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Liturgia
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No dia 3 de dezembro de 2023, começa o Advento, tempo litúrgico em que a Igreja nos convida a preparar o coração para celebrar o Nascimento de Jesus!
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Como preparar o Novena de Natal 2020?
/em Liturgia Católica, Novena 2020, Novena de Natal, Novenas CatólicasConfira algumas dicas:
01 – É importante fazer um encontro de preparação para a Novena do Natal 2020 na comunidade, com os coordenadores, os cantores e os instrumentistas que serão os animadores durante os nove dias. Isso pode ser organizado pela paróquia ou pela comunidade, trabalhando o sentido espiritual do Advento e estudando o esquema aqui proposto para a Novena.
02 – Cada pequena comunidade da Novena de Natal (que pode ser composta por vizinhos, colegas de trabalho ou de escola, familiares, pequenas comunidades etc.) deve escolher um(a) dirigente para articular e conduzir os encontros, combinando os dias, os locais e os horários de cada um deles.
03 – Quem coordena prepara o encontro de cada dia, sempre com outros dois ou três participantes, distribuindo, com antecedência, as leituras e os cantos que serão utilizados.
04 – É importante preparar bem o ambiente, ou pedir a cada família que prepare, e seguir as sugestões contidas em cada encontro, criando um clima de acolhida e de oração e procurando envolver a todos, especialmente os jovens, as crianças e os idosos. Deve-se ler com antecedência a ambientação de cada encontro e prestar especial atenção ao símbolo de cada dia.
05 – No primeiro dia da Novena de Natal 2020, é importante que o(a) dirigente diga algumas palavras sobre o tema da Novena do Natal deste ano, que quer ajudar as comunidades a se aproximarem cada vez mais da Palavra de Deus, fortalecer sua relação com essa Palavra e configurar sempre mais a própria vida a Jesus, Palavra Viva do Pai. Para isso, é oportuno que seja lida a apresentação do livrinho da Novena.
06 – A Oração Inicial e a Oração Final são as mesmas para todos os dias da Novena. Cada encontro, porém, deve ser trabalhado de modo diferente, de acordo com o tema específico.
07 – O coordenador deve exortar o grupo a pôr em prática o gesto concreto indicado para cada dia no item “Vivendo a Palavra”, solicitando que ninguém se omita, envolvendo a todos e articulando a amigável confraternização sugerida para o último dia da Novena.
08 – No final de cada encontro, pode ser feita a “Bênção da Casa”, como proposto na página, ou algum outro gesto espontâneo.
CNBB / Portal Kairós
Como será a Novena de Natal de 2020?
/em Destaques, Liturgia Católica, Novena 2020, Novena de Natal, Novenas CatólicasNo primeiro capítulo do Gênesis está a primeira revelação da Palavra de Deus: Ele disse e tudo foi feito. A Palavra fecunda faz a terra produzir, realizando a vontade de Deus e cumprindo sua missão de tudo criar. Qual é a missão da Palavra que sai da boca de Deus? A Palavra que Deus pronuncia tem poder em si mesma de realizar o que está dito.
Nesta Novena do Natal 2020, vamos contemplar a Palavra, pilar da Igreja, casa do povo de Deus. Seu som ressoa e se espalha em toda a Terra, tem sabor de mel e amargor de remédio, é sussurro e estrondo que percorre o mundo inteiro, tudo vê, corrige com suavidade e faz a verdade brilhar como o fulgor do Sol.
Jesus é o semeador divino! Continua a semear no coração dos homens a sua Palavra de Salvação. Serve-se da pregação do sacerdote na homilia de cada domingo. Serve-se das mensagens do Santo Padre e seus bispos e da boa leitura que fizemos. Serve-se de um acontecimento que obriga as pessoas a pensar. Nesta pandemia, milhões de pessoas que nunca rezavam começaram a fazê-lo e muitas almas se robusteceram na fé, desapegando-se de muitas coisas fúteis e tomando consciência do valor das pessoas ao seu redor.
A Palavra do Senhor pode dar sentido à nossa vida e dar-nos serenidade e paz mesmo no meio das maiores calamidades. Nada existe sem a Palavra. Nenhuma partícula da matéria, nenhuma fração do tempo, nenhum sinal existente e pensado ou imaginado está fora da Palavra. Nós somos a Palavra pronunciada por Deus, não há uma só pessoa do passado, presente ou futuro que tenha outra origem. Nos detalhes de tudo o que existe está a presença da Palavra de Deus.
Na parábola do semeador, Jesus é o Semeador de si mesmo, Ele se doa para todas as almas humanas. Semeia-se sempre em meio às pedras e espinhos, na aridez e indiferença dos homens e mulheres, realiza a perfeição do bem quando encontra terra boa e o compromisso de quem quer cultivá-lo.
A Lectio Divina, leitura orante da Palavra, nos ajuda a encontrar Jesus na Eucaristia dominical e na vida diária de comunhão com o próximo, a aprender sobre o mistério do Reino de Deus nas parábolas bíblicas, com suas sentenças e alegorias que nunca esgotam a novidade da presença de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Novena de Natal de 2020 convida-nos à catequese em nossas casas, a reunir todas as pessoas que foram distanciadas neste tempo longo da pandemia. Com a ternura materna de Maria e o silêncio oblativo de José, acolhemos, protegemos, promovemos e integramos em nossa casa todas as famílias para a festa da Encarnação do Verbo de Deus. Nosso Deus está conosco! Ele está em nossa casa para ser o nosso caminho, a nossa verdade e a nossa vida em abundância. Ele é a Palavra da Salvação!
Não há nada mais prático e importante do que encontrar-se com Deus, do que apaixonar-se por sua Palavra, do que viver com Cristo, por Cristo e em Cristo. Apaixona-te! Permanece no amor! Tudo passará a ser diferente.
Feliz Natal 2020!
Abençoado Ano Novo!
Dom Carlos Verzeletti – Bispo de Castanhal – PA / Portal Kairós
Reflexão e sugestão para a Missa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
/em Liturgia Católica21° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
Is 22,19-23; SI 137; Rm 11,33-36; Mt 16,13-20
MODENA, ITÁLIA – 14 DE ABRIL DE 2018: O afresco Jesus entrega as chaves a Pedro na igreja Chiesa di San Pietro por Carlo Goldoni (1822-1874) e Ferdinando Man.
Abrir e fechar, ligar e desligar
A primeira leitura e o evangelho desta liturgia nos falam de dois vocacionados que recebem missões de grande responsabilidade. Eliacim receberá as chaves da casa de Davi; Pedro recebe do Cristo as chaves do reino dos céus. Quanta confiança Deus deposita nesses homens e em todos aqueles por Ele chamados! De fato, o chamado de Deus não é totalmente compreensível a nós. Um Deus, que se basta a si mesmo, prefere, em seus desígnios insondáveis, contar com cada um de nós.
A vocação de Pedro surge a partir de sua confissão de fé: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Por essa abertura ao mistério de Deus, que se revela em Cristo, o pescador se torna um alicerce firme para que o Senhor edifique sua Igreja. A simbologia das chaves está atrelada à questão central do perdão. Ligar e desligar tem o sentido de assumir a missão de Jesus com total disposição, sempre colocando em primeiro lugar a misericórdia divina, que salva e redime o ser humano inteiro.
O fato de receber as chaves não significa que Pedro passa a ser dono do Reino dos Céus. Ele tem consciência de que é chamado a ser guardião e pastor que a todos conduz à salvação. Sua missão consiste em vigiar para que mais e mais pessoas estejam ligadas ao amor de Deus, que salva e dá vida nova.
Vocação nasce e se cultiva no amor
O atual momento histórico levanta questões sérias para a vivência comprometida da fé. A pergunta de Jesus ressoa em nosso coração e nos impele a responder: E vós, quem dizeis que eu sou? A resposta que damos manifesta o quanto de fato assumimos a pessoa de Jesus em nossas comunidades, em nossas famílias e, antes de tudo, em nosso próprio coração. Comprometer-se com Cristo é tomar a sério seu evangelho. É sentir a interpelação que brota de suas palavras hoje, quando, mais do que nunca, se percebe uma desorientação sobre o sentido mais profundo da vida, não obstante a pluralidade das religiões.
Com essa pergunta provocadora, o Senhor nos envolve em seu amor e nos convida a aprofundar-nos na fé. É no amor que ele nos chama, é no amor que também somos chamados a cultivar no coração das pessoas esse chamado vocacional. As chaves que abrem o Reino do Céu podem hoje ser traduzidas como caridade, compreensão, fraternidade, ardor missionário e coragem profética. Sim, porque sem a coragem profética não seremos capazes de enfrentar as questões cruciais de nosso tempo, sobretudo aquelas que fecham as vias da promoção da vida, por desligarem as pessoas do amor a Deus e ao próximo. Que nosso sim ao chamado de Deus e a certeza da fé de que Ele é o Filho de Deus, o Redentor do mundo, ajudem-nos a viver profeticamente nossa fé.
Sugestões litúrgicas para a Missa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A
– Procissão de entrada: um cartaz vocacional bem vivível pode ser introduzido pouco à frente da procissão de entrada. Duas grandes chaves podem compor a ilustração desse cartaz. Em uma se escreve Misericórdia, na outra, Amor. Em destaque, escrever: “E vós, quem dizeis que eu sou”. Colocar o cartaz no presbitério em um lugar apropriado, de modo a ficar visível durante toda a celebração.
– Preces dos fiéis: elaborar uma prece especial por todos os que disseram seu sim e colaboram mais ativamente nas pastorais da comunidade.
– Encerrar este momento com um canto vocacional.
– Oferendas: agentes de pastoral podem entrar com algo que simbolize sua atuação na comunidade, oferecendo, assim, sua vida doada em favor dos irmãos.
Sugestões de repertório para a Missa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A (O Domingo)
Abertura: Deus, nosso Pai
Aclamação: Aleluia, Jesus Cristo
Oferendas: A mesa Santa
Comunhão: É bom estarmos
Cifras e partituras das sugestões CNBB
Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 21° Domingo do Tempo Comum 2020
Áudios para a Missa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:
Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós
23 de agosto – Missa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020
/em Liturgia CatólicaMissa do 21° Domingo do Tempo Comum 2020
QUEM É JESUS PARA NÓS?
A pergunta de Jesus aos discípulos continua a ressoar para nós: “Quem sou eu para vocês?” É pergunta que inquieta, se não quisermos responder apenas com fórmulas aprendidas no catecismo ou com as mesmas palavras de Pedro, sem necessariamente alcançar todo o significado da mais bela profissão de fé: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Jesus faz a pergunta a cada um de nós e espera também uma resposta pessoal. Resposta que venha de fato da experiência pessoal com ele e que supere meros conceitos e fórmulas prontas.
Sobre Jesus tantas hipóteses já se levantaram, e ainda hoje novos livros com antigas teorias fazem sucesso. Num extremo, querem fazer dele um guerrilheiro; no outro extremo, um líder religioso alienado dos problemas sociais de seu tempo. O Mestre, porém, não se enquadrou naquilo que esperavam do Messias. O Deus que ele veio revelar passava longe tanto da resignação quanto do poder, e mais longe ainda do poder movido a força e violência.
A resposta de Pedro mostra que a experiência que fazemos de Jesus, no fundo, é uma experiência de revelação divina. Seguir Jesus, mais que dizê-lo com palavras e discursos, é testemunhar sua ação na nossa vida e na vida dos irmãos. Ou seja: experimentamos a bondade de Deus sendo bondosos com os outros; experimentamos a sua misericórdia na misericórdia que praticamos; experimentamos o seu amor no amor que vivemos dia a dia. É assim que Deus se revela, também em nossas fraquezas, porque ao final se trata sempre do dom de Deus, e não de mero esforço pessoal nosso.
Pedro expressou com palavras sua fé em Jesus. No entanto, para além das palavras, o que importou mesmo para Pedro e o que importa para nós é a atitude fundamental de confiança em Deus. Pois somente Ele pode dar a segurança de uma rocha que é a fé, a pedra firme sobre a qual continuaremos a construir concretamente a comunidade dos filhos do Deus vivo.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp / Portal Kairós
16 de agosto – Solenidade da Assunção de Nossa Senhora 2020
/em Liturgia CatólicaSolenidade da Assunção de Nossa Senhora
Mulheres solidárias
O Evangelho da solenidade da Assunção de Maria apresenta duas mulheres que se solidarizam e se auxiliam. Ambas estão grávidas: Isabel está grávida de João Batista, o anunciador do Messias; Maria, a nova arca da Aliança, carrega dentro de si Jesus, o Filho de Deus. Dessas duas mulheres – uma idosa e estéril e outra jovem não casada – não se esperaria que pudessem engravidar, mas possuem dois ventres cheios de vida. São mulheres que reconhecem o agir do Espírito de Deus em seus corpos, um estéril e outro virginal. Além das mulheres, temos o encontro de duas crianças ainda no útero de suas mães.
Isabel, cheia do Espírito Santo e de alegria, saúda e acolhe Maria com belo hino, que a proclama bendita entre as mulheres e a identifica como a Mãe do Senhor. Até o fruto do seu ventre exulta de alegria.
Por sua vez, em resposta à Isabel, Maria proclama o cântico do Magnificat (= “engrandece”). Nesse hino, ela exalta a ação de Deus em favor dos pobres e humilhados e reconhece que sua misericórdia se estende sobre os que o temem. Maria é mulher forte que luta pela igualdade e pela superação das injustiças, e seu cântico exprime como que o caminho a ser trilhado pelo seu Filho.
O final do Evangelho diz que Maria ficou três meses com Isabel. Isso lembra a história da arca da Aliança, que permaneceu três meses na casa de Obed-Edom (2Sm 6,11). Maria, portanto, é a nova arca da Aliança, porque carrega dentro de si o Deus encarnado. A misericórdia de Deus sinalizada pela Antiga Aliança realiza-se plenamente na pessoa de Jesus. João reconhece isso, o que explica seus pulos de alegria ao acolher a novidade.
A solenidade da Assunção nos leva a refletir sobre o encontro dessas duas mulheres. Encontro possível graças à sua intimidade profunda com o Deus da vida. Como diz o papa Francisco, “a pessoa humana cresce, amadurece e santifica-se tanto mais, quanto mais se relaciona, sai de si mesma para viver em comunhão com Deus, com os outros e com todas as criaturas” (LS 240). Maria, antes de “subir ao céu”, desceu ao encontro dos pobres e marginalizados, os preferidos do Pai.
Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós