Os melhores subsídios para a CF 2018

Novos subsídios para a Campanha da Fraternidade 2018 – Terceira parte

– Oração e Hino da CF-2018

– Perfil e Mapeamento da Violência no Distrito Fedral e os Reflexos Com o Entorno – Universidade Católica – Arquitetura e Urbanismo – Doutora em Políticas de Segurança Pública – Prof.ª Marcelle Gomes Figueira.

– Caminhos Apresentados pela Bíblia para Superação da Violência no DF – As Propostas do Texto-Base da CF-2018 – Bispo-Auxiliar de Brasília e Secretário-Geral da CNBB – Dom Leonardo Ulrich Steiner.

– Pastorais, Movimentos e Associações de Leigos e de Vida Consagrada – Carismas a Serviço da Superação da Violência no DF – Dra. Kédina de Fátima Gonçalves Rodrigues.

– Jovens, desigualdades sociais e a superação da violência no DF – Com a Professora e Dra. Maria Aparecida Penso, professora da Universidade Católica (UCB) e membro do programa de pós-graduação em psicologia.

– O compromisso dos fiéis leigos e leigas com a superação da Violência no Ano Nacional do Laicato de 2018 – Com o Dr. Mauro Almeida Noleto, Mestre em Direito e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Brasília.

– Pistas para ações concretas da CF-2018 no âmbito da Ação Pastoral da Arquidiocese de Brasília – Com o bispo-auxiliar de Brasília: dom Marcony Vinicius Ferreira.

– Atitudes de respeito com o pedestre e com os condutores de Veículos na superação da violência do trânsito no DF (Vídeos abaixo) – Com o Diretor de Educação de Trânsito do DETRAN – DF: Sr. Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro.

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Horizontes de construção da paz e de superação da violência

“Eu sempre penso que a violência é uma coisa aprendida. E se é aprendida, também pode ser desaprendida”. Desta forma padre Vilson Groh, 62 anos, sintetiza a compreensão que orienta sua atuação nas periferias da grande Florianópolis (SC), há 35 anos, num reconhecido trabalho que chegou a chamar a atenção do papa Francisco.

O padre que busca “agarrar” a esperança que se esconde por traz dos olhos da população empobrecida, especialmente dos jovens negros, público prioritário do seu trabalho, só acredita ser possível construir um caminho de paz por meio da atuação em redes de projetos, que envolvam governos e sociedade civil na criação de novos espaços públicos não estatais e de controle social, num grande pacto de luta contra a violência.

O religioso tira conclusões da própria experiência. Ele chegou a Florianópolis (SC) aos 22 anos, após cursar filosofia na Fundação Educacional de Brusque, sua terra natal. Na capital do estado começou a fazer Teologia. Em 1983, no último ano do curso, iniciou um trabalho no morro Mocotó, uma das áreas mais pobres da cidade. Foi aí que iniciou a luta pela regularização fundiária, urbanização do local e acolhimento de crianças, jovens e adultos, trabalho que se expandiu para outros territórios. Neste período, segundo ele, foram regularizadas e urbanizadas mais de 64 áreas de terra na grande Florianópolis.

Há cinco anos, o padre criou o Instituto Vilson Groh (IVG), organização que articula uma série de projetos e entidades e que, só nos primeiros dois meses de 2017, atendeu mais de 5 mil crianças, adolescentes e jovens por meio de seus diferentes projetos. Em 2016, foram 16 mil.

Tendo a educação como prioridade, o IVG apresenta um horizonte palpável de esperança às crianças, adolescentes e jovens, com os quais desenvolve um projeto pedagógico e de vida que vai dos 6 anos ao ingresso na Universidade. Foi este trabalho que despertou a atenção do papa Francisco que o convidou para uma audiência no Vaticano, em fevereiro deste ano.

A capacidade de mobilização do padre Vilson Groh vem mudando não apenas o acesso à moradia, mas também o colorido das paisagens por onde passa. Por meio do projeto Mocotó Cor e do trabalho voluntário, um exemplo de intervenção nos bairros onde atua, ele vem dando um colorido especial às fachadas das casas.

“Só por meio da nossa capacidade de fazer uma opção pelas periferias geográficas, como diz o papa Francisco, e se deixar tocar por essas realidades; Por meio da compreensão de uma Igreja em saída, entrando nestas ‘galileias’ empobrecidas e voltando ao método de Jesus, o método do encontro”, o religioso que vem transformado territórios e pessoas, acredita ser possível superar a violência e construir um caminho de paz.

As ideias do padre foram tomando forma na década de 80 primeiro por meio da Associação de Amigos da Casa da Criança do Adolescente do Mocotó, que hoje faz parte do Instituto Vilson Groh. Hoje a rede IVG abrange o Centro de Educação Popular, o Centro Cultural Escrava Anastácia, o Centro Social Elisabeth Sarkamp, o Centro Cultural Marista São José, a Associação João Paulo II e o Centro Educacional Marista Lúcia Mayvorne. O IVG oferece ainda cursinho pré-vestibular gratuito para os jovens da periferia.

As periferias geográficas de que fala o papa Francisco coincidem com a reflexão proposta pela Campanha da Fraternidade 2018 que, encarando o tema da violência, fala em seu texto-base da existência de territórios marcados pela extrema violência. No próximo ano, a Igreja no Brasil vai refletir sobre o tema e suas diferentes formas de manifestação direta, indireta e institucional na perspectiva da sua superação e da construção de uma cultura da paz.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a violência pelo uso intencional da força contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo de pessoas, de modo a resultar em dano físico, sexual, psicológico ou morte.

Segundo o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, há um clamor pela superação da violência, nas suas variadas formas, que tanto sofrimento tem trazido ao povo brasileiro. “Com a CF 2018, esperamos poder envolver as comunidades e a todos, estimulando a reflexão e a busca de soluções para a sua superação”, diz.

Guerra letal e silenciosa – O tema que está no centro das preocupações dos brasileiros figura nas pesquisas que apontam o Brasil como um dos países mais violentos do mundo. A nota técnica do Atlas da Violência, de março de 2016, fruto da parceria do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, demonstra que apesar de possuir menos de 3% da população mundial, o país responde por quase 13% dos assassinatos no planeta. Em 2014, o Brasil chegou ao topo do ranking, considerado o número absoluto de homicídios. Foram 59.627 mortes segundo o Ipea.

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Sugestões para a Campanha da Fraternidade 2018 na catequese

01 – Organizar formação para as catequistas sobre o tema da Campanha e combinar o que a catequese irá fazer.
Pensar em ações transformadoras, mesmo que sejam pequenos gestos. Podem ser utilizados vídeos formativos sobre a CF-2018 na formação.

02 – Utilizar o subsídio para Encontros Catequéticos com crianças e adolescentes e Jovens na CF para a Crisma, disponibilizados pela CNBB (verificar na sua paróquia ou comunidade). Lembrar que com crianças o tema precisa ser trabalhado de maneira especial. Por isso, o subsídio da CF ajudará muito.

03 – Organizar um painel com imagens de violência, de um lado e de outro, imagens de situações de paz e reconciliação. O painel poderia ficar num local visível da comunidade ou da paróquia.

Um outro exemplo:

04 – Uma dramatização sobre o tema da violência e a cultura da paz pode ser organizada pelos jovens da crisma ou já crismados.
A apresentação poderia ser feita para as crianças e também os adolescentes.

05 – Ressaltar testemunho de pessoas que trabalham pela paz, pela não violência. Descobrir projetos pela cultura da paz e apresentar a pais e catequizandos, sobretudo jovens e adultos.

06 – Utilizar histórias infantis sobre o tema: Veja aqui

07 – Incentivar a produção de poemas, pinturas, maquetes, paródias e músicas.

08 – Filmes para ajudar na reflexão (para jovens e adultos):
– Elysium
– Rede Social
– O pianista
– Flores do oriente
– O quarto poder
– Dormindo com o inimigo

09 – Músicas que podem ajudar na reflexão:
(Se puder use sempre músicas católicas)
– Violência
– Cantando a paz no mundo
– Paz – Pela paz a gente berra
– Sal da terra

10 – Na internet:
Indicar vídeos para o catequista trabalhar o tema (sobretudo para adolescentes e jovens):

Que exploração é essa?
Que abuso é esse?

11 – Outras sugestões:

Mais

– Promover uma caminhada pela paz.
– Identificar pastorais sociais da Igreja no Brasil que trabalham contra a violência.
– Verificar o que a comunidade pode fazer para conscientizar as pessoas sobre a questão  da violência.
– Organizar grupos de conversa sobre o tema da CF-2018.
– Buscar parcerias com órgãos públicos no combate e no acompanhamento de pessoas que sofreram violência.

Tem mais sugestões, envie pra gente!

 

Lucimara Trevizan
catequesehoje.org.br e
Adaptação, ilustração e revisão
Portal Kairós

Lançamento da CF 2018 será no dia 14 de fevereiro

Acompanhe o lançamento da Campanha da Fraternidade 2018

Está em fase final a preparação para a Cerimônia de Lançamento da CF 2018 a ser realizada na Quarta-Feira de Cinzas, dia 14/02, às 10h, no auditório da sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília-DF.

A edição da CF deste ano tem como tema “Fraternidade e superação da violência” e lema “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8). A Cerimônia de Lançamento será transmitida ao vivo em todas as emissoras de inspiração católica, na Rede Católica de Rádios e também na página da entidade no facebook (cnbbnacional).

Na solenidade, serão apresentadas histórias de pessoas que lutam para superação de violência. Como o trabalho do padre Vilson Groh apresentado no vídeo-documentário da Campanha da Fraternidade.

Também será lida a mensagem do papa Francisco para o período da Quaresma. A presidência da CNBB vai apresentar a CF à sociedade e aos jornalistas, a serem convidados para uma coletiva de imprensa, logo após a cerimônia.

Para o padre Luís Fernando da Silva, coordenador executivo das Campanhas da Fraternidade superar a violência em vista de uma cultura da paz exige o enfrentamento da realidade de exclusão. Segundo ele, sem a justiça social não haverá superação da violência.

Representantes das pastorais, organismos e da Arquidiocese de Brasília serão convidados para a abertura.

Este ano o tema da Campanha da Fraternidade trata de uma realidade sensível e presente na vida de todos nós. Falaremos sobre a violência.
Para contribuir com a ação evangelizadora em nossas comunidades, nós do Portal kairós preparamos uma série de materiais. Confira aqui!

“Que não nos aconteça de olhar mais para o celular do que para os olhos do irmão”

O Papa marcou no Vaticano, o Dia do Consagrado, pedindo aos consagrados que sejam exemplos de comunhão e encontro, num mundo que privilegia as “ambições pessoais” e “descarta” os mais frágeis.

Numa celebração na Basílica de São Pedro, em Roma, Francisco frisou que a missão de todo o consagrado, religioso e religiosa, bispo ou sacerdote, leigo consagrado, radica num “amor verdadeiro” por Deus e pelos outros, sem “ses” nem “mas”.

E que a “liberdade maior” da vida consagrada está em “escolher” um caminho de “obediência humilde” e um “afeto livre de qualquer propriedade, para amar plenamente a Deus e aos outros”.

“Que não nos aconteça olhar mais para o ecrã do telemóvel do que para os olhos do irmão, ou fixarmo-nos mais nos nossos programas do que no Senhor. Quando se colocam no centro os projetos, as técnicas e as estruturas, a vida consagrada deixa de atrair e de comunicar-se a outros; não floresce, porque esquece ‘aquilo que tem debaixo da terra’, isto é, as raízes”, alertou o Papa argentino.

A Igreja Católica está a assinalar a 22.ª Jornada Mundial da Vida Consagrada, sendo que em Portugal a Semana do Consagrado (26 de janeiro – 02 fevereiro) foi dedicada ao tema ‘Fazei brilhar a sua luz’.

Uma frase bíblica escolhida para desafiar todos os consagrados e institutos religiosos a saberem viver o presente e o futuro, adequando a sua missão às exigências deste tempo, sem nunca descurarem o passado, aquilo que deu forma a cada vocação e carisma.

Durante a homilia da celebração deste Dia do Consagrado, e também da solenidade da Apresentação de Jesus no Templo, o Papa pediu uma vida consagrada à imagem de Cristo, “pobre, casto e obediente”.

Assim, “enquanto a vida do mundo procura acumular, a vida consagrada deixa as riquezas que passam, para abraçar Aquele que permanece”.

“Que não nos aconteça de olhar mais para o celular do que para os olhos do irmão”

E também “enquanto a vida do mundo depressa deixa vazias as mãos e o coração, a vida segundo Jesus enche de paz até ao fim”, acrescentou.

Francisco alertou ainda que a renovação de cada vocação ou carisma, sacerdotal, religiosa ou secular, não pode ser feita pondo de lado os mais velhos de cada comunidade.

“Nunca façam descartes geracionais. Porque se os jovens são chamados a abrir novas portas, os mais velhos têm as chaves. E a juventude de um instituto de vida consagrada encontra-se indo às raízes, ouvindo os mais velhos”, apontou o Papa argentino.

Neste sentido, Francisco exortou todos os consagrados a potenciarem cada vez mais “este encontro entre os mais velhos e os jovens”.

Porque se os consagrados são chamados a ser “profecia” para o mundo, tal não é possível sem a “memória”, sem esse legado de experiência que está presente nos mais velhos.

“A vida agitada de hoje induz-nos a fechar muitas portas ao encontro e, com frequência, por medo do outro. As portas dos centros comerciais e as conexões de rede estão sempre abertas. Mas, na vida consagrada, não deve ser assim: o irmão e a irmã que Deus me dá são parte da minha história, são presentes que devo guardar”, concluiu o Papa argentino.

No final da celebração, o cardeal João Braz de Aviz salientou a importância de reforçar a “formação” de todos os membros da vida consagrada, e de fomentar cada vez mais uma cultura de “proximidade” entre todos os institutos religiosos e a sociedade, para ir ao encontro das interpelações das pessoas.

O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano adiantou que será publicada em breve uma obra com todas as mensagens e reflexões do Papa Francisco sobre a vida consagrada, desde o início do seu pontificado em 2013.

A Vida Consagrada, que remonta aos primórdios da Igreja Católica, distingue-se pela profissão pública dos chamados “votos” (castidade, pobreza e obediência), em institutos religiosos ou seculares; no caso dos primeiros, os religiosos e religiosas vivem em casas próprias, de forma comunitária.

 

Agência Ecclesia – CNBB/ Portal Kairós