Liturgia

No dia 3 de dezembro de 2023, começa o Advento, tempo litúrgico em que a Igreja nos convida a preparar o coração para celebrar o Nascimento de Jesus!

9 de agosto – Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020

Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020

A fé e a confiança em Jesus nos animam a superar nossos medos e dificuldades. O Senhor vem sempre ao nosso encontro de mãos estendidas, para nos conceder sua proteção e nos ajudar a atravessar as tempestades e incertezas da vida com coragem e esperança. Neste dia dos pais, nossa oração, homenagem e reconhecimento a eles pelo amor e dedicação aos filhos e à família.

O dom da fé nos ajuda a sentir a presença de Deus, que cuida de nós e está presente em todos os momentos de nossa vida.

A BARCA AGITADA PELAS ONDAS

Depois da partilha dos pães e dos peixes, Jesus convida os discípulos a entrar no barco e seguir à sua frente, atravessando para o outro lado do mar – o mundo pagão –, enquanto ele pessoalmente despede a multidão e se dirige ao monte para orar. De repente surgem ondas e ventos, pondo em risco a embarcação.

A travessia do mar pode simbolizar a travessia que a comunidade precisa fazer a fim de passar da mentalidade nacionalista para a universalista. Ou seja, não é somente Israel o povo eleito; em Cristo, todos os povos devem ser objeto de preocupação da missão cristã. Trata-se de ser uma comunidade em saída, que busca os “perdidos da vida” e não fica trancada em si própria; que anuncia a todos os povos a Boa-nova do Reino de Deus, mediante a vivência de novas relações em seu âmbito. Toda comunidade é convidada a fazer a travessia para a conversão ao evangelho.

A barca simboliza a comunidade que se sente ameaçada pelas forças adversas (o mar e o vento) e necessita de uma fé sólida para não ser tragada pelas ondas perigosas. Há grande contraste entre a serenidade de Jesus – no alto da montanha, em comunhão com o Pai – e o apavoramento dos discípulos em meio às ondas ameaçadoras, no mar revolto.

O medo dos discípulos revela a falta de fé, necessária para quem pretende ser autêntico seguidor do Mestre. A falta de fé pode levá-los a se sentirem perdidos no meio das turbulências. Eles necessitam sentir em seu meio a presença do Ressuscitado, o qual os tranquiliza com as palavras: “Coragem, não tenham medo, sou eu”. O medo paralisa, e o fantasma (Jesus) que assusta pode ser a própria solução – às vezes tão evidente e tão difícil de aceitar. As adversidades podem ser vencidas mais facilmente quando a comunidade tem a convicção de que Jesus é o companheiro de caminhada.

Toda comunidade, de ontem e de hoje, pode ser comparada a um barquinho navegando no mar da sociedade, a qual pode rejeitar os valores do Reino: paz, solidariedade, partilha e bem-querer. Sentindo a presença do Ressuscitado, a comunidade pode mais facilmente enfrentar os desafios do dia a dia.

Pe. Nilo Luza, ssp  / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

lRs 19,9a.ll-13a; SI 84; Rm 9,1-5; Mt 14,22-33

19° Domingo do Tempo Comum 2020 - Ano A

Ao acalmar-se o vento, reconhecemos o Senhor

Continuamos vivendo o mês vocacional. O convite especial deste domingo é percebermos a presença de Deus nos momentos turbulentos da vida. Elias, ao fugir da perseguição atroz que sofria, corre ao encontro de Deus e se refugia em uma gruta, no monte Horeb. A grandeza de Deus vem manifestada no murmúrio de uma brisa leve, não no vento nem no fogo que tudo devora. Nas agitações, é preciso pedir o dom da serenidade, sem o qual não somos capazes de enxergar a presença divina.

No evangelho, os discípulos são apresentados na turbulência do mar, no agito dos ventos. Enquanto isso, Jesus reza ao Pai no silêncio da madrugada. Indo ao encontro deles, gera espanto, a ponto de o confundirem com um fantasma. Pedro faz a experiência de que realmente é Jesus não no momento em que pede para caminhar também ele sobre as águas, mas no momento em que é submergido pelas águas: “Senhor, salva-me!” Quando o vento se acalma e a brisa suave substitui o vento bravio, todos são capazes de reconhecer e confessar que Jesus é realmente o Filho de Deus.

Confiar em Deus a todo momento

Na multiplicação dos pães, Jesus já havia demonstrado aos discípulos que não basta confiar nas próprias forças e capacidades. É necessário lançar-se nas mãos do Pai providente e oferecer a ele o que temos. Hoje, as duas experiências de Deus, a de Elias e a dos discípulos, continuam a nos mostrar que facilmente nos atribulamos, mas é do Senhor que nos vêm a segurança e a tranquilidade de que precisamos para vencer as tempestades da vida. Sempre haverá uma brisa que nos fará recompor as forças e seguir em frente. Sempre haverá a mão de Jesus para nos reerguer.

Paulo provou turbulências em sua vida missionária ao não ser compreendido por seus, pois eram incapazes de acolher o Cristo Senhor. Ainda que Cristo descendesse deles, segundo a humanidade, não eram capazes de enxergar que o momento novo da salvação tinha chegado. Mas a fé que move seu coração permite que ele continue firme no anúncio da palavra a todos os povos.

A perseverança, que é graça divina em nossa vida, faz-nos olhar nossa missão sempre com o coração esperançoso. A confiança em Deus é a força principal que nos faz, a cada momento, superar as tribulações e caminhar em frente.
Rezando pelas vocações à vida familiar, nossa prece é por todos os pais que têm a grande missão de testemunhar aos filhos o amor paternal de Deus. Que eles encontrem na oração a força para superarem tantos obstáculos que a sociedade pós-moderna coloca diante da instituição familiar.

Sugestões litúrgicas para a missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Antes do início da celebração: cantar um mantra sobre a luz, enquanto entrarem, lentamente, duas pessoas com velas acesas, para acenderem as velas do altar. Interromper o mantra algumas vezes para se fazer pequenas exortações de coragem e paz em meio aos conflitos da vida. Sugestão de mantra: “O Senhor vai acendendo luzes quando vamos precisando delas”.
– Entrada da Palavra: pedir para uma família introduzir a palavra de Deus. Ao chegar ao presbitério, o pai pode elevar bem alto a Bíblia, manifestado a alegria de sua vocação. Se possível, o pai poderia proclamar a primeira leitura, com sua família ao lado.
Preces dos fiéis: concluir a oração dos fiéis com uma prece vocacional, que pode também ser cantada.
– Consagração dos pais a Nossa Senhora: antes da bênção final, consagrar os pais a Nossa Senhora e oferecer a eles uma lembrança da comunidade. Pode-se cantar “Oração pela Família” para concluir este momento.

Sugestões de repertório para a missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A  (O Domingo)

Abertura: Acolhe os oprimidos
Aclamação: Aleluia, o homem não vive
Oferendas: A mesa Santa
Comunhão: É bom Estarmos

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 19° Domingo do Tempo Comum 2020

Áudios para a Missa do 19° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

Leituras de Domingo: 19° Domingo do Tempo Comum 2020

Leituras de Domingo

19° Domingo do Tempo Comum 2020

(Verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)

Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).

Reunimo-nos para celebrar a páscoa dominical e fazer experiência da brandura e bondade de Deus. Presente na Palavra e na Eucaristia, Jesus deseja fortalecer nossa fé e ser nossa segurança nas tempestades que surgem em nossa caminhada cristã. Celebremos em comunhão com os vocacionados à vida em família, especialmente com os pais.

Primeira Leitura: 1 Reis 19,9.11-13

Leitura do primeiro livro dos Reis – Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, 9o profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 11“Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. 12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E, depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa. 13Ouvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 84(85)

Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade / e a vossa salvação nos concedei!

1. Quero ouvir o que o Senhor irá falar: / é a paz que ele vai anunciar. / Está perto a salvação dos que o temem, / e a glória habitará em nossa terra. – R.

2. A verdade e o amor se encontrarão, / a justiça e a paz se abraçarão; / da terra brotará a fidelidade, / e a justiça olhará dos altos céus. – R.

3. O Senhor nos dará tudo o que é bom, / e a nossa terra nos dará suas colheitas; / a justiça andará na sua frente / e a salvação há de seguir os passos seus. – R.

Segunda Leitura: Romanos 9,1-5

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 1não estou mentindo, mas, em Cristo, digo a verdade, apoiado no testemunho do Espírito Santo e da minha consciência. 2Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua, 3a ponto de desejar ser eu mesmo segregado por Cristo em favor de meus irmãos, os de minha raça. 4Eles são israelitas. A eles pertencem a filiação adotiva, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas 5e também os patriarcas. Deles é que descende, quanto à sua humanidade, Cristo, o qual está acima de todos, Deus bendito para sempre! Amém! – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 14,22-33

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu confio em nosso Senhor, / com fé, esperança e amor; / eu espero em sua palavra, / hosana, ó Senhor, vem, me salva! (Sl 129,5) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Depois da multiplicação dos pães, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. 33Os que estavam no barco prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” – Palavra da salvação.

Reflexão

Jesus não somente se preocupa que o povo seja alimentado e tenha suas necessidades básicas supridas; ele dá a esse povo atenção toda especial, quer se despedir pessoalmente de todos. Depois de despedir a multidão e pedir aos discípulos que se dirijam à outra margem, Jesus sobe a montanha para rezar. De madrugada vai ao encontro dos seus, caminhando sobre o mar (símbolo do caos, dos poderes da morte). Pedro pula do barco (símbolo da comunidade), começa a andar sobre as águas e, quando percebe que está afundando, grita por socorro. O Mestre o censura pela falta de fé. A comunidade cristã (e cada fiel) está sempre andando sobre o mar perigoso, mas deve fazê-lo voltada para a frente, com o olhar da fé, para não se deixar abalar e não ser tragada pelas ondas. Com os pés fora da comunidade, a pessoa vai esmorecendo na fé e facilmente será levada pelas ondas das conveniências. Nas horas difíceis, porém, não podemos esquecer que o Mestre está presente e é necessário invocá-lo com um “salva-nos”.

Oração

Ó Jesus, Filho de Deus, partilhas o pão com as multidões, buscas um lugar silencioso para rezar a sós, caminhas sobre o mar ao encontro dos teus discípulos e os desafias a ter uma fé mais sólida. Faze-nos participar um pouco mais do teu dinamismo e do teu zelo pelo Reino. Amém.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp / Pe. Nilo Luza, ssp / Portal Kairós

A liturgia do mês de agosto de 2020

Comunhão na Caridade

A liturgia do mês de agosto de 2020

O mês de agosto é conhecido como o mês das vocações. Pelo Brasil afora, a cada semana, acentua-se uma vocação – dos ministérios ordenados, da família, da vida consagrada, dos servidores das comunidades e catequistas.

Todas as vocações – ou seja, todos os chamados que Deus dirige aos seus filhos e filhas – são em vista da comunhão com ele. O que Deus quer é que sejamos filhos unidos ao Pai. A história da salvação confirma isso. Deus chama, envia, acompanha e assiste para unir, para salvar, para que a vida atinja a plenitude (cf.Jo 10,10). A Abraão, Deus disse: “Anda na minha presença e sê íntegro. Quero estabelecer contigo a minha aliança e multiplicar sobremaneira a tua descendência” (Gn 17,2).

Intenção do mês de agosto de 2020:
Por todas as pessoas que trabalham e vivem do mar, entre elas os marinheiros, os pescadores e suas famílias.

Toda vocação implica um projeto de vida, e, “para um cristão, não é possível imaginar a própria missão sem a conceber como um caminho de santidade, porque […] ‘a vontade de Deus é que sejais santos’ (1Ts 4,3)” (GE 19).” ‘Todos os fiéis […] são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um por seu caminho’ (LG 11)”; “‘Sede santos, porque eu sou santo’ (Lv 11,45)” (GE 10).

O mês das vocações é pontuado por celebrações de santos: Santo Afonso Maria de Ligório; São João Maria Vianney; São Lourenço; Santa Ir. Dulce dos Pobres, canonizada pelo papa Francisco; o apóstolo São Bartolomeu; o mártir São João Batista; a Santíssima Virgem Maria na sua vitória final; Santa Mônica e Santo Agostinho, entre outros. São modelos para nossa vocação. Inspiram nossa fidelidade em testemunham a beleza da graça de Deus.

É Deus que nos atrai. Se sentimos o desejo de segui-lo, não foi uma escolha nossa, humana, mas um chamado dele.

Assim sendo, cantemos durante este mês: “A nossa vocação é para a santidade, ausência de pecado, comunhão na caridade”.

Reflexão e sugestão para a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora 2020 – Ano A

Comemorações do mês de Agosto de 2020

01° – Santo Afonso Maria de Ligório
02 – 18º domingo do Tempo Comum / dia do padre
(Santos Eusébio de Vercelli; Pedro Juliano Eymard)
04 – São João Maria Vianney
05 – Ded. da Basílica de Santa Maria Maior
06 – Transfiguração do Senhor
07 – Santos Sisto 2ª e companheiros; Caetano / 1ª sexta-feira
08 – São Domingos

09 – 19º domingo do Tempo Comum/ dia dos pais
(Santa Teresa Benedita da Cruz)
10 – São Lourenço diácono / dia do diácono
11 – Santa Clara
12 – Santa Joana Francisca de Chantal
13 – Santos Ponciano e Hipólito; Dulce dos Pobres
14 – São Maximiliano Maria Koibe

16 – Assunção de Nossa Senhora /dia dos religiosos
(Santo Estêvão da Hungria)
19 – São João Eudes
20 – São Bernardo / fundação da Congregação dos Paulinos
21 – São Pio 10°
22 – Nossa Senhora Rainha

23 – 21º domingo do Tempo Comum (Santa Rosa de Lima)
24 – São Bartolomeu
25 – Santos Luís de França; José de Calazans
27 – Santa Mônica
28 – Santo Agostinho
29 – Martírio de São João Batista

30 – 22º domingo do Tempo Comum / dia dos catequistas
31 – São Raimundo Nonato

D. Geraldo Majella Agnelo – Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador / Portal Kairós

Reflexão e sugestão para a Missa do 18° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

18° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

Is 55,1-3; SI 144; Rm 8,35.37-39; Mt 14,13-21

18° Domingo do Tempo Comum 2020

MECHELEN, BÉLGICA – 4 DE NOVEMBRO DE 2016: Vitral que descreve o milagre de Jesus que alimenta a multidão com pães e peixes na catedral de Saint Rumbold em Mechelen, Bélgica.

O pouco com Deus é muito!

iniciamos hoje o mês dedicado às vocações. Jesus, o vocacionado do Pai por excelência, demonstra que a compaixão faz parte de seu agir missionário. Após a morte de João Batista, vai ao deserto para retirar-se. Mas seu olhar, cheio de compaixão, leva-o a acolher as pessoas e a anunciar-lhes a boa nova do evangelho. O momento é também propício para instruir os discípulos no caminho da compaixão, o qual os leva a se comprometer com a necessidade do povo. É mais fácil e confortável despedir a multidão, mas Jesus exorta seus discípulos a encarar o desafio em modo novo, ou seja, com compaixão. É preciso sentir-se responsável pelo rebanho a eles confiado. Sem esse comprometimento, o amor de Deus não se multiplica e o povo continua abandonado à própria sorte.

Os cinco pães e os dois peixes são insuficientes se considerados em si mesmos. Mas, no momento em que são entregues nas mãos de Jesus e são elevados em agradecimentos como dons divinos, tornam-se mais que suficientes para saciar toda a multidão. Basta abrir o coração para a partilha, reconhecendo que o que temos, por pouco que seja, não nos pertence. A partir daí se entende o famoso dito: “o pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada”.

Viver a compaixão que compromete, o compromisso que faz crescer na solidariedade, sem jamais perder a confiança no Deus sempre providente. Eis o caminho proposto para o discípulo-missionário de Jesus.

O milagre da multiplicação começa no coração

A passagem do Evangelho de hoje coloca a ação dos discípulos em conjunto com a ação de Deus. O “dai-lhes vós mesmos de comer” alerta que a atitude da partilha deve começar com os discípulos. Jesus não multiplica pães e peixes do nada, mas do fruto da partilha a Ele oferecido.

A lição vale para nós, discípulos-missionários de hoje. Não são raras as vezes em que nos deparamos com as múltiplas situações de necessidade e miséria e continuamos a pensar que nossos cinco pães e dois peixes não são suficientes. Falta-nos uma união maior com o amor de Cristo, como nos exorta Paulo na segunda leitura. Reconheçamos, na força da fé, que nada pode nos separar do amor de Cristo, que se mostra faminto no próximo. Nada poderá nos levar ao desânimo e ao descompromisso com o irmão que passa necessidade.

Unidos ao amor de Cristo, vamos nos convencendo de que o milagre da multiplicação começa, de fato, no coração que se abre para partilhar a vida abundante que Deus oferece a todos. Rezemos hoje por todos os sacerdotes e vocacionados a essa vida de entrega total de si mesmo a Deus e ao povo. Que todos os padres de nossas comunidades sejam abençoados na missão de serem bons pastores comprometidos com os fiéis a eles confiados.

Sugestões litúrgicas para a missa do 18° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A

– Procissão de Entrada: procurar alguns dados da história vocacional do padre da comunidade para compor uma mensagem simples, reconhecendo sua presença e atuação ministerial junto do povo. À frente da procissão de entrada podem entrar uma estola e um cesto de pão, ressaltando que sua missão é partilhar a vida com os irmãos.
– Liturgia da Palavra: membros da Pastoral Vocacional (ou catequistas) podem dinamizar este momento. Convidar uma pessoa para entrar com um cesto de pão, com a palavra de Deus dentro. Pode passar pelo meio do povo, convidando as pessoas com esta frase: “Vamos! O mundo está com fome! Cristo nos chama para alimentá-lo com seu amor!” Ao chegar ao altar, pedir para que outras 11 pessoas saiam com cestos menores com pães, lembrando os doze cestos que sobraram. Tirar a Bíblia do meio dos pães para ser aclamada!
– Oferendas: os familiares do padre da comunidade (ou os paroquianos) podem ofertar alguns símbolos que marcam a caminhada ministerial dele. Pode-se, também, escrever em cartazes o nome dos lugares por onde passou e introduzi-los com as oferendas, como gratidão por sua doação de vida.
– Antes da Bênção: rezar a oração vocacional com todo o povo, pedindo mais santas vocações para a Igreja.

Sugestões de repertório para a missa do 18° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A  (O Domingo)

Abertura: Acolhe os oprimidos
Aclamação: Aleluia, o homem não vive
Oferendas: A mesa Santa
Comunhão: É bom estarmos

Cifras e partituras das sugestões CNBB

Semanário litúrgico – catequético – Cantos para a Celebração – 18° Domingo do Tempo Comum 2020

Áudios para a Missa do 18° Domingo do Tempo Comum 2020 – Ano A CNBB:

Padre Anísio Tavares, C.Ss.R. / Portal Kairós

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