A influência das redes sociais nas políticas públicas

Embora uma única voz possa não ter muito impacto, coletivamente, os cidadãos podem promulgar mudanças significativas. Vozes individuais podem ser transformadas em soluções viáveis


Desde o primeiro momento do nascimento, nós, seres humanos, somos por natureza um ser social. Quando crianças, é inegável o amparo de outros semelhantes para atender nossas necessidades básicas como, alimentação, moradia e higiene. Com o passar do tempo, os vínculos com outras pessoas, locais e instituições se tornam parte de nossas vidas. Com as redes sociais, essa rede de relacionamentos ultrapassa a barreira do real, utilizando os mais diferentes dispositivos que a tecnologia atual pode oferecer para nós comunicarmos de forma mais efetiva. Toda essa mudança de paradigma social também é refletida nas cidades.

De acordo com uma pesquisa feita pelo The Economist, quase 4 bilhões de pessoas vivem em cidades e espera-se que este número aumente em 2,5 bilhões no ano 2050. Levando em considerações essas informações e nossas experiências diárias em relação as políticas públicas, municípios enfrentam enormes desafios em termos de atratividade, coesão, segurança e entre outros problemas.

O poder das redes sociais nas manifestações populares

Com as redes sociais ficou claro como a população pode mudar as leis de uma cidade. Um exemplo recente foram os protestos em junho de 2013, em 11 capitais e mais de 250 mil pessoas nas ruas fez o país parar por mais de 6 horas e se surpreendeu com a magnitude e organização dos atos, que teve sua organização facilitada pelas mídias sociais. Os R$ 0,20 que geraram o estopim, se transformaram em um verdadeiro desabafo de insatisfação e luta por direitos e um governo mais eficiente. A força que as redes sociais exercem sobre as políticas já se tornou um termômetro de como os cidadãos influenciam um determinado governo.
A influência dos cidadãos por meio das redes sociais

Embora uma única voz possa não ter muito impacto, coletivamente, os cidadãos podem promulgar mudanças significativas. Vozes individuais podem ser transformadas em soluções viáveis. Como parte da vida cotidiana, as pessoas também compartilham suas preocupações sociais em plataformas públicas, do Facebook e do Twitter a blogs, páginas de notícias locais e grandes sites de notícias.

Estudos provam que o ambiente virtual teve uma influência grande na eleição de Donald Trump em 2016, e a forma como grupos que o apoiavam usaram as mídias sociais beneficiou o candidato. Grupos de extrema direita, que representavam 11% dos seguidores do então candidato, foram responsáveis por cerca de 60% dos retweets para ele durante o período eleitoral. A tendência se seguiu em outros países – na campanha do Brexit, nas eleições da Alemanha e da França, entre outros. No Brasil, a situação não é diferente. O sucesso do candidato Jair Bolsonaro é, em parte, explicado pelo seu alcance nas mídias sociais e o apoio de grupos que o capitalizam.

A influência das redes sociais nas Smart Cities

Em uma pesquisa, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) contextualizando e explicando o uso e incentivos estatais relacionados à Internet das Coisas (IoT) na criação de Cidades Inteligentes para uma série de projetos que envolvem as emergentes tecnologias que nascem esporadicamente no mercado. Esse estudo, denominado Cartilha de Cidades, disseca o conceito de Internet das Coisas, direcionando-o às aplicações designadas para a formação de Smart Cities. Embasado nos dados fornecidos pela publicação acadêmica “Internet das Coisas: Um Plano de Ação para o Brasil”, o Fundo de Estruturação de Projetos do Banco (FEP) fornecerá subsídios ao Plano Nacional de IoT entre 2018 e 2022.

Com esses incentivos, o Brasil já tem um ranking denominado Connected Smart Cities, que estabelece cidades com maior potencial de desenvolvimento no país. A pesquisa é composta por indicadores de 11 principais setores: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança. Porém, Curitiba, no Paraná, foi eleita a cidade mais inteligente e conectada do país segundo o ranking 2018. A pesquisa contou com a participação de cerca de 700 cidades, que foram analisadas a partir de 70 indicadores.

As Startups desenvolvendo soluções para as Smart Cities

Não é por mera coincidência que Curitiba está entre as cidades que mais investem em IoT, uma rede social denominada Status foi desenvolvida para oferecer um serviço de geolocaliação. Com isso, cada município pode ter sua própria uma rede social e reunir cidadãos e prefeituras em uma só rede. Além disso, os buracos no asfalto lideram o ranking de dores de cabeça causadas à população de Natal (RN) e Teresina (PI). Ainda em Curitiba, são os carros estacionados de forma irregular. Pelo menos são esses os problemas urbanos que mais motivam a indignação da população nas reclamações mais registradas no aplicativo Colab, que tem a função de transformar o cidadão em um zelador da cidade por meio das redes sociais. Essas plataformas desenvolvidas por startups estão contribuindo para ações púbicas diretas de uma forma célere em função das tecnologias existentes e das que estão por vir.

 

Oziel Figueiredo – CEO da Plug Apps / Portal Kairós

Vídeo: Hino da Campanha da Fraternidade 2019

Vídeo: Hino da Campanha da Fraternidade 2019

Hino da Campanha da Fraternidade 2019

(cifra versão gravada)

C                      F                 C    E7
Eis que o Senhor fez conhecer a salvação
Am                                Am Am/G
E revelou sua justiça às nações.
F                         G                     Em7 Am
Que, neste tempo quaresmal, nossa oração
D                      D7          G   G7
Transforme a vida, nossos atos e ações.

              C                    Em          F          A7
Pelo direito e a Justiça libertados,
                      Dm                      A7/C#    Dm
Povos, nações de tantas raças e culturas.
                   F                E7                     Am     F
Por tua graça, ó Senhor, ressuscitados,
                      C                     Gsus4       C         F
Somos em Cristo, hoje, novas criaturas.
                     C                      Gsus4       C       (G7)
Somos em Cristo, hoje, novas criaturas.

02 – Foi no deserto que Jesus nos ensinou
A superar toda ganância e tentação.
Arrependei-vos, eis que o tempo já chegou.
Tempo de Paz, Justiça e reconciliação.

03 – Em Jesus Cristo uma nova aliança
Quis o Senhor com o seu povo instaurar.
Um novo reino de justiça e esperança,
Fraternidade, onde todos têm lugar.

04 – Ser um profeta na atual sociedade,
Da ação política, com fé, participar
É o dom de Deus que faz, do amor, fraternidade,
E bem comum faz bem de todos se tornar!

Tudo sobre a CF 2019

Tema: Fraternidade e Políticas Públicas
Lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is. 1, 27)

Alguns tipos de Políticas Públicas:

Educação
Saúde
Trabalho
Lazer
Assistência Social
Previdência Social
Meio Ambiente
Cultura
Moradia
Transporte
Segurança

Some types of Public Policy:

Education
Health
Job
Recreation
Social Assistance
Retirement
Environment
Culture
Housing
Transport
Public Security

Hino
Letra: João Edebrando Roath Machado
Música: Pe. Cireneu Kuhn, svd

#cf2019 #campanhadafraternidade2019

O que seriam as Políticas Públicas?

“Políticas Públicas são um direito da cidadania e servem para garantir os direitos fundamentais à saúde, educação, moradia, trabalho, cultura, lazer, acesso às tecnologias, preservação do meio ambiente, entre outros. E falar de Políticas Públicas é justamente falar de uma forma de ação do Estado, desde a elaboração, execução, participação popular até a avaliação, num percurso que dificulta a corrupção e a politicagem, além de permitir que se chegue a resultados concretos e que mudam a vida das pessoas.”.

 

Portal Kairós

Conheça as músicas da Campanha da Fraternidade 2019

Músicas da campanha da fraternidade 2019

A Quaresma é um tempo favorável à nossa conversão, é um tempo propício para deixarmos o homem velho e revestir-nos do homem novo, identificando-nos com Cristo.
A Transfiguração de Jesus no Monte Tabor, que o Evangelho de hoje nos relata, lembra-nos que, através do esforço e da penitência quaresmal por seguir Cristo na sua Paixão, chegaremos também nós à alegria da sua Ressurreição gloriosa.

 

Conheça as músicas:

musical_notes

01 – Hino da Campanha da Fraternidade 2019
02 – É agora o tempo favorável (Abertura – Cinzas e Dias de Semana)
03 – Ah! Se o povo de Deus! (Abertura – 1º e 2º Domingos)
04 – No dia em que minha santidade! (Abertura – 3º Domingo)
05 – Alegra-te, Jerusalém! (Abertura – 4º Domingo)
06 – A mim, ó Deus, fazei justiça! (Abertura – 5º Domingo)
07 – No Senhor está a misericórdia! (Abertura – Cel Penitencial e Dias de semana)
08 – O senhor Deus é misericordioso! (Abertura – Dias de semana)
09 – Entrando o Senhor na cidade santa (Entrada na Igreja – Ramos)
10 – Senhor, que nos mandastes perdoar (Ato penitencial – Quaresma)
11 – Jesus Cristo, sois bendito! (Aclamação ao Evangelho)
12 – Criai em nós um coração! (Oferendas – Cinzas, 1º e 2º Domingo)
13 – Nossos dons apresentamos! (Oferendas – 3º, 4º e 5º Domingos)
14 – O homem não vive somente de Pão! (Comunhão – 1º Domingo)
15 – Da nuvem fez-se ouvir a voz! (Comunhão 2º Domingo)
16 – Aqui estamos, ó Senhor! (Comunhão 3º Domingo)
17 – Feliz o homem! (Comunhão 4º Domingo)
18 – Mulher, ninguém te condenou? (Comunhão 5º Domingo)
19 – Hino da Campanha da Fraternidade 2019 (Playback)

Baixe todas as músicas da Campanha da Fraternidade 2019 + extras + músicas litúrgicas

 

Músicas da Campanha da Fraternidade 2019 CNBB

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Estratégias e expectativas para a formação da CF 2019

Assessor para o Encontro Arquidiocesano da CF 2019 fala sobre estratégias e expectativas para a formação em Montes Claros

A Arquidiocese de Montes Claros (MG) se prepara para realizar mais um Encontro Arquidiocesano. Dessa vez, será para refletir sobre a Campanha da Fraternidade 2019. Os dias reservados são 16 e 17 de novembro, na Casa de Pastoral, no bairro Santo Antônio. Os participantes irão aprofundar no tema: Fraternidade e Políticas Públicas e o Lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27).

Para assessorar todo o encontro, foi convidado o jovem Ismael Deyber Oliveira Silva, graduado em Gestão Pública e mestrando em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais. Ismael é pesquisador do Núcleo de Estudos em Gestão e Políticas Públicas – Publicus da mesma universidade, é agente de pastoral na Arquidiocese de Belo Horizonte, onde colabora na Pastoral Universitária e no Secretariado Arquidiocesano da Juventude (SAJ). Ismael também está  inserido na articulação da Pastoral Universitária no Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Para tanto, entramos em contato com Ismael para apontar quais estratégias serão utilizadas e quais expectativas são esperadas para esse encontro que vai mobilizar padres, religiosos, leigos e leigas de nossa Arquidiocese. Ismael teve o cuidado de responder prontamente as perguntas que lhe foram enviadas e antecipou o que podemos esperar desse momento de formação! Vai valer a pena! Boa leitura a todos!

A proposta da Arquidiocese é reunir leigos e padres para aprofundarem o que são as políticas públicas enquanto garantidora de direitos, buscando fazer a distinção entre política de governo e políticas de estado. Como facilitador do encontro de formação, quais estratégias você vai usar para animar a comunidade de fé em um assunto que é tão importante para a sociedade?

Primeiramente, gostaria de ressaltar minha alegria e satisfação de poder colaborar com as reflexões em preparação a vivência da Campanha da Fraternidade 2019 na Arquidiocese de Montes Claros. Para mim será um grande desafio, mas também uma boa oportunidade de poder partilhar as reflexões que trago de minha vivência como seguidor de Jesus, agente de pastoral e também cientista político em formação, que na Universidade concentra seus estudos nas políticas públicas e na maneira como elas impactam as condições de vida da população brasileira, especialmente a mais pobre.

PREOCUPAÇÃO

A Campanha da Fraternidade 2019, que tem o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema inspirado no versículo do Livro de Isaías “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27),vem reforçar a preocupação da Igreja Católica no Brasil com a vida do povo brasileiro, atuação que consolida e difunde seu legado como importante instituição que muito contribui para as discussões e ações de impacto social e político na esfera pública de nosso país. A escolha por trabalhar esse tema em uma Campanha da Fraternidade reconhece a importância da atuação estatal no contexto da sociedade brasileirae incentiva que todo o Povo de Deus, mulheres e homens que formam as comunidades de fé em todos os cantos do país, exerçam de forma protagonista os processos de organização e mobilização no âmbito da sociedade civil e do Estado que visam fortalecer a formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas que produzam oportunidades equânimes para todos os cidadãos e ainda, que colaborem para o enfrentamento das desigualdades sociais que, infelizmente, marcam o nosso país.

FRUTOS

Tendo em vista essa grande mobilização e reflexão impulsionada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) através da Campanha da Fraternidade, que é uma ação anual que alcança todas as comunidades de fé do Brasil, é muito importante destacar que essa oportunidade de trabalhar importante tema durante o ano de 2019 carrega o potencial de produzir frutos permanentes e inspirar gestos concretos de transformação das comunidades, potencializar iniciativas de organização e mobilização dos cidadãos e impactar positivamente no formato das políticas públicas, em um momento que enfrentamos desilusão com a política e com as instituições do Estado.

ESTRATÉGIAS

Feito esse preâmbulo, ressalto que as estratégias que utilizarei para incentivar a reflexão acercado tema e dos caminhos a serem escolhidos e repercutidosnas comunidades de fé, considera fundamentalmente as realidades vivenciadas pelas pessoas e os conhecimentos que já possuem como ponto de partida, valendo-se da metodologia bastante difundida nas ações pastorais na América Latina, que é o VER- JULGAR – AGIR.

VER

De forma dialógica,partilhando a realidade e enxergando-a com os principais condicionantes que a impactam, poderemos conhecer como as políticas públicas estão presentes ou ausentes em nosso cotidiano, qual formato elas assumem, quais atores são relevantes para que elas existam, entre outras questões importantes que nos ajudam a forjar a realidade a partir da vivência do público participante. Nesta etapa, também será importante a reflexão acerca dos principais conceitos, como o ciclo de políticas públicas e os tipos que elas podem assumir, as garantias e as responsabilidades trazidas pela Constituição Federal de 1988, aspectos da disponibilidade de recursos para o seu financiamento e ciclo do orçamento público, e ainda a partilha sobre o formato de nossas instituições que, no contexto democrático que vivemos, influenciam todo este processo.

JULGAR

No campo do JULGAR a ideia é que continuemos tendo as vivências do público participante como linha mestra, realizando uma análise sobre como a realidade, influenciada pela estrutura jurídico-política influencia as políticas públicas. Aqui, será importante respondermos indagações como: as políticas públicas que atendem as nossas comunidades são eficazes, eficientes e efetivas? Quais realidades ainda precisam de políticas públicas para serem enfrentadas? Nesse momento, também é propício fazer uma consideração acerca da participação de cada um/a e de suas comunidades no processo de construção das políticas públicas: as pessoas tem participado de forma permanente? Existe espaço para essa participação nas instituições? E o que a Igreja tem feito para colaborar nesse processo?

AGIR

A etapa do AGIR implica reunirmos os questionamentos que permaneceram nas etapas anteriores, destacando os mais importantes, procurando através de um método de planejamento participativo, formular diretrizes de intervenção que possam guiar a mudança da realidade observada. Nessa etapa, será interessante partilhar um método de planejamento que possa ser difundido nas comunidades como instrumento de mobilização e organização para que as demandas coletivas sejam atendidas pelas instituições competentes. O AGIR também será incentivado através da partilha entre os presentes dos canais de participação existentes para ação individual, mas sobretudo coletiva, das instituições de apoio aos cidadãos e das formas como reunir esforços e recursos para a transformação das realidades locais.

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