira, estremecei diante dele! / Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”, / pois os povos ele julga com justiça. – R.

Segunda Leitura: 1 Tessalonicenses 1,1-5

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses – 1Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses, reunida em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: a vós, graça e paz! 2Damos graças a Deus por todos vós, lembrando-vos sempre em nossas orações. 3Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. 4Sabemos, irmãos amados por Deus, que sois do número dos escolhidos. 5Porque o nosso Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso com toda a abundância. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 22,15-21

Aleluia, aleluia, aleluia.

Como astros no mundo, vós resplandeçais, / mensagem de vida ao mundo anunciando; / da vida a Palavra, com fé, proclameis, / quais astros luzentes no mundo brilheis (Fl 2,15s). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 15os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. 16Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. 17Dize-nos, pois, o que pensas: é lícito ou não pagar imposto a César?” 18Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? 19Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda. 20E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” 21Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Os adversários de Jesus vão ao encontro dele e, após bajulá-lo com elogios, lançam a pergunta desafiadora: deve-se ou não pagar imposto a César? O imposto a César era mais um tributo cobrado pelo Império Romano. Além disso, a controvérsia não consistia apenas em um debate econômico, mas envolvia uma “questão de fé”. Pagar imposto ao imperador era reconhecer o “deus César”, em contraste com o Deus de Jesus, e legitimar a servidão. O Mestre entendeu perfeitamente a hipocrisia deles e aonde queriam chegar. A resposta de Jesus – dar a César o que é dele e a Deus o que lhe pertence – mostra que não é lícito César tomar o lugar e o nome de Deus. Tudo a Deus pertence. Também não podemos usar esse texto para justificar taxas, impostos e duas realidades (Igreja e Estado) distintas. Não podemos adorar a Deus e a “César”, nem negar os direitos de Deus sobre o povo que lhe pertence e é sua maior e melhor propriedade.

Oração

Ó Jesus, divino Mestre, munidos de malícia, dois grupos se unem na tentativa de fazer-te cair na armadilha de seus raciocínios. Um bando de hipócritas. Falsos, não buscam seguir teus ensinamentos; querem eliminar-te. Ensina-nos a juntar as forças para gerar e promover o que é bom e justo. Amém.

 

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Is 45,1.4-6; SI 95; lTsl,l-5b; Mt 22,15-21

29° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Deus se revela para o ser humano na história

Do começo ao fim, os relatos bíblicos mostram Deus embrenhado na história humana, em seus conflitos e suas realizações. A ação divina não é desconexa da lida do dia a dia do povo. Não há uma história divina e outra história humana, mas somente uma história da salvação, na qual o divino e o humano se entrelaçam.

A primeira leitura nos mostra como as questões políticas são lidas à luz da fé. Ciro é um rei Persa e, portanto, pagão. Diante de seu poder político crescente, o povo de Deus, exilado na Babilónia, vê-o como libertador enviado por Deus. Assim, Isaías catequiza o povo para fortalecê-lo na esperança. Aos poucos, compreende-se que as escolhas de Deus não se deixam restringir somente ao povo de Israel, mas todos participam, a seu modo, da ação salvífica de Deus.

O Evangelho nos apresenta a resposta dos interlocutores de Jesus diante das parábolas que ouvimos na liturgia dos últimos domingos. Eles querem pegar Jesus em alguma palavra. Na passagem que ouvimos, eles propõem a Jesus a delicada questão do tributo que o povo tinha de pagar ao imperador de Roma. Dizer sim era o mesmo que compactuar com o sistema injusto e opressor. Dizer não significava afrontar o sistema estabelecido de modo imprudente, pois seria associado a tantos movimentos revolucionários da época.

Jesus trata da questão de modo profundo, pois não visa apenas questionar o sistema tributário, mas mostra que toda a ordem social dever ter por centralidade a fonte de todos os bens, Deus. E, quando se dá a Deus, a justiça acontece, e a fraternidade triunfa.

Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus

A segunda leitura apresenta a comunidade de Tessalônica sendo louvada por Paulo, Silvano e Timóteo. Os tessalonicenses abraçaram de tal modo o evangelho a ponto de serem transformados pela mensagem de salvação. As obras e as ações do Espírito complementam as palavras do anúncio e geram vida.

Diante desse testemunho, pensemos como vai o testemunho de fé de nossas comunidades. Vivemos no emaranhado de nossa história, também marcados pelo peso insuportável dos tributos e das tantas questões político-econômicas. Seria possível abraçar a fé como fizeram os tessalonicenses? Não só é possível, como é nosso compromisso primeiro mostrar na prática que temos Deus como centro de nossa vida e dele parte todas as nossas relações sociais.
Se não abraçarmos a fé com vivacidade e firmeza, dificilmente saberemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Seguindo a Cristo, que se encarnou em nossa história e nela permanece vivo e ressuscitado, somos convidados a considerar mais de perto nossos compromissos sociais e fazer valer a civilização do amor, no qual a paz seja fruto da justiça e a caridade seja o caminho que una a humanidade inteira nas veredas da salvação.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Ato Penitencial: o presidente da celebração pode fazer uma breve meditação sobre a temática “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, convidando todos ao arrependimento e à conversão. Em seguida, pode aspergir a assembleia.
– Entrada da Palavra: convidar as crianças para entrarem com a Palavra de Deus, enfatizando o dia da Infância Missionária. A Bíblia pode ser colocada na mochila de uma das crianças, e, ao chegar ao presbitério, retirá-la e apresentá-la ao povo. Pode-se elaborar uma coreografia tal que mostre a importância de a criança evangelizar as crianças. Também pode-se destacar a dinamicidade das crianças e fazer com que elas passem correndo pelo meio da assembleia com a Bíblia. Seria bom as crianças proclamarem as leituras.
– Preces dos Fiéis: cada criança pode rezar uma prece, seguida de um refrão orante.
– Oferendas: o grupo dos coroinhas pode entrar com as oferendas, enquanto as demais crianças acompanham, levando alguns símbolos missionários: a Bíblia, a cruz, o terço e um cartaz da INFÂNCIA MISSIONARIA.
– Envio da comunidade: um breve histórico da Infância missionária pode ser apresentado à Assembleia. Em seguida, o presidente da celebração pode convidar todos para fazerem uma oração pelas crianças e por todos os presentes, com foco no aumento do vigor missionário de todos os batizados. Em seguida, cantara consagração a Nossa Senhora.

Sugestões de repertório para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 –  Ano A (O Domingo)

Abertura: Exulte de Alegria
Aclamação: Aleluia, Eu vos escolhi
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, Somos Nós

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 29° Domingo do Tempo Comum 2020

 

Áudios para a Missa do 29° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

 

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós