Reflexão e sugestão para a Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A

Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A – 12 de outubro

Est 5,lb-2;7,2b-3; SI 44; Ap 12,1.5,13a.15-16a; Jo 2,1-11

Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 - Ano A

Belo foi o dia em que João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, na difícil incumbência de conseguir os peixes para o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida Portugal, puxaram do fundo do rio Paraíba a imagem quebrada, sem a cabeça, da Imaculada Conceição. Depois, em outro lance de redes, surgiu a cabeça da imagem. Piedosamente, os três pescadores reverenciaram tão nobre imagem, mas sem imaginar que eram apenas instrumentos de Deus. 0$ peixes vieram, e em abundância, como que para reverenciar a Virgem Maria.

Ficaram felizes e levaram a imagem para casa, onde se reuniam para rezar. Como João Batista, que desapareceu à chegada do Cordeiro de Deus, também os três pescadores passaram quase que despercebidos em tão grande história. É mais um sinal de que a imagem aparecida nas redes não é fruto do acaso, mas do desejo divino. Belo foi esse dia vivido por João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, pois nele iniciou tão nobre história há mais de trezentos anos.

Desde a primeira Capelinha no morro dos Coqueiros, e depois a Basílica ali construída, a fé foi contagiando os grandes e os pequenos, a ponto de transbordar do coração e fecundar o chão com tanta esperança. O povo acorreu ao encontro da Senhora Aparecida, porque desejava ver de perto, sentir e até tocar a imagem aparecida nas águas do rio Paraíba.

Hoje, o Santuário novo acolhe e abriga milhões e milhões de romeiros, pois a mesma fé se espalhou pela pátria inteira e para além dela.
Tudo o que é de Deus vai progredindo até mesmo sem percebermos, como as águas do Templo que foram crescendo, enchendo os vales e
formando rios, fecundando a terra e fazendo germinar toda semente.

Maria nos dá uma grande lição. A imagem é pequenina, de trinta e seis centímetros apenas, e vem nos dizer que “diante de Deus devemos todos ser muito humildes, sempre”. É com o coração agradecido e em prece que celebramos a padroeira do Brasil. Ela merece nossa gratidão, pois é nossa Mãe, a quem invocamos: Senhora Aparecida.

Ó Mãe querida, protegei nossas crianças e famílias, nossos jovens e os menos favorecidos. Protegei nosso Brasil e fazei-nos um povo unido e feliz! Amém!

Sugestões litúrgicas

– Nossa Senhora, sob o título de Aparecida, é a padroeira do Brasil, a Mãe queria do povo brasileiro. Em Aparecida, encontra-se o coração católico do povo brasileiro, Maria, representada em sua singela imagem de Aparecida, é símbolo de fé, de identidade de nosso povo. Assim esta celebração deve ser pensada de modo a expressar bem todos esses aspectos.
– Pode-se preparar no presbitério um nicho ou um altar todo decorado, onde ficará a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
– Após a procissão de entrada, antes da saudação inicial, pode-se fazer uma entrada encenada de Nossa Senhora, feita por três homens vestidos de pescadores, tendo em suas mãos a imagem sem o manto e a coroa e uma rede de pesca.
Essa entrada pode ser acompanhada de uma canção mariana.
Quando a imagem for colocada no local a ela destinado, colocar nela o manto e a coroa.
– Em vez de se rezarem as preces da comunidade, pode-se cantar no lugar a Ladainha de Nossa Senhora.
– No ofertório, pode-se oferecer flores a Nossa Senhora.
– No final da celebração, pode chamar as crianças, para se aproximarem da imagem, e com elas cantar a música Mãezinha do céu. No final, pode-se consagrar as crianças a Nossa Senhora.

Sugestões de repertório  (O Domingo)

Abertura: De Alegria
Aclamação: Aleluia! Disse a Mãe
Oferendas: Como vai ser
Comunhão: Bendirei ao Senhor ou Ouviste a Palavra

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A

Áudios para a Solenidade da Padroeira do Brasil 2020 – Ano A CNBB:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Is 25,6-10a; SI 22; Fl 4,12-14.19-20;Mt 22,1-14

 28° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

No banquete do Deus da vida somos todos irmãos

A liturgia da palavra deste domingo coloca-nos em torno do banquete do Deus da vida. Isaías profetisa que o cumprimento das promessas divinas e a consequente alegria em plenitude para o povo acontecerão em um banquete. A refeição abundante é imagem da Salvação de Deus, que sacia o ser humano no profundo de seu ser, dando-lhe vigor e força, esperança e vida nova.

Paulo faz a experiência de viver a abundância do amor de Deus mesmo nas dificuldades. O apóstolo nos ensina que a confiança que temos no Senhor não pode ser vivida ao sabor das situações oscilantes do cotidiano. Seja na abundância, seja na miséria, é sempre a fé viva em Deus que fortifica o coração fiel para dar testemunho da boa nova do evangelho.

Tal atitude de abertura e perseverança no amor de Cristo requer um processo de conversão profundo para acolher, em todo tempo e circunstância, Cristo Jesus, o Senhor de nossa vida. Compreendendo assim nossa fé, poderemos alargar nossos laços de fraternidade para nos mantermos sempre firmes na fé e fortes na esperança.

Todos são convidados para o banquete da vida

Jesus continua fazendo comparações para tornar mais compreensível o Reino de Deus. Aqui também a imagem do banquete permeia a narração. Porém, Jesus toca em um ponto crítico e delicado ao falar daqueles que renunciam o convite para a festa da vida por coisas passageiras. São aqueles que não acolhem sua proposta transformadora de vida. Não conseguem ver que o reino chegou e exige conversão para nele entrar e ser feliz. Se olharmos bem, essa não é uma realidade somente do tempo de Jesus, mas também de nossos dias. Quantos que rejeitam os valores anunciados por Jesus: perdão, compaixão, solidariedade, fraternidade, justiça, paz…

Jesus também fala dos que entram na festa, mas para ela não se preparam. Aqui a parábola se refere aos que até aceitam o convite, mas querem apenas tirar proveito para si próprio. As vestes inadequadas podem ser traduzidas por atitudes que não condizem com a proposta de Jesus. Esses não entram no dinamismo do reino da vida doada que salva e liberta. Aqui cada um de nós temos de nos examinar diante de Cristo e dos irmãos e pensar seriamente como estamos vivendo a fé enquanto convidados para a festa no reino da vida. O convite é feito a todos: bons e maus. Todos somos convidados não só a entrar no reino, mas a deixar que o reino entre em nosso coração é rios transforme desde o mais profundo de nosso ser.

Sugestões litúrgicas para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Entrada da Palavra: um canto bem festivo, referente à Palavra de Deus, pode ser cantado na entrada da Bíblia. Os Jovens podem preparar uma coreografia, com faixas que representam os cinco continentes, mostrando a amplitude do anúncio do evangelho. Velas nas cinco cores podem acompanhar as fitas!
– Profissão de fé: convidar cinco jovens para pegarem nas mãos as cinco velas e as elevarem diante da Assembleia. O presidente da celebração pode motivar a Assembleia a renovar o ardor missionário, recebido no batismo, bem como rezar por todos os missionários que deixam suas pátrias para anunciar a Palavra em Terras distantes. Com as mãos estendidas em direção às velas, rezar a profissão de fé.
– Preces dos fiéis: caso a comunidade tenha pessoas em missão em terras distantes, é momento para rezar por elas.
– Envio da comunidade: o grupo do Terço dos Homens pode introduzir a imagem de nossa Senhora. Em seguida, cantar a consagração e concluir com a bênção.

Sugestões de repertório para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A (O Domingo)

Abertura: Exulte de Alegria
Aclamação: Aleluia, Eu vos escolhi
Oferendas: Bendito Seja Deus
Comunhão: Ó Pai, Somos Nós

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 28° Domingo do Tempo Comum 2020

Áudios para a Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

11 de outubro – Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 28° Domingo do Tempo Comum 2020

Para o banquete da alegria e da fraternidade preparado por Jesus, somos convidados e acolhidos com amor. O Senhor nos ajude a nunca recusar o seu convite e, sobretudo, a nos empenhar para que todos possam participar da festa da vida e da dignidade, especialmente os pobres, os esquecidos e os marginalizados. Sob as bênçãos de Nossa Senhora Aparecida, que amanhã festejaremos, sejamos agradecidos a Deus, nesta liturgia, por sua ternura e amor para com todos os seus filhos e filhas.

Amados e acolhidos por Deus, aprendemos a amar e acolher nossos irmãos e irmãs.

CONVIDADOS AO BANQUETE DO REINO

Jesus conta uma parábola aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo para falar do Reino de Deus. Aqui Deus é imaginado como rei. Os convidados pouco caso fizeram do seu convite, cada um deu sua desculpa: um foi para seu campo, lugar de produção; outro foi para seus negócios, lugar do mercado/comércio; outros ainda agiram de forma hostil contra os empregados do rei. Ninguém se dignou a participar do banquete nupcial; todos tinham outras prioridades.

A sala ficou cheia quando os empregados foram às encruzilhadas e convidaram maus e bons. O convite é aberto a todos, maus e bons. Mesa cheia de convidados, sem discriminação alguma, é motivo de muita alegria.

A parábola mostra ser necessário ir além dos caminhos de Jerusalém, ou de Israel, já que os “da casa” tinham outras prioridades. A proposta do Reino anunciado por Jesus é dirigida a todos os povos, sem discriminação, mas exige comprometimento, expresso pelo “traje de festa” a ser vestido. Entra no Reino quem acolhe o convite gratuito do rei e veste a roupa adequada, sinal do compromisso com o projeto de Jesus.

Como seria bom ver a mesa cheia de convivas que participam do banquete proposto por Jesus! Como é bom ver pessoas vestindo o traje do compromisso com o Reino de Deus! Infelizmente, porém, muitos continuam surdos aos apelos que não sejam os do seu próprio interesse e não se abrem aos apelos que poderiam transformar a vida e a realidade. Mesmo assim, Deus não se cansa de convidar, pois tudo está preparado e seu desejo é que a sala fique lotada de gente.

Mais uma vez, o Evangelho nos chama à festa do amor, em torno da mesa repleta de convidados, que partilham alegrias e esperanças. Na correria do dia a dia, nem sempre sobra tempo e espaço para a fraternidade e a partilha. Deus nos quer ver todos juntos, sentados com ele em torno de uma mesma mesa, para desfrutar de uma vida feliz, sem discriminação nem rejeição de ninguém.

Pe. Nilo Luza, ssp   / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 28° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo: 28° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 4ª semana do saltério)

Senhor, se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel (Sl 129,3s).

O Senhor, que põe fim à desonra do povo, prepara-nos o banquete em sua casa, para celebrarmos sua salvação. A Igreja missionária compartilha as dificuldades da humanidade e anuncia a alegria e a esperança do Evangelho pelas ruas e encruzilhadas, convidando a todos. Vestindo o traje de festa, tomemos parte na comunidade-esposa de Cristo.

Primeira Leitura: Isaías 25,6-10

Leitura do livro do profeta Isaías – 6O Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos. 7Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações. 8O Senhor Deus eliminará para sempre a morte, e enxugará as lágrimas de todas as faces, e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse. 9Naquele dia se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo”. 10E a mão do Senhor repousará sobre este monte. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 22(23)

Na casa do Senhor habitarei eternamente.

1. O Senhor é o pastor que me conduz; / não me falta coisa alguma. / Pelos prados e campinas verdejantes / ele me leva a descansar. / Para as águas repousantes me encaminha / e restaura as minhas forças. – R.

2. Ele me guia no caminho mais seguro, / pela honra do seu nome. / Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, / nenhum mal eu temerei; / estais comigo com bastão e com cajado: / eles me dão a segurança! – R.

3. Preparais à minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo, / e com óleo vós ungis minha cabeça; / o meu cálice transborda. – R.

4. Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; / e na casa do Senhor habitarei / pelos tempos infinitos. – R.

Segunda Leitura: Filipenses 4,12-14.19-20

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – Irmãos, 12sei viver na miséria e sei viver na abundância. Eu aprendi o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou sofrendo necessidade. 13Tudo posso naquele que me dá força. 14No entanto, fizestes bem em compartilhar as minhas dificuldades. 19O meu Deus proverá esplendidamente, com sua riqueza, a todas as vossas necessidades, em Cristo Jesus. 20Ao nosso Deus e Pai, a glória pelos séculos dos séculos. Amém. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 22,1-14 ou 1-10

[A forma breve está entre colchetes.]

Aleluia, aleluia, aleluia.

Que o Pai do Senhor Jesus Cristo / nos dê do saber o espírito; / conheçamos, assim, a esperança / à qual nos chamou, como herança! (Ef 1,17s) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – [Naquele tempo, 1Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo: 2“O Reino dos céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir. 4O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos, e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ 5Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. 7O rei ficou indignado e mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. 8Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide até as encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’. 10Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados”.] 11“Quando o rei entrou para ver os convidados, observou aí um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu. 13Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Aí haverá choro e ranger de dentes’. 14Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Jesus está no Templo de Jerusalém e dirige mais uma parábola às autoridades (sumos sacerdotes e anciãos do povo), comparando o Reino dos Céus ao casamento de um filho de rei. Para esse casamento, o rei sai às ruas e vai em busca de convidados. É interessante observar a insistência no convite até a sala ficar cheia. A atenção dessa parábola recai sobre os convidados. Todos são convidados a participar do banquete do Reino de Deus: uns aceitam e tomam parte na refeição; outros preferem cuidar do seu campo (produção) e do seu negócio (mercado). A parábola não trata da questão da “retribuição” (eu dou, Deus retribui); todos são convidados, “maus e bons”. Aqui o rei não pede frutos, mas apenas a aceitação ao convite. Chama a atenção o convidado sem a “roupa de festa”. Não basta entrar e tomar parte à mesa, é necessário trocar o traje, mudar a mentalidade, aderindo à conversão. A alegria do rei é ver a “casa cheia” de comensais em festa, vivendo a fraternidade e a partilha.

Oração

Ó Mestre Jesus, estamos edificados com o teu zelo missionário, igual ao do Pai celeste, em benefício do povo. Entretanto, muitos ignoram o teu convite para o banquete do Reino e se ocupam com outras propostas. Dá-nos sensibilidade e bom senso para escolhermos a tua festa. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 27° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

(Verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)

Senhor, tudo está em vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9ss)

A Igreja, vinha amada do Senhor, tem os braços abertos para acolher a todos. Como comunidade reunida em oração para dar graças a Deus e acolher sua Palavra, somos convidados a cuidar dessa vinha, para que produza frutos de paz e justiça. Celebremos em comunhão com a Igreja missionária, que neste mês nos recorda que a vida é missão.

Primeira Leitura: Isaías 5,1-7

Leitura do livro do profeta Isaías – 1Vou cantar para o meu amado o cântico da vinha de um amigo meu: um amigo meu possuía uma vinha em fértil encosta. 2Cercou-a, limpou-a de pedras, plantou videiras escolhidas, edificou uma torre no meio e construiu um lagar; esperava que ela produzisse uvas boas, mas produziu uvas selvagens. 3Agora, habitantes de Jerusalém e cidadãos de Judá, julgai a minha situação e a de minha vinha. 4O que poderia eu ter feito a mais por minha vinha e não fiz? Eu contava com uvas de verdade, mas por que produziu ela uvas selvagens? 5Pois agora vou mostrar-vos o que farei com minha vinha: vou desmanchar a cerca, e ela será devastada; vou derrubar o muro, e ela será pisoteada. 6Vou deixá-la inculta e selvagem: ela não será podada nem lavrada, espinhos e sarças tomarão conta dela; não deixarei as nuvens derramar a chuva sobre ela. 7Pois bem, a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e o povo de Judá, sua dileta plantação; eu esperava deles frutos de justiça – e eis injustiça; esperava obras de bondade – e eis iniquidade. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 79(80)

A vinha do Senhor é a casa de Israel.

1. Arrancastes do Egito esta videira / e expulsastes as nações para plantá-la; / até o mar se estenderam seus sarmentos, / até o rio os seus rebentos se espalharam. – R.

2. Por que razão vós destruístes sua cerca, / para que todos os passantes a vindimem, / o javali da mata virgem a devaste / e os animais do descampado nela pastem? – R.

3. Voltai-vos para nós, Deus do universo! † Olhai dos altos céus e observai. / Visitai a vossa vinha e protegei-a! / Foi a vossa mão direita que a plantou; / protegei-a, e ao rebento que firmastes! – R.

4. E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! / Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome! / Convertei-nos, ó Senhor Deus do universo, † e sobre nós iluminai a vossa face! / Se voltardes para nós, seremos salvos! – R.

Segunda Leitura: Filipenses 4,6-9

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – Irmãos, 6não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças. 7E a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará os vossos corações e pensamentos em Cristo Jesus. 8Quanto ao mais, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é virtude ou de qualquer modo mereça louvor. 9Praticai o que aprendestes e recebestes de mim ou que de mim vistes e ouvistes. Assim o Deus da paz estará convosco. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 21,33-43

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu vos escolhi foi do meio do mundo, / a fim de que deis um fruto que dure. / Eu vos escolhi foi do meio do mundo. / Amém! Aleluia, aleluia! (Jo 15,16) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus disse aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo: 33“Escutai esta outra parábola: certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois, arrendou-a a vinhateiros e viajou para o estrangeiro. 34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos. 35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro e ao terceiro apedrejaram. 36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. 37Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’. 38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. 40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, o que fará com esses vinhateiros?” 41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”. 42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isso foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos’? 43Por isso eu vos digo, o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Com suas parábolas, Jesus nos surpreende com muita frequência, como no caso da parábola de hoje. Ela critica as autoridades de Jerusalém (em geral, os latifundiários) do tempo de Mateus, que aproveitam de seu poder e influência para se apropriarem da vinha do legítimo dono (os pequenos proprietários). Nessa parábola está sintetizada a história dos profetas, de Jesus e dos apóstolos, via de regra rejeitados e condenados. Deixando de lado o aspecto histórico e literal, a parábola questiona também a nós, a quem foi confiado o Reino de Deus, que temos o compromisso de produzir e entregar os frutos ao dono (Deus). Jesus não acusa a vinha (o povo) por não produzir frutos, mas seus responsáveis. Fazer parte do povo de Deus (a vinha do Senhor) não constitui privilégio, mas compromisso de produzir frutos de justiça, fraternidade, solidariedade. O Brasil é um dos países mais cristãos do mundo e é também um dos mais injustos. Deus cuida com amor e carinho do seu povo e espera dos responsáveis a mesma atitude.

Oração

Divino Mestre, às vezes somos surdos à tua mensagem de amor; ou então, contrários aos teus projetos de renovação do mundo. Apegados aos nossos desejos egoístas, deixamos de produzir os bons frutos que de nós esperas. Impulsiona-nos, Senhor, a sermos solidários contigo na implantação do teu Reino. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

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