Formação para a CFE 2016 – Saneamento levado a sério

Formação para a CFE 2016 – Saneamento levado a sério

O combate espiritual

sao_miguel_combateO combate contra as forças do mal durará até a hora da morte, mas é gratificante cada vitória no decurso da caminhada para a eternidade feliz junto de Deus. Paz interior, alegria profunda em contraposição ao remorso do pecado são já nesta terra um prêmio que, depois, persistirá por todo sempre. O desejo de avançar à luz de Cristo vitorioso leva a uma construção espiritual que traz consolação. Como lembra o frade carmelitano Antoine-Marie, ser, de fato, filho é “antes de tudo reconhecer que nossa vida vem de Deus e receber dele nossa subsistência; ser filho é ter absoluta confiança no Pai”. O verdadeiro cristão não se preocupa apenas com sua vida corporal, com o desenvolvimento de suas forças biológicas, mas tem em vista, antes de tudo, seu crescimento na santidade, triunfando continuamente contra as insídias diabólicas.

Imita Jesus que no deserto venceu o espírito do mal e está continuamente aberto à infinita misericórdia de Deus. São Paulo compara a vida cristã à dos atletas que se impõem pesados esforços para conquistar a vitória. Trata-se, diz o Apóstolo, de se obter uma coroa perecível. O cristão, contudo, luta, se mortifica, reza para alcançar uma coroa imperecível, partilhando a vida eterna de seu Deus. Deste modo, a tentação, no dizer do Pe. Maurice Formond, é normal por fazer parte da natureza humana agitada entre o bem e o mal, o vício e a virtude, o erro e a verdade. É uma luta contínua para um bem superior no qual sai triunfante todo aquele que corresponde à graça que nunca é negada a quem a pede a Deus. Não é fácil se desapegar de bens ilusórios, mas o discípulo de Jesus Lhe diz: “Tua graça me basta, Senhor, é ela que eu te imploro”.

Faz parte da maturidade espiritual de cada um esta resistência ao inimigo. Este vem com inúmeras sugestões perversas, como o desejo de possuir bens materiais em excesso, colocando o destempero da gula como prioridade na própria vida; cultuando satanás nas perversidades dos meios de comunicação social; na aprovação dos crimes mais hediondos, enfim no desprezo dos sagrados mandamentos da Lei divina. Muitos ao se expor às ocasiões de pecado atraem o poder do demônio e caem fatalmente nas suas garras. É útil e necessário se lembrar sempre de todas estas verdades, pois, no combate espiritual o cristão fará triunfar em si a mesmo a vitória de Cristo e este é o desejo de Deus para a felicidade de cada um.

Oração a São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo,
defendei-nos no combate,
sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio.

Ordene-lhe Deus,
instantemente o pedimos,
e vós, príncipe da milícia celeste,
pela virtude divina,
precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos,
que andam pelo mundo para perder as almas.

A nossa fé será mais forte ou mais fraca na mesma proporção
em que acreditarmos que Deus nos fará o que nos prometeu.
O Senhor lhe diz que tem uma promessa de salvação para você.
Diante dos insultos que você tem recebido,
Deus diz a você hoje que Ele o salva.

Amém

 

O combate espiritual
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho

Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

Apresentação em pdf sobre a CFE 2016

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Você já pode adquirir o texto-base da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2016, que tem por objetivo o debate de questões relativas ao saneamento básico, desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos. O tema escolhido para a Campanha é “Casa comum, nossa responsabilidade”, e o lema, “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24).

A reflexão da CEF 2016 será a partir de um problema que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país. O texto-base está organizado em cinco partes, a partir do método “ver, julgar e agir”. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha de 2016.

 

Baixe a apresentação em pdf sobre a CFE 2016:

 

Via-sacra da Campanha da Fraternidade 2016

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(A Cruz do Senhor; com uma faixa de tecido branco nos braços simbolizando a ressurreição de Jesus de sua morte, é levada à frente pelos participantes acompanhada por velas acesas. O Dirigente acolhe a todos e os convida a participar com fé e devoção da meditação dos Mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.)

Início

Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Todos: Amém!

Dirigente: Irmãos e irmãs que a paz de Jesus Cristo esteja conosco!

Todos: Bendito seja o Senhor que nos reuniu na sua paz!

Leitor (a) 1: O cuidado da natureza faz parte dum estilo de vida que implica capacidade de viver juntos em comunhão. Jesus lembrou-nos que temos Deus como nosso. Pai comum e que isto nos torna irmãos. O amor fraterno só pode ser gratuito, nunca pode ser pago. Esta mesma gratuidade leva-nos a amar, desenvolvendo a cultura do cuidado do meio ambiente para evitar sua exploração degradante (cf. LS, n. 36).

Todos: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24).

Leitor (a) 2: Deus não abandonou o mundo. Ele quer que o seu desígnio e a nossa esperança em relação ao mundo se realizem através da uma cooperação destinada a restabelecer a sua harmonia originária.
No nosso tempo, estamos a assistir ao desenvolvimento de uma consciência ecológica, que deve ser encorajada a fim de poder redundai em iniciativas e programas concretos (cf. Declaração Conjunta do Patriarca Ecuménico Bartolomeu I e de São João Paulo II, Roma-Veneza, 10 de junho de 2002).

Todos: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24).

No site das edições da CNBB, você encontra outros materiais para a CF 2016:

DVD
Ensino Fundamental I – 1° ao 4° ano
Ensino Fundamental II – 5° ao 9° ano
Ensino Médio
Jovens na CFE
Círculos Bíblicos
Encontros Catequéticos para Crianças e Adolescentes
Celebrações Ecumênicas
Famílias na CFE e Via-sacra
Via-sacra
Vigília Eucarística e Celebração da Misericórdia
Texto Base
Fraternidade Viva
Manual da CFE 2016

Cartão postal com oração
Cartaz Grande
Adesivo Cartaz
Banner Grande
Adesivo Lema
Folhetos Quaresmais
Camiseta branca
Camiseta preta
Cartaz Pequeno
Cartaz Médio
Banner Pequeno
Banner Médio

Testemunho de humildade

Na preparação para o Natal fulge a humildade de São João Batista, oferecendo uma atitude fundamental para bem se receber as graças da magna solenidade que se aproxima. Ele proclamou claramente: “Já vem quem é mais forte do que eu, a quem não sou digno de desatar as correias das sandálias!”. Deste modo, o Precursor introduz em um mistério da mais total verdade numa sinceridade maravilhosa. Ele patenteia a grandeza de Jesus e, apesar da fama que o rodeava, nunca lhe passou pela mente ser maior do que aquele que ele anunciava. Tanto mais admirável a conduta de João Batista, quando se considera que ele era o maior dos profetas, aquele que teve o privilégio de ser o escolhido para mostrar ao povo o Messias, fruto da promessa feita por Deus a Abraão e renovada a Davi. Ele convida então a todos a não se julgar importante, catalizador de grandes feitos, superior aos outros, pois aquele cujo nascimento vai ser comemorado ensinaria: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29).

humildade

É para esta humildade que arrasta São João Batista e, na verdade não simplesmente mostrando um ato de virtude. Era, de fato, um ensinamento para poder inclusive compreender a lição de Jesus. Tratava-se de um comportamento, não simplesmente de um ensinamento moral. Assim só haurirão as bênçãos natalinas os que possuídos de humildade reconhecerem os seus erros, a fim de se purificarem para poder bem se aproximar do Presépio onde um Deus se fez pequenino. O mistério do Natal é um mistério do Ser Supremo com o qual só se entrará em comunhão através do reconhecimento da própria insignificância que afasta todo orgulho. O Messias que o Batista anunciava não viera a este mundo cercado de uma coorte fazendo soar trombetas, mas o reencontraremos num estábulo, fazendo-se pobre para nos enriquecer com suas riquezas. São João Batista está a acenar para uma experiência espiritual que leve a uma total conversão interior.

Cumpre em pleno Advento tentar então perceber que a presença de Deus na vida de cada um não se manifesta ruidosa. Ele vem secretamente, silenciosamente, no remanso de uma noite e docemente quer nascer dentro de cada coração. É preciso então que saibamos ser humildes para captar e entender a voz silenciosa daquele que fala lá no íntimo do ser humano. Desta forma a humildade estampada em João Batista é uma condição necessária para a aproximação do Menino Deus. João Batista era o homem que não existia para si mesmo, mas para o Outro que era maior do que ele. Foi por isto que ele disse também que era preciso que Jesus fosse exaltado e que perante o Filho de Deus todos, inclusive ele, João Batista, se diminuísse. Deste modo, somos forçados a reconhecer nesta figura extraordinária do Precursor a missão mesma da Igreja.

No terceiro milênio de evangelização e de testemunho é preciso que cada um se examine até onde tem cooperado para que Jesus seja, realmente, conhecido e amado. Neste Natal Ele estará batendo delicadamente às portas de nossas consciências e de nossos corações esperando uma cooperação ainda maior no esforço da própria perfeição de vida e no trabalho da evangelização. Jesus precisa de evangelizadores para anunciar o seu reino de amor.com o dinamismo daquele que O fez conhecido dos que O esperavam. Um engajamento total num apostolado profícuo. A aproximação do Natal deve levar a todos a refletir e a repensar os valores do Evangelho que se opõem aos valores humanos. Numa sociedade materialista obnubilada pelo desejo de riquezas e de prazeres egoístas cumpre verificar o que em nossas comunidades se pode realmente fazer para ajudar os mais necessitados.

É preciso levar a todos que estão na solidão e no desespero as alegrias do Natal de Jesus. Que faria João Batista nos dias de hoje? Certamente ele demonstraria a nossos contemporâneos na simplicidade de vida, na satisfação de ser solidários e misericordiosos que não se deve ter a ilusão de ter feito muito, quando é possível fazer mais pela própria santificação e ajuda ao próximo. É necessário que sejamos assim outros imitadores de São João Batista e não passaremos simplesmente pelo Natal, mas o Natal marcará definitivamente nossa vida.

 

Testemunho de humildade
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos